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Assistência Técnica e Gerencial – ATeG

No documento Administração Regional Espírito Santo (páginas 26-35)

4.4. Desempenho operacional

4.4.1.9. Programas Especiais

4.4.1.9.3. Assistência Técnica e Gerencial – ATeG

O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR-AR/ES, tem como objetivo oferecer a assistência técnica e gerencial e a formação profissional aos produtores rurais atendidos, além de proporcionar a adequação ambiental das propriedades e regularizar aspectos legais exigidos dos estabelecimentos rurais. Ainda permite aferir receitas financeiras satisfatórias, através do cálculo financeiro das atividades e controle das despesas, e, assimilar melhor o que recebe via assistência técnica e através das capacitações profissionais. O programa vem atender uma lacuna existente no setor rural brasileiro, com objetivo de capacitar proprietários rurais e suas equipes, proporcionando mudanças de caráter gerencial e técnico das propriedades rurais atendidas, de forma controlada, orientada e assistida.

O programa contempla, ao todo, 353 propriedades rurais (2016) com 2.090,85 ha tanto de formação, produção e renovação dos cafeeiros (Figura 1).

www.senar-es.org.br Página 25/66 Figura 1. Área total em hectares de café assistidos pelo ATeG.

Os produtores são assistidos mensalmente (uma visita de 4 horas por propriedade de forma individualizada, e seguindo os 5 passos que estão discriminados na Figura 2) gratuitamente por um período de 2 anos. Para cada grupo de 20 a 25 propriedades rurais é designado um técnico de campo na área de Café Conilon ou Café Arábica, de acordo com a região e fatores edafoclimáticos característicos, com um total de 15 técnicos, contando com apoio de um Engenheiro Agrônomo na supervisão direta, que se reporta ao Coordenador Estadual, à Coordenação Nacional e a Coordenação local (Sindicatos Rurais).

Figura 2. Os 5 (cinco) passos da Assistência Técnica e Gerencial do SENAR.

A primeira cadeia assistida no Espirito Santo está sendo o café (projeto piloto), por ser a principal atividade agrícola do Estado e, consequentemente, a maior receita da Instituição, além do baixo nível tecnológico adotado na maioria das propriedades da região Sul do Espirito Santo, para ilustrar, somadas as produtividades dos cafezais dos 28 municípios da região Sul, não se tem a produção do município de Jaguaré-ES (no Norte do Estado). Pouca tecnologia sendo aplicada de forma controlada na região pode surtir grande efeito na arrecadação do SENAR-AR/ES.

www.senar-es.org.br Página 26/66 O Programa ATeG teve um custo de R$ 958.395,00 no ano de 2016, incluindo hora técnica e supervisão, treinamentos dos técnicos e supervisores responsáveis pelas empresas credenciadas, visitas técnicas, placas para identificação das propriedades assistidas e crachás dos técnicos das empresas credenciadas. No Quadro 1, estão dispostos os valores gastos diluídos, por propriedade no ano de 2016 e por propriedade em cada mês.

Quadro 1. Custos da assistência técnica e gerencial por propriedade em 2016. Custo (R$)

Propriedade/ano R$ 2.715,00

Propriedade/mês R$ 226,25

Com a assistência técnica e gerencial, o técnico responsável pela empresa credenciada visita a propriedade todos os meses, por 4 horas. Com isso, vê a necessidade de treinamentos para aperfeiçoamento, tanto para os produtores de café como para seus parceiros (meeiros) e seus familiares, visando à sucessão familiar no campo. Em 2016, foram demandadas 80 ações de FPR e PS, atingindo 226 produtores assistidos (64%) (Figura 3). Vale ressaltar que as Ocupações: “Classificação de café” e “Gestão de Pequenas Propriedades Rurais”, foram demandas pelo grupo de produtores assistidos, o primeiro para que os produtores conheçam a qualidade do seu café e o segundo, visando à integração dos parceiros (meeiros).

Figura 3. Produtores assistidos que participaram em treinamentos de FPR e PS.

Em 2015 foram assistidas 407 propriedades rurais de café, por questão de adaptação, aceitação ou até mesmo casos em que produtores venderam as suas propriedades e até morte de produtores e familiares, em 2016 passou a serem assistidas 353 propriedades (Figura 4).

Mesmo com a grave crise hídrica que o Estado do Espirito Santo sofreu nos últimos 3 anos (2014, 2015 e 2016) e com a bianualidade da produção de café, com a assistência técnica e gerencial do SENAR-AR/ES atuando em 2016, teve um aumento médio de 2,41% na produtividade de café

www.senar-es.org.br Página 27/66 (Sacas/ha de arábica e conilon) (Figura 4), o que comparando com a média segundo MAPA (2017) o aumento da safra de 2014/2015 foi de 8,6% e de 11,24% comparando com a safra 2015/2016 (Figura 5). Teve um aumento de solicitações de 321% das ações de FPR e PS de 2015 e 2016, devido à necessidade dos produtores e parceiros aprenderem o que vivenciam na prática da assistência tanto técnica como gerencial (Figura 4).

