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3. A escrita de uma cidade que sente

3.3. Subjetividades jornalísticas: destrinchando uma escrita

3.3.1. As primeiras linhas dos textos: o cartão de boas-vindas

O começo de um texto é o que determina como ele se comportará. É nas primeiras linhas que se prende ou se espanta o leitor. Ali se identifica para onde o escrito vai e por onde nos levará. No caso do jornalismo impresso diário, o primeiro parágrafo dos textos noticiosos costuma seguir o padrão do lead. O formato, importado do jornalismo americano, determina perguntas que devem ser respondidas nas primeiras linhas e é seguido por muitos repórteres. É uma técnica que pretende fixar a atenção do leitor no fato. Porém, o formato cansa. Assim, o envolvimento que se deve criar entre leitor e escritor se perde na dureza de frases curtas e (pretensamente) objetivas. Mas como conseguir esse envolvimento? O que é preciso fazer para fisgar leitores e prendê-los até o último ponto final? Obviamente, não há regras nem é nosso objetivo aqui determinar o certo ou o errado. Pretendemos mostrar, entretanto, o que alguns dos cinco repórteres de Fortaleza – Sentidos da cidade fizeram nas reportagens especiais e que podem ser inspiração para os escritos cotidianos dos jornalistas.

Comecemos pelo primeiro caderno da série: Olhares. As três primeiras linhas do texto

Lugares descortinados, de Raquel Chaves, têm travessão, perguntas e respostas:

– Para! Para! Quero descer aqui. – Calma, o que foi, Dário?

– Isso aqui é outra cidade! (CHAVES, Raquel. Lugares descortinados. Jornal O

Povo, Fortaleza, 13 abr. 2009. Fortaleza - Sentidos da Cidade. p.4).

O mesmo recurso é utilizado por Juliana Girão, em Mãos que podem ser poderosas, reportagem de Um toque, penúltimo caderno da série:

– Onde é que eu encontro o Pelé? – perguntou a repórter, em busca da figura tida como das mais interessantes dali.

– Tem erro não. Daqui até lá, é o mais preto – foi o que respondeu um dos pescadores no calçadão da avenida Beira Mar, próximo ao Mercado dos Peixes (GIRÃO, Juliana. Mãos que podem ser poderosas. Jornal O Povo, Fortaleza, 16 abr. 2009. Fortaleza - Sentidos da cidade. p.7).

A reprodução de diálogos é pouco vista nas páginas dos jornais. Travessão no começo do parágrafo é algo encontrado apenas em entrevistas do tipo pingue-pongue, com perguntas e respostas. Em reportagens, o diálogo é suprimido por um discurso sem a voz do repórter. Ele fica escondido na resposta entre aspas do entrevistado, elemento considerado mais relevante na construção da notícia. O entrevistador é coadjuvante da informação. Os princípios do jornalismo pedem objetividade e referencialidade. A informação está no outro. O repórter tem a missão de apurar, compreender e transmitir o fato, mantendo-se neutro na transmissão da informação. Nos textos estudados não. Entrevistador e entrevistado estão em patamares semelhantes, pois a construção da cidade é coletiva, os textos são híbridos, aproximando-se da crônica, e importam as interpretações de ambos, repórter e fonte. A reprodução de diálogos mostra isso. Assim, o jornalista possui voz e opinião. Como lembra Eugênio Bucci (2000), “não há nenhum distanciamento cultural entre o homem que é repórter, o homem que é

notícia e o homem que é destinatário da informação” (p.92) [grifos do autor]. É importante

destacar, lembrando ainda da base do jornalismo, que

o repórter não deve disputar com a notícia a atenção do leitor, mas os sentidos e as habilidades, naturais ou treinadas, de quem cobre um fato (intuições, modos pessoais de olhar, repertório cultural) enriquecem, e não empobrecem, a narrativa que será levada ao público. Esconder tudo isso é empobrecer o jornalismo como ofício e enfraquecê-lo como instituição social (BUCCI, 2000, p.97).

Assim, transitando entre princípios jornalísticos e possibilidades literárias, os textos de

Fortaleza – Sentidos da cidade se tornam ricos. Ricos em informação, em opinião, em

subjetividade, em Fortaleza. A cidade ultrapassa o formato jornalístico convencional, deixa de ser o palimpsesto que é refeito diariamente na imprensa, e é poetizada e humanizada. As primeiras frases das reportagens mostram isso.

Além do diálogo, outra maneira encontrada no começo dos escritos do projeto é a intertextualidade com outros autores, recurso absorvido da literatrura. Versos ou frases de livros complementam a informação. Em Feito cartão postal, Raquel Chaves dá voz à filósofa Marilena Chauí, reproduzindo o trecho:

“Não cremos apenas que o tempo, futuro ou passado, destina-se à visão. Essa crença reafirma nossa convicção de que é possível ver o invisível, que o visível está povoado de invisíveis a ver e que, vidente, é aquele que enxerga no visível sinais invisíveis aos nossos olhos profanos” - Marilena Chauí, no texto Janela da alma, espelho do mundo (O Olhar, 1988) (In: CHAVES, Raquel. Feito cartão postal.

