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Como já vimos na razão 2, onde apresentamos o cântico de Moisés e do Cordeiro, a questão central das pragas é mostrar que Deus é justo em tudo. Ele é fiel e amoroso naquilo que faz para cada ser humano, inclusive em Seus juízos: “Tu és justo, Tu que és e que eras [...]. Certamente, ó Senhor Deus, Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os Teus juízos” (Apocalipse 16:5-7). Em tudo o que abrange a interação de Deus com Seu povo e com este mundo, Ele tem sido amoroso, fiel e justo. É verdade que o livro de Apocalipse apresenta um retrato de crescentes dificuldades e desastres na Terra à medida que passamos pelos selos, trombetas e pragas. Mas em tudo o que Deus faz, Ele tem um propósito em mente: salvar todos os que permitirem que Ele os redima. Seu objetivo é ter misericórdia de todos, como mostra Paulo em Romanos 11:32: “Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.”

Tudo o que Deus quer é salvar. Se mantivermos os olhos focalizados em Cristo e em Sua promessa, essa boa-nova nos dará certeza e esperança. Não precisaremos temer o juízo.

Lembre-se do que vimos no capítulo 5, “Vida Eterna Agora”. Se estivermos em Cristo, já passamos da morte para a vida e já fomos julgados. O juízo de Deus é uma boa-nova, pois significa que Ele colocará um fim em todos os problemas trazidos pelo pecado. Pestilências, perseguições e pragas dão lugar a um novo céu e uma nova Terra, como veremos no capítulo seguinte.

Por essa razão, o pensamento sobre o juízo de Deus não somente deve ser livre de medo e pânico – ele dever ser algo que almejamos. Para nós, deve ser motivo de grande alegria saber que, no fim de tudo, não serão os problemas ou as pragas que terão a última palavra, mas sim o juízo fiel e justo de Deus que prevalecerá. É por isso que, em Salmos 96, vemos um quadro de júbilo acerca do juízo. O salmista nos diz que devemos cantar e nos alegrar porque Deus vem julgar. E esse júbilo brota não apenas dos seres humanos, mas do mundo inteiro. Toda a natureza se une em louvor a Deus pelo Seu juízo.

Adorai o Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dEle, todas as terras. Dizei entre as nações: Reina o Senhor. Ele firmou o mundo para que não se abale e julga os povos com equidade. Alegrem-se os céus, e a Terra exulte; ruja o mar e a sua plenitude. Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se todas as árvores do bosque, na presença do Senhor, porque vem, vem julgar a Terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a Sua fidelidade (Salmo 96:9-13).

Que regozijo se vê em toda a criação! Até o juízo é uma boa notícia. Pestilências, perseguições e pragas não são motivos para pânico, pois nosso foco deve estar na grande promessa de salvação.

Uma ocasião, quando o meu filho estava na escola primária, ele considerou que tinha uma boa razão para estar em pânico. Um dia, ao voltar para a escola depois de um recesso, seu professor lhe informou que o diretor queria falar com ele em seu escritório. Convenhamos, quando você está no ensino fundamental, a coisa mais assustadora é ter que ir à sala do diretor. Aquela longa caminhada pelo corredor até o temido escritório deixa qualquer criança em pânico. Para piorar, meu filho sabia exatamente por que ele estava sendo chamado à sala do diretor, e ele sabia que era culpado. Durante o recesso, ele havia se envolvido em uma luta com pelotas de barro com outro estudante e, agora, tinha certeza de que aquela era a razão para o diretor querer falar com ele. E mais: ele escutou aquela história que os alunos veteranos contam para os novatos sobre a palmatória pendurada na parede da sala do diretor. E não era uma palmatória qualquer. Tinha pregos por toda a superfície. Se você fosse chamado à sala do diretor, sentiria o terror daquele instrumento de tortura. E o mais assustador de tudo: a briga com pelotas de barro tinha sido com o filho do diretor! De fato, era um menino muito assustado o que entrou naquele escritório. A primeira coisa que ele fez foi olhar em volta, à procura da palmatória pendurada na parede. Não estava ali. Em vez de mostrar a ira esperada, o diretor sorriu e disse: “Larry, eu gosto de você e não queria que você se machucasse. Esse negócio de atirar pelotas de barro realmente pode ferir você. É possível você passar sem essas lutas de pelotas de barro? Eu acho que você pode. Agora, pode sair, e aproveite bem o seu dia.”