Figura 4. Comparativo de 2015 e 2016 – Quantidade de propriedades assistidas, Produtividade (Sacas/hectare) e quantidade de Treinamentos (FPR e PS).

Figura 5. Comparativo de produtividade das safras 2014/2015 e 2015/2016 com dados do MAPA(2017).

Na Figura 6 está disposta a quantidade de propriedade assistida por município do Sul do Estado. Figura 6. Quantidade de propriedades assistidas por município em 2016.

www.senar-es.org.br Página 28/66 Com a assistência mensal aos produtores, os técnicos de campo viram a necessidade de complementar as ações do ATeG com a parte Ambiental e Sustentável, iniciando assim, em abril de 2016 o sistema integrado para aferição do desempenho econômico, social e ambiental apresentado com o objetivo de auxiliar a gestão de estabelecimentos rurais - ISA – Indicadores de Sustentabilidade em Agroecossistemas. O sistema é composto por um conjunto de 23 indicadores que abrangem os balanços econômico e social, o gerenciamento do estabelecimento, a qualidade do solo e da água, o manejo dos sistemas de produção e a diversificação da paisagem e o estado de conservação da vegetação nativa. Valores no intervalo de 0 a 1 são gerados para cada indicador. Considera-se 0,7 o valor de referência para um bom desempenho ambiental, social ou econômico. A média aritmética simples dos 23 indicadores de sustentabilidade resulta em um índice final do estabelecimento avaliado. Com o apoio de imagens de satélite e levantamento decampo são gerados croquis do estabelecimento rural, por meio de técnicas de geoprocessamento, contendo o uso e a ocupação do solo e a identificação das Áreas de Preservação Permanente (APPs).

O sistema ISA foi aplicado nas propriedades assistidas em abril de 2016 e depois feita outra análise nas mesmas propriedades em janeiro de 2017 (Figura 7, 8 e 9). Com a aplicação do ISA, obtiveram-se vários resultados nas propriedades como: implantação de caixas de contenção; proteção do solo (diminuição do uso de herbicidas, aumentando a matéria orgânica do solo); construção de local para armazenamento de defensivos agrícolas; utilização de EPIs; treinamentos quanto à utilização de produtos fitossanitários; construção de fossas sépticas.

www.senar-es.org.br Página 29/66 Pode-se observar na Figura 7, que a propriedade avaliada teve uma melhora significativa no balanço econômico, gestão de estabelecimento e qualidade da água. Assim como, nos aspectos socioeconômicos, conforme Figura 8, evolução patrimonial, qualidade de empregos gerados, gerenciamento de resíduos e segurança do trabalho.

Figura 8. Comparativo dos Aspectos Socioeconômicos–Safra 14/15 e 15/16 ISA.

E, na Figura 9 pode observar a melhora nos aspectos de qualidade da água, estradas e diversificação da paisagem.

www.senar-es.org.br Página 30/66 Figura 9. Comparativo dos Aspectos Ambientais – Safra 14/15 e 15/16 – ISA.

Esses resultados foram obtidos devido a uma analise técnica mais sistemática da propriedade com informações mais precisas para abordagens social e ambiental, facilitando as tomadas de decisões por parte do produtor rural.

Painel Rural e Viagens Técnicas

O Estado do Espirito Santo tem a pecuária de leite como um dos pilares de sua economia primária, e a grande parte da produção advém de pequenos e micros produtores, que têm pouca ou nenhuma influência sobre os laticínios para alcançar preços que lhes permita cobrir os custos de produção e ainda remunerar seu trabalho.

A fabricação de queijos, a partir de leite cru, é uma tradição do nosso estado, sendo reconhecido por suas características organolépticas, e, quando seguidas as recomendações técnicas e higiênico-sanitárias, o queijo capixaba alcança qualidade inigualável.

Entretanto, a comercialização de queijos artesanais, invariavelmente, esbarra em barreiras impostas pela legislação, que impedem o produtor de comercializar sua produção, deixando à mercê de encaminhar o leite produzido em sua propriedade para único mercado possível, que são os laticínios.

A produção de queijos artesanais também desponta como impulsionador da cadeia de agroturismo, que pode também incrementar a renda das famílias rurais.

No estado de Minas Gerais, os produtores de queijos artesanais da região da Serra da Canastra, conseguiram a certificação de registro de Indicação Geográfica do Queijo de Minas Artesanal Canastra, por parte do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) que, além de agregar

www.senar-es.org.br Página 31/66 valor ao produto ainda permitiu sua comercialização em todo o pais, através de autorização do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Instrução Normativa 74).

Nos últimos três (3) anos (2013 a 2015), o SENAR-AR/ES realizou 126 treinamentos para trabalhadores na Produção de Derivados de Leite, capacitando ao todo, 1.911 produtores rurais.

Com isso, foi realizado no dia 30 de março de 2016, no Itamaraty Hall em Vitória - ES, o 1°Painel Rural - Simplificando a Legislação – Exemplo do Queijo Canastra, com a participação de trezentos e quarenta (340) produtores e lideranças rurais de todo o estado do Espirito Santo.

