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Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais

No documento Legislação brasileira sobre meio ambiente (páginas 102-146)

Código Categoria Descrição Pp/gu

01 Extração e

Tratamento de Minerais

– pesquisa mineral com guia de utili- zação; lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento; lavra subterrânea com ou sem benefi- ciamento, lavra garimpeira, perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural. Alto 02 Indústria de Produtos Mi- nerais Não Metálicos

– beneficiamento de minerais não metálicos, não associados a extração; fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como pro- dução de material cerâmico, cimento, gesso, amianto, vidro e similares.

Médio

03 Indústria

Metalúrgica – fabricação de aço e de produtos side-rúrgicos, produção de fundidos de ferro e aço, forjados, arames, relaminados com ou sem tratamento; de superfície, inclusive galvanoplastia, metalurgia dos metais não ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro; produção de laminados, ligas, artefatos de metais não ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive gal- vanoplastia; relaminação de metais não ferrosos, inclusive ligas, produção de soldas e anodos; metalurgia de metais preciosos; metalurgia do pó, inclusive peças moldadas; fabricação de

Alto

115 Anexo acrescido pela Lei nº 10.165, de 27-12-2000. Esta lei possui outros anexos que não foram consi-

Código Categoria Descrição Pp/gu

estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive; galvanoplastia, fabricação de artefatos de ferro, aço e de metais não ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia, têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície.

04 Indústria

Mecânica – fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico ou de superfície.

Médio 05 Indústria de Material Elétrico, Eletrônico e Comunica- ções

– fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores, fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e informática; fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos.

Médio

06 Indústria de

Material de Transporte

– fabricação e montagem de veícu- los rodoviários e ferroviários, peças e acessórios; fabricação e montagem de aeronaves; fabricação e reparo de em- barcações e estruturas flutuantes.

MMédio

07 Indústria de

Madeira – serraria e desdobramento de madeira; preservação de madeira; fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada; fabricação de estruturas de madeira e de móveis.

Médio

08 Indústria

de Papel e Celulose

– fabricação de celulose e pasta mecâ- nica; fabricação de papel e papelão; fa- bricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada.

Alto

09 Indústria de

Borracha – beneficiamento de borracha natural, fabricação de câmara de ar, fabricação e recondicionamento de pneumáticos; fabricação de laminados e fios de borra- cha; fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusive látex.

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10 Indústria

de Couros e Peles

– secagem e salga de couros e peles, curtimento e outras preparações de couros e peles; fabricação de artefatos diversos de couros e peles; fabricação de cola animal. Alto 11 Indústria Têxtil, de Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos

– beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos; fabricação e acabamento de fios e teci- dos; tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigos diversos de tecidos; fabrica- ção de calçados e componentes para calçados. Médio 12 Indústria de Produtos de Matéria Plástica

– fabricação de laminados plásticos, fabricação de artefatos de material plástico.

Pequeno

13 Indústria do

Fumo – fabricação de cigarros, charutos, cigarrilhas e outras atividades de bene- ficiamento do fumo.

Médio

14 Indústrias

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15 Indústria

Química – produção de substâncias e fabricação de produtos químicos, fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira; fabricação de combustíveis não derivados de petróleo, produção de óleos, gorduras, ceras, vegetais e animais, óleos essenciais, vegetais e produtos similares, da destilação da madeira, fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos, fabricação de pólvora, explosivos, detonantes, munição para caça e desporto, fósforo de segurança e artigos pirotécnicos; recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais; fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos; fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas, germicidas e fungicidas; fabricação de tintas, esmal- tes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes; fabricação de fertilizantes e agroquímicos; fabricação de produtos farmacêuticos e veteriná- rios; fabricação de sabões, detergentes e velas; fabricação de perfumarias e cosméticos; produção de álcool etílico, metanol e similares.

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16 Indústria

de Produtos Alimentares e Bebidas

– beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares; matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal; fabricação de conservas; preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados; beneficiamento e industrialização de leite e deriva- dos; fabricação e refinação de açúcar; refino e preparação de óleo e gordu- ras vegetais; produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação; fabricação de fermentos e leveduras; fabricação de rações balan- ceadas e de alimentos preparados para animais; fabricação de vinhos e vinagre; fabricação de cervejas, chopes e maltes; fabricação de bebidas não alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseifi- cação e águas minerais; fabricação de bebidas alcoólicas.

Médio

17 Serviços de

Utilidade – produção de energia termoelétrica; tratamento e destinação de resíduos industriais líquidos e sólidos; dispo- sição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens; usadas e de serviço de saúde e simila- res; destinação de resíduos de esgotos sanitários e de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas; dragagem e derrocamentos em corpos d’água; recuperação de áreas contami- nadas ou degradadas.

