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CAPÍTULO 1- CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

1.6 Aspectos socioeconômicos

O município de Chapecó possui uma população estimada de 202.009 habitantes segundo IBGE (2015). Grande parte desta população vive na zona urbana (mais de 90%). Na última década a cidade experimentou um grande crescimento demográfico fruto da expansão e do crescimento econômico da agroindústria local representada pela Aurora, Bunge e Sadia.

No quadro 2 temos o índice anual de crescimento demográfico da cidade de Chapecó no período de 1980 a 2010.

Quadro 2: Índice de crescimento demográfico da cidade de Chapecó

Fonte: IBGE (2010).

A taxa de crescimento médio anual da população de Chapecó é maior do que a taxa regional, estadual e nacional conforme a figura 55.

Figura 55: Taxa de crescimento médio anual da população de Chapecó, Oeste catarinense, Santa Catarina e Brasil.

Fonte: IBGE.

Em relação a distribuição da população por bairros (quadro 3) temos que o bairro Efapi é o mais populoso (26.543 habitantes) seguido pelo bairro Centro (13.060 habitantes); bairro Passo dos Fortes (11.604 habitantes); bairro Presidente Médici

86 (10.949 habitantes) e bairro São Cristóvão (9.600 habitantes). Já o bairro Trevo é o menos populoso (712 habitantes).

O bairro Efapi é o mais populoso de Chapecó pois se formou para abrigar a população economicamente ativa que trabalhava nas agroindústrias que se localizavam no oeste da cidade como a Bunge e a Sadia.

Quadro 3: Distribuição da população de Chapecó por bairros.

Fonte: IBGE (2010).

A estrutura etária de uma população é dividida em três faixas: os jovens, que compreendem do nascimento até 19 anos; os adultos, dos 20 anos até 59 anos; e os idosos, dos 60 anos em diante.

Em relação a distribuição da população por faixa etária (quadro 4) temos em 2010 o predomínio da população de adultos com idade entre 20 e 59 anos.

87 A população de crianças e adolescentes vem diminuindo e a de idosos vem aumentando desde 1996, seguindo a tendência populacional brasileira de redução da taxa de fecundidade por mulher e o progressivo envelhecimento da população dado o aumento da expectativa de vida (vide pirâmide etária da figura 56).

Quadro 4: Distribuição da população de Chapecó por faixa etária

Fonte: IBGE (1996, 2001, 2010).

Figura 56: Pirâmide etária de Chapecó/SC. Fonte: IBGE (2010).

Houve uma melhora significativa dos índices educacionais, da longevidade e da renda em Chapecó na última década, fazendo com que seu IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) fosse classificado como de alto desenvolvimento humano em 2013 (vide a figura 57).

88 Figura 57: IDHM de Chapecó no ano de 2013.

Fonte: IBGE.

Chapecó foi classificada como o 67º melhor IDHM do Brasil em 2013, em função do seu vertiginoso crescimento econômico registrado nas últimas décadas.

Segundo o SEBRAE/SC (2013) a taxa de natalidade de Chapecó, em 2010, foi 13,1% maior que a taxa de Santa Catarina e 1,2% menor que a do Brasil.

Em relação a taxa de mortalidade infantil, Chapecó apresentou índice menor do que a média estadual e nacional. Em 2010 a taxa de mortalidade infantil foi de 8,4 mortos por 1000 nascidos vivos conforme o quadro 5.

Quadro 5: Taxa de mortalidade infantil por 1000 nascidos vivos para Chapecó, Santa Catarina e Brasil.

Fonte: Ministério da Saúde (2010).

A expectativa de vida ou esperança de vida ao nascer em Chapecó é maior do que a média de Santa Catarina e do Brasil (vide quadro 6).

Importante destacar que a esperança de vida de Chapecó, em 2000, foi 3,80% maior que a de Santa Catarina e 8,37% maior que a do Brasil.

Quadro 6: esperança de vida ao nascer em Chapecó, Santa Catarina e Brasil

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 1991 e 2000.

