• Nenhum resultado encontrado

DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

B- VI Minas Gerais Escala 1: 100.00 Brasília, DNPM/CPRM, 1991 161p.

2.2.3. Aspectos socioeconômicos

Na metade ocidental da FOLHA DE MARIANA (1993), abrangendo parcialmente os municípios de Alvinópolis, Mariana e Ouro Preto, integrando a região metalúrgica, as atividades socioeconômicas são voltadas essencialmente para a mineração e a metalurgia, devido às importantes jazidas minerais de ferro, bauxita, ouro e manganês aí existentes e relacionadas às seqüências supracrustais do Quadrilátero Ferrífero. A pobreza do solo nesta região não permite o desenvolvimento de atividades agrícolas expressivas, havendo, entretanto, extensas plantações de eucalipto, matéria-prima na manufatura do carvão

utilizado amplamente nos altos-fornos das indústrias metalúrgicas da região. As atividades turística e artesanal são relevantes nos municípios de Ouro Preto e Mariana devido à importância histórica.

Nos demais municípios da metade oriental da Folha, entre eles os de Alvinópolis, Dom Silvério, Barra Longa, Acaiaca, Ponte Nova e Diogo de Vasconcelos, estes dois últimos já na Zona da Mata Mineira, as atividades são essencialmente voltadas para a pecuária, com a criação de gado bovino leiteiro, à exceção do município de Ponte Nova, onde a indústria é uma das grandes fontes de renda, seguindo de perto a pecuária, estando representado principalmente por usinas açucareiras, com produção de açúcar, álcool e aguardente.

Os principais produtos agrícolas cultivados na região são a cana-de-açúcar, milho, café, arroz, feijão e fumo, todos produzidos em pequena escala, à exceção do primeiro, que é cultivado extensivamente no município de Ponte Nova.

Pelo fato de aspectos socioeconômicos de Ponte Nova terem sido descritos na FOLHA DE MARIANA (1993), deixaremos de citar os comentários feitos pela FOLHA DE PONTE NOVA (1991) sobre a cidade em pauta. Os demais municípios abrangidos pela FOLHA DE PONTE NOVA (1991), por estarem fora dos limites da sub-bacia em estudo, também não serão aqui descritos por serem irrelevantes para este trabalho.

A região onde se insere a FOLHA DE RIO ESPERA (1991) ainda é carente de recursos naturais de toda espécie. Boa parte de sua população, de maioria rural, ainda sobrevive dos mesmos produtos que alimentavam a energia escrava no ciclo do ouro, como o milho, o feijão e etc, contribuindo para acentuar as reminiscências do quadro de decadência desse ciclo.

Dados das FOLHAS DE MARIANA (1993), PONTE NOVA (1991) e RIO ESPERA (1991) mostram que nos últimos anos a produção cafeeira vem crescendo na região, principalmente nas cercanias das primitivas Minas Gerais e a cana-de-açúcar também é um produto que vem contribuindo para a modificação desse antigo quadro de decadência.

A indústria de caulim, desde a década de 1970, vem trazendo melhorias ao município de Braz Pires, sendo a garimpagem do ouro uma atividade incrementada nos últimos anos, principalmente no município de Piranga.

Contudo, apesar de um relativo quadro de pobreza, pode-se observar que a fome não atingiu a região, graças ao primitivo sistema de relacionamento na agricultura. O trabalho é pago com o próprio produto agrícola, que, por sua vez, é trocado, em parte, por

outros gêneros necessários à alimentação e à sobrevivência. Dessa forma, o valor do braço não está totalmente deteriorado, e é possível sobreviver com as próprias forças, o que nem sempre acontece nos grandes centros.

CAPÍTULO 3

METODOLOGIA

No desenvolvimento deste trabalho, foram processados os dados brutos de chuva e vazão obtidos junto aos bancos de dados da ANEEL (Agência Nacional de Água e Energia Elétrica), bem como da ALCAN - Alumínio do Brasil, (SANTOS, 1999). Esta etapa foi iniciada com a análise preliminar dos dados brutos sendo identificados os períodos de falhas nos registros. Foi, ainda, pesquisado o período base, isto é, o período de registros contínuos de chuva e vazão, em cujos dados se apoiam os modelos de regionalização. Posteriormente, foram feitos o preenchimento das falhas identificadas nos registros de chuva e vazão e a verificação da homogeneidade dos dados de chuva, esta última, servindo como elemento de análise de consistência desses dados. De posse de uma base de dados consistente, construíram-se as séries de máxima precipitação diária, de totais anuais precipitados e de totais do semestre mais chuvoso, bem como as séries de vazões máximas, mínimas e médias para cada uma das estações pluviométricas e fluviométricas, respectivamente. Com base nas séries de chuva máximas diárias, e empregando metodologia adotada pelo DNOS, as chuvas máximas diárias de diferentes recorrências foram convertidas em chuvas máximas de múltiplas durações, para gerar aqui os modelos de intensidade-duração-frequência (modelos i-d-f).

Numa etapa preliminar deste estudo, utilizaram-se as cartas topográficas do IBGE, em escalas 1:50.000, que foram digitalizadas, seguindo-se a delimitação e a caracterização fisiográfica da bacia do rio do Carmo e das sub-bacias associadas às diferentes estações fluviométricas, com a determinação das áreas de drenagem, dos comprimentos de talvegues, das declividades das sub-bacias e dos cursos d'água principais, além dos cálculos dos coeficientes de compacidade, dos fatores de forma e das densidades de drenagem.

Na etapa final do presente estudo, procedeu-se à regionalização das vazões com a construção dos modelos de regressão para as máximas, mínimas e médias, apoiando-se no programa computacional RH 3.0 - Regionalização Hidrológica, desenvolvido por EUCLYDES et al. (1999).

Ainda, considerada a importância do conhecimento das curvas de duração das vazões, o trabalho é completado com a construção destas curvas para quadro estações fluviométricas da bacia do rio do Carmo.

CAPÍTULO 4

Documentos relacionados