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18 Transporte,

Terminais, Depósitos e Comércio

– transporte de cargas perigosas, transporte por dutos; marinas, portos e aeroportos; terminais de minério, pe- tróleo e derivados e produtos químicos; depósitos de produtos químicos e pro- dutos perigosos; comércio de combus- tíveis, derivados de petróleo e produtos químicos e produtos perigosos.

Alto

19 Turismo – complexos turísticos e de lazer, inclu-

sive parques temáticos. Pequeno

11520 Uso de

Recursos Naturais

– silvicultura; exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais; importação ou exportação da fauna e flora nativas brasileiras; ativida- de de criação e exploração econômica de fauna exótica e de fauna silvestre; utilização do patrimônio genético natu- ral; exploração de recursos aquáticos vivos; introdução de espécies exóticas, exceto para melhoramento genético vegetal e uso na agricultura; introdução de espécies geneticamente modificadas previamente identificadas pela CTN- Bio como potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente; uso da diversidade bioló- gica pela biotecnologia em atividades previamente identificadas pela CTN- Bio como potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente.

Médio

21 (Vetado.) X x

22 (Vetado.) X x

ambiente.116

- LEI Nº 7.365,

DE 13 DE SETEMBRO DE 1985

117

-

Dispõe sobre a fabricação de detergentes não biodegradáveis.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º As empresas industriais do setor de detergentes so- mente poderão produzir detergentes não poluidores (biodegradáveis).

Art. 2º A partir da vigência desta lei, fica proibida a importa- ção de detergentes não biodegradáveis.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 13 de setembro de 1985; 164º da Independência e 97º da República. JOSÉ SARNEY Roberto Gusmão

- LEI Nº 7.643,

DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987

118

-

Proíbe a pesca de cetáceo nas águas jurisdicionais brasilei- ras, e dá outras providências.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º Fica proibida a pesca, ou qualquer forma de moles- tamento intencional, de toda espécie de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras.

Art. 2º A infração ao disposto nesta lei será punida com a pena de 2 (dois) a 5 (cinco) anos de reclusão e multa de 50 (cinquenta) a 100 (cem) Obrigações do Tesouro Nacional (OTN), com perda da embarcação em favor da União, em caso de reincidência.

Art. 3º O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contados de sua publicação.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 18 de dezembro de 1987; 166º da Independência e 99º da República. JOSÉ SARNEY Henrique Saboia Iris Rezende Machado

- LEI Nº 7.661,

DE 16 DE MAIO DE 1988

119

-

Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providências.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º Como parte integrante da Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM) e Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), fica instituído o Plano Na- cional de Gerenciamento Costeiro (PNGC).

Art. 2º Subordinando-se aos princípios e tendo em vista os objetivos genéricos da PNMA, fixados respectivamen- te nos arts. 2º e 4º da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, o PNGC visará especificamente a orientar a utilização nacional dos recursos na Zona Costeira, de forma a contribuir para elevar a qualidade da vida de sua população, e a proteção do seu patrimônio natu- ral, histórico, étnico e cultural.

Parágrafo único. Para os efeitos desta lei, considera-se Zona Costeira o espaço geográfico de interação do ar, do mar e da ter- ra, incluindo seus recursos renováveis ou não, abrangendo uma faixa marítima e outra terrestre, que serão definida pelo Plano.

119 Publicada no Diário Oficial da União de 18 de maio de 1988 e regulamentada pelo Decreto nº 5.300,

Art. 3º O PNGC deverá prever o zoneamento de usos e ativi- dades na Zona Costeira e dar prioridade à conservação e proteção, entre outros, dos seguintes bens:

I – recursos naturais, renováveis e não renováveis; reci- fes, parcéis e bancos de algas; ilhas costeiras e oceâ- nicas; sistemas fluviais, estuarinos e lagunares, baías e enseadas; praias; promontórios, costões e grutas marinhas; restingas e dunas; florestas litorâneas, manguezais e pradarias submersas;

II – sítios ecológicos de relevância cultural e demais unidades naturais de preservação permanente; III – monumentos que integrem o patrimônio natural,

histórico, paleontológico, espeleológico, arqueoló- gico, étnico, cultural e paisagístico.

Art. 4º O PNGC será elaborado e, quando necessário, atuali- zado por um Grupo de Coordenação, dirigido pela Se- cretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm), cuja composição e forma de atuação serão definidas em decreto do Poder Executivo.

