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Legislação brasileira sobre meio ambiente

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Academic year: 2021

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(1)

Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados

Centro de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca http://bd.camara.gov.br

"Dissemina os documentos digitais de interesse da atividade legislativa e da sociedade.”

MEIO AMBIENTE

2ª edição

(2)

Legislação

Brasília | 2010

10

Câmara dos Deputados

Legislação Br

asileir

a sobr

e Meio Ambient

e

A série Legislação reúne normas jurídicas, textos ou conjunto de textos legais sobre matérias específicas, com o objetivo de facilitar o acesso da sociedade à legislação vigente no país, pois o conhecimento das normas que regem a vida dos brasileiros é importante passo para o fortalecimento da prática da cida-dania. Assim, o Centro de Documentação e Informação, por meio da Coordenação Edições Câmara, cumpre uma das suas mais importantes atribuições: colaborar para que a Câmara dos Deputados promova a consolidação da democracia.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

SOBRE

MEIO AMBIENTE

(3)
(4)

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

SOBRE MEIO AMBIENTE

(5)

Legislação Brasileira

sobre Meio Ambiente

Centro de Documentação e Informação Edições Câmara

Brasília | 2010

(6)

Diretor Afrísio Vieira Lima Filho

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO Diretor Adolfo C. A. R. Furtado

COORDENAÇÃO EDIÇÕES CÂMARA Diretora Maria Clara Bicudo Cesar

COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS Diretor Sylvio Otávio Baptista de Carvalho 2009, 1ª edição (brochura).

Câmara dos Deputados

Centro de Documentação e Informação – Cedi Coordenação Edições Câmara – Coedi Anexo II – Praça dos Três Poderes Brasília (DF) – CEP 70160-900

Telefone: (61) 3216-5809; Fax: (61) 3216-5810 edicoes.cedi@camara.gov.br

Coordenação Edições Câmara

Projeto gráfico Paula Scherre e Tereza Pires

Capa e diagramação Valter Luís, Luzimar Paiva e Giselle Sousa Revisão Seção de Revisão e Indexação

SÉRIE Legislação

n. 45

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.

Legislação brasileira sobre meio ambiente. – 2. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010.

967 p. – (Série legislação ; n. 45) ISBN 978-85-736-5729-6

1. Meio ambiente, legislação, Brasil. I. Série.

(7)

Esta coletânea reúne as principais normas federais relacionadas ao meio ambiente – direito de todos e bem de uso comum do povo, conforme assevera a Constituição Federal em seu art. 25. Considerando-se que a expressão meio ambiente é bastante abrangente e possui várias e distintas definições no meio acadêmico, a seleção de normas que compõem esta coletânea orientou-se pelo conceito expresso na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (art. 3º, I), que define meio ambiente como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e bio-lógica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

A amplitude de conceito e a relevância do tema, entretanto, ensejaram um conjunto muito extenso de normas que estão relacionadas ao meio ambiente, o que inviabiliza sua reprodução integral em volume único. Assim, deu-se preferência àquelas de alcance mais geral, como as que definem direitos e obrigações genéricos, estabelecem políticas ambien-tais ou tratam da proteção de espécies e áreas ameaçadas.

O volume é dividido em quatro partes. Nas três primeiras são reproduzi-dos na íntegra, respectivamente, os dispositivos constitucionais relativos ao meio ambiente; leis e decretos-leis, além de medidas provisórias anteriores a 2001 (que têm força de lei por tempo indeterminado, conforme o art. 2º da Emenda Consticional nº 32/2001); e os decretos do Executivo que regula-mentam a legislação selecionada. A quarta parte compõe-se de uma lista de outras normas relacionadas ao tema, porém de aplicação mais restrita ou que não tratam especificamente de meio ambiente. As normas que acres-cem, revogam ou alteram dispositivos de norma preexistente são apenas refe-ridas em notas de rodapé na lei alterada, cujo texto já se encontra atualizado. Devido à grande quantidade de leis e à consequente dificuldade de pes-quisa, é possível que algumas normas ambientais ainda em vigor não tenham sido citadas. Não obstante, acredita-se que este volume será um precioso instrumento de consulta a todos quantos quiserem se informar sobre a legislação ambiental vigente em nosso país.

(8)

NORMAS CONSTITUCIONAIS

CONSTITUIçãO dA RepúblICA FedeRATIvA dO bRASIl

[dispositivos referentes ao meio ambiente] ... 17

leIS, deCReTOS-leIS e MedIdAS pROvISÓRIAS

leI Nº 4.771, de 15 de SeTeMbRO de 1965

Institui o novo Código Florestal ... 27

leI Nº 5.197, de 3 de jANeIRO de 1967

dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências ... 55

leI Nº 6.225, de 14 de jUlhO de 1975

dispõe sobre discriminação, pelo Ministério da Agricultura, de regiões para execução obrigatória de planos de proteção ao solo e de combate

à erosão e dá outras providências ... 66

deCReTO-leI Nº 1.413, de 14 de AgOSTO de 1975

dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente provocada

por atividades industriais . ... 69

leI Nº 6.803, de 2 de jUlhO de 1980

dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial

nas áreas críticas de poluição, e dá outras providências ... 71

leI Nº 6.902, de 27 de AbRIl de 1981

dispõe sobre a criação de estações ecológicas, Áreas de

proteção Ambiental e dá outras providências ... 78

leI Nº 6.938, de 31 de AgOSTO de 1981

dispõe sobre a política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e

mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências ... 83

leI Nº 7.365, de 13 de SeTeMbRO de 1985

dispõe sobre a fabricação de detergentes não biodegradáveis ... 111

leI Nº 7.643, de 18 de dezeMbRO de 1987

proíbe a pesca de cetáceo nas águas jurisdicionais brasileiras

e dá outras providências ... 112

leI Nº 7.661, de 16 de MAIO de 1988

Institui o plano Nacional de gerenciamento Costeiro

(9)