Meu filho saiu dali com um largo sorriso e um profundo suspiro de alívio. Em vez da ira esperada, ele encontrou amor e graça.

O mesmo ocorre com Deus. Até mesmo Seu juízo é uma boa​-nova. Podemos nos unir ao mundo inteiro nessa jubilosa esperança ao cantarmos: “Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se todas as árvores do bosque, na presença do Senhor, porque vem, vem julgar a Terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a sua fidelidade” (versos 12 e 13).

Muito do que temos visto até agora tem que ver com o tempo anterior à volta de Jesus. O que acontecerá? Como devemos viver? Neste capítulo, focalizamos o que ocorre depois do retorno de Jesus. Antes, porém, vamos recapitular brevemente alguns acontecimentos anteriores à Sua vinda. Vimos que o mundo ficará muito pior com os eventos que antecedem o segundo advento de Cristo. Uma série de pragas trará desastres e catástrofes. Deus, contudo, continuará a cuidar de Seu povo. E a história seguirá seu curso até o fim. Como disse Jesus, as pessoas estarão cuidando de seus afazeres normais assim como, no tempo do dilúvio, as pessoas comiam, bebiam e casavam seus filhos, desapercebidas do desastre iminente. Vejamos o que Jesus diz em Mateus 24:37-39: “Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.”

Em outras palavras, as pessoas iam trabalhar, compravam ações, vendiam casas, mandavam os filhos para a escola, se arrumavam para casamentos, conversavam com os amigos pelo Facebook, e uma infinidade de outras atividades diárias, até o momento da vinda de Jesus. Eles não estavam esperando nada diferente do normal e costumeiro.

Mas o anormal acontecerá de repente. Jesus aparecerá nas nuvens do céu de uma maneira visível e audível para que todos O vejam. Será como um relâmpago que se estende de horizonte a horizonte, e cada olho O verá. A voz do arcanjo chamará, e a trombeta soará. Enquanto Jesus paira sobre a Terra, as sepulturas se abrem, e os que confiaram em Deus para a sua salvação saem das tumbas. É, em realidade, um ato de recriação. Deus chama essas pessoas para a vida e as transforma. Elas passam a ter um novo corpo, tal como o de Cristo, não mais sujeito à morte. Como diz Paulo em Filipenses 3:20, 21: “Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da Sua glória, segundo a eficácia do poder que Ele tem de até subordinar a Si todas as coisas.”

Esse novo e glorioso corpo será imortal e incorruptível, como mostra Paulo em 1 Coríntios 15:51-54:

Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.

A transformação ocorre não apenas com os mortos ressuscitados naquele momento, mas também com os justos ainda vivos quando Cristo chegar. Também eles receberão um corpo imortal e incorruptível. Então, junto com os que ressuscitaram, eles serão levados para as nuvens, e os dois grupos se unirão a Cristo para com Ele estar para sempre, como vemos em 1 Tessalonicenses 4:15-17:

Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.

A fim de descobrir o que acontece depois da segunda vinda, precisamos ir novamente ao livro de Apocalipse, especialmente aos três últimos capítulos. No capítulo 20, verso 4, vemos o grupo que acabamos de mencionar, a saber, os justos mortos, agora ressuscitados, e os justos vivos, que os acompanham. Aparentemente, é permitido a eles ver a obra do juízo divino e afirmar que Deus tem sido justo e verdadeiro em todo o Seu tratamento com a humanidade. Apocalipse 20:4-6 declara: Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele os mil anos.