§ 1º O Plano será submetido pelo Grupo de Coordenação à Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm), à qual caberá aprová-lo, com audiência do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). § 2º O Plano será aplicado com a participação da União,

dos Estados, dos Territórios e dos Municípios, através de órgãos e entidades integradas ao Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

Art. 5º O PNGC será elaborado e executado observando nor- mas, critérios e padrões relativos ao controle e à manu- tenção da qualidade do meio ambiente, estabelecidos

pelo Conama, que contemplem, entre outros, os se- guintes aspectos: urbanização; ocupação e uso do solo, do subsolo e das águas; parcelamento e remembramento do solo; sistema viário e de transporte; sistema de pro- dução, transmissão e distribuição de energia; habitação e saneamento básico; turismo, recreação e lazer; patri- mônio natural, histórico, étnico, cultural e paisagístico. § 1º Os Estados e Municípios poderão instituir, através de lei,

os respectivos Planos Estaduais ou Municipais de Ge- renciamento Costeiro, observadas as normas e diretrizes do Plano Nacional e o disposto nesta lei, e designar os órgãos competentes para a execução desses Planos. § 2º Normas e diretrizes sobre o uso do solo, do subsolo e

das águas, bem como limitações à utilização de imóveis, poderão ser estabelecidas nos Planos de Gerenciamento Costeiro, Nacional, Estadual e Municipal, prevalecen- do sempre as disposições de natureza mais restritiva.

Art. 6º O licenciamento para parcelamento e remembramen- to do solo, construção, instalação, funcionamento e ampliação de atividades, com alterações das caracterís- ticas naturais da Zona Costeira, deverá observar, além do disposto nesta lei, as demais normas específicas fe- derais, estaduais e municipais, respeitando as diretrizes dos Planos de Gerenciamento Costeiro.

§ 1º A falta ou o descumprimento, mesmo parcial, das condições do licenciamento previsto neste artigo serão sancionados com interdição, embargo ou demolição, sem prejuízo da cominação de outras penalidades pre- vistas em lei.

§ 2º Para o licenciamento, o órgão competente solicitará ao responsável pela atividade a elaboração do estudo

de impacto ambiental e a apresentação do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima), devidamente aprovado, na forma da lei.

Art. 7º A degradação dos ecossistemas, do patrimônio e dos recursos naturais da Zona Costeira implicará ao agen- te a obrigação de reparar o dano causado e a sujeição às penalidades previstas no art. 14 da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, elevado o limite máximo da multa ao valor correspondente a 100.000 (cem mil) Obri- gações do Tesouro Nacional (OTN), sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Parágrafo único. As sentenças condenatórias e os acordos ju- diciais (vetado)120, que dispuserem sobre a reparação dos danos

ao meio ambiente pertinentes a esta lei, deverão ser comunica- dos pelo órgão do Ministério Público ao Conama.

Art. 8º Os dados e as informações resultantes do monitoramen- to exercido sob responsabilidade municipal, estadual ou federal na Zona Costeira comporão o Subsistema “Ge- renciamento Costeiro”, integrante do Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (Sinima).

Parágrafo único. Os órgãos setoriais e locais do Sisnama, bem como universidades e demais instituições culturais, científicas e tecnológicas encaminharão ao Subsistema os da- dos relativos ao patrimônio natural, histórico, étnico e cul- tural, à qualidade do meio ambiente e a estudos de impacto ambiente, da Zona Costeira.

Art. 9º Para evitar a degradação ou o uso indevido dos ecos- sistemas, do patrimônio e dos recursos naturais da Zona Costeira, o PNGC poderá prever a criação de

unidades de conservação permanente, na forma da legislação em vigor.

Art. 10. As praias são bens públicos de uso comum do povo, sen- do assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os tre- chos considerados de interesse de segurança nacional ou

acrescidos em áreas protegidas por legislação específica.

§ 1º Não será permitida a urbanização ou qualquer forma de utilização do solo na Zona Costeira que impeça ou dificulte o acesso assegurado no caput deste artigo. § 2º A regulamentação desta lei determinará as caracterís-

ticas e as modalidades de acesso que garantam o uso público das praias e do mar.

§ 3º Entende-se por praia a área coberta e descoberta perio- dicamente pelas águas, acrescida da faixa subsequente de material detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e pe- dregulhos, até o limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em sua ausência, onde comece um outro ecossistema.

Art. 11. O Poder Executivo regulamentará esta lei, no que cou- ber, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias.

Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 16 de maio de 1988; 167º da Independência e 100º da República. JOSÉ SARNEY Henrique Saboia Prisco Viana

- LEI Nº 7.735,

DE 22 DE FEVEREIRO DE 1989

121

-

Dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autárqui- ca, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências.

Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisó- ria nº34, de 1989, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Nelson Carneiro, Presidente do Senado Federal, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte lei:

Art. 1º Ficam extintas:

I – a Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema), ór- gão subordinado ao Ministério do Interior, instituída pelo Decreto nº 73.030, de 30 de outubro de 1973; II – a Superintendência do Desenvolvimento da Pes-

ca (Sudepe), autarquia vinculada ao Ministério da Agricultura, criada pela Lei Delegada nº 10, de 11 de outubro de 1962.

122Art. 2º É criado o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), autar- quia federal dotada de personalidade jurídica de di- reito público, autonomia administrativa e financeira, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de:

I – exercer o poder de polícia ambiental;

121 Publicada no Diário Oficial da União de 23 de fevereiro de 1989. 122 Artigo com redação dada pela Lei nº 11.516, de 28-8-2007.

II – executar ações das políticas nacionais de meio am- biente, referentes às atribuições federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da quali- dade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental, observadas as diretrizes emanadas do Ministério do Meio Ambiente; e

III – executar as ações supletivas de competência da União, de conformidade com a legislação ambiental vigente.

123Art. 3º O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-

sos Naturais Renováveis (Ibama), será administrado por 1 (um) Presidente e 5 (cinco) Diretores, designa- dos em comissão pelo Presidente da República.

Art. 4º O patrimônio, os recursos orçamentários, extraorça- mentários e financeiros, a competência, as atribuições, o pessoal, inclusive inativos e pensionistas, os cargos, funções e empregos da Superintendência da Borracha (Sudhevea) e do Instituto Brasileiro de Desenvolvi- mento Florestal (IBDF), extintos pela Lei nº 7.732, de 14 de fevereiro de 1989, bem assim os da Supe- rintendência do Desenvolvimento da Pesca (Sudepe) e da Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema) são transferidos para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, que os sucederá, ainda, nos direitos, créditos e obrigações, decorrentes de lei, ato administrativo ou contrato, in- clusive nas respectivas receitas.

§ 1º O Ministro de Estado do Interior submeterá ao Presiden- te da República a estrutura resultante das transferências referidas neste artigo e o quadro unificado de pessoal,

com as transformações e remuneração inerente aos seus cargos, empregos e funções, mantido o regime jurídico dos servidores.

§ 2º No caso de ocorrer duplicidade ou superposição de atribuições, dar-se-á a extinção automática do cargo ou função considerado desnecessário.

§ 3º Até que sejam aprovados a estrutura e o quadro pre- vistos no § 1º, as atividades da Sema e das entidades referidas neste artigo, sem solução de continuidade, permanecerão desenvolvidas pelos seus órgãos, como unidades integrantes do Instituto criado pelo artigo 2º.

Art. 5º O Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias, contado da vigência desta lei, adotará as providências necessárias à fiel execução deste ato.

Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.

Senado Federal, 22 de fevereiro de 1989; 168º da Independência e 101º da República. SENADOR NELSON CARNEIRO Presidente

- LEI Nº 7.754,

DE 14 DE ABRIL DE 1989

124

-

Estabelece medidas para proteção das florestas existentes nas nascentes dos rios e dá outras providências.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º São consideradas de preservação permanente, na for- ma da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, as flo- restas e demais formas de vegetação natural existentes nas nascentes dos rios.

Art. 2º Para os fins do disposto no artigo anterior, será cons- tituída, nas nascentes dos rios, uma área em forma de paralelograma, denominada Paralelograma de Cober- tura Florestal, na qual são vedadas a derrubada de ár- vores e qualquer forma de desmatamento.

§ 1º Na hipótese em que, antes da vigência desta lei, tenha havido derrubada de árvores e desmatamento na área integrada no Paralelograma de Cobertura Florestal, deverá ser imediatamente efetuado o reflorestamento, com espécies vegetais nativas da região.

§ 2º (Vetado.)

Art. 3º As dimensões dos Paralelogramas de Cobertura Flo- restal serão fixadas em regulamento, levando-se em consideração o comprimento e a largura dos rios cujas nascentes serão protegidas.

Art. 4º A inobservância do disposto nesta lei acarretará, aos in- fratores, além da obrigatoriedade de reflorestamento da área com espécies vegetais nativas, a aplicação de multa variável de NCz$ 140,58 (cento e quarenta cruzados novos e cinquenta e oito centavos) a NCz$ 1.405,80 (um mil, quatrocentos e cinco cruzados novos e oitenta centavos) com os reajustamentos anuais determinados na forma de Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975.

No documento Legislação brasileira sobre meio ambiente (páginas 102-146)

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