Naturais Renováveis e dá outras providências ... 118

leI Nº 7.754, de 14 de AbRIl de 1989

estabelece medidas para proteção das florestas existentes nas

nascentes dos rios e dá outras providências ... 121

leI Nº 7.797, de 10 de jUlhO de 1989

Cria o Fundo Nacional de Meio Ambiente e dá outras providências ... 123

leI Nº 7.802, de 11 de jUlhO de 1989

dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes

e afins, e dá outras providências ... 126

leI Nº 8.723, de 28 de OUTUbRO de 1993

dispõe sobre a redução de emissão de poluentes por veículos

automotores e dá outras providências ... 141

leI Nº 9.433, de 8 de jANeIRO de 1997

Institui a política Nacional de Recursos hídricos, cria o Sistema Nacional de gerenciamento de Recursos hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o

art. 1ºda lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a

lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989 ... 149

leI Nº 9.605, de 12 de FeveReIRO de 1998

dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de

condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências ... 175

leI Nº 9.795, de 27 de AbRIl de 1999

dispõe sobre a educação ambiental, institui a política Nacional

de educação Ambiental e dá outras providências ... 206

leI Nº 9.966, de 28 de AbRIl de 2000

dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou

perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências ... 216

leI Nº 9.984, de 17 de jUlhO de 2000

dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas (ANA), entidade federal de implementação da política Nacional de Recursos hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de

(10)

da Natureza e dá outras providências ... 257

MedIdA pROvISÓRIA Nº 2.186-16, de 23 de AgOSTO de 2001

Regulamenta o inciso II do § 1º e o § 4º do art. 225 da Constituição,

os arts. 1º, 8º, alínea j, 10, alínea c, 15 e 16, alíneas 3 e 4 da Convenção

sobre diversidade biológica, dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à tecnologia e transferência de tecnologia

para sua conservação e utilização, e dá outras providências ... 291

leI Nº 10.650, de 16 de AbRIl de 2003

dispõe sobre o acesso público aos dados e informações existentes

nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama ... 318

leI Nº 10.881, de 9 de jUNhO de 2004

dispõe sobre os contratos de gestão entre a Agência Nacional de Águas e entidades delegatárias das funções de Agências de Águas relativas à gestão de recursos hídricos de domínio da União

e dá outras providências ... 322

leI Nº 11.105, de 24 de MARçO de 2005

Regulamenta os incisos II, Iv e v do § 1º do art. 225 da Constituição

Federal, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados (OgM) e seus derivados, cria o Conselho Nacional de biossegurança (CNbS), reestrutura a Comissão Técnica Nacional de biossegurança (CTNbio), dispõe sobre a política Nacional de biossegurança (pNb), revoga a lei nº 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Medida provisória nº 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10 e 16 da lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá

outras providências ... 328

leI Nº 11.284, de 2 de MARçO de 2006

dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambiente, o Serviço Florestal brasileiro (SFb); cria o Fundo Nacional de desenvolvimento

Florestal (FNdF); altera as leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003,

5.868, de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, de 31 de agosto de 1981,

e 6.015, de 31 de dezembro de 1973; e dá outras providências ... 357

leI Nº 11.428, de 22 de dezeMbRO de 2006

dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do bioma

(11)

de 18 de julho de 2000, e à lei nº 11.105, de 24 de março de 2005; revoga dispositivo da lei nº 10.814, de 15 de dezembro de 2003;

e dá outras providências ... 440

leI Nº 11.516, de 28 de AgOSTO de 2007

dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da

biodiversidade – Instituto Chico Mendes; altera as leis nos 7.735,

de 22 de fevereiro de 1989, 11.284, de 2 de março de 2006, 9.985, de 18 de julho de 2000, 10.410, de 11 de janeiro de 2002, 11.156, de 29 de julho de 2005, 11.357, de 19 de outubro de 2006, e 7.957, de 20 de dezembro de 1989; revoga dispositivos da lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990, e da Medida provisória nº 2.216-37, de 31

de agosto de 2001; e dá outras providências ... 441

leI Nº 11.794, de 8 de OUTUbRO de 2008

Regulamenta o inciso vII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais; revoga a lei nº 6.638, de 8 de maio de 1979;

e dá outras providências ... 451

leI Nº 11.828, de 20 de NOveMbRO de 2008

dispõe sobre medidas tributárias aplicáveis às doações em espécie recebidas por instituições financeiras públicas controladas pela União e destinadas a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação

e do uso sustentável das florestas brasileiras ... 464

leI Nº 11.959, de 29 de jUNhO de 2009

dispõe sobre a política Nacional de desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da pesca, regula as atividades pesqueiras, revoga a lei nº 7.679, de 23 de novembro de 1988, e dispositivos do decreto-lei nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, e dá outras providências ... 466

deCReTOS

deCReTO Nº 76.389, de 3 de OUTUbRO de 1975

dispõe sobre as medidas de prevenção e controle da poluição industrial, de que trata o decreto-lei nº 1.413, de 14 de agosto

de 1975, e dá outras providências ... 491

deCReTO Nº 77.775, de 8 de jUNhO de 1976

Regulamenta a lei nº 6.225, de 14 de julho de 1975, que dispõe sobre discriminação, pelo Ministério da Agricultura, de regiões para execução obrigatória de planos de proteção ao solo e de combate

(12)

deCReTO Nº 97.632, de 10 de AbRIl de 1989

dispõe sobre a regulamentação do artigo 2º, inciso vIII,

da lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá outras providências ... 516

deCReTO Nº 99.274, de 6 de jUNhO de 1990

Regulamenta a lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981, e a lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de estações ecológicas e Áreas de proteção Ambiental e sobre a política

Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências ... 518

deCReTO Nº 99.556, de 1º de OUTUbRO de 1990

dispõe sobre a proteção das cavidades naturais subterrâneas

existentes no território nacional, e dá outras providências ... 545

deCReTO Nº 2.661, de 8 de jUlhO de 1998

Regulamenta o parágrafo único do art. 27 da lei nº 4.771,

de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal), mediante o estabelecimento de normas de precaução relativas ao emprego do fogo em práticas

agropastoris e florestais, e dá outras providências ... 552

deCReTO Nº 3.420, de 20 de AbRIl de 2000

dispõe sobre a criação do programa Nacional de Florestas

(pNF), e dá outras providências ... 563

deCReTO Nº 3.524, de 26 de jUNhO de 2000

Regulamenta a lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, que cria

o Fundo Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências ... 571

deCReTO Nº 4.136, de 20 de FeveReIRO de 2002

dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional, prevista na lei nº 9.966, de 28 de abril de 2000,

e dá outras providências. ... 575

deCReTO Nº 4.281, de 25 de jUNhO de 2002

Regulamenta a lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a política Nacional de educação Ambiental,

e dá outras providências ... 608

deCReTO Nº 4.297, de 10 de jUlhO de 2002

Regulamenta o art. 9º, inciso II, da lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, estabelecendo critérios para o zoneamento