Jornal O Povo, Fortaleza, 13 abr. 2009. Fortaleza - Sentidos da Cidade. p.2).

Já Tiago Coutinho aproveita os versos compostos por um dos personagens de

Românticos, Bregas e Chiques para começar o texto. Poesia e reportagem se encontram:

“‘Mas fica aqui o meu protesto/ o resto do resto e tudo que me sobrou/ um violão afinado/ um compositor sem espaço/ com o sonho de ser cantor’ - Trecho da música ‘A realidade de um sonho’, de Tom Rios”. A poesia dá a Juliana Girão base para o primeiro parágrafo de Ilhas de

calor e de sombra: “‘Ao longe, em brancas praias embalada / Pelas ondas azuis dos verdes

mares, / A Fortaleza, a loura desposada / Do sol, dormita à sombra dos palmares.’ - Trecho de A Fortaleza, de Paula Nei (1858-1897)”. A partir das ideias do poeta, a repórter começa a falar sobre o tato na capital cearense. O jornalismo se mistura à poesia na escrita da cidade. Isso demonstra, inclusive, a importância do conhecimento do repórter sobre o tema. Além da sensibilidade para perceber as possibilidades textuais, é preciso relacionar o observado a outros elementos linguísticos, enriquecendo a informação e aproximando outras linguagens do leitor de jornais diários.

Começos de texto diferentes levam à criação de um vínculo entre o repórter, que enxerga na liberdade das pautas uma forma de criar, e o leitor, que percebe no projeto um jornalismo para ser lido diferentemente. Assim, algumas reportagens começam com

perguntas. Raquel Chaves inicia Graúna desassombrada questionando: “Você já foi à rua Alcina Guanabara?”. Uma questão também é levantada por Tiago Coutinho, no texto de abertura de Silêncio e ruído: “Apure o ouvido, ouça em redor. Qual som você considera que define o espaço onde você vive na cidade?”

Com perguntas, o repórter provoca o leitor, da mesma forma que ele foi provocado ao ser escolhido para escrever o caderno. No caso de Tiago, é como se ele estivesse se justificando e dizendo que aqueles sons mostrados na reportagem fazem parte do cotidiano dele, e outros podem ser sentidos por quem o lê. Compartilha-se a responsabilidade de criação e mostra-se que a Fortaleza sonora é muito maior que aquilo apresentado no caderno. Já Raquel aproveita o local onde a trama da reportagem se desenrola para aproximar-se do leitor. Quem conhece a rua, logo se interessa pelo escrito, já que a proximidade é um fator de atração no jornalismo; quem não a conhece, fica curioso para saber do que se trata e perceber por que o texto começou daquela forma.

Da mesma maneira, Henrique Araújo pergunta: “Fortaleza de domingo tem cheiro de quê?”, na primeira linha de Perfumes de mangue. A investigação olfativa que o repórter faz, no último caderno da série, é extremamente pessoal e talvez por isso ele tenha escolhido o domingo para viver o cheiro do Parque Ecológico do Cocó. Um dia e um lugar que ele quis explorar. Porém, apesar da pessoalidade da reportagem, Henrique dialoga com o leitor antes de apresentar o cheiro da Fortaleza dele (Henrique) aos domingos. Cria-se um vínculo através da curiosidade.

Outra forma percebida no começo dos textos é a apresentação de um personagem, em tom de contação de história. E isso pode acontecer com a reprodução de uma fala do entrevistado. Em Fortaleza real e sentida, Raquel Chaves abre mão de ser autora da primeira frase do texto e dá voz a Roberto Cleidson Lima Chaves, que diz: “Continuo sentindo a cidade mesmo depois da perda da visão”. Tiago Coutinho faz o mesmo em Mensageira do

amor. O cotidiano da proprietária de uma empresa de mensagens telefônicas começa a ser

contado com uma frase dita por ela: “Novo Amor Mensagens, Kelma. Boa tarde!”. Assim, Kelma Dávila de Sá Gomes apresenta a empresa e se apresenta. É como se ela fosse autora da reportagem e estivesse dizendo quem é ao leitor.

