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Atuação da Controladoria no Controle Interno no Setor Público

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2.2 CONTROLADORIA GOVERNAMENTAL

2.2.6 Atuação da Controladoria no Controle Interno no Setor Público

Um grande desafio na integração das estruturas e paradigmas sobre o controle nas organizações é causado pelo fato de que a literatura tenha se desenvolvido, em grande parte, por diferentes ramos do conhecimento de forma independente. Idênticos ou muito semelhantes, os conceitos são referidos por diferentes termos técnicos (ARAUJO; SOUTO, 2016, p. 2).

Contrapondo Araújo e Souto (2016), Bianchi, Backes, Giongo (2006) afirmam que diante do exposto sobre controladoria, “é visível, entre suas funções, a atividade de controle, que pode ser percebida, em nível organizacional, nos controles internos e, de forma mais ampla, no controle de todas as operações do órgão”.

Nascimento et al. (2016, p. 5) afirmam que é “através dele que o órgão terá maiores condições de alcançar a excelência administrativa e organizacional. Os administradores passam

a tomar decisões com base em informações confiáveis e organizadas, o que contribui para a diminuição de decisões equivocadas e desperdícios”.

Silva, Gomes e Araújo (2014, p.2) complementam que “quando uma instituição é amparada por um Sistema de Controle Interno (SCI) adequado, com a interação também do controle externo, melhor será para o efetivo controle de suas ações relacionadas à administração”.

Alves e Moraes Júnior (2016) afirmam que o do controle interno compreende um conjunto de práticas tendentes de forma preventiva, detectiva ou corretiva, para burocratizar o sistema no intuito de fiscalizá-lo, ampará-lo e eventualmente até corrigi-lo para seu próprio desenvolvimento cada vez mais sólido e eficiente. Se adequadamente implementado, garantem a proteção do patrimônio público.

O controle está diretamente relacionado com as demais funções do processo administrativo: planejamento, organização e direção. Representa um reflexo de todas as demais funções administrativas, propiciando a mensuração e a avaliação dos resultados da ação organizacional (BORDIM; SARAIVA, 2005).

Para Alves e Moraes Júnior (2016, p. 2), o papel do controle é compreender “um conjunto de práticas tendentes de forma preventiva, detectiva ou corretiva, para burocratizar o sistema no intuito de fiscalizá-lo, ampará-lo e eventualmente até corrigi-lo para seu próprio desenvolvimento cada vez mais sólido e eficiente”.

O controle interno é a forma como uma organização ou a administração pública procura garantir a correta utilização dos recursos públicos, assegurando que sejam gastos de acordo com a legislação, regulamentos e objetivos planejados (CGU, 2017).

Souza (2006, p. 10) complementa que controle é um “conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com o objetivo de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e de ajudar a administração na condução ordenada de sua gestão”.

Nascimento e Reginato (2009, p.102) afirmam que “para a controladoria atingir seu objetivo na organização, faz se necessária uma adequada estrutura de controles internos respaldados por um sistema adequado de controle”.

No que se refere ao Controle Interno, Rocha (2001, p. 125) afirma que é todo aquele realizado “pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no âmbito da própria Administração. Assim, qualquer controle efetivado pelo Executivo sobre seus serviços ou agentes é considerado interno”.

Para Alves e Moraes Júnior (2016), no que tange ao campo de atuação, o controle interno deve atingir os mais diversos setores, não podendo se restringir apenas ao aspecto

orçamentário e de gestão fiscal, mas também devendo observar, por exemplo, atos administrativos, licitações e contratos. É recomendável, também, que o sistema de controle interno não se limite a ações isoladas de prevenção, detecção ou correção.

No ponto de vista de Suzart, Marcelino e Rocha (2011, p. 53) o controle interno serve para:

a) Apoiar os órgãos de controle externo.

b) Planejar, coordenar e executar funções de controle interno. c) Planejar, coordenar e executar funções de corregedoria. d) Planejar, coordenar e executar funções de ouvidoria.

e) Zelar pela observância dos princípios de administração pública.

A Reforma Administrativa Federal de 1967, de acordo com o Decreto-lei nº. 200 aborda o controle como princípio fundamental da Administração Federal, em seu art. 6º, artigos 13 e 14, amplia a importância do controle para todos os órgãos e níveis da Administração Pública.

f) Art. 13. O controle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente:

g) a) o controle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado;

h) b) o controle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares;

i) c) o controle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.

O documento ainda menciona, no seu art. 74, que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário têm o dever de manter, de forma integrada, sistema de controle interno com o objetivo de:

j) I - Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

k) II - Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; l) III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos

direitos e haveres da União;

Ainda no que se refere as funções do controle interno, o setor de controladoria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por exemplo, tem as seguintes atribuições: determinar as providências indispensáveis ao resguardo do interesse público e à probidade na aplicação dos recursos e bens públicos postos à disposição da instituição; elaborar recomendações e pareceres, restritos às suas atribuições (MELO et al., 2016).

Nesse contexto, percebe-se que controle interno é uma das principais funções da controladoria pois na visão de Lima et al. (2011):

Deve contribuir para o planejamento estratégico da organização, disponibilizar informações que auxiliem o processo de gestão da organização, bem como efetuar o acompanhamento, controle e avaliação do desempenho da instituição, objetivando contribuir para que a superação dos obstáculos que surgem no cotidiano organizacional e propiciar o crescimento e evolução das organizações no atendimento das necessidades de seus clientes (LIMA et al., 2011, p. 45).

Vale ressaltar que a sociedade, através do controle social, também tem participado ativamente do controle na gestão pública. A CGU (2016) descreve que ele representa a participação da sociedade no acompanhamento e verificação das ações da gestão pública na execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, processos e resultados. O Controle Social das ações dos governantes e funcionários públicos é importante para assegurar que os recursos públicos sejam bem empregados em benefício da coletividade.

O Governo do Estado de Pernambuco, é um exemplo, a Controladoria do estado realiza o monitoramento das receitas e das despesas do estado para subsidiar decisões de alocação de recursos na administração estadual. Na Secretaria da Controladoria Geral do Estado (SCGE) é realizado o acompanhamento das ações de racionalização dos gastos públicos, economias, proporcionando nenhum custeio da máquina pública que são revertidas em investimentos parágrafo aumentar benefícios para a sociedade pernambucana (SCGE, 2016).

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