(13)

da Natureza (SNUC), e dá outras providências ... 627

deCReTO Nº 4.613, de 11 de MARçO de 2003

Regulamenta o Conselho Nacional de Recursos hídricos,

e dá outras providências ... 646

deCReTO Nº 5.300, de 7 de dezeMbRO de 2004

Regulamenta a lei nº 7.661, de 16 de maio de 1988, que institui o plano Nacional de gerenciamento Costeiro (pNgC), dispõe sobre regras de uso e ocupação da zona costeira e estabelece critérios de

gestão da orla marítima, e dá outras providências ... 655

deCReTO Nº 5.459, de 7 de jUNhO de 2005

Regulamenta o art. 30 da Medida provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001, disciplinando as sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao patrimônio genético ou ao conhecimento

tradicional associado e dá outras providências ... 689

deCReTO Nº 5.583, de 16 de NOveMbRO de 2005

Regulamenta o § 6º do art. 27 da lei nº 10.683, de 28 de maio

de 2003, e dá outras providências ... 704

deCReTO Nº 5.591, de 22 de NOveMbRO de 2005

Regulamenta dispositivos da lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, que regulamenta os incisos II, Iv e v do § 1º do art. 225 da Constituição,

e dá outras providências ... 706

deCReTO Nº 5.746, de 5 de AbRIl de 2006

Regulamenta o art. 21 da lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza ... 750

deCReTO Nº 5.795, de 5 de jUNhO de 2006

dispõe sobre a composição e o funcionamento da Comissão de

gestão de Florestas públicas, e dá outras providências ... 761

deCReTO Nº 5.975, de 30 de NOveMbRO de 2006

Regulamenta os arts. 12, parte final, 15, 16, 19, 20 e 21 da lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, o art. 4º, inciso III, da lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, o art. 2º da lei nº 10.650, de 16 de abril de 2003, altera e acrescenta dispositivos aos decretos

nos 3.179, de 21 de setembro de 1999, e 3.420, de 20 de abril de 2000,

(14)

públicas para a produção sustentável, e dá outras providências ... 778

deCReTO Nº 6.514, de 22 de jUlhO de 2008

dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas

infrações, e dá outras providências ... 807

deCReTO Nº 6.565, de 15 de SeTeMbRO de 2008

dispõe sobre medidas tributárias aplicáveis às doações em espécie recebidas por instituições financeiras públicas controladas pela União e destinadas a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável

das florestas brasileiras ... 871

deCReTO Nº 6.660, de 21 de NOveMbRO de 2008

Regulamenta dispositivos da lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação

nativa do bioma Mata Atlântica ... 877

deCReTO Nº 6.848, de 14 de MAIO de 2009

Altera e acrescenta dispositivos ao decreto nº 4.340, de 22 de agosto de 2002, para regulamentar a compensação ambiental ... 913

deCReTO Nº 7.029, de 10 de dezeMbRO de 2009

Institui o programa Federal de Apoio à Regularização Ambiental de Imóveis Rurais, denominado “programa Mais Ambiente”, e dá outras providências ... 921

lISTA de OUTRAS NORMAS CORRelATAS

leIS e deCReTOS-leIS ...931 deCReTOS legISlATIvOS ...939 deCReTOS ...947

(15)
(16)

- CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

FEDERATIVA DO BRASIL

1

-[Dispositivos referentes ao meio ambiente.]

...

TÍTUlO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS

FUNDAMENTAIS

CApÍTUlO I

Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilida-de do direito à vida, à liberdainviolabilida-de, à igualdainviolabilida-de, à se-gurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação

popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

...

(17)

TÍTUlO III

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CApÍTUlO II

Da União

Art. 20. São bens da União:

... II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das

fron-teiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação am-biental, definidas em lei;

...

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

... VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição

em qualquer de suas formas;

VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;

...

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

... VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da nature-za, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

(18)

... VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao

consumidor, a bens e direitos de valor artístico, es-tético, histórico, turístico e paisagístico;

...

TÍTUlO Iv

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

...

CApÍTUlO Iv

Das Funções Essenciais à Justiça

Seção I

Do Ministério Público

...

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: ... III – promover o inquérito civil e a ação civil pública,

para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

(19)

TÍTUlO vII

DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA

CApÍTUlO I

Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do traba-lho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justi-ça social, observados os seguintes princípios:

...

2VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante

trata-mento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de ela-boração e prestação;

...

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade eco-nômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.

... § 3º O Estado favorecerá a organização da atividade ga-rimpeira em cooperativas, levando em conta a pro-teção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.

...

(20)

TÍTUlO vIII

DA ORDEM SOCIAL

...

CApÍTUlO III

Da Educação, da Cultura e do Desporto

...

Seção II

Da Cultura

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

... V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,

paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológi-co, ecológico e científico.

...

CApÍTUlO vI

Do Meio Ambiente

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público

(21)

e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

3I – preservar e restaurar os processos ecológicos

es-senciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

4II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio

genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

5III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços

territoriais e seus componentes a serem especial-mente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atri-butos que justifiquem sua proteção;

6IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou

atividade potencialmente causadora de significati-va degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

7V – controlar a produção, a comercialização e o

em-prego de técnicas, métodos e substâncias que com-portem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

3 Inciso regulamentado pela Lei nº 9.985, de 18-7-2000.

4 Inciso regulamentado pelas Leis nos 9.985, de 18-7-2000, e 11.105, de 24-3-2005. 5 Inciso regulamentado pela Lei nº 9.985, de 18-7-2000.

6 Inciso regulamentado pela Lei nº 11.105, de 24-3-2005. 7 Idem.

(22)

VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preser-vação do meio ambiente;

8VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da

lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competen-te, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio am-biente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegu-rem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

...

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- LEI Nº 4.771,

DE 15 DE SETEMBRO DE 1965

9

-Institui o novo Código Florestal.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1º As florestas existentes no território nacional e as de-mais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta lei estabelecem.

