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6. ATIVIDADE DE INTEGRAÇÃO NO MEIO

6.1. ATIVIDADES NO ÂMBITO DA DIREÇÃO DE TURMA

6.1.3. Atividade de extensão curricular

A nossa atividade de extensão curricular consistiu na organização de uma conferência, cujo título foi “Uma mente sã, num corpo são”, sendo uma das atividades do “Dia da Escola Saudável” da Escola Secundária Jaime Moniz, em complementaridade com a nossa ação de intervenção na comunidade escolar (medição dos indicadores de saúde). Esta atividade decorreu no penúltimo dia de aulas do 2º período, no dia 22 de Março de 2012, entre as 08:30h e as 09:30h. Esta conferência estava essencialmente vocacionada para os alunos, professores e encarregados de educação das turmas 3, 5 e 7 do 12º ano de escolaridade. Contudo, esteve aberta aos restantes professores e alunos dos diferentes anos escolares, que estivessem interessados em participar.

Este trabalho teve como objetivo organizar uma conferência que permitisse elucidar a comunidade escolar sobre a importância da atividade física, da alimentação saudável e da espiritualidade para o estado de saúde. Segundo a Direcção-Geral da Saúde (2007),

O mundo tem assistido a um aumento significativo das doenças cardiovasculares, cancro, diabetes e doenças respiratórias crónicas. Este aumento global, epidémico, está estritamente relacionado com alterações dos estilos de vida, nomeadamente o tabagismo, inactividade física (sedentarismo) e uma alimentação não saudável.

Essas alterações dos estilos de vida foram influenciadas pela evolução tecnológica, conduzindo o Homem para a precaridade do seu estado de saúde.

O Homem que outrora tinha uma vida extremamente ativa do ponto de vista físico, pois percorria grandes distâncias a pé e tinha de caçar para se alimentar (Matos, Santos, Cardoso & António 2006), uma alimentação saudável, pouco processada, que combinava carnes magras, sementes oleaginosas, frutas e vegetais (Veloso, 2011), tem vindo a reduzir consideravelmente esses hábitos. A sociedade tecnologia do Séc. XXI evoluiu no sentido do

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comodismo e conduziu o Homem para um estilo de vida sedentário e para uma alimentação descuidada, culminando numa qualidade de vida inadequada (Neto, 2008).

Generalizando, a “falta” de tempo e a incessante busca pela riqueza tornou o Homem dependente: dos meios de transportes e de alternativas à locomoção, e consequentemente menos ativo (Matos, Santos, Cardoso & António 2006); da comida processada, pouco variada, rica em gorduras poli-saturadas e pobre em nutrientes essenciais, que degenerou a sua qualidade alimentar (Veloso, 2011), e dos objetos materiais e corpóreos, ignorando a “espiritualidade e a sua influência para percepção e a significação do que é apreendido pelo ser humano, bem como suas motivações, pensamentos e emoções” (Motta & Júnior, 2001, p. 88).

A atividade física é, conjuntamente com uma alimentação adequada e a reflexão espiritual, a chave para uma vida saudável, mas a atitude e a consciencialização que tornarão esse comportamento induzido, passam pela capacitação individual. É por isso que a carta de Ottawa (World Health Organization, 2009, p. 17) foca que isto tem de ser “fornecido na escola, no trabalho, em casa ou em outras configurações da comunidade”.

Seguindo esta lógica, achámos fundamental promover para a comunidade escolar da Escola Secundária Jaime Moniz, uma conferência denominada “Uma mente sã, num corpo são”, que pretendia abordar a importância da atividade física, da alimentação saudável e da espiritualidade para o estado de saúde. Esta conferência, tal como já referimos, surgiu como sendo uma das várias atividades do “Dia da Escola Saudável” em consonância com a atividade de medição dos indicadores de saúde.

A escola assume um papel fundamental na consciencialização e preparação individual para a gestão do próprio estado de saúde, de forma a capacitar e preparar a pessoa para todos os seus estágios e consequentemente, saber lidar com alterações no estado de saúde. A comunidade escolar engloba os alunos, professores, funcionários e encarregados de educação que se intercetam no espaço físico escolar. É uma população que por circunstâncias relacionadas com os diversos mecanismos de socialização, transmitem informações e conhecimentos, estimulam hábitos e comportamentos. Por isso, qualquer ação dinamizada que abranja a comunidade escolar, ou parte dela, poderá ter efeitos mobilizadores nesta população.

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Neste âmbito, a intenção de realizarmos uma conferência dirigida à comunidade escolar teve um valor singular. Por isso, achamos fundamental este trabalho, onde assumimos um papel de agentes de intervenção na nossa comunidade escolar na promoção da saúde, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e social, através do fornecimento de informação, de ações de sensibilização de educação para a saúde e contribuindo para o aperfeiçoamento das habilidades para a vida. Ao desenvolvermos esta ação “aumentamos as opções disponíveis para as pessoas exercerem mais controlo sobre a sua própria saúde e sobre os seus ambientes, e de fazer escolhas favoráveis à saúde”, conforme a carta de Ottawa (World Health Organization, 2009, p. 17).

Podemos aferir que, de uma forma global, a conferência correu bem e dentro dos parâmetros expectáveis. A preparação para a mesma foi feita atempadamente, com a requisição da sala de conferências, preparação do sistema de som, convites aos preletores, presidente do conselho executivo, professores das turmas de estágio e encarregados de educação.

No dia da própria conferência, “Dia da Escola Saudável”, tivemos o cuidado de chegar mais cedo ao local, para podermos realizar os preparativos finais, nomeadamente: ligar o sistema de som, testa-lo e compor a mesa dos preletores. À hora prevista foram chegando as turmas dos professores convidados, que rapidamente encheram a sala de conferências. Tivemos que recusar a presença de 5 turmas, uma vez que não havia espaço para mais alunos. Notámos a participação de alguns professores, funcionários e encarregados de educação, embora estes dois últimos em minoria. Grande parte da plateia foi composta por alunos.

Os estagiários Catarina Freitas e Cláudio Vieira ficaram com as funções de hospedeiros, orientando os participantes para os lugares disponíveis, controlando a entrada e saída de participantes e “estimulando” à redução do burburinho que se fez sentir no fundo da sala. Enquanto a estagiária Lisa Gonçalves ficou com a função de apresentadora e moderadora, conduzindo os trabalhos de forma sintética e fluída.

Apesar das intervenções terem sido cativantes para o público-alvo, houve necessidade dos alunos abandonarem o local antes do término das preleções pois as apresentações excederam o tempo previsto. Esta situação poderia ter sido evitada caso a moderação tivesse sido mais assertiva.

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Não obstante, consideramos que o público ficou consciencializado da importância da atividade física, da alimentação saudável e da espiritualidade no estado de saúde pessoal. Assim sendo, cumprimos os objetivos a que nos propusemos.

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