Os remidos de todas as eras se unirão a Cristo no Céu e ali viverão com Ele por mil anos. Durante esse tempo, receberão autoridade para examinar a obra de julgamento de Deus para confirmar se ela foi justa em todos os aspectos. Esse grupo pertence à primeira ressurreição. A segunda morte, que é a morte final e definitiva, não terá poder sobre eles. Sua morte na Terra foi apenas um sono temporário do qual Deus os acordará com o clamor do anjo e o som da trombeta. Transformados, eles estarão imunizados contra a morte.

A passagem, porém, faz referência a outro grupo – “os restantes dos mortos”. Os que compõem esse grupo são diferentes dos justos que morreram. Eles são os ímpios mortos. Permanecem em suas sepulturas até que os mil anos terminem, o que significa que não serão ressuscitados ao Jesus voltar. Em vez disso, eles simplesmente continuam mortos durante todo esse período e não recebem a bênção dada ao primeiro grupo. Então, por mil anos, os justos habitarão no Céu com Cristo, enquanto os ímpios permanecerão na Terra.

E onde está Satanás durante o milênio? Ele se encontra acorrentado circunstancialmente, pois não tem mais a quem tentar. Os justos estão no Céu, e os ímpios estão mortos. Ele é deixado no abismo (Terra destruída) para pensar no que fez, conforme lemos em Apocalipse 20:1-3: “Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.”

O diabo fica simplesmente aprisionado por mil anos sem ter ninguém para enganar. Mas, de acordo com nosso texto, no fim desse período, ele será libertado por pouco tempo. Para compreender o que vem a ser isso, precisamos fazer uma importante inferência a partir do verso 5 e, então, avançar até o verso 7 de Apocalipse 20. Conforme você pode ver na tradução que estamos usando, o verso 5 é uma declaração parentética. Ela anuncia que o restante dos mortos – isto é, os ímpios – não ressuscitarão até que os mil anos se acabem, o que sugere uma ressurreição dos ímpios no fim desses mil anos.

De acordo com o verso 7, isso dará ao diabo outra oportunidade para seduzir seus seguidores. Ele procurará organizar os justos para derrotar a Deus e Seu povo: “Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da Terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da Terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu” (versos 7-9).

Gogue e Magogue vêm de Ezequiel 38 e 39. Aqui em Apocalipse, a expressão é uma referência à batalha final em que Satanás e os ímpios, depois da ressurreição que ocorrerá no fim dos mil anos, tentarão usurpar a cidade de Deus ao ela descer até a Terra. Mas o fogo os devorará, consumindo-os totalmente. De acordo com o verso 14, essa é a segunda morte. Para

ela não há ressurreição. É a morte final, definitiva, que trará fim ao pecado. Embora não seja, naturalmente, o desejo de Deus que ninguém sofra a segunda morte, ainda assim Ele respeita a liberdade daqueles que não desejem fazer parte de Seu reino. Eles escolheram rejeitar a Deus e, uma vez que Ele é a fonte da vida, perderão a vida eterna para sempre. É nesse ponto, após os mil anos, que Deus trará o lar dos remidos desde o céu até à Terra. Seu desejo é restaurar nosso planeta para que ele volte ao estado original como era antes que o pecado aqui entrasse e maculasse sua perfeição. Depois da derrota e destruição final de Satanás e de suas forças, Deus restaurará nosso mundo.

Vi novo Céu e nova Terra, pois o primeiro Céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do Céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E Aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras (Apocalipse 21:1-5). Imagine um mundo sem dor, sem pranto nem morte. É isso que Deus está preparando para os remidos. Ao terminarem os mil anos, esse mundo existirá para sempre. Nunca mais o pecado se levantará para destruir a beleza da ordem divina. Por toda a eternidade, os remidos estarão na presença divina. Ele será o seu Deus, e eles serão o Seu povo. Vemos, assim, que a esperança final de salvação não é escapar da Terra, mas é viver em uma Terra renovada. Não é viver sem um corpo, mas é viver com um corpo novo e glorioso. Não é uma existência etérea em um mundo espiritual, mas é a vida vivida neste planeta como era a intenção original do Criador. A esperança cristã não é uma fantasia, mas a restauração de tudo o que existe de bom na vida que Deus criou para nós desde o princípio. Os que viverão na cidade de Deus comerão da árvore da vida e beberão livremente da água da vida (ver Apocalipse 22). E a melhor notícia é que todos nós estamos convidados. Tudo isso pode ser nosso. Deus quer assim. Tudo o que precisamos fazer é depositar nossa confiança nEle e aceitar o convite que encontramos em Apocalipse 22:17: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.”