10§ 1º As ações ou omissões contrárias às disposições deste

código na utilização e exploração das florestas e demais formas de vegetação são consideradas uso nocivo da propriedade, aplicando-se, para o caso, o procedimen-to sumário previsprocedimen-to no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil.

11§ 2º Para os efeitos deste código, entende-se por:

I – pequena propriedade rural ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do proprietário ou posseiro e de sua família, admitida a ajuda eventual de terceiro e cuja renda bruta seja proveniente, no mínimo, em oitenta por cento, de

9 Publicada no Diário Oficial da União de 16 de setembro de 1965.

10 Parágrafo único original com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001. 11 Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.

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atividade agroflorestal ou do extrativismo, cuja área não supere:

a) cento e cinquenta hectares se localizada nos Esta-dos do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondô-nia, Amapá e Mato Grosso e nas regiões situadas ao norte do paralelo 13º S, dos Estados de Tocan-tins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão ou no Pantanal Mato-Gros-sense ou Sul-Mato-GrosMato-Gros-sense;

b) cinquenta hectares, se localizada no polígono das secas ou a leste do Meridiano de 44º W, do Estado do Maranhão; e

c) trinta hectares, se localizada em qualquer outra re-gião do País;

II – área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arts. 2º e 3º desta lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a esta-bilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;

III – Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preser-vação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversida-de e ao abrigo e proteção biodiversida-de fauna e flora nativas; IV – utilidade pública:

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12b) as obras essenciais de infraestrutura destinadas

aos serviços públicos de transporte, saneamento e energia e aos serviços de telecomunicações e de radiodifusão; e

c) demais obras, planos, atividades ou projetos pre-vistos em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama);

V – interesse social:

a) as atividades imprescindíveis à proteção da integrida-de da vegetação nativa, tais como: prevenção, com-bate e controle do fogo, controle da erosão, erradica-ção de invasoras e proteerradica-ção de plantios com espécies nativas, conforme resolução do Conama;

b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável pra-ticadas na pequena propriedade ou posse rural fami-liar, que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área; e c) demais obras, planos, atividades ou projetos

defi-nidos em resolução do Conama;

VI – Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazo-nas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13º S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meri-diano de 44º W, do Estado do Maranhão.

Art. 2º Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta lei, as florestas e demais formas de vegeta-ção natural situadas:

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13a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água

des-de o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será:

1 – de 30 (trinta) metros para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;

2 – de 50 (cinquenta) metros para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) me-tros de largura;

3 – de 100 (cem) metros para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzen-tos) metros de largura;

4 – de 200 (duzentos) metros para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

5 – de 500 (quinhentos) metros para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;

b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais;

14c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos

chama-dos “olhos d’água”, qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de largura;

d) no topo de morros, montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou partes destas, com declividade

superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive;

13 Alínea com redação dada pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989. 14 Idem.

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f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabili-zadoras de mangues;

15g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da

linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;

16h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos)

metros, qualquer que seja a vegetação.

17Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim

entendi-das as compreendientendi-das nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações ur-banas, em todo o território abrangido, obervar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeita-dos os princípios e limites a que se refere este artigo.

Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as flo-restas e demais formas de vegetação natural destinadas:

a) a atenuar a erosão das terras; b) a fixar as dunas;

c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;

d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares;

e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico;

15 Alínea com redação dada pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989. 16 Idem.

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f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção;

g) a manter o ambiente necessário à vida das popula-ções silvícolas;

h) a assegurar condições de bem-estar público. § 1º A supressão total ou parcial de florestas de preservação

permanente só será admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando for necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social.

§ 2º As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao regime de preservação permanente (letra g) pelo só efeito desta lei.

18Art. 3º-A. A exploração dos recursos florestais em terras

indíge-nas somente poderá ser realizada pelas comunidades indígenas em regime de manejo florestal sustentável, para atender a sua subsistência, respeitados os arts. 2º e 3º deste código.

19Art. 4º A supressão de vegetação em área de preservação

per-manente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social, devidamente caracterizados e motivados em procedimento adminis-trativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto.

§ 1º A supressão de que trata o caput deste artigo depende-rá de autorização do órgão ambiental estadual compe-tente, com anuência prévia, quando couber, do órgão

18 Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001. 19 Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001.

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federal ou municipal de meio ambiente, ressalvado o disposto no § 2º deste artigo.

§ 2º A supressão de vegetação em área de preservação per-manente situada em área urbana, dependerá de auto-rização do órgão ambiental competente, desde que o Município possua conselho de meio ambiente com ca-ráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão ambiental estadual competente fun-damentada em parecer técnico.

§ 3º O órgão ambiental competente poderá autorizar a su-pressão eventual e de baixo impacto ambiental, assim definido em regulamento, da vegetação em área de preservação permanente.

§ 4º O órgão ambiental competente indicará, previamente à emissão da autorização para a supressão de vegetação em área de preservação permanente, as medidas mi-tigadoras e compensatórias que deverão ser adotadas pelo empreendedor.

§ 5º A supressão de vegetação nativa protetora de nascen-tes, ou de dunas e mangues, de que tratam, respectiva-mente, as alíneas c e f do art. 2º deste código, somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. § 6º Na implantação de reservatório artificial é obrigatória

a desapropriação ou aquisição, pelo empreendedor, das áreas de preservação permanente criadas no seu entor-no, cujos parâmetros e regime de uso serão definidos por resolução do Conama.

§ 7º É permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente, para obtenção de água, desde que não exija a supressão e não comprometa a regenera-ção e a manutenregenera-ção a longo prazo da vegetaregenera-ção nativa.

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20Art. 5º (Revogado.) 21Art. 6º (Revogado.)

Art. 7º Qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte, mediante ato do Poder Público, por motivo de sua loca-lização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes.

Art. 8º Na distribuição de lotes destinados à agricultura, em planos de colonização e de reforma agrária, não devem ser incluídas as áreas florestadas de preservação perma-nente de que trata esta lei, nem as florestas necessárias ao abastecimento local ou nacional de madeiras e ou-tros produtos florestais.

Art. 9º As florestas de propriedade particular, enquanto in-divisas com outras, sujeitas a regime especial, ficam subordinadas às disposições que vigorarem para estas.

Art. 10. Não é permitida a derrubada de florestas, situadas em áreas de inclinação entre 25 a 45 graus, só sendo nelas tolerada a extração de toros, quando em regime de uti-lização racional, que vise a rendimentos permanentes.

