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Precipitações médias espaciais na bacia do rio do Carmo

r ix 2 representa o coeficiente de determinação da reta construída com os dados da

ESTAÇÃO ACAIACA JUSANTE (56335001)

5.4. Cálculo das precipitações médias espaciais

5.4.1. Precipitações médias espaciais na bacia do rio do Carmo

Para calcular as médias espaciais, tanto da precipitação total anual, quanto da precipitação total do semestre mais chuvoso e da precipitação máxima diária, fez-se uso de um módulo especial desenvolvido por EUCLYDES et al. (1999) juntamente com o programa RH3.0 – Regionalização Hidrológica. Nesse módulo são exigidas as coordenadas geográficas dos vértices dos polígonos que definem a área total da bacia, bem como os vértices dos polígonos que definem cada uma das sub-bacias, além das coordenadas geográficas e os valores das grandezas de cada estação pluviométrica, das quais se deseja obter o valor médio.

Os vértices das áreas envolvidas foram informados através de um arquivo DXF, obtido a partir do mapa da bacia previamente digitalizado no programa AutoCAD Map 2000 . Para o cálculo das médias, procurou-se utilizar as estações pluviométricas existentes no interior e no entorno da bacia do rio do Carmo. A Tabela 5.5 relaciona todos os elementos envolvidos como entrada para o programa RH3.0. Nela estão relacionadas as estações pluviométricas da bacia do rio do Carmo e as estações vizinhas. Convém esclarecer que, no total, são vinte e uma as estações pluviométricas. Contudo, doze delas não estão contidas dentro dos limites da bacia do rio do Carmo como mostra a Figura 5.4. Esta tabela traz, ainda, as coordenadas geográficas das estações em graus decimais e os respectivos valores das médias das séries anuais para a precipitação total anual, precipitação total do semestre mais chuvoso e precipitação máxima diária.

Com o fim de ilustrar os procedimentos adotados na quantificação da chuva média espacial, mas evitando-se uma extensa descrição de todo o processo, é mostrado apenas o cálculo da média espacial dos totais anuais precipitados, relativo à sub-bacia da estação fluviométrica Fazenda Paraíso (56240000). Os cálculos das médias dos totais anuais precipitados para as outras estações, bem como os cálculos das médias espaciais das chuvas máximas diárias e dos totais do semestre mais chuvoso, foram feitos de maneira análoga.

A Figura 5.3 ilustra as triangulações realizadas para o traçado das mediatrizes que definem os polígonos de Thiessen. Nesta figura, cada número inserido junto a um círculo identifica uma estação pluviométrica, de acordo com a ordem estabelecida e indicada na primeira coluna da Tabela 5.5.

A Figura 5.4 ilustra o resultado das triangulações realizadas com o traçado das mediatrizes, formando os polígonos de Thiessen, dos quais resultaram as áreas a serem usadas nas ponderações para o estabelecimento das precipitações médias sobre a sub-bacia da estação fluviométrica Fazenda Paraíso. Nesta figura, os números inscritos nos círculos são como descrito na Figura 5.3. Observar que várias estações nas Figuras 5.3 e 5.4 não tiveram qualquer influência sobre as médias calculadas para a sub-bacia considerada.

Para cada sub-bacia, a saída do módulo do programa RH3.0 fornece uma tabela contendo o número de referência da estação, a sua área de contribuição, a precipitação média da série anual, a fração da área de contribuição e a contribuição, em mm, para o valor médio sobre a sub-bacia considerada. Além desses valores, uma última linha da tabela mostra a área total da bacia e o total anual médio precipitado.

A título de exemplo, apresenta-se na Tabela 5.6 os elementos necessários à aplicação do método de Thiessen para o cálculo da média espacial referente ao total anual precipitado sobre a estação Fazenda Paraíso. O mesmo foi feito para obter as médias espaciais, tanto para o total precipitado no semestre mais chuvoso, quanto para a máxima precipitação diária.

Os resultados encontrados para as precipitações médias espaciais de todas as sub- bacias definidas pelas estações fluviométricas, e também para a bacia do rio do Carmo, para os três tipos de séries anuais, estão relacionados na Tabela 5.7. Conforme é apresentado na última linha, os resultados das médias espaciais sobre a bacia do rio do Carmo referente à precipitação total anual, precipitação do semestre mais chuvoso e máxima precipitação diária resultaram, respectivamente, em 1471,5, 1275,1 e 79,9 mm.

Figura 5.3 – Resultado das triangulações entre as Estações Pluviométricas para a obtenção das áreas de influência que entram no cálculo da precipitação média espacial pelo método de Thiessen - sub-bacia Fazenda Paraíso (56240000).