Para mim e minha esposa, nada é melhor do que ter nossos filhos e os três netos em casa, todos ao mesmo tempo. Sempre tentamos fazer desses raros momentos algo superespecial. Um dia, levamos os meninos à Disneylândia, também conhecida como o Reino Encantado, para que se divertissem um pouco. Dois deles de fato se divertiram, mas um dos netos, que normalmente é o mais alegre dos três, teve um dia ruim. Tudo começou antes mesmo que entrássemos no parque. Quando paramos para tirar uma foto de toda a família, antes de passarmos pelo portão, ele não quis parar. Na foto, todos estão sorrindo, menos ele, que está chorando. Pouco depois de entrarmos no parque, ele insistiu que estava com fome e precisava comer. Enquanto um dos netos brincava no carrossel, e o outro se divertia em uma atração diferente, o terceiro neto não quis experimentar nenhuma brinquedo do parque. Em vez disso, fez com que sua mãe fosse buscar comida para ele.

Quando decidimos almoçar, ele já não estava mais com fome. Não podia entender por que tinha que entrar no restaurante conosco, visto que nós éramos os que estávamos com fome. E as coisas só pioraram depois disso. Quando fomos embora, já de noite, dois netos estavam radiantes, enquanto um deles estava infeliz e amuado. À mesa do desjejum, no dia seguinte, o menino que estivera infeliz no dia anterior disse: “Precisamos voltar à Disneylândia. Eu não me diverti muito, ontem. Eu estava muito chato.” Ninguém discordou.

Três meninos foram ao Reino Encantado naquele dia, mas apenas dois deles tinham o espírito do Reino Encantado no coração. O outro nem chegou a desfrutá-lo porque o espírito do reino não estava dentro dele.

Durante o tempo em que Jesus esteve na Terra, Ele falou bastante acerca de Seu reino. Sabemos que o reino de Deus só virá de maneira plena no futuro. Em Mateus 24:14, Jesus declara: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.”

Quando Jesus instituiu a Ceia do Senhor para os discípulos, Ele deu graças e disse: “Recebei e reparti entre vós; pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus” (Lucas 22:17, 18).

Um dia, porém, os fariseus Lhe perguntaram sobre o reino. Eles queriam saber quando ele teria início. A resposta de Jesus foi realmente intrigante. Lemos sobre isso em Lucas 17:20, 21: “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.”

Jesus disse para os fariseus que o Seu reino não era algo que podiam observar ou tocar. O Seu reino já está aqui. O Salvador deixa claro que, além do aspecto futuro do reino que acompanhará a Sua volta, há também um elemento presente, atual. Neste presente momento, o reino está em meio aos que têm olhos para vê-lo. Jesus está falando sobre a presença do reino onde as pessoas estejam dispostas a vê-lo e a vivê-lo em concordância com seus valores, agora. O reino é tanto para o futuro como para o presente. A poetisa Elizabeth Barrett Browning se expressa dessa forma (tradução livre): A Terra está repleta do Céu; E cada ordinário arbusto arde com a presença de Deus; Mas somente aquele que O vê tira o calçado; Os demais ficam por ali somente para colher as amoras.3

O apóstolo Paulo também nos apresenta o aspecto presente do reino. Em Colossenses 1:13, 14, ele diz o que Deus já fez por nós: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.”

Notemos o verbo no passado. Muito embora ainda vivamos em um mundo de pecado e morte, ele não tem mais domínio sobre nós. Deus já nos resgatou do domínio das trevas e nos

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