• Nenhum resultado encontrado

As técnicas preditivas

No documento Qualidade de Software (páginas 193-200)

Avaliação da usabilidade

Seção 3 As técnicas preditivas

Quando resolvemos utilizar técnicas preditivas, o uso de usuários que participam de orma direta na avaliação não acontece.

Normalmente, a avaliação baseia-se em inspeções de versões intermediárias ou versões nais.

Como são classicadas as técnicas prditivas?

Cybis (2000) classica estas inspeções como:

 Avaliações Analíticas envolvem a decomposição

hierárquica da estrutura da tarea para vericar as interações propostas.

 Avaliações Heurísticas se baseiam nos conhecimentos

ergonômicos e na experiência dos avaliadores que percorrem a interace ou seu projeto, para identicar possíveis problemas de interação humano-computador.

 Inspeções por Checklist dependem do conhecimento

agregado à erramenta de inspeção, uma vez que se destinam a pessoas sem uma ormação especíca em ergonomia.

Qualidade de Sotware

O uso das avaliações analíticas

O uso da avaliação analítica procura prever a usabilidade a partir de modelos ou representações de sua interace e de seus usuários. A avaliação é aplicada nas etapas iniciais do projeto, quando inicia-se a concepção de interaces humano-computador. Mesmo que nesta ase tenhamos poucas certezas sobre o projeto, já

é possível vericar questões como a consistência, a carga de trabalho e o controle do usuário sobre o diálogo proposto. Quando se inicia o trabalho de especicação da utura tarea interativa, se pode utilizar ormalismos como o GOMS (Goals, Operators, Methods and Selections rules ) e a MAD ( Méthode 

 Analytique de Description des tâches ). A seguir, conheça mais sobre

cada um deles: O modelo GOMS

O modelo GOMS – Goals, Operations, Methods and Selection rules 

(metas, operações, métodos e seleção de unções) oi proposto em 1983 por Card, Moran e Newell.

Este modelo agrupa técnicas de modelagem e de análise de tareas. Neste modelo, são descritos os métodos necessários à realização de objetivos especícos.

Neste caso, você vê os métodos como uma série de passos que consistem em operadores (ações) que os usuários realizam. Quando há mais de um método disponível para a realização de um objetivo, o modelo GOMS inclui regras de seleção (SRs) que permitem escolher o método apropriado, dependendo do contexto (PREECE, 1994).

O objtivo (Goals) é o qu o usuário qur ralizar, sua mta.

É possível subdividir o objetivo geral em subobjetivos hierarquicamente.

Universidade do Sul de Santa Catarina

Ao acessar um site de banco na internet, posso ter o objetivo principal de realizar um determinado pagamento. Mas tenho objetivos

menores como: inormar conta, inormar senha, dados da atura.

O qu é oprador ?

O operador é uma ação que deve ser realizada a serviço de um objetivo. Os operadores podem ser atos motores (clicar, teclar, arrastar, mover rosto), cognitivos (lembrar, planejar, raciocinar),

perceptivos (ver, ouvir, sentir) ou uma combinação de todos.

Figura 8.2 - Uso de Operador na metodologia GOMS.

Fonte: Disponível em: <http://www.submarino.com.br>. Acesso em: 6 mar. 2006.

O método é a squência d passos para s atingir uma mta.

Para eetuar a compra neste site do CD selecionado, posso solicitar que o mesmo seja embrulhado para presente, entregue em um determinado endereço, a venda seja parcelada em 2 vezes.

Qualidade de Sotware

O modelo MAD

O modelo MAD ( Méthode Analytique de Description des Taches )

oi sugerido por Scapin (1989, 1990) e permite decompor as tareas em subtareas.

O conceito de tarea é representado por um objeto genérico chamado de objeto-tarea, que é denido por um conjunto de elementos.

Além disso, cada objeto-tarea (olha da árvore hierárquica da decomposição) é identicado por um nome e um número.

Assim, cada tarea será representada pelas seguintes características:

 Identicação da tarea (número e nome).  Elementos da tarea (nalidade, estágio inicial,

precondições, corpo da tarea, pós-condições, estágio nal).

 Atributos da tarea.

O uso das avaliações heurísticas

A avaliação hurística é uma técnica qu propõ a avaliação sistmática para idnticação d problmas d usabilidad.

Por ser uma técnica de ácil aplicação, é largamente utilizada. Os problemas são detectados através de uma grade de análise (ormada por princípios reconhecidos de usabilidade) que orientam o avaliador em aspectos relacionados às tareas e objetivos do usuário nal (CYBIS 2005).

Quando você inicia este tipo de avaliação, é importante ornecer aos avaliadores, antes da inspeção, inormações sobre o contexto de uso do site, possíveis cenários em que a interação ocorre e passos necessários para que o usuário atinja suas metas.

