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9 DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO

9.6 ATERRAMENTO

O sistema de distribuição composto de RLDC, ou um misto de RLDC e rede convencional, deve ser implantado com neutro contínuo, multi e solidamente aterrado e interligado à malha de terra da subestação.

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Deverão ser aterradas as carcaças de todos os equipamentos, tais como: transformadores, reguladores, capacitores, suportes de equipamentos e chaves de manobra além do centro da estrela dos transformadores, tudo interligado e contínuo, para toda a rede de distribuição.

Apesar do mensageiro da rede compacta não ser um cabo de neutro, deverá ser interligado ao neutro contínuo da rede secundária nos pontos de aterramento.

O neutro contínuo da rede primária será comum ao da rede secundária, multi-aterrado e conectado à malha de terra da subestação.

Em redes com neutro contínuo, caso existam estais ao solo, por medida de segurança, os estais devem ser conectados ao neutro contínuo.

Os pontos de aterramento deverão ser instalados com uma haste ou com malha de terra de acordo com os itens 9.6.1 e 9.6.2. Havendo necessidade ou na falta de neutro ou do sistema multi aterrado deverão ser previstos aterramentos especiais, adicionando hastes até o limite de 06. Acima deste número de hastes utilizar aterramento de hastes profundas ou tratamento químico do solo.

9.6.1 Aterramentos com uma haste

O aterramento será projetado com uma haste de aço zincado de 2,40 m de comprimento, instalada nos seguintes pontos:

a) Em intervalos máximos de 300 metros, na área urbana sem BT, com o neutro multi

aterrado;

b) O mensageiro deverá ser aterrado em todos os pontos de aterramento de

equipamentos, nos aterramentos do neutro da baixa tensão e em pontos intermediários, no mínimo a cada 300 metros, de modo que nenhum ponto da rede de distribuição secundária fique afastado mais de 200 metros de um aterramento.

c) Nas transições entre as redes e linhas primárias convencionais e as redes e linhas

primárias compactas protegidas, nos casos em que não for necessário instalar um jogo de pára-raios (situações em que já existem pára-raios no máximo há duas estruturas do ponto de transição item 9.5.2; nos seccionamentos e fins de linhas definitivos das redes primárias e secundárias, excluindo-se os construídos unicamente para sustentação mecânica do cruzamento secundário.

9.6.2 Aterramentos com malha de terra:

a) Utilizar, no mínimo, 3 (três) hastes cilíndricas cobreadas de 254 µm de 14,5 mm de diâmetro e 3,00 m de comprimento ou 3 hastes de aço zincado 2400 mm nos seguintes pontos: • Transformadores; • Pára-Raios; • Chaves tripolares; • Chaves a óleo; • Bancos de capacitores; • Reguladores de tensão; • Religadores; e

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• Seccionalizadores

b) Não havendo rede secundária o aterramento deve ser medido e atender os

seguintes valores:

- Aterramentos localizados em zonas protegidas por edificações, o aterramento deverá ter resistência máxima de 20 Ω;

- Aterramentos junto às zonas desprotegidas de edificações e mais sujeitas a descargas atmosféricas, o aterramento deverá ter resistência máxima de 10 Ω.

Caso estes valores não sejam atingidos, deverão ser usadas tantas hastes adicionais quantas forem necessárias, até o limite de 6 hastes. Acima deste número de hastes deverá ser feito o projeto de aterramento adotando alternativas, tais como a utilização de hastes profundas, tratamento químico do solo ou soluções mistas.

Em áreas isoladas e com poucos transformadores, ou locais de elevada resistividade de solo, para se obter uma maior proteção, devem ser projetados malhas de aterramento em lugares convenientes e com valor de resistência de terra não superior a 10 Ω, de modo a garantir que a resistência de aterramento equivalente do sistema fique situada entre 0,1 e 0,3 Ω.

9.6.3 Aterramento Temporário

Algumas estruturas detalhadas na NTD 2.06 já exigem a instalação de conectores com estribo, os quais podem ser aproveitados para a instalação dos conjuntos de aterramento temporário quando da execução de serviços de manutenção com a rede desenergizada. Além desses, o projetista deve prever a instalação de conectores com estribo, visando à instalação de aterramentos temporários, nos seguintes pontos:

a) Em ambos os lados dos equipamentos de manobra e proteção; b) Nas estruturas de fim de rede;

c) Em outros pontos das redes primárias de modo que a distância entre 2 estruturas

com estribos não seja superior a 300 metros.

Nota: Deve-se considerar para tanto, os estribos instalados em outras estruturas, como

por exemplo, nas estruturas para a conexão de chaves, equipamentos e derivações A estrutura CE1-A não deve ser utilizada para esse fim.

Importante: Os conectores devem ser protegidos por capa ou manta, no caso das redes

de 15 kV, e por fita auto-aglomerante, no caso das linhas de 34,5 kV, e obedecer ao espaçamento mínimo indicado na Figura 7.

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Figura 7 – Espaçamento mínimo entre estribos.

9.6.4 Aterramento e Seccionamento de Cercas

Sempre que existirem cercas ou grades metálicas paralelas à RLDC, dentro da faixa de 30 m em relação ao seu eixo, estas deverão ser seccionadas e aterradas a cada 250 m (Figura 8).

Figura 8– Seccionamento de Cerca Paralela à RLDC.

Existindo cercas que derivam das cercas citadas no parágrafo anterior, como a situação mostrada na Figura 9, as mesmas também devem ser secionadas e aterradas, sendo que o seccionamento deve ser feito a uma distância igual a aproximadamente 1,5 vezes a altura livre dos postes da RLDC.

Figura 9 – Seccionamento de Cerca que Deriva de Cerca Paralela à RLDC.

No caso de cruzamento da RLDC com cercas, o projetista deve propor dois seccionamentos, sendo um a 50 m a esquerda do ponto de cruzamento do eixo da rede ou linha com a cerca, e outro, 50 m a direita, conforme Figura 10 (Fonte: NBR 15688:2009):

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Figura 10– Seccionamento de Cerca que Cruza com a RLDC.

Para redes de até 13,8 kV, o seccionamento é feito com um seccionador pré-formado para cada arame da cerca. Para linhas de 34,5 kV, serão usados dois seccionadores pré- formados.

Maiores detalhes constam da NTD 2.06.

No documento NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD 1.06 (páginas 48-52)

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