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Atividades desenvolvidas – que balanço?

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 82-86)

4. Enquadramento Operacional

4.2.2 Atividades desenvolvidas – que balanço?

A participação e relação com a escola, abrangeu os mais diversos campos de intervenção. Assim, participei de forma ativa em todas as atividades desenvolvidas pelo nosso grupo de Educação Física, assumindo funções de colaboração e participação, mas também de organizadores de alguns eventos. Do ponto de vista pessoal, foi neste âmbito que procurei desenvolver e colocar à prova as minhas competências organizacionais e coordenativas adquiridas ou ainda por adquirir.

Considero a etapa de preparação e planeamento como uma das tarefas mais exigentes e trabalhosas na fase de organização de uma atividade. De facto, existem vários aspetos logísticos e Humanos que temos de ter em conta aquando da sua preparação. As questões estruturais, nomeadamente os tipos de provas, a divisão dos escalões, os horários, os espaços e os materiais disponíveis são decisões que devem ser minuciosamente pensadas para que tudo funcione com sucesso. O momento da ação, o dia da prova e a divulgação dos eventos através de meios de publicitação como cartazes, divulgação boca- a-boca, jornal da escola, site ou via-email são alguns dos cuidados e estratégias essenciais para aliciar o público alvo. Na etapa de planeamento, é necessário que cada interveniente cumpra a função que lhe fica adstrita adequadamente.

O planear com alguma antecedência é fundamental, tal como a realização de reuniões prévias ao evento para delegar tarefas e antecipar problemas que poderão surgir no dia da atividade.

“Assim, para conseguir uma elevada participação dos alunos neste evento recorremos a diversas estratégias tais como: Meios de publicitação através de cartazes (outdoors) afixados pela escola e divulgação dos professores de Educação física incentivando os seus alunos a participarem.

A etapa de preparação e planeamento exige um cuidado muito minucioso no que diz respeito a vários fatores estruturais e organizacionais, tais como a divisão dos escalões, as distâncias a percorrer, os horários, as classificações, as inscrições, o funcionamento das provas, a entrega de prémios, entre outros,

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ou seja todo a logística inerente.” (Situação 72 do Diário de Bordo – 15 de dezembro de 2011)

Ao longo dos 3 períodos o núcleo de estágio organizou quatro ações de sensibilização: Salto com Vara, Hóquei em Campo, Kung-Fu e Tag Rugby. Esta ideia das ações de sensibilização foi uma mais-valia para os nossos alunos, pois tiveram a oportunidade de estar em contacto e de praticar disciplinas que possivelmente não voltarão a experimentar.

O núcleo de estágio orientou a ação de Salto com Vara, a elaboração do plano de aula foi uma tarefa fácil devido à nossa formação desta disciplina no 2º semestre do mestrado e de termos como material de apoio a sebenta de atletismo. Para mim foi muito gratificante porque pude lecionar uma disciplina quase inexistente nos currículos da escola, devido à falta de recurso materiais e também de conhecimentos teóricos e práticos.

“A aula em si foi excelente, os alunos aderiram com entusiasmo ficando impressionados com as nossas varas. O ambiente que se vivia no interior do pavilhão era de alegria e de aprendizagem, pois a maior parte dos alunos saiu do pavilhão a saber realizar a pega de uma vara, a transportar a vara a andar e a correr, e a realizar a impulsão para depois conseguirem efetuar o salto para o colchão. Alguns alunos tiveram medo e não realizaram esta última tarefa, mas mesmo assim ficaram com algumas noções de como e em que consistia o salto com vara.” (Situação 63 do Diário de Bordo – 25 de novembro de 2011)

Relativamente às restantes ações de sensibilização, requeremos formadas para tal recorrendo assim às federações destinadas. Estas ações de sensibilização também foram uma experiência para mim, por isso nesses dias também me comportei como uma aluna, pois tal e qual como os meus alunos nunca tinha as vivenciado e tive nesta escola uma boa oportunidade para formar-me um pouco sobre elas. Os alunos adoraram estas quatro aulas diferentes do que estavam habituados e enriqueceram assim a sua cultura desportiva.

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“A aula em si foi excelente, os alunos aderiram com entusiasmo ficando impressionados com os sticks e com o peso das bolas. Os professores tentaram dinamizar ao máximo as aulas, realizando diferentes exercícios para o 2º e 3º ciclo. Muitas vezes também diferenciava dentro do próprio ciclo, dependendo do nível dos alunos.

