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DETERMINAÇÃO DA DEMANDA

No documento NORMA TÉCNICA DE DISTRIBUIÇÃO NTD 1.06 (páginas 34-39)

9 DIMENSIONAMENTO ELÉTRICO

9.3 DETERMINAÇÃO DA DEMANDA

Os procedimentos para determinação dos valores de demanda estão descritos a seguir, em função de várias situações de projetos, sendo analisados os casos em que existe ou não necessidade de se efetuar medições.

9.3.1 Projetos de Redes Novas 9.3.1.1 Critérios Gerais

Deverá ser primeiramente estimada a demanda diversificada média com base nas áreas de características semelhantes já eletrificadas. Se houver cargas especiais previstas deverão ser consideradas em separado.

9.3.2 Loteamentos

Para projetos de loteamentos, adotar os seguintes valores mínimos de demanda diversificada constantes na Tabela 6:

Tabela 6 – Demanda Diversificada Mínima para Loteamentos.

kWh kW kVA Até 200 0,7 0,6 > 200 a 300 1 0,8 > 300 a 500 2 1,5 > 500 a 1000 3 2,5 > 1000 5 > 2,5

Fonte: Dados para levantamento das curvas Típicas da CEB. Campanha de Medição da CEB – dados de 2004.

3,0 a 5,0 kVA/lote, para loteamento Classe 1; 2,0 a 3,0 kVA/lote, para loteamento Classe 2; 1,0 a 2,0 kVA/lote, para loteamento Classe 3; 0,7 a 1,0 kVA/lote, para loteamento Classe 4. Sendo:

Loteamento Classe 1, quando localizado em zonas nobres, de alta valorização, com lotes de área igual ou superior a 1000 m² e que dispõe de toda a infra-estrutura básica. O consumo mensal previsto deve estar na faixa superior a 1000 kWh.

Loteamento Classe 2, quando localizado em zonas nobres, de alta valorização, com lotes de área igual ou superior a 600 m² e que dispõe de toda a infra-estrutura básica. O consumo mensal previsto deve estar na faixa entre 500 a 1000 kWh.

Loteamento Classe 3, quando localizado em zonas de classe média, com lotes de área igual ou superior a 300 m², de média valorização, podendo ter serviços de infra-estrutura básica. O consumo mensal previsto deve estar na faixa entre 300 a 500 kWh.

Loteamento Classe 4, quando localizado em zonas de baixa renda, de baixa valorização, com lotes de área não superior a 300 m² e podendo não ter serviços de infra-estrutura básica. O consumo mensal previsto deve estar na faixa inferior a 300 kWh.

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as dimensões do lote, adotar a demanda pelo valor do consumo; por exemplo, um lote de 500 m2 com residências de alto padrão e que dispõe de toda a infra-estrutura e consumo estimado, por residência de 600 kWh, poderá ser adotado 3 kVA por lote.

b) Excepcionalmente, no caso de haver situações de condomínios fechados junto a

loteamentos em que os valores de demanda diversificada poderão ser superiores aos valores estipulados, ficará a cargo do projetista definir essa demanda.

c) Quando houver previsão de consumidores não residenciais, a demanda deve ser

calculada conforme anexo VII – Fatores Típicos de Carga e Demanda para Consumidores Ligados em MT.

d) Nos casos especiais de loteamentos de chácaras, indústrias, condomínios

horizontais, etc., os valores de demanda serão definidos com base nas informações dos proprietários e comparados com os valores de demanda diversificada acima, do item 9.3.2 a).

e) Nos loteamentos, quando não for definido o tipo de iluminação pública, prever nas

avenidas 0,275 kVA/poste, e nas vias internas, 0,165 kVA/poste (lâmpada + reator), com comando individual.

Quando for definido o tipo de iluminação utilizar os seguintes valores:

• Vapor de sódio (VS 100 W): 0,110 kVA;

• Vapor de sódio (VS 150 W): 0,165 kVA e

• Vapor de sódio (VS 250 W): 0,275 kVA.

f) Os locais previstos para centros comerciais devem ser identificados e anotados

em planta. Mesmo que a sua carga futura seja desconhecida, estimar a carga conforme outros centros similares já conhecidos. Outra forma de previsão é pelo consumo previsto ou pela demanda máxima prevista em kW (Tabela 7):

Tabela 7 – Demanda Prevista em Função do Consumo

kWh kVA kW Até 1000 3 3 > 1000 a 2000 5 6 > 2000 a 4000 7 11 > 4000 a 5000 9 14 > 5000 a 6000 12 18 > 6000 a 7000 14 21 > 7000 a 8000 16 24 > 8000 a 9000 18 27 > 9000 a 10000 20 30

Fonte: Dados para levantamento das curvas Típicas da CEB. Campanha de Medição da CEB – dados de 2004.