Como desdobramento e tendo em vista o grande interesse demonstrado pelos produtores de queijos artesanais que participaram do 1°Painel Rural, foi realizada uma viagem técnica para conhecer in loco a região da Serra da Canastra de 07 a 10 de agosto de 2016. Foram vinte e cinco (25) produtores rurais de todo o Espirito Santo, a Serra da Canastra que conheceram as histórias de pequenos a grandes produtores que contam com o auxilio de cooperativa forte e consolidada, tiveram a oportunidade de conhecer para melhorar a qualidade dos produtos.

E, no período de 22 a 26 de junho de 2016, cinquenta e quatro (54) produtores e lideranças rurais participaram da Feira Megaleite em Belo Horizonte – MG, com o objetivo de oportunizar a qualificação técnica dos produtores rurais, por meio de visitação ao evento e também a propriedades relacionadas à cadeia produtiva da pecuária de leite próximas da região de onde será realizado o evento.

Dos dias 27 a 29 de abril de 2016, em Ribeirão Preto – SP foram quarenta e seis (46) produtores e lideranças rurais, instrutores e técnicos de campo credenciados ao SENAR-AR/ES na Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow, que é considerada uma das maiores e mais completas feiras de tecnologia agrícola do mundo e um dos principais agentes de estímulo ao produtor rural, pois é uma vitrine das mais avançadas tendências e inovações tecnológicas para o agronegócio. Mais de 800 marcas em exposição, que levam inúmeras novidades em termos de máquinas, implementos agrícolas, sistema de irrigação, acessórios, peças, entre outros produtos necessários ao aumento da produtividade do cultivo dos produtores rurais, necessário à redução dos custos e aumento da rentabilidade do agronegócio brasileiro.

De 18 a 25 de junho de 2016, em Holambra – SP aconteceu a 23° Hortitec 2016 (Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas) e, foram do Espirito Santo quarenta e sete (47) produtores, lideranças rurais e instrutores credenciados ao SENAR-AR/ES, em que ampliaram os conhecimentos de técnicas e manejos para a produção de flores e folhagens, novas tecnologias, máquinas, equipamentos para cultivo, conheceram propriedades no cultivo de flores e receberam orientações de como o produtor pode fazer para ter mais sucesso em sua produção.

No dia 03 de agosto de 2016, cinquenta e um (51) produtores de conilon assistidos e técnicos de campo credenciados ao SENAR-AR/ES, visitaram 2 propriedades altamente tecnificadas em Jaguaré-ES, os produtores viram técnicas para minimizar o impacto da falta de chuva na região e, no dia 04 de agosto de 2016, os participantes foram ao Simpósio de Conilon na UFES de São Mateus-ES, onde o objetivo maior foi com relação ao clima e a pluviosidade.

www.senar-es.org.br Página 32/66 4.4.1.10. Programa Agrinho

O Programa Agrinho tem como objetivo, contribuir com a formação da consciência de cidadania dos alunos e na melhoraria da qualidade de vida da comunidade em que vivem. Desenvolvem, junto às secretarias municipais de educação, temas transversais de relevância social dentro dos currículos escolares, abordando principalmente os assuntos “Saúde”, “Meio Ambiente”, “Trabalho e Consumo” e “Ética e Cidadania”, tendo como base o eixo norteador “Saber e Atuar Para Melhorar o Mundo”.

O Programa prioriza a criança e o adolescente, alunos das escolas municipais de ensino fundamental, da educação infantil e especial, transformando-os pela educação, em agentes de melhoria das condições sociais e econômicas da família e da comunidade onde vivem.

Em 2016, o Programa Agrinho desenvolveu, como eixo principal, o tema “Ética e Cidadania”, contemplando os seguintes assuntos:

• Educação e cultura na construção da cidadania; • Instrumentos de exercício de cidadania;

• Direitos e deveres; • Estado e poder; e • Nossos símbolos

4.4.1.10.1 – Demonstrativo dos custos do Programa Agrinho no Exercício 2016

VALOR ANUAL PREVISTO

VALOR ANUAL REALIZADO

CUSTO MÉDIO (R$)

Por Aluno Por Educador Por Município

R$ 168.000,00 R$ 209.244,00 R$ 3,24 R$ 52,78 R$ 4.982,00

Fonte: Sistema WEB

4.4.1.10.2 – Gráfico – Demonstrativos de Resultados de Alunos e Professores do Programa Agrinho

www.senar-es.org.br Página 33/66 4.4.1.10.2 – Gráfico – Demonstrativos de Resultados de Escolas e trabalhos do Programa Agrinho

Fonte: Sistema WEB

4.4.2. Apresentação e análise de indicadores de desempenho

O SENAR-AR/ES utiliza como indicadores para avaliar o desempenho da gestão, a eficácia, a eficiência, a economicidade, a qualidade e a efetividade, tendo como base os objetivos preconizados e os resultados efetivamente alcançados.

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