Avaliação da usabilidade
Seção 3 As técnicas preditivas
Quando resolvemos utilizar técnicas preditivas, o uso de usuários que participam de orma direta na avaliação não acontece.
Normalmente, a avaliação baseia-se em inspeções de versões intermediárias ou versões nais.
Como são classicadas as técnicas prditivas?
Cybis (2000) classica estas inspeções como:
Avaliações Analíticas envolvem a decomposição
hierárquica da estrutura da tarea para vericar as interações propostas.
Avaliações Heurísticas se baseiam nos conhecimentos
ergonômicos e na experiência dos avaliadores que percorrem a interace ou seu projeto, para identicar possíveis problemas de interação humano-computador.
Inspeções por Checklist dependem do conhecimento
agregado à erramenta de inspeção, uma vez que se destinam a pessoas sem uma ormação especíca em ergonomia.
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O uso das avaliações analíticas
O uso da avaliação analítica procura prever a usabilidade a partir de modelos ou representações de sua interace e de seus usuários. A avaliação é aplicada nas etapas iniciais do projeto, quando inicia-se a concepção de interaces humano-computador. Mesmo que nesta ase tenhamos poucas certezas sobre o projeto, já
é possível vericar questões como a consistência, a carga de trabalho e o controle do usuário sobre o diálogo proposto. Quando se inicia o trabalho de especicação da utura tarea interativa, se pode utilizar ormalismos como o GOMS (Goals, Operators, Methods and Selections rules ) e a MAD ( Méthode
Analytique de Description des tâches ). A seguir, conheça mais sobre
cada um deles: O modelo GOMS
O modelo GOMS – Goals, Operations, Methods and Selection rules
(metas, operações, métodos e seleção de unções) oi proposto em 1983 por Card, Moran e Newell.
Este modelo agrupa técnicas de modelagem e de análise de tareas. Neste modelo, são descritos os métodos necessários à realização de objetivos especícos.
Neste caso, você vê os métodos como uma série de passos que consistem em operadores (ações) que os usuários realizam. Quando há mais de um método disponível para a realização de um objetivo, o modelo GOMS inclui regras de seleção (SRs) que permitem escolher o método apropriado, dependendo do contexto (PREECE, 1994).
O objtivo (Goals) é o qu o usuário qur ralizar, sua mta.
É possível subdividir o objetivo geral em subobjetivos hierarquicamente.
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Ao acessar um site de banco na internet, posso ter o objetivo principal de realizar um determinado pagamento. Mas tenho objetivos
menores como: inormar conta, inormar senha, dados da atura.
O qu é oprador ?
O operador é uma ação que deve ser realizada a serviço de um objetivo. Os operadores podem ser atos motores (clicar, teclar, arrastar, mover rosto), cognitivos (lembrar, planejar, raciocinar),
perceptivos (ver, ouvir, sentir) ou uma combinação de todos.
Figura 8.2 - Uso de Operador na metodologia GOMS.
Fonte: Disponível em: <http://www.submarino.com.br>. Acesso em: 6 mar. 2006.
O método é a squência d passos para s atingir uma mta.
Para eetuar a compra neste site do CD selecionado, posso solicitar que o mesmo seja embrulhado para presente, entregue em um determinado endereço, a venda seja parcelada em 2 vezes.
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O modelo MAD
O modelo MAD ( Méthode Analytique de Description des Taches )
oi sugerido por Scapin (1989, 1990) e permite decompor as tareas em subtareas.
O conceito de tarea é representado por um objeto genérico chamado de objeto-tarea, que é denido por um conjunto de elementos.
Além disso, cada objeto-tarea (olha da árvore hierárquica da decomposição) é identicado por um nome e um número.
Assim, cada tarea será representada pelas seguintes características:
Identicação da tarea (número e nome). Elementos da tarea (nalidade, estágio inicial,
precondições, corpo da tarea, pós-condições, estágio nal).
Atributos da tarea.
O uso das avaliações heurísticas
A avaliação hurística é uma técnica qu propõ a avaliação sistmática para idnticação d problmas d usabilidad.
Por ser uma técnica de ácil aplicação, é largamente utilizada. Os problemas são detectados através de uma grade de análise (ormada por princípios reconhecidos de usabilidade) que orientam o avaliador em aspectos relacionados às tareas e objetivos do usuário nal (CYBIS 2005).
Quando você inicia este tipo de avaliação, é importante ornecer aos avaliadores, antes da inspeção, inormações sobre o contexto de uso do site, possíveis cenários em que a interação ocorre e passos necessários para que o usuário atinja suas metas.
