E qua seria a diferen3a entre atos !urídicos em sentido estrito
e ne*$cio !urídico"
1 ato &ur#ico em sentio estrito$ tamb"m
chamao e ato n!o negocial$ previsto no art. 5H$ trau um
simples comportamento humano$ voluntário e consciente$ cu&os
e3eitos est!o preeterminaos na lei (e: o ato e 3ia%!o o
omic#lio0 percep%!o os 3rutos e uma árvore0 atos e
comunica%!o processual < como a noti3ica%!o). á no negócio
&ur#ico há uma carga (em maior ou menor grau) e liberae
(autonomia privaa).
O que % um ato&fato !urídico"
6esenvolvio por 'ontes e
irana$ o ato-3ato &ur#ico consiste em um comportamento que$
embora erive a atua%!o humana$ " esprovio e vontae
consciente em ire%!o ao resultao que se pretene atingir (e:
alienao mental que pega argila$ pensano se tratar e comia$ e
prou uma bel#ssima obra e arte0 crian%a que encontra tesouro
na rua).
1BS:
/ua % a nature.a !urídica da +enda de um doce a uma
crian3a de cinco anos de idade"
'oe ser entenio como um
negócio nulo socialmente aceito (Silvio =enosa). 1 pro3essor
orge Cesa ?erreira a3irma que a vena e um oce a uma crian%a
enquara-se melhor na no%!o e ato-3ato (essa linha " seguia
pelo pro3. 'ablo Stole).
2egócio ur#ico: " a categoria mais importante (3oi
esenvolvia no 6ireito Alem!o).
Conceito: " uma
eclara%!o e vontae emitia com base na
autonomia privaa e por meio a qual o agente auto-isciplina os
e3eitos &ur#icos que pretene atingir (i"ia e liberae
negocial). *: casamento.
E no contrato de ades(o- e)iste autonomia pri+ada" Deorges
>ipert$ em sua obra Oa regra moral nas obriga%es civisP$
analisa que os contratos e aes!o s!o mais 3ruto a Oautoriae
privaaP o que a Oautonomia privaaP. 'or"m$ eiste autonomia$
aina que apenas e assinar ou n!o o contrato (seria uma esp"cie
e autonomia m#nima - mitigaa).
*ssa autonomia$ aina que em menor grau$ " essencial para a
caracteria%!o e um negócio &ur#ico.
1BS: A autonomia pri+ada- n7ceo do ne*$cio !urídico- encontra&
se #o!e condicionada a parmetros constitucionais de ordem
superior- a e)empo dos princípios da fun3(o socia e da 'oa&f%
o'!eti+a.
,eorias e)picati+as do ne*$cio !urídico:
)
,eoria da +ontade interna 5ou +ountarista6
: " a teoria
mais traicional. A3irma que a base o negócio &ur#ico "
a inten%!o (vontae interna). ?oi a teoria que mais
in3luenciou o CC4,88,. =e&amos:
Art. ,. 2as eclara%es e vontae se atenerá mais +
inten%!o nelas consubstanciaa o que ao sentio literal a
linguagem.
,)
,eoria da +ontade e)terna 5ou da decara3(o6
: a3irma que o
negócio &ur#ico se trau na vontae eterna ou
eclaraa.
6urante anos$ a outrina se iglaiou para escobrir com que
teoria estava a ra!o. * a resposta " que as uas teorias$ na
verae$ se harmoniam
1 negócio &ur#ico " 3ruto a soma avontae interna com a vontae que se eclara.
O que % teoria da pressuposi3(o"
9eoria esenvolvia por
Qinschei$ seguno a qual o negócio &ur#ico somente seria
consierao válio e e3ica se a certea sub&etiva o
eclarante$ ao realiar o ato$ n!o se moi3icasse. *ssa teoria$
ho&e$ n!o " aplicaa como em outrora.
Podemos su'di+idir o ne*$cio !urídico em tr0s panos de an4ise
('ontes e irana):
a)
Pano de e)ist0ncia: aqui$ vamos estuar os requisitos e
eist;ncia o negócio &ur#ico$ sem os quais o negócio
&ur#ico
"
ine)istente
(a
ineist;ncia
poe
ser
reconhecia e o3#cio pelo &ui < n!o há prao para a
eclara%!o a ineist;ncia). *ste plano n!o está previsto
no CC$ mas " colocao pela outrina.
Os requisitos de
e)ist0ncia do ne*$cio !urídico s(o:
•
:anifesta3(o de +ontade (e: a viol;ncia 3#sica gera
a ineist;ncia o negócio &ur#ico)0
1BS:
No que tan*e W manifesta3(o de +ontade- o
si0ncio pode como ta ser compreendido"
A quest!o
quer saber se Oquem cala consenteP. 2o Gmbito o
ireito civil$ em linha e princ#pio$ lembra-nos Caio
ário$ que o sil;ncio " aus;ncia e mani3esta%!o e
vontae. 2o entanto$ ecepcionalmente$ nos termos o
art. $ o sil;ncio poe trauir vontae.
Art. . 1 sil;ncio importa anu;ncia$ quano as
circunstGncias ou os usos o autoriarem$ e n!o 3or
necessária a eclara%!o e vontae epressa.
Art. H7. 1 oaor poe 3iar prao ao onatário$
para eclarar se aceita ou n!o a liberaliae. 6ese
que o onatário$ ciente o prao$ n!o 3a%a$ entro
ele$ a eclara%!o$ entener-se-á que aceitou$ se a
oa%!o n!o 3or su&eita a encargo (eemplo e
aplica%!o o art. ).
1BS:
+eremos que o si0ncio pode tam'%m si*nificar
que'ra de 'oa&f% o'!eti+a por doo ne*ati+o 5art> M
do CC6.
•
A*ente (emissor a vontae)0
•
O'!eto0
•
Vorma (o pro3essor =icente >áo trata muito bem este
assunto. ?orma signi3ica o meio pelo qual a vontae
se eterioria$ ou se&a$ o revestimento eterior a
vontae. 'oe ser oral 4 escrita 4 m#mica).
b)
Pano de +aidade: " o plano quali3icativo o negócio. 2!o
estua a estrutura o negócio (que está no plano e
eist;ncia). 2este seguno plano vamos estuar os
pressupostos e valiae (art. 8F o CC < muito criticao
pela outrina$ pois isse menos o que everia):
Art. 8F. A valiae o negócio &ur#ico requer:
E - agente capa0
EE - ob&eto l#cito$ poss#vel$ eterminao ou eterminável0
EEE - 3orma prescrita ou n!o e3esa em lei.
•
:anifesta3(o de +ontade i+re e de 'oa&f%0
•A*ente capa. e e*itimado0
•
O'!eto ícito- possí+e e determinado 5ou ao menos
determin4+e60
1BS: em geral$ na outrina civilista$ licitue
signi3ica legaliae e aequa%!o ao par!o m"io e
moraliae (e: contrato e presta%!o e servi%os
seuais " inválio).
•
Vorma i+re ou prescrita em ei
(no ireito
negócios &ur#icos < art. 8 o CC < mas há
situa%es em que a lei eige a 3orma escrita para
e3eito e prova o negócio < e: art. ,, o CC).
Art. ,,.
Sa+o os casos e)pressos- a pro+a
e)cusi+amente testemun#a s$ se admite nos ne*$cios
!urídicos cu!o +aor n(o utrapasse o d%cupo do
maior sa4rio mínimo +i*ente no País ao tempo em que
No documento
Pablo Stolze - Apostila de Direito Civil (Parte Geral - 2008)
(páginas 42-45)