O espírito de contação de história que percorre alguns textos aparece com mais força nos escritos do caderno Sabores, publicado no dia 14 de abril de 2009. A repórter Mariana Toniatti conversou com muitas pessoas que fazem e pensam o que Fortaleza come e, talvez

por isso, a escrita cronológica é marca de alguns textos. Identifica-se em três um começo semelhante: em Caranguejo: legítimo fortalezense, a história de Francisco Lourenço começa a ser contada com “na década de 50”; já em Fortaleza indomável, a repórter fala sobre as mudanças que os chefes de cozinha promovem em pratos da culinária internacional e inicia o texto falando que “há seis anos mais ou menos quando a febre do sushi tomou conta da cidade, o proprietário da Casa do Frango criou um sushi de caranguejo, o makimono” (TONIATTI, Mariana. Fortaleza indomável. Jornal O Povo, Fortaleza, 14 abr. 2009. Fortaleza - Sentidos da Cidade. p.5); da mesma forma, em Fortaleza gourmet, o tempo é marca do primeiro parágrafo, que é iniciado com a expressão “no início dos anos 90”.

Assim, misturando História, atualidade, cotidiano e subjetividades, Fortaleza –

Sentidos da cidade representa um estudo amplo do que a cidade é. O projeto reúne grandes

reportagens com linguagem híbrida, que transformam a metrópole em uma entidade com sensibilidade e conseguem descrever como Fortaleza sente. A cidade é humana e responde a estímulos e mexe com a vida de cada habitante. Os habitantes da Fortaleza contada no projeto, inclusive, não são apenas fontes de entrevistas ou personagens passageiros de notícias. São peças do quebra-cabeça que é a metrópole contada pelas reportagens.

A partir dos elementos observados nos textos estudados, é possível perceber que o especial Fortaleza – Sentidos da cidade rompe com a prática normalmente encontrada no jornalismo atual, baseada em apuração rápida, textos curtos e diagramação padronizada. Os escritores não estão mais nas redações, os cronistas estão fadados às colunas do caderno de cultura ou da página de opinião, mas a sensibilidade deles está em muitos repórteres, que conseguem contar histórias a partir de fatos. E isso é feito pelos jornalistas do projeto. O fato é o aniversário da cidade, os espaços percorridos são reais, os personagens também. O diferencial está na maneira como essa realidade é tratada. Os cinco repórteres usam as palavras e ultrapassam a escrita impessoal que percorre as páginas dos jornais diários. Pessoalidades se cruzam e contribuem para a leitura da cidade e a construção de identidades de Fortaleza em crônicas. Papel do jornalismo cumprido com traços da literatura. Como destaca a jornalista Regina Ribeiro, há milhares de possibilidades para o jornalista fugir das “caixinhas”, dos padrões que regem o texto jornalístico. Uma das maneiras é aproveitar elementos da linguagem literária (RIBEIRO, Regina. Depoimento [out. 2010]. Entrevistador: Mariana Lazari da Silva e Silva. Fortaleza, 2010. Entrevista concedida para elaboração de monografia).

Não temos o objetivo de dizer veementemente que o especial é literatura. Apenas temos a certeza de que o jornalismo praticado em Fortaleza – Sentidos da cidade é híbrido, unindo a essência da prática jornalística à uma estética literária e que, por isso, dizemos ser narrativo. São leituras pessoais que se encontram; crônicas de e para uma cidade. Assim, os cadernos chamam a atenção. A diferença aparece nos textos, no layout, que combina cores, texto e grandes fotografias, e no processo de produção, que, como a editora Regina Ribeiro ressalta em entrevista para este trabalho, foi livre. E jornalismo com liberdade resulta em textos que fogem de padrões e são marcados pela autoralidade, um dos recursos da literatura.

Além disso, percebemos o uso de figuras de linguagem, diálogos, títulos pouco utilizados em jornais impressos. Aproxima-se a informação da subjetividade e oferece-se um conteúdo diferenciado para o leitor. Com isso, ganha o jornal, que pode atrair um público pouco interessado pelo jornalismo mecânico praticado cotidianamente, mas gosta de ler boas histórias, ganha o repórter, que pode ousar, criar e apresentar o talento de escritor que possui e, finalmente, ganha a cidade, que é presenteada com reportagens que a esmiuçam e a eternizam.

Considerações finais

Por ser uma atividade que reflete a situação da sociedade de uma época, o jornalismo está em constante transformação. Modificam-se os formatos, os meios, as tecnologias, a linguagem, a prática profissional. Adapta-se ao modo de produção industrial, à convivência com os anúncios publicitários e consolida-se um jornalismo comercial, no qual nem sempre a prioridade é o interesse público. Acreditamos, entretanto, que o quê não pode mudar é a essência: a contação de boas histórias, com ética e respeito à realidade.

Fortaleza – Sentidos da cidade pode romper com muitos elementos que determinam o

que é ou não jornalismo, mas ao esmiuçar uma cidade e encontrar nela personagens e histórias que devem ser contadas, preserva o fio condutor da prática informativa. E é exatamente tal construção de caráter duplo que nos atraiu no projeto. São cadernos que ora tendem para a escrita jornalística, ora permitem-se vaguear pelas possibilidades da literatura, aproximando- se da crônica, mas todo tempo conseguem contribuir para a construção de uma ideia do que sente a Fortaleza aniversariante. Cumpre o papel do jornalismo, portanto, justificando fazer parte de cinco edições do jornal O Povo.