Art. 11. O emprego de produtos florestais ou hulha como combustível obriga o uso de dispositivo, que impeça difusão de fagulhas suscetíveis de provocar incêndios, nas florestas e demais formas de vegetação marginal.

22Art. 12. Nas florestas plantadas, não consideradas de

preserva-ção permanente, é livre a extrapreserva-ção de lenha e demais produtos florestais ou a fabricação de carvão. Nas de-mais florestas dependerá de norma estabelecida em ato

20 Artigo revogado pela Lei nº 9.985, de 18-7-2000. 21 Idem.

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do Poder Federal ou Estadual, em obediência a pres-crições ditadas pela técnica e às peculiaridades locais.

Art. 13. O comércio de plantas vivas, oriundas de florestas, de-penderá de licença da autoridade competente.

Art. 14. Além dos preceitos gerais a que está sujeita a utilização das florestas, o Poder Público Federal ou Estadual poderá:

a) prescrever outras normas que atendam às peculia-ridades locais;

23b) proibir ou limitar o corte das espécies vegetais raras,

endêmicas, em perigo ou ameaçadas de extinção, bem como as espécies necessárias à subsistência das populações extrativistas, delimitando as áreas com-preendidas no ato, fazendo depender de licença prévia, nessas áreas, o corte de outras espécies; c) ampliar o registro de pessoas físicas ou jurídicas

que se dediquem à extração, indústria e comércio de produtos ou subprodutos florestais.

24Art. 15. Fica proibida a exploração sob forma empírica das

flo-restas primitivas da bacia amazônica que só poderão ser utilizadas em observância a planos técnicos de condu-ção e manejo a serem estabelecidos por ato do Poder Público, a ser baixado dentro do prazo de um ano.

25Art. 16. As florestas e outras formas de vegetação nativa,

ressal-vadas as situadas em área de preservação permanente, assim como aquelas não sujeitas ao regime de utili-zação limitada ou objeto de legislação específica, são

23 Alínea com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001. 24 Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.975, de 30-11-2006.

25 Artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001, e regulamentado pelo

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suscetíveis de supressão, desde que sejam mantidas, a título de reserva legal, no mínimo:

I – oitenta por cento, na propriedade rural situada em área de floresta localizada na Amazônia Legal; II – trinta e cinco por cento, na propriedade rural

si-tuada em área de cerrado localizada na Amazônia Legal, sendo no mínimo vinte por cento na pro-priedade e quinze por cento na forma de compen-sação em outra área, desde que esteja localizada na mesma microbacia, e seja averbada nos termos do § 7º deste artigo;

III – vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas de vegetação nati-va localizada nas demais regiões do País; e

IV – vinte por cento, na propriedade rural em área de cam-pos gerais localizada em qualquer região do País. § 1º O percentual de reserva legal na propriedade situada

em área de floresta e cerrado será definido consideran-do separadamente os índices conticonsideran-dos nos incisos I e II deste artigo.

§ 2º A vegetação da reserva legal não pode ser suprimida, podendo apenas ser utilizada sob regime de manejo florestal sustentável, de acordo com princípios e cri-térios técnicos e científicos estabelecidos no regula-mento, ressalvadas as hipóteses previstas no § 3º deste artigo, sem prejuízo das demais legislações específicas. § 3º Para cumprimento da manutenção ou compensação da área de reserva legal em pequena propriedade ou posse rural familiar, podem ser computados os plan-tios de árvores frutíferas ornamentais ou industriais,

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compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com espécies nativas. § 4º A localização da reserva legal deve ser aprovada pelo

órgão ambiental estadual competente ou, mediante convênio, pelo órgão ambiental municipal ou outra instituição devidamente habilitada, devendo ser consi-derados, no processo de aprovação, a função social da propriedade, e os seguintes critérios e instrumentos, quando houver:

I – o plano de bacia hidrográfica; II – o plano diretor municipal;

III – o zoneamento ecológico-econômico;

IV – outras categorias de zoneamento ambiental; e V – a proximidade com outra Reserva Legal, área de

Preservação Permanente, unidade de conservação ou outra área legalmente protegida.

§ 5º O Poder Executivo, se for indicado pelo Zoneamen-to Ecológico Econômico (ZEE)26 e pelo Zoneamento

Agrícola, ouvidos o Conama, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura e do Abasteci-mento, poderá:

I – reduzir, para fins de recomposição, a reserva legal, na Amazônia Legal, para até cinquenta por cen-to da propriedade, excluídas, em qualquer caso, as áreas de Preservação Permanente, os ecótonos, os sítios e ecossistemas especialmente protegidos, os locais de expressiva biodiversidade e os corredores ecológicos; e

26 Os critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil foram estabelecidos pelo Decreto nº 4.297,

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II – ampliar as áreas de reserva legal, em até cinquenta por cento dos índices previstos neste código, em todo o território nacional.

§ 6º Será admitido, pelo órgão ambiental competente, o cômputo das áreas relativas à vegetação nativa existen-te em área de preservação permanenexisten-te no cálculo do percentual de reserva legal, desde que não implique em conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo, e quando a soma da vegetação nativa em área de preservação permanente e reserva legal exceder a: I – oitenta por cento da propriedade rural localizada

na Amazônia Legal;

II – cinquenta por cento da propriedade rural localiza-da nas demais regiões do País; e

III – vinte e cinco por cento da pequena propriedade defi-nida pelas alíneas b e c do inciso I do § 2º do art. 1º. § 7º O regime de uso da área de preservação permanente

não se altera na hipótese prevista no § 6º.

§ 8º A área de reserva legal deve ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imó-veis competente, sendo vedada a alteração de sua des-tinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, de desmembramento ou de retificação da área, com as exceções previstas neste código.

§ 9º A averbação da reserva legal da pequena propriedade ou posse rural familiar é gratuita, devendo o Poder Público prestar apoio técnico e jurídico, quando necessário. § 10. Na posse, a reserva legal é assegurada por Termo de

Ajustamento de Conduta, firmado pelo possuidor com o órgão ambiental estadual ou federal competente, com

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força de título executivo e contendo, no mínimo, a lo-calização da reserva legal, as suas características ecológi-cas básiecológi-cas e a proibição de supressão de sua vegetação, aplicando-se, no que couber, as mesmas disposições previstas neste código para a propriedade rural.