Figura 5.4 – Polígonos de Thiessen, que constituem as áreas de influência das Estações Pluviométricas, que entram como peso no cálculo da precipitação média espacial pelo método de Thiessen – exemplo para a sub-bacia da Estação Fluviométrica Fazenda Paraíso (56240000)

Tabela 5.5 – Estações pluviométricas usadas para o cálculo das médias espaciais pelo método de Thiessen, coordenadas geográficas em graus decimais, médias das séries da precipitação total anual, semestre mais chuvoso e máxima precipitação diária, em cada estação pluviométrica, em mm. ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS Longitude Latitude Média Total Anual Prec Média Sem. + Chuvoso Média Prec. Máx. Diária

Ord Código Nome (mm) (mm) (mm)

1 2043028 BICAS -43,23400 -20,35000 1518,2 1396,1 92,0 2 2043026 BRAZ PIRES -43,24190 -20,84750 1290,7 1086,8 70,7 3 2043019 CACHOEIRA DO CAMPO -43,66700 -20,33000 1360,5 1219,5 70,7 4 2043022 COLÉGIO CARAÇA -43,56670 -20,21670 1838,5 1691,5 101,6 5 2043027 FAZENDA OCIDENTE -43,09911 -20,26769 1413,4 1217,4 75,1 6 2043011 FAZENDA PARAÍSO -43,17994 -20,39039 1381,8 1197,9 83,5 7 2043008 MONSENHOR HORTA -43,28300 -20,35000 1487,7 1376,2 81,4

8 2043024 OURO PRETO (INMET) -43,50000 -20,38300 1430,2 1392,5 85,9

9 2043003 PASSAGEM DE MARIANA -43,43330 -20,38300 1651,7 1507,7 91,1

10 2043010 PIRANGA -43,29900 -20,69050 1367,3 1181,9 75,9

11 2042018 PONTE NOVA-JUSANTE -42,90270 -20,38470 1285,0 1104,4 83,3

12 2043017 PONTE SAO LOURENÇO -43,56670 -20,77000 1861,0 1595,3 76,0

13 2042009 PONTE NOVA -42,90000 -20,40000 1274,7 1081,7 72,2

14 2043014 PORTO FIRME -43,08800 -20,67030 1396,5 1197,6 82,5

15 2042016 SÃO MIGUEL DO ANTA -42,80667 -20,68250 1123,0 950,4 72,4

16 2042015 SERIQUITE -42,91722 -20,72610 1243,4 1040,7 77,7

17 2043025 USINA DA BRECHA -43,01667 -20,51670 1276,3 1077,1 82,6

18 2043007 VARGEM DO TEJUCAL -43,55000 -20,33000 1412,8 1256,7 71,6

19 Alcan CUSTÓDIO -43,50000 -20,46700 1688,6 1351,6 61,6 20 Alcan RIBEIRÃO DA CACHOEIRA -43,55000 -20,50000 1277,0 1087,6 71,9

21 2043009 ACAIACA-JUSANTE -43,14252 -20,36275 1371,3 1200,1 79,6

Tabela 5.6 – Estações pluviométricas utilizadas no cálculo das médias espaciais pelo método de Thiessen, com as respectivas contribuições de cada estação pluviométrica para a média da precipitação total anual, referente à sub-bacia associada à estação fluviométrica da Fazenda Paraíso.

Estação Pluviométrica

Área

(km2) Total anual P (mm) Fração da Área Contribuição (mm)

17 0,3487 1276,0 0,0004 0,5 20 282,8208 1277,0 0,3302 421,6 3 15,5067 1361,0 0,0181 24,6 10 51,2870 1367,0 0,0599 81,9 6 174,9788 1382,0 0,2043 282,3 18 2,5345 1413,0 0,0030 4,2 8 12,3287 1430,0 0,0144 20,6 7 48,3509 1488,0 0,0564 84,0 9 82,5517 1652,0 0,0964 159,2 19 185,8990 1689,0 0,2170 366,5 Total 856,6070 - - 1. 445,3

Tabela 5.7 – Resultados obtidos pela aplicação do método de Thiessen para o cálculo das médias espaciais da precipitação total anual, semestre mais chuvoso e máxima precipitação diária, para todas as sub-bacias que compõem a bacia do rio do Carmo.

Ord Código Sub-bacias associadas às estações fluviométricas Rio Anual Total (mm) Sem. + Chuv. (mm) Precip. Máxima (mm)

1 56170000 Vargem do Tejucal Ribeirão da Cachoeira 1282,7 1096,6 71,8 2 56240000 Fazenda Paraíso Gualaxo do Sul 1445,3 1233,6 74,8 3 56335001 Acaiaca-Jusante rio do Carmo 1471,8 1286,9 78,7 4 56337000 Fazenda Ocidente Gualaxo do Norte 1536,9 1304,3 84,9

--- --- Bacia do rio do Carmo rio do Carmo 1471,5 1275,1 79,9

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