A análise do projeto Fortaleza – Sentidos da cidade permiti-nos encontrar humanização entre a dureza dos textos jornalísticos. Muito além de lead, pirâmide invertida ou qualquer técnica que queira homogeneizar o escrito dos repórteres, as páginas do especial possuem histórias sobre uma cidade e seus habitantes. Mesmo sendo em um projeto especial que tinha como requisito a liberdade de produção textual, ele é uma retomada daquilo que fazia João do Rio, no começo do século XX, deambulando pelo Rio de Janeiro e encontrando “a alma encantadora das ruas” na cidade que fervilhava modernidade. Uma volta ao cotidiano do repórter explorador do dia a dia de um local e que consegue reportar isso em texto. A escrita de um jornalismo que aproveita possibilidades linguísticas e textuais da literatura, como figuras de linguagem, autoralidade, diálogos e adjetivação, e que preferimos usar a nomenclatura “jornalismo narrativo”.

Todos esses elementos só podem estar presentes na ultrapassagem de linguagens e formatos realizada pelo projeto a partir do conhecimento do jornalista. É ele o mediador da relação cidade-leitor encontrada em Fortaleza – Sentidos da cidade e são as ideias dele que

farão parte do imaginário de muitos que mergulharam nas histórias de Fortaleza e sua gente. Por isso, destaca-se neste estudo a importância da formação do profissional. Só com bagagem cultural é possível aproximar situações, relacionar fatos e construir narrativas. Talento e estilo são importantes, mas com eles vêm a capacidade do jornalista. A ousadia só acontece em empresas de comunicação que percebem o papel do jornal como meio de reflexão e contexualização dos fatos e quando há segurança do repórter em relação ao tema abordado. E essa segurança está no conhecimento.

Não foi nossa pretensão determinar aqui uma solução para a queda das vendas de periódicos, nem dizer se essa escrita híbrida de jornalismo e literatura é boa ou ruim para a imprensa. Quisemos mostrar que há espaço para todo tipo de manifestação linguística e artística nos meios de comunicação e, consequentemente, nos jornais. Fortaleza – Sentidos

da cidade é um projeto que mostra isso. Porém, o que se observa, de uma maneira geral, na

atualidade, é a homogeneidade de conteúdo e a exclusão, das páginas impressas, das crônicas, textos que caracterizam o hibridismo do jornalismo narrativo. Há, além disso, uma homogeneização de conteúdo nos meios de comunicação. Vê-se na tevê o que já foi manchete dos sites da Internet ou o que o rádio já propagou. E tudo isso povoará as páginas do jornal impresso do dia seguinte.

Sentimos falta de diferentes perspectivas nas coberturas jornalísticas e do respeito às possibilidades de cada veículo. A imprensa não consegue acompanhar a factualidade como o fazem as redes sociais. O processo de produção do jornal faz essa concorrência ficar injusta. Por isso, é preciso investir em reportagens profundas, investigativas, em contação de histórias do cotidiano. Obviamente, os fatos precisam ser destaque – é a lógica do mercado. Porém, acreditamos que não há espaço para notas sobre um acidente acontecido na madrugada do dia anterior, por exemplo. Ao abrir o jornal, já sabendo o que aconteceu, grande parte do público passará por aquela página sem se deter. Nesse caso, o espaço poderia ter sido utilizado com uma reportagem que contexualize e avance na apuração.

É importante destacar que o jornal O Povo é um veículo que observa esse limite do jornalismo impresso e investe em coberturas especiais. A existência de um Núcleo de Coberturas Especiais, com repórteres dedicados à investigação jornalística, demonstra que o jornal valoriza conteúdo com informação em profundidade. Além disso, o fato de quatro dos cinco repórteres que escrevem para Fortaleza – Sentidos da cidade serem funcionários d’O

essencial para qualquer jornalista. O que diferencia o repórter bom do ruim é a sensibilidade na apuração e a transmissão dessa sensibilidade para o leitor através do texto. Quando a empresa valoriza os profissionais que têm um escrito diferenciado, incentiva o bom jornalismo.

Fortaleza – Sentidos da cidade destaca-se por permitir o encontro entre os sentidos

através de textos repletos de primeira pessoa, adjetivos, figuras de linguagem, e que estão nas páginas de um jornal, mas poderiam estar em outros suportes. O projeto possui um conteúdo que permanece. Unem-se a técnica de apuração do jornalismo e a subjetividade literária, contando-se histórias de ontem, de hoje, do cotidiano de uma metrópole.

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