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ASSINATURA DE PUBLICIDADE

Não é tarefa específica do programador visual, que projeta identidades visuais, fazer propaganda. No entanto, é importante que ele investigue e estabeleça algumas possibilidades de uso dos elementos institucionais em peças publicitárias.

- Como logotipo e símbolo irão se relacionar entre si (assinatura visual). - Se eles terão uma boa leitura quando vazados sobre uma foto, por exemplo. - Especificar se existem cores que não poderão ser usadas como fundo para os elementos, pois não combinam de forma alguma com as cores institucionais ou são ilegíveis.

- Ter noção de que as cores padrão especificadas no projeto terão uma "tradução" visual quando impressas em policromia, em revistas e outdoors, ou usadas

na TV e na Internet.

- Quais as possibilidades de animação dos elementos, para uso em vinhetas de TV, cinema e Internet.

- Lembrar que, numa campanha publicitária, a consistência e a memorização são maiores quando elementos institucionais são colocados sempre no mesmo

Também é interessante notar o emprego das marcas na publicidade, como o tema central das campanhas. Nesses casos, não é raro ver os elementos institucionais alterados ou estilizados, num grau de liberdade que dificilmente

estaria previsto pelos seus criadores, certamente não figurando entre as normas para a sua aplicação.

O POSICIONAMENTO PUBLICITÁRIO FAZENDO NASCER UM SÍMBOLO.

Coincidentemente, são dois casos de cervejas que só tinham logotipos:

"Skol, a cerveja que desce redondo", teve este conceito traduzido graficamente por um sinal que virou símbolo. Terminou sendo aplicado em peças de publicidade, merchandising no ponto-de-venda e até substituindo a letra "o" do seu logotipo, na pintura de seus caminhões de entrega.

- "Brahma, refresca até pensamento" foi representado por um balloon, que também acabou por se tornar um símbolo. Este vem sendo usado como tal

em vários itens de sua comunicação.

Nos dois casos, fica a pergunta, quando as marcas optarem por outros temas, como ficarão esses símbolos? Provavelmente estamos presenciando o surgimento de uma nova categoria de identidades visuais, as temáticas.

SINALIZAÇÕES

Devido à sua complexidade, na maioria das vezes as sinalizações, externas ou internas constituem projetos à parte. Porém, é comum que sejam desenvolvidas juntamente com as identidades visuais.

As sinalizações são compostas, basicamente, por quatro itens:

- Alfabeto: escolhido em função de sua legibilidade e qualidades de leitura a distância. Não tem que ser, necessariamente, o padrão.

- Esquema cromático: que se integre ou se destaque no ambiente, permita contrastes para uma boa leitura e a hierarquização das informações. - Pictogramas: sinais gráficos, abstratos ou figurativos, usados para informar

sem o auxílio de palavras.

- Suportes: as bases (placas, totens, quadros etc.) onde a sinalização será aplicada.

Mais uma vez é recomendável, antes mesmo de iniciar a criação, tomar contato com empresas especializadas na produção. Existem vários sistemas prontos, que podem ser personalizados para seu cliente, economizando tempo e dinheiro. Caso seja recomendável uma solução especial, esses profissionais lhe serão muito úteis na orientação dos sistemas e processos de fabricação e de instalação.

Uma sinalização deve orientar o público, interno e externo, que se utiliza de determinado espaço. Com isso, facilitar o fluxo das pessoas e trasmitir uma sensação de organização e segurança, além de economizar seu tempo. Em termos de estilo, deve integrar a identidade visual ou o ambiente a ser sinalizado.

ESTANDES

Nos projetos dos estandes deve-se, basicamente, prever o uso dos elementos institucionais em testeiras, painéis, luminosos, itens tridimensionais e outros, que seriam usados para identificar a marca.

Numa feira estão reunidos, num mesmo espaço, vendedores e compradores de determinado mercado. Dessa forma, o volume de transações aí realizadas é muito significativo. Os estandes devem ser vistos como extensões das empresas, integrando-se perfeitamente aos conceitos que elas pretendem transmitir a seus públicos.

Nos estandes, os meios para a aplicação das identidades são os mesmos utilizados na identificação das instalações e nas sinalizações.

BRINDES

Tenha certeza, um dos primeiros usos incorretos de uma identidade visual é quase sempre um brinde. Chaveirinhos, agendas, caixas de fósforo e outras, encomendadas pelas empresas, costumam ser desenvolvidas por fornecedores que dão suas "contribuições" ao projeto original, distorcendo-o. Assim, é bom especificar o uso da identidade, pelo menos em alguns desses itens, que servirão como guia para o desenvolvimento de outros.

MANUAIS

O conjunto dos elementos institucionais e as regras que irão reger sua aplicação a todos os itens vistos até aqui constituem o que chamamos de um manual de identidade visual. Ele será o guia para a implantação e a manutenção do projeto.

Do manual deve constar absolutamente tudo. Os elementos institucionais, as assinaturas visuais e seus empregos. Ele deve ser simples e objetivo, exemplificando visualmente o que pode e o que não pode ser feito.

Uma identidade visual é uma coisa viva, que está sempre em constante aperfeiçoamento e atualização. Assim, se for impresso, o melhor é que o manual tenha suas folhas soltas, permitindo acrescentar ou substituir especificações.

A mudança ou criação de uma identidade visual é uma decisão política. Logo, o manual deve ser apresentado pelo principal executivo da empresa, o que irá ajudar a conscientizar todos os envolvidos no processo quanto à sua importância. Cópias impressas e arquivos eletrônicos do manual devem ser fornecidos a todos que estiverem de alguma forma relacionados a projetar, encomendar ou produzir itens da identidade visual. Isso será a garantia de ela se manter uniforme.

Existem manuais de todos os tipos, dos mais completos e sofisticados, que chegam a apresentar um volume para cada espécie de aplicação (impressos, identificação das instalações, merchandising etc), aos que se resumem a algumas poucas páginas, onde as diretrizes básicas são apresentadas.

Qualquer que seja o caso, é fundamental que ele seja efetivamente observado. Só isso fará com que a identidade visual se apresente de forma realmente consistente em todos os detalhes e esse, como já vimos, é o seu verdadeiro segredo.

Além de todos os assuntos que já vimos, nos manuais mais completos costumam figurar mais dois itens. O primeiro, exemplos de usos incorretos da assinatura visual, uma espécie de seguro contra as interferências nas especificações técnicas, onde os tipos de erro mais óbvios são listados.

O segundo, folhas com originais de logotipo e símbolo e das cores padrão. Quase sempre essas folhas vêm picotadas, para facilitar o fornecimento de amostras exatas aos envolvidos na produção, evitando que a identidade visual seja mal aplicada.

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