§ 11. Poderá ser instituída reserva legal em regime de con-domínio entre mais de uma propriedade, respeitado o percentual legal em relação a cada imóvel, median-te a aprovação do órgão ambiental estadual compe-tente e as devidas averbações referentes a todos os imóveis envolvidos.

Art. 17. Nos loteamentos de propriedades rurais, a área desti-nada a completar o limite percentual fixado na letra a do artigo antecedente, poderá ser agrupada numa só porção em condomínio entre os adquirentes.

Art. 18. Nas terras de propriedade privada, onde seja necessário o florestamento ou o reflorestamento de preservação permanente, o Poder Público Federal poderá fazê-lo sem desapropriá-las, se não o fizer o proprietário. § 1º Se tais áreas estiverem sendo utilizadas com culturas,

de seu valor deverá ser indenizado o proprietário. § 2º As áreas assim utilizadas pelo Poder Público Federal

ficam isentas de tributação.

27Art. 19. A exploração de florestas e formações sucessoras,

tan-to de domínio público como de domínio privado, dependerá de prévia aprovação pelo órgão estadual competente do Sistema Nacional do Meio Ambien-te (Sisnama), bem como da adoção de técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo

27 Artigo com redação dada pela Lei nº 11.284, de 2-3-2006, e regulamentado pelo Decreto nº 5.975, de

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compatíveis com os variados ecossistemas que a co-bertura arbórea forme.

§ 1º Compete ao Ibama a aprovação de que trata o caput deste artigo:

I – nas florestas públicas de domínio da União; II – nas unidades de conservação criadas pela União; III – nos empreendimentos potencialmente causadores

de impacto ambiental nacional ou regional, defini-dos em resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

§ 2º Compete ao órgão ambiental municipal a aprovação de que trata o caput deste artigo:

I – nas florestas públicas de domínio do Município; II – nas unidades de conservação criadas pelo Município; III – nos casos que lhe forem delegados por convênio ou outro instrumento admissível, ouvidos, quando couber, os órgãos competentes da União, dos Esta-dos e do Distrito Federal.

§ 3º No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que contemplem a utilização de espécies nativas.

28Art. 20. As empresas industriais que, por sua natureza,

consu-mirem grande quantidades de matéria-prima florestal serão obrigadas a manter, dentro de um raio em que a exploração e o transporte sejam julgados econômi-cos, um serviço organizado, que assegure o plantio de novas áreas, em terras próprias ou pertencentes a

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terceiros, cuja produção sob exploração racional, seja equivalente ao consumido para o seu abastecimento.

Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste ar-tigo, além das penalidades previstas neste código, obriga os infratores ao pagamento de uma multa equivalente a 10% (dez por cento) do valor comercial da matéria-prima florestal nativa consumida além da produção da qual participe.

29Art. 21. As empresas siderúrgicas, de transporte e outras, à base

de carvão vegetal, lenha ou outra matéria-prima flo-restal, são obrigadas a manter florestas próprias para exploração racional ou a formar, diretamente ou por intermédio de empreendimentos dos quais partici-pem, florestas destinadas ao seu suprimento.

Parágrafo único. A autoridade competente fixará para cada empresa o prazo que lhe é facultado para atender ao disposto neste artigo, dentro dos limites de 5 a 10 anos.

30Art. 22. A União, diretamente, através do órgão executivo

es-pecífico, ou em convênio com os Estados e Municí-pios, fiscalizará a aplicação das normas deste código, podendo, para tanto, criar os serviços indispensáveis.

Parágrafo único. Nas áreas urbanas, a que se refere o parágra-fo único do art. 2º desta lei, a fiscalização é da competência dos Municípios, atuando a União supletivamente.

Art. 23. A fiscalização e a guarda das florestas pelos serviços es-pecializados não excluem a ação da autoridade policial por iniciativa própria.

29 Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.975, de 30-11-2006. 30 Artigo com redação dada pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.

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Art. 24. Os funcionários florestais, no exercício de suas fun-ções, são equiparados aos agentes de segurança públi-ca, sendo-lhes assegurado o porte de armas.

Art. 25. Em caso de incêndio rural, que não se possa extinguir com os recursos ordinários, compete não só ao fun-cionário florestal, como a qualquer outra autoridade pública, requisitar os meios materiais e convocar os homens em condições de prestar auxílio.

Art. 26. Constituem contravenções penais, puníveis com três meses a um ano de prisão simples ou multa de uma a cem vezes o salário mínimo mensal, do lugar e da data da infração ou ambas as penas cumulativamente:

a) destruir ou danificar a floresta considerada de pre-servação permanente, mesmo que em formação ou utilizá-la com infringência das normas estabe-lecidas ou previstas nesta lei;

b) cortar árvores em florestas de preservação perma-nente, sem permissão da autoridade competente; c) penetrar em floresta de preservação permanente

conduzindo armas, substâncias ou instrumentos próprios para caça proibida ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem estar mu-nido de licença da autoridade competente;

d) causar danos aos Parques Nacionais, Estaduais ou Municipais, bem como às Reservas Biológicas; e) fazer fogo, por qualquer modo, em florestas e

de-mais formas de vegetação, sem tomar as precau-ções adequadas;

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f) fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação;

g) impedir ou dificultar a regeneração natural de flo-restas e demais formas de vegetação;

h) receber madeira, lenha, carvão e outros produtos procedentes de florestas, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autorida-de competente e sem munir-se da via que autorida-deverá acompanhar o produto, até final beneficiamento; i) transportar ou guardar madeiras, lenha, carvão e

ou-tros produtos procedentes de florestas, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armaze-namento, outorgada pela autoridade competente; j) deixar de restituir à autoridade, licenças extintas

pelo decurso do prazo ou pela entrega ao consu-midor dos produtos procedentes de florestas; l) empregar, como combustível, produtos florestais

ou hulha, sem uso de dispositivo que impeça a di-fusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incên-dios nas florestas;

m) soltar animais ou não tomar precauções necessárias para que o animal de sua propriedade não penetre em florestas sujeitas a regime especial;

n) matar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia ou ár-vore imune de corte;

o) extrair de florestas de domínio público ou con-sideradas de preservação permanente, sem prévia

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autorização, pedra, areia, cal ou qualquer outra espécie de minerais;

p) (vetada);

31q) transformar madeiras de lei em carvão, inclusive

para qualquer efeito industrial, sem licença da au-toridade competente.