O ambiente que se viveu no interior do pavilhão era de alegria e de aprendizagem, pois a maior parte dos alunos saiu do pavilhão a saber realizar a pega do stick, a posicionar o corpo para conseguir conduzir a bola e rematá- la em jeito e não em força.” (Situação 96 do Diário de Bordo – 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2012)

“Também realizei a aula com a minha turma e foi uma ótima experiência porque senti-me novamente aluna. Estava na aula para aprender, pois tal e qual como os alunos nunca tinha tido a felicidade de ter uma aula de hóquei na minha formação académica. No entanto quando tinha 5 anos andei no hóquei em patins, mas esta difere em muito da do hóquei em campo.” (Situação 96 do Diário de Bordo – 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2012)

Pelo que nos foi transmitido no momento da planificação anual e das atividades a desenvolver na escola, os Torneios Inter-turmas, o Corta-Mato, o Mega-Sprint, a Caça aos ovos e o jogo professores versus alunos eram atividades já com alguma implementação e tradição na escola. Nestas atividades a minha atuação centrou-se na organização e colaboração. Pude desenvolver as minhas competências relacionais e pessoais, verificar os problemas e as dificuldades que habitualmente surgem na organização destas actividades.

“Quanto à realização dos torneios, penso que estes decorreram sem grandes problemas, com um excelente cumprimento das várias tarefas por parte dos professores do grupo e, acima de tudo, uma excelente disponibilidade para ajudar, por parte de todos, para que o torneio se desenrolasse de forma agradável e que cumprisse os objetivos delineados para a competição. Um dos aspectos que quero salientar foi uma grande

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participação dos alunos nos torneios, cada vez mais se nota que estão motivados em competir contra outros alunos, onde imperou o espirito de festividade e competição.” (Situação 129 do Diário de Bordo – 21 e 22 de março de 2012)

Foi exatamente no seio destas atividades que vivi um dos momentos mais marcantes na relação com a comunidade educativa, mais especificamente no corta-mato escolar, nos torneios inter-turmas e nos jogos professores-alunos. Nestas atividades o clima de convívio saudável, a partilha com os alunos, a envolvência dos alunos, o seu entusiasmo e motivação, tal como o comportamento exemplar que a maior parte deles assumiu foi algo que marcou muito pela positiva. Permitiu ainda melhorar a minha compreensão acerca dos gostos e interesses dos alunos. Acredito que, a criação de ações deste género são fundamentais para dinamizar a escola e para potenciar a participação e motivação dos alunos em actividades

“Destaco como a maior recompensa pessoal da elaboração do evento o entusiasmo e motivação que os alunos participantes demonstraram durante a realização da prova, tal como o comportamento exemplar que a maior parte dos alunos assumiu (participação, empenho, espírito desportivo, camaradagem, respeito e cordialidade).” (Situação 72 do Diário de Bordo – 15 de dezembro de 2011)

“Um fator importante de salientar e também bastante positivo, tratou-se do bom ambiente que se fez sentir entre alunos de cada escalão, criando um momento de boa relação entre todos os alunos, mantendo sempre o espírito competitivo entre todos.” (Situação 100 do Diário de Bordo – 8 de fevereiro de 2012)

Outra atividade em que eu tive a sorte de participar e a qual foi muito gratificante para mim por tudo o que pude vivenciar foi a visita ao Aquaparque de Amarante. Apesar de ser uma ação em que participam muitos alunos e o sentido de responsabilidade dos professores aumenta não há palavras para

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descrever o ambiente que se viveu entre os professores e alunos, houve uma maior proximidade e receptividade entre a população discente.

Logo, todas estas ações que tive o prazer de organizar e colaborar contribuíram positivamente, não só para a minha integração e assunção do papel de professor na escola, mas também para compreender a importância educativa e social da promoção e participação em atividades fora das atividades letivas formais.

Neste momento, tenho a plena consciência que adquiri competências profissionais específicas necessárias para organizar atividades e eventos que possibilitem e promovam a dinamização da escola e envolvam os alunos em práticas desportivas.

No documento Relatório Final de Estágio Profissional (páginas 82-86)

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