89 No campo da saúde, Chapecó em 2012 apresentou uma evolução positiva em relação à quantidade de leitos de internação hospitalar disponível em 2007, de acordo com o quadro a seguir.

O número total de leitos aumentou 10,1% de 2007 à 2012, bem superior à média estadual (3,7%) e a média nacional (0,6%).

Atualmente Chapecó conta com três hospitais: Hospital Regional do Oeste, Hospital Unimed e Hospital da Criança Augusto Müller Bohner.

Quadro 7: Número de leitos hospitalares por especialidade médica em Chapecó de 2007 à 2012.

Fonte: Ministério da Saúde (2012).

A taxa de alfabetização em Chapecó chegou a 93,90% em 2001, conforme o quadro 8.

Quadro 8: Taxa de alfabetização de Chapecó/SC.

Fonte: IBGE.

Em relação ao setor educacional Chapecó conta com várias instituições de ensino nos três níveis educacionais: fundamental, médio e superior.

Chapecó possui 10 instituições de ensino superior particulares, estaduais e federais, conforme o quadro 9.

90 Quadro 9: Instituições de Ensino Superior de Chapecó.

Fonte: SEBRAE, 2013.

Em relação a economia do município de Chapecó verifica-se um amplo destaque para as agroindústrias, que lideram em volume de bens e capitais produzidos. A cidade é conhecida ainda como a capital nacional das agroindústrias.

Segundo dados do IBGE e da Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina, em 2009 o PIB catarinense atingiu o montante de R$ 129,8 bilhões, assegurando ao Estado a manutenção da 8ª posição relativa no ranking nacional. No mesmo ano, Chapecó aparece na 6ª posição do ranking estadual, respondendo por 3,35% da composição do PIB catarinense.

Em 2012 o PIB de Chapecó foi de 5,2 bilhões de reais, correspondendo à sétima maior economia de Santa Catarina e a centésima vigésima sétima do Brasil.

Em relação ao PIB per capita o município de Chapecó, em 2009, possuía um PIB per capita da ordem de R$ 24.966,83, colocando-o na 32ª posição do ranking estadual. No período de 2002 a 2009, o PIB per capita do município apresentou evolução de 92,69% contra 110,42% da média catarinense.

Em 2012 o PIB per capita de Chapecó foi de R$ 27.819,37 colocando-o na 35ª colocação do ranking estadual.

Devido sua população ser majoritariamente urbana os setores de serviços e a indústria são os que mais tiveram participação no PIB Chapecoense em 2012. O setor de serviços lidera na participação do PIB de Chapecó, conforme a figura 58.

91 Figura 58: Participação dos setores da economia no PIB de Chapecó em 2012. Fonte: IBGE.

Além do setor de serviços a atividade industrial também se destaca na economia de Chapecó, tendo um papel histórico como visto em linhas anteriores tanto na atração populacional quanto na redefinição da expansão do sitio urbano da cidade.

O papel da indústria ou da agroindústria é tão importante para a economia Chapecoense que de acordo com Fujita et al (2009) das mais de 130 indústrias da cidade 12 delas são exportadoras e duas estão entre as 600 maiores indústrias brasileiras (Sadia em 63º e Cooperalfa em 511º).

Em relação a PEA11 (População Economicamente Ativa) verificou-se um

aumento no total de população apta ao trabalho de 52,2% no ano 2000 para 59,8% em 2010. Na figura 59 temos o percentual da População Economicamente Ativa de Chapecó em 2000 e 2010. Nota-se que houve um aumento 7,6 % na PEA do município de 2000 à 2010.

11 É um conceito elaborado para designar a população que está inserida no mercado de trabalho ou

92 Figura 59: Percentual da PEA de Chapecó nos anos 2000 e 2010.

Fonte: IBGE.

Verifica-se assim que o município de Chapecó apresenta indicadores sociais e econômicos que o colocam em um patamar acima da média nacional e estadual se constituindo de fato na mais desenvolvida cidade média do oeste catarinense e uma das mais prosperas cidades médias brasileiras.

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CAPÍTULO 2-DOS ASPECTOS HISTÓRICOS, CARACTERÍSTICAS,