Art. 27. É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegetação.

32Parágrafo único. Se peculiaridades locais ou regionais

justifi-carem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, a permissão será estabelecida em ato do Poder Público, circuns-crevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução.

Art. 28. Além das contravenções estabelecidas no artigo prece-dente, subsistem os dispositivos sobre contravenções e crimes previstos no Código Penal e nas demais leis, com as penalidades neles cominadas.

Art. 29. As penalidades incidirão sobre os autores, sejam eles: a) diretos;

b) arrendatários, parceiros, posseiros, gerentes, admi-nistradores, diretores, promitentes compradores ou proprietários das áreas florestais, desde que pratica-das por prepostos ou subordinados e no interesse dos preponentes ou dos superiores hierárquicos; c) autoridades que se omitirem ou facilitarem, por

consentimento legal, na prática do ato.

31 Alínea incluída pela Lei nº 5.870, de 26-3-1973.

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Art. 30. Aplicam-se às contravenções previstas neste código as regras gerais do Código Penal e da Lei de Contraven-ções Penais, sempre que a presente lei não disponha de modo diverso.

Art. 31. São circunstâncias que agravam a pena, além das previs-tas no Código Penal e na Lei de Contravenções Penais: a) cometer a infração no período de queda das se-mentes ou de formação das vegetações prejudica-das, durante a noite, em domingos ou dias feria-dos, em épocas de seca ou inundações;

b) cometer a infração contra a floresta de preservação permanente ou material dela provindo.

Art. 32. A ação penal independe de queixa, mesmo em se tra-tando de lesão em propriedade privada, quando os bens atingidos são florestas e demais formas de vegetação, instrumentos de trabalho, documentos e atos relacio-nados com a proteção florestal disciplinada nesta lei.

Art. 33. São autoridades competentes para instaurar, presidir e proceder a inquéritos policiais, lavrar autos de prisão em flagrante e intentar a ação penal, nos casos de cri-mes ou contravenções, previstos nesta lei, ou em outras leis e que tenham por objeto florestas e demais formas de vegetação, instrumentos de trabalho, documentos e produtos procedentes das mesmas:

a) as indicadas no Código de Processo Penal;

b) os funcionários da repartição florestal e de autar-quias, com atribuições correlatas, designados para a atividade de fiscalização.

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Parágrafo único. Em caso de ações penais simultâneas, pelo mesmo fato, iniciadas por várias autoridades, o Juiz reunirá os processos na jurisdição em que se firmou a competência.

Art. 34. As autoridades referidas no item b do artigo anterior, ra-tificada a denúncia pelo Ministério Público, terão ainda competência igual à deste, na qualidade de assistente, pe-rante a Justiça comum, nos feitos de que trata esta lei.

Art. 35. A autoridade apreenderá os produtos e os instrumen-tos utilizados na infração e, se não puderem acom-panhar o inquérito, por seu volume e natureza, serão entregues ao depositário público local, se houver e, na sua falta, ao que for nomeado pelo Juiz, para ulterior devolução ao prejudicado. Se pertencerem ao agente ativo da infração, serão vendidos em hasta pública.

Art. 36. O processo das contravenções obedecerá ao rito sumá-rio da Lei nº 1.508 de l9 de dezembro de 1951, no que couber.

Art. 37. Não serão transcritos ou averbados no Registro Geral de Imóveis os atos de transmissão inter vivos ou causa mortis, bem como a constituição de ônus reais, sobre imóveis da zona rural, sem a apresentação de certidão negativa de dívidas referentes a multas previstas nesta lei ou nas leis estaduais supletivas, por decisão transi-tada em julgado.

33Art. 37-A. Não é permitida a conversão de florestas ou outra

for-ma de vegetação nativa para uso alternativo do solo na propriedade rural que possui área desmatada, quando for verificado que a referida área encontra-se abando-nada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada, segundo a vocação e capacidade de suporte do solo.

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§ 1º Entende-se por área abandonada, subutilizada ou uti-lizada de forma inadequada, aquela não efetivamen-te utilizada, nos efetivamen-termos do § 3º, do art. 6º da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou que não atenda aos índices previstos no art. 6º da referida lei, ressalva-das as áreas de pousio na pequena propriedade ou posse rural familiar ou de população tradicional.

§ 2º As normas e mecanismos para a comprovação da ne-cessidade de conversão serão estabelecidos em regula-mento, considerando, dentre outros dados relevantes, o desempenho da propriedade nos últimos três anos, apurado nas declarações anuais do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

§ 3º A regulamentação de que trata o § 2º estabelecerá pro-cedimentos simplificados:

I – para a pequena propriedade rural; e

II – para as demais propriedades que venham atingindo os parâmetros de produtividade da região e que não tenham restrições perante os órgãos ambientais. § 4º Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a

supres-são da vegetação que abrigue espécie ameaçada de extin-ção, dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie. § 5º Se as medidas necessárias para a conservação da espécie

im-possibilitarem a adequada exploração econômica da pro-priedade, observar-se-á o disposto na alínea b do art. 14. § 6º É proibida, em área com cobertura florestal primária

ou secundária em estágio avançado de regeneração, a implantação de projetos de assentamento humano ou de colonização para fim de reforma agrária, ressalvados

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os projetos de assentamento agroextrativista, respeita-das as legislações específicas.

34Art. 38. (Revogado.) 35Art. 39. (Revogado.)

Art. 40. (Vetado.)

Art. 41. Os estabelecimentos oficiais de crédito concederão prioridades aos projetos de florestamento, refloresta-mento ou aquisição de equiparefloresta-mentos mecânicos ne-cessários aos serviços, obedecidas as escalas anterior-mente fixadas em lei.

Parágrafo único. Ao Conselho Monetário Nacional, dentro de suas atribuições legais, como órgão disciplinador do cré-dito e das operações creditícias em todas suas modalidades e formas, cabe estabelecer as normas para os financiamentos florestais, com juros e prazos compatíveis, relacionados com os planos de florestamento e reflorestamento aprovados pelo Conselho Florestal Federal.