As dierentes abordagens descritas por Pollier (1993) para se conduzir uma avaliação heurística são:

Universidade do Sul de Santa Catarina

 por objetivos dos usuários. O avaliador aborda a

interace a partir de um conjunto de tareas e subtareas principais dos usuários ou relacionadas aos objetivos principais do sotware.

 pela estrutura de interace. Por esta estratégia,

especialmente direcionada para diálogos por menu, o

avaliador aborda a interace como uma árvore de menu com níveis hierárquicos das ações que permitem as transições de um nível a outro. Dois encadeamentos são possíveis nessa estratégia; exame por proundidade ou largura da árvore.

 pelos níveis de abstração. O avaliador aborda a interace

como um modelo linguístico estruturado em camadas de abstração que podem ser examinadas em dois sentidos; top- down ou bottom-up.

 pelos objetos das interaces. O avaliador aborda a interace

como um conjunto de objetos.

 pelas qualidades das interaces. O avaliador aborda

a interace a partir das qualidades ou heurísticas de usabilidade que elas deveriam apresentar.

S você prtnd ralizar uma avaliação hurística, considr como idal o númro d 3 a 5 avaliadors.

O uso de avaliadores experientes aumenta a chance de sucesso na avaliação, pois a avaliação é baseada no conhecimento de usabilidade dos avaliadores.

Para uma avaliação heurística é necessário que você obtenha conhecimentos ergonômicos.

- Conheça, a seguir, mais detalhes sobre as heurísticas propos- tas em 1993 por Scapin e Bastien.

Heurísticas ergonômicas de Bastien e Scapin

Sgundo Cybis (2003), os critérios dnidos por Bastin  Scapin subdividm-s m oito critérios principais d usabilidad qu são subdivididos m

Qualidade de Sotware

a) Condução

A condução reere-se aos meios disponíveis para aconselhar, orientar, inormar, e conduzir o usuário na interação com o computador (mensagens, alarmes, rótulos etc.).

Uma boa condução acilita o aprendizado e a utilização do sistema permitindo que o usuário:

 saiba a qualquer tempo onde ele se encontra numa sequência

de interações ou na execução de uma tarea;

 conheça as ações permitidas, bem como suas consequências; e  obtenha inormações suplementares (eventualmente por

demanda).

Quatro subcritérios participam da condução:

 a presteza;

 o agrupamento/distinção entre itens;  o eedback imediato, e

 a legibilidade.

b) Carga de Trabalho

O critério carga de trabalho diz respeito a todos elementos da

interace que têm um papel importante na redução da carga cognitiva e perceptiva do usuário e no aumento da eciência do diálogo.

Quanto maior or a carga de trabalho, maior será a probabilidade de se cometer erros. E também, quanto menos o usuário or

distraído por inormações desnecessárias, mais ele será capaz de desempenhar suas tareas ecientemente. Além disso, quanto menos ações orem necessárias, mais rápidas as interações.

O critério carga de trabalho está subdividido em dois subcritérios: brevidade e densidade inormacional.

Universidade do Sul de Santa Catarina

Vja na gura a sguir, qu, para ralizar a busca do imóvl por stado, o intrnauta dv prcorrr toda a lista d slção até ncontrar o stado dsjado. A caixa aprsnta os stados sm nnhum tipo d classicação, dicultando a localização do stado dsjado plo usuário, aumntando a carga d

trabalho, pois trá qu prcorrr a lista lndo as ltras iniciais d todos os stados até ncontrar o dsjado.

Figura 8.3 - Exemplo de quebra do critério carga de trabalho.Fonte:

Disponível em: <http://www.redeimobiliaria.com.br>. Acesso em: 6 mar. 2006.

Outro xmplo pod sr o mnu d opçõs para a opção xtrato do caixa ltrônico do Banco do Brasil. Caso você tnha acsso, obsrv, a numração do mnu. ela r o critério carga d trabalho, pois não é uma numração qu acilit a mmorização, a numração salta d um itm para o outro.

c) Controle Explícito

O critério controle explícito diz respeito tanto ao processamento explícito pelo sistema das ações do usuário, quanto do controle que os usuários têm sobre o processamento de suas ações pelo sistema. Quando os usuários denem explicitamente suas entradas,

e quando estas entradas estão sob o controle deles, erros e

Qualidade de Sotware

O critério controle explícito se divide em dois subcritérios:

 ações explícitas do usuário, e  controle do usuário.

Um xmplo ngativo d alta d control do

usuário ocorr m caixas ltrônicos ond você stá tntando ralizar o pagamnto d uma conta por mio do código d barras, mas, até você consguir dobrar adquadamnt o papl d orma a ralizar a litura do código d barra, o sistma é “rstartado” (isto é, trmina o prazo d sistma ativo)  volta à tla inicial. Provavlmnt, você cará irritado  riniciará o procsso.

Outro xmplo: no sit do grupo Pão d Açúcar, a

promoção orcida d dados xclusivos é aprsntada sobr o contúdo da página, sm qu o intrnauta possa vitar sta ocorrência, l não tm control sobr a aprsntação. Além disto, o usuário para lr o contúdo da página tm qu char a janla, o qu aumnta o númro d açõs para iniciar a intração.

Figura 8.4 - Exemplo de quebra do critério Controle Explícito.

No documento Qualidade de Software (páginas 193-200)