Cargas a serem ligadas na rede primária, estimar a demanda conforme outros estabelecimentos similares já conhecidos. Outra forma de estimar é pelo fator de demanda típico, anexo VII.

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9.3.3 Projetos de Extensão de Redes 9.3.3.1 Rede Secundária

a) Consumidores Residenciais Individuais

A estimativa de demanda será informada junto com a solicitação e deverá ter sido calculada conforme NTD 6.01 da CEB.

Os valores deverão ser comparados com os estimados no item 9.3.2 desta NTD.

b) Consumidores Residenciais em Edifícios de Uso Coletivo

A área de Análise de Projetos informará, junto com a solicitação, a demanda necessária (calculada conforme NTD 6.07 da CEB).

O projetista deverá analisar a demanda comparando com outros edifícios já ligados.

c) Iluminação Pública

A área de Iluminação Pública informará junto com a solicitação qual o tipo de lâmpada que será utilizado no local em estudo.

Para cada tipo de lâmpada utilizar os seguintes valores:

• Vapor de sódio (VS 100 W): 0,110 kVA;

• Vapor de sódio (VS 150 W): 0,165 kVA;

• Vapor de sódio (VS 250 W): 0,275 KVA.

9.3.3.2 Rede Primária

As extensões de redes primárias devem seguir o planejamento básico.

a) Consumidores a serem ligados em AT

Para ligações em AT, considerar a demanda contratada (inclusive a de reserva) entre o consumidor e a CEB.

A área de Análise de Projetos informará junto com a solicitação a demanda necessária.

b) Tronco e Ramais de Alimentadores

A estimativa da demanda será feita em função da demanda dos transformadores de distribuição, observando-se a homogeneidade das áreas atendidas e considerando- se a influência das demandas individuais dos consumidores de AT.

9.3.4 Projetos de Melhoramento de Redes – Processo Medição 9.3.4.1 Rede Primária

Pelo processo por medição, os valores de demanda do alimentador serão obtidos diretamente através das medições simultâneas de seu tronco e ramais, observando-se sempre a coincidência com as demandas das ligações existentes em AT.

Confrontando-se os resultados das medições com as respectivas cargas instaladas, poderão ser obtidos fatores de demanda típicos, que poderão ser utilizados como recurso na determinação de demandas, por estimativa.

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• As medições serão instaladas nos pontos de chaveamento da rede.

• Para alimentadores e ramais, as medições devem ser efetuadas com a rede operando em sua configuração normal, em dia de carga típica, por um período mínimo de 24 h e, sempre que possível pelo período de 01 (uma) semana.

a) Tronco de Alimentadores

A determinação da demanda máxima dos alimentadores de 13,8 kV será feita, basicamente, através dos relatórios de acompanhamento das subestações de distribuição, e a demanda máxima das linhas de 34,5 kV, através dos relatórios das subestações nesta tensão.

Na impossibilidade, efetuar medição na saída do alimentador, observando-se o disposto nas NOTAS do item 9.3.4.1.

b) Ramais de Alimentadores

A determinação da demanda máxima dos ramais será feita através de registradores de corrente máxima ou registradores gráficos, que devem ser instalados no início do ramal, observando-se o disposto na NOTAS do item 9.3.4.1

c) Consumidores Ligados em AT

A verificação de demanda será feita através do medidor de kW (medidor de demanda), considerando ainda a previsão de aumento de carga, se houver. O sistema corporativo da CEB fornece os dados de consumo de energia e demanda. O valor da demanda a ser considerada para os consumidores em AT deve ser estimada em kVA: Potência de Fator Demanda DemandakVA = kW

Caso o valor do Fator de Potência não esteja disponível adotar “0,92”.

d) Edifícios de Uso Coletivo

A verificação da demanda será feita através de registradores de corrente máxima ou registradores gráficos instalados no ramal de entrada do edifício, durante 24 h, no mínimo.

O sistema GEOCEB através do cadastro comercial transforma a energia consumida de todos os consumidores em demanda.

9.3.4.2 Rede Secundária

A determinação das demandas, para efeito de dimensionamento de melhoramento de rede secundária, será baseada em medições de uma amostragem de transformadores (em geral de 30 a 50 %) da área em estudo que, em função do número de consumidores, determinarão o kVA médio, salvo em áreas de características heterogêneas.