Art. 42. Dois anos depois da promulgação desta lei, nenhuma au-toridade poderá permitir a adoção de livros escolares de leitura que não contenham textos de educação florestal, previamente aprovados pelo Conselho Federal de Educa-ção, ouvido o órgão florestal competente.

§ 1º As estações de rádio e televisão incluirão, obrigatoria-mente, em suas programações, textos e dispositivos de interesse florestal, aprovados pelo órgão competente no limite mínimo de cinco (5) minutos semanais, dis-tribuídos ou não em diferentes dias.

34 Artigo revogado pela Lei nº 5.106, de 2-9-1966. 35 Artigo revogado pela Lei nº 5.868, de 12-12-1972.

(46)

§ 2º Nos mapas e cartas oficiais serão obrigatoriamente as-sinalados os Parques e Florestas Públicas.

§ 3º A União e os Estados promoverão a criação e o desen-volvimento de escolas para o ensino florestal, em seus diferentes níveis.

Art. 43. Fica instituída a Semana Florestal, em datas fixadas para as diversas regiões do País, do decreto federal. Será a mesma comemorada, obrigatoriamente, nas escolas e estabelecimentos públicos ou subvencionados, através de programas objetivos em que se ressalte o valor das florestas, face aos seus produtos e utilidades, bem como sobre a forma correta de conduzi-las e perpetuá-las.

Parágrafo único. Para a Semana Florestal serão programadas reuniões, conferências, jornadas de reflorestamento e outras solenidades e festividades com o objetivo de identificar as flo-restas como recurso natural renovável, de elevado valor social e econômico.

36Art. 44. O proprietário ou possuidor de imóvel rural com área

de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada ou outra forma de vegetação nativa em extensão inferior ao estabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16, ressalvado o disposto nos seus §§ 5º e 6º, deve adotar as seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente: I – recompor a reserva legal de sua propriedade

me-diante o plantio, a cada três anos, de no mínimo 1/10 da área total necessária à sua complementa-ção, com espécies nativas, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ambiental estadual com-petente;

(47)

II – conduzir a regeneração natural da reserva legal; e III – compensar a reserva legal por outra área

equivalen-te em importância ecológica e exequivalen-tensão, desde que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma microbacia, conforme critérios estabele-cidos em regulamento.

§ 1º Na recomposição de que trata o inciso I, o órgão am-biental estadual competente deve apoiar tecnicamente a pequena propriedade ou posse rural familiar.

§ 2º A recomposição de que trata o inciso I pode ser realiza-da mediante o plantio temporário de espécies exóticas como pioneiras, visando a restauração do ecossistema original, de acordo com critérios técnicos gerais esta-belecidos pelo Conama.

§ 3º A regeneração de que trata o inciso II será autorizada, pelo órgão ambiental estadual competente, quando sua viabilidade for comprovada por laudo técnico, po-dendo ser exigido o isolamento da área.

§ 4º Na impossibilidade de compensação da reserva legal dentro da mesma microbacia hidrográfica, deve o ór-gão ambiental estadual competente aplicar o critério de maior proximidade possível entre a propriedade desprovida de reserva legal e a área escolhida para com-pensação, desde que na mesma bacia hidrográfica e no mesmo Estado, atendido, quando houver, o respectivo Plano de Bacia Hidrográfica, e respeitadas as demais condicionantes estabelecidas no inciso III.

§ 5º A compensação de que trata o inciso III deste artigo, deverá ser submetida à aprovação pelo órgão ambien-tal estadual competente, e pode ser implementada me-diante o arrendamento de área sob regime de servidão

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florestal ou reserva legal, ou aquisição de cotas de que trata o art. 44-B.

37§ 6º O proprietário rural poderá ser desonerado das

obriga-ções previstas neste artigo, mediante a doação ao órgão ambiental competente de área localizada no interior de unidade de conservação de domínio público, pen-dente de regularização fundiária, respeitados os crité-rios previstos no inciso III do caput deste artigo.

38Art. 44-A. O proprietário rural poderá instituir servidão florestal,

mediante a qual voluntariamente renuncia, em caráter permanente ou temporário, a direitos de supressão ou ex-ploração da vegetação nativa, localizada fora da reserva le-gal e da área com vegetação de preservação permanente. § 1º A limitação ao uso da vegetação da área sob regime de

servidão florestal deve ser, no mínimo, a mesma esta-belecida para a Reserva Legal.

§ 2º A servidão florestal deve ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de imó-veis competente, após anuência do órgão ambiental estadual competente, sendo vedada, durante o prazo de sua vigência, a alteração da destinação da área, nos casos de transmissão a qualquer título, de desmembra-mento ou de retificação dos limites da propriedade.

39Art. 44-B. Fica instituída a Cota de Reserva Florestal (CRF),

tí-tulo representativo de vegetação nativa sob regime de servidão florestal, de Reserva Particular do Patrimônio Natural ou reserva legal instituída voluntariamente so-bre a vegetação que exceder os percentuais estabeleci-dos no art. 16 deste código.

37 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 11.428, de 22-12-2006. 38 Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001. 39 Idem.

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Parágrafo único. A regulamentação deste código disporá so-bre as características, natureza e prazo de validade do título de que trata este artigo, assim como os mecanismos que assegu-rem ao seu adquirente a existência e a conservação da vegeta-ção objeto do título.

40Art. 44-C. O proprietário ou possuidor que, a partir da vigência

da Medida Provisória nº 1.736-31, de 14 de dezem-bro de 1998, suprimiu, total ou parcialmente flores-tas ou demais formas de vegetação nativa, situadas no interior de sua propriedade ou posse, sem as devidas autorizações exigidas por lei, não pode fazer uso dos benefícios previstos no inciso III do art. 44.

41Art. 45. Ficam obrigados ao registro no Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) os estabelecimentos comerciais responsáveis pela comercialização de motosserras, bem como aque-les que adquirirem este equipamento.

§ 1º A licença para o porte e uso de motosserras será re-novada a cada 2 (dois) anos perante o Instituto Bra-sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

§ 2º Os fabricantes de motosserras ficam obrigados, a par-tir de 180 (cento e oitenta) dias da publicação desta lei, a imprimir, em local visível deste equipamento, numeração cuja sequência será encaminhada ao Ins-tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e constará das corres-pondentes notas fiscais.

40 Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.166-67, de 24-8-2001. 41 Artigo acrescido pela Lei nº 7.803, de 18-7-1989.

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