As dierentes abordagens descritas por Pollier (1993) para se conduzir uma avaliação heurística são:
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por objetivos dos usuários. O avaliador aborda a
interace a partir de um conjunto de tareas e subtareas principais dos usuários ou relacionadas aos objetivos principais do sotware.
pela estrutura de interace. Por esta estratégia,
especialmente direcionada para diálogos por menu, o
avaliador aborda a interace como uma árvore de menu com níveis hierárquicos das ações que permitem as transições de um nível a outro. Dois encadeamentos são possíveis nessa estratégia; exame por proundidade ou largura da árvore.
pelos níveis de abstração. O avaliador aborda a interace
como um modelo linguístico estruturado em camadas de abstração que podem ser examinadas em dois sentidos; top- down ou bottom-up.
pelos objetos das interaces. O avaliador aborda a interace
como um conjunto de objetos.
pelas qualidades das interaces. O avaliador aborda
a interace a partir das qualidades ou heurísticas de usabilidade que elas deveriam apresentar.
S você prtnd ralizar uma avaliação hurística, considr como idal o númro d 3 a 5 avaliadors.
O uso de avaliadores experientes aumenta a chance de sucesso na avaliação, pois a avaliação é baseada no conhecimento de usabilidade dos avaliadores.
Para uma avaliação heurística é necessário que você obtenha conhecimentos ergonômicos.
- Conheça, a seguir, mais detalhes sobre as heurísticas propos- tas em 1993 por Scapin e Bastien.
Heurísticas ergonômicas de Bastien e Scapin
Sgundo Cybis (2003), os critérios dnidos por Bastin Scapin subdividm-s m oito critérios principais d usabilidad qu são subdivididos m
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a) Condução
A condução reere-se aos meios disponíveis para aconselhar, orientar, inormar, e conduzir o usuário na interação com o computador (mensagens, alarmes, rótulos etc.).
Uma boa condução acilita o aprendizado e a utilização do sistema permitindo que o usuário:
saiba a qualquer tempo onde ele se encontra numa sequência
de interações ou na execução de uma tarea;
conheça as ações permitidas, bem como suas consequências; e obtenha inormações suplementares (eventualmente por
demanda).
Quatro subcritérios participam da condução:
a presteza;
o agrupamento/distinção entre itens; o eedback imediato, e
a legibilidade.
b) Carga de Trabalho
O critério carga de trabalho diz respeito a todos elementos da
interace que têm um papel importante na redução da carga cognitiva e perceptiva do usuário e no aumento da eciência do diálogo.
Quanto maior or a carga de trabalho, maior será a probabilidade de se cometer erros. E também, quanto menos o usuário or
distraído por inormações desnecessárias, mais ele será capaz de desempenhar suas tareas ecientemente. Além disso, quanto menos ações orem necessárias, mais rápidas as interações.
O critério carga de trabalho está subdividido em dois subcritérios: brevidade e densidade inormacional.
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Vja na gura a sguir, qu, para ralizar a busca do imóvl por stado, o intrnauta dv prcorrr toda a lista d slção até ncontrar o stado dsjado. A caixa aprsnta os stados sm nnhum tipo d classicação, dicultando a localização do stado dsjado plo usuário, aumntando a carga d
trabalho, pois trá qu prcorrr a lista lndo as ltras iniciais d todos os stados até ncontrar o dsjado.
Figura 8.3 - Exemplo de quebra do critério carga de trabalho.Fonte:
Disponível em: <http://www.redeimobiliaria.com.br>. Acesso em: 6 mar. 2006.
Outro xmplo pod sr o mnu d opçõs para a opção xtrato do caixa ltrônico do Banco do Brasil. Caso você tnha acsso, obsrv, a numração do mnu. ela r o critério carga d trabalho, pois não é uma numração qu acilit a mmorização, a numração salta d um itm para o outro.
c) Controle Explícito
O critério controle explícito diz respeito tanto ao processamento explícito pelo sistema das ações do usuário, quanto do controle que os usuários têm sobre o processamento de suas ações pelo sistema. Quando os usuários denem explicitamente suas entradas,
e quando estas entradas estão sob o controle deles, erros e
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O critério controle explícito se divide em dois subcritérios:
ações explícitas do usuário, e controle do usuário.
Um xmplo ngativo d alta d control do
usuário ocorr m caixas ltrônicos ond você stá tntando ralizar o pagamnto d uma conta por mio do código d barras, mas, até você consguir dobrar adquadamnt o papl d orma a ralizar a litura do código d barra, o sistma é “rstartado” (isto é, trmina o prazo d sistma ativo) volta à tla inicial. Provavlmnt, você cará irritado riniciará o procsso.
Outro xmplo: no sit do grupo Pão d Açúcar, a
promoção orcida d dados xclusivos é aprsntada sobr o contúdo da página, sm qu o intrnauta possa vitar sta ocorrência, l não tm control sobr a aprsntação. Além disto, o usuário para lr o contúdo da página tm qu char a janla, o qu aumnta o númro d açõs para iniciar a intração.
Figura 8.4 - Exemplo de quebra do critério Controle Explícito.