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PROTEÇÃO E SECCIONAMENTO

No documento NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD 1.06 (páginas 45-48)

9 DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO

9.5 PROTEÇÃO E SECCIONAMENTO

9.5.1.1 Localização dos Equipamentos de Proteção Contra Sobrecorrentes

A aplicação de equipamentos de proteção contra sobrecorrentes deverá ser condicionada a uma análise técnico-econômica de alternativas dos esquemas de proteção de cada circuito. Em princípio, esses equipamentos devem ser instalados nos seguintes pontos:

a) Em tronco de alimentadores

• Próximo à saída de cada circuito da SE, no caso de subdivisão de circuito protegido por um mesmo disjuntor, pode-se, excepcionalmente, utilizar religadores ou seccionalizadores, levando-se em conta a coordenação destes com o disjuntor.

NOTA:

Esta alternativa é válida para o caso de não existir cubículos de saída disponíveis em SE's de localidades com baixa densidade de cargas ou quando há necessidade de derivação de um mesmo circuito para atendimento a mais de uma área.

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• Após cargas, cujas características especiais exijam uma continuidade de serviço acentuada, usar religador ou seccionalizador.

• Onde o valor da corrente de curto-circuito mínimo não é suficiente para sensibilizar dispositivos de proteção de retaguarda, deve-se utilizar religador ou chave fusível.

b) Em ramais de alimentadores

• No início de ramais que suprem áreas sujeitas a falhas, cuja probabilidade elevada de interrupções tenha sido constatada através de dados estatísticos, deve-se utilizar religador ou seccionalizador.

• Nos demais casos, não abrangidos pelo item acima, usar chave fusível.

c) Em sub-ramais

• No início de sub-ramais, e que atendam a mais de um transformador, usar chave fusível.

Nota: A configuração dos ramais e sub-ramais deve ser feita de forma a não se instalar mais de quatro chaves fusíveis em série, contando inclusive com a chave de entrada de consumidor em média tensão.

d) Em sub-ramais que alimentam apenas um transformador

• Poderão ser protegidos por chaves fusíveis apenas no início do sub-ramal, desde que sua extensão não ultrapasse 300 metros e não tenha nenhum obstáculo para a visão das chaves e do sub-ramal, até o transformador.

e) Em ramais de consumidores em AT

• Deverão ser protegidos através de chaves fusíveis de capacidade adequada, inclusive nos casos onde a proteção é feita por disjuntor na cabina consumidora.

f) Em transformadores

• Todos os transformadores deverão ser protegidos através de chaves fusíveis, com elos fusíveis de amperagem adequada à potência do transformador, conforme Tabela 18 e observando-se o disposto, no subitem d.

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Tabela 18– Elos Fusíveis para Proteção de Transformadores.

Rede de Distribuição Urbana - 13,8 kV Potência

(kVA)

Transformad. Monofásicos Transformad. Trifásicos Ligação Fase-Neutro 3 Ø 5 1H - 10 2H - 15 3H 1H 25 5H - 30 - 2H 37,5 6K - 45 - 3H 50 - - 75 - 5H 100 - - 112,5 - 6K 150 - 8K 225 - 10K 300 - 12K

Fonte: COS – CEB – SAO – Serviço de Apoio a Operação.

9.5.1.2 Critérios para Seleção dos Equipamentos de Proteção Contra Sobrecorrentes

Os equipamentos a serem instalados nas RLDC devem ter a tensão nominal e tensão suportável nominal sob impulso atmosférico (NBI) compatíveis com a classe de tensão do sistema e também atender as demais condições necessárias em função do seu ponto de instalação. (classe 15 kV e NBI 95 kV)

a) Chaves e elos fusíveis - para proteção de redes primárias

• A corrente nominal da chave fusível deve ser de 100 A no mínimo igual ou maior do que 150% do valor nominal do elo fusível a ser instalado no ponto considerado.

Em todos os casos, o nível de curto-circuito das chaves será de 10 kA.

• A capacidade de interrupção, associada ao valor X/R do circuito, no ponto de instalação, deve ser, no mínimo, igual à máxima corrente de defeito nesse ponto.

• Para possibilitar o desligamento dos ramais sem necessidade de prejudicar o fornecimento a outros consumidores, deverão ser utilizadas chaves fusíveis equipadas com dispositivo para permitir a abertura em carga, mediante a utilização de equipamento tipo "loadbuster" ou similar.

• Quando o ramal alimentar apenas um consumidor, deverá ser também utilizada chave fusível com o dispositivo para abertura em carga.

b) Chaves e elos fusíveis - para proteção de transformadores de distribuição

Os elos fusíveis de proteção do transformador de distribuição, idealmente, devem cumprir os seguintes requisitos:

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• Os elos fusíveis devem operar para curto-circuito no transformador ou na rede secundária, de modo que os defeitos não repercutam na rede primária.

• Os elos fusíveis devem suportar continuamente, sem fundir, a sobrecarga que o transformador é capaz de suportar sem prejuízo de sua vida útil.

• Os elos fusíveis devem ter seu dimensionamento adequado para proteção do transformador, conforme Tabela 18.

• As chaves fusíveis de proteção dos transformadores de distribuição devem possuir dispositivo que permita a abertura sob carga.

c) Religadores

Os religadores deverão ser empregados em saída de alimentadores e linhas derivando de alimentadores sujeitos a defeitos intermitentes, de forma a evitar-se que as correntes de carga ou dos curtos fase-terra, quando elevadas a ponto de interferirem no relé de neutro da subestação, venham a comprometer a coordenação.

d) Seccionalizadores

A instalação de seccionalizadores ficará restrita ao uso no lado da carga, em série com o religador ou disjuntor, desde que tenham um dispositivo de religamento automático na retaguarda, que pode ser o próprio disjuntor.

9.5.2 Proteção Contra Sobretensões

A proteção contra sobretensões nas RLDC será feita por pára-raios projetados nos seguintes pontos:

• Em transformadores de distribuição.

• Em ambos os lados de estruturas que contenham religadores, seccionalizadores, reguladores de tensão, capacitores e chaves tripolares.

• Em estruturas de derivação de ramais de entrada de consumidores primários.

• Em pontos de transição da RLDC para subterrânea e vice-versa.

• Em pontos de transição da RLDC para rede nua e vice-versa.

Obs: Na transição de cabo nu para cabo protegido, pode-se dispensar os pára-raios se já houver proteção até a segunda estrutura adjacente a ela.

• Nas estruturas adjacentes ao cruzamento de redes aéreas convencionais (condutores nu) com RLDC, quando interligadas.

• Em ambos os lados de chave normalmente aberta.

• Nos fins de redes e linhas primárias.

• Nas redes de 13,8 kV, a distância máxima entre os jogos de pára-raios deverá ser de 500 m, sendo considerados para tanto os pára-raios instalados para a proteção de transformadores, equipamentos, entrada de consumidores, etc.

• Nas linhas compactas de 34,5 kV, considerando-se a maior isolação das mesmas, poderá ser instalado um jogo de pára-raios a cada 1000 m.

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