NOTA: Para circuitos de carga heterogênea poderão ser feitas medições com aparelhos

instantâneos, indicadores de máxima corrente, desde que em horário de provável demanda máxima.

a) Transformadores

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transformador, cujos resultados devem ser indicados no formulário do ANEXO VI – MEDIÇÃO DE CARGA –TRANSFORMADOR E CONSUMIDOR COM CARGA SIGNIFICATIVA. Medição gráfica de tensão (01 fase x neutro);

••••

Medição gráfica de corrente de 01 fase;

••••

Medição do valor de máxima corrente nas demais fases.

O valor máximo de demanda do transformador será calculado multiplicando-se a soma dos valores máximos de corrente de cada fase pela tensão verificada na hora de demanda máxima.

Em áreas sujeitas a grandes variações de demanda devido a sazonalidade, as medições de transformadores deverão ser efetuadas no período suposto de máxima demanda.

Na impossibilidade de efetuar as medições no período de máxima demanda, deverá ser adotado um fator de majoração que dependerá de informações disponíveis na região, a respeito do comportamento das cargas.

b) Consumidores

Adotar a seguinte rotina:

1) Subtrair da demanda máxima do transformador, a demanda (coincidente com a

ponta do transformador) dos consumidores não residenciais;

Dividir o resultado da subtração, pelo número de consumidores residenciais, obtendo- se assim a demanda individual diversificada (KVA/consumidor) dos consumidores residenciais;

2) Se o transformador alimentar áreas de características heterogêneas (Ex: favelas e

prédios de apartamentos), efetuar medições distintas que caracterizem as respectivas cargas.

Para a determinação de demanda total do circuito a ser projetado deve ser observada a tendência dos tipos de cargas que ocuparão os lotes vagos.

3) Tratar a parte os consumidores não residenciais que apresentem demandas

significativas (Ex: oficinas, serrarias etc.).

A demanda desses consumidores será determinada através de medição, procurando- se determinar a simultaneidade de funcionamento dos equipamentos.

Os resultados obtidos devem ser indicados no formulário do ANEXO VI – MEDIÇÃO DE CARGA –TRANSFORMADOR E CONSUMIDOR COM CARGA SIGNIFICATIVA, reportando-se ao transformador correspondente.

4) Os demais consumidores não residenciais (pequenos bares e lojas, etc.) serão

tratados como residenciais.

5) As cargas devidas a iluminação pública já estão computadas automaticamente. Os

acréscimos futuros de IP deverão ser considerados no projeto.

6) Para áreas predominantemente comerciais, as demandas serão determinadas de

preferência, a partir de medições de ramais de ligação.

9.3.5 Projetos de Melhoramento de Redes – Processo Estimativo 9.3.5.1 Rede Secundária

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Para estimativa da demanda, serão adotados valores estimados no item 9.3.1 e comparados com os valores do sistema GEOCEB.

9.3.5.2 Rede Primária

a) Tronco de Alimentadores

No caso de reforma de redes, o processo estimativo não é aplicável ao tronco de alimentadores.

A determinação da demanda será feita a partir de relatórios de acompanhamento ou de medições.

b) Ramais de Alimentadores

A estimativa da demanda máxima de um ramal será feita através do confronto da demanda máxima do alimentador com a relação existente entre os kVA´s instalados nesse ramal e os kVA´s instalados em todo o alimentador.

entador A do s kVA Ramal do s kVA x entador A Demanda Ramal Demanda i i lim ´ ´ lim =

Analisar sempre a simultaneidade de funcionamento das cargas dos consumidores ligados em AT.

c) Consumidores Ligados em AT

A demanda de consumidores ligados em AT será estimada verificando-se no sistema corporativo da CEB os dados de consumo de energia e demanda.

9.3.6 Projetos de Reforço de Redes

Os projetos de reforço de rede seguem os mesmos passos dos itens 7.2.3 - Projetos de Melhoramentos ou Reformas de Redes e 7.2.4 - Projetos de Reforço de Rede, porém com a participação financeira do consumidor.

Quando envolver alteração de configuração de rede, as áreas de Manutenção, Qualidade e Planejamento deverão ser consultadas quanto a problemas e expectativas de crescimento na região elétrica.

a) Aumento de carga de um consumidor;

Prever a nova demanda conforme item 9.3.4 ou 9.3.5. Calcular a diferença de carga e calcular a participação financeira do consumidor.

b) As novas ligações, não incluídas na universalização do atendimento;

Prever a nova demanda conforme item 7.2.3 ou 7.2.4. Calcular a diferença de carga e calcular a participação financeira do consumidor.

c) Iluminação pública.

Verificar se existe previsão de alteração da iluminação pública no local e proceder conforme item 9.3.4 ou 9.3.5.

Se o projeto foi motivado por troca de lâmpadas por outras de maior potência, calcular a diferença de demanda e calcular a participação financeira do consumidor.

9.4 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

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