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3 A ATUAÇÃO E IMPORTÂNCIA DO VIGILANTE INSTITUCIONAL NA SEGURANÇA DO MPRO

3.3 A ATUAÇÃO DO VIGILANTE E O CONJUNTO DE MEDIDAS DA SEGURANÇA ORGÂNICA

3.3.3 Atuação do Vigilante na Segurança de Áreas e Instalações

O Vigilante é a pessoa capacitada a zelar pela ordem no perímetro do seu local de trabalho, deve estar sempre alerta a tudo e a todos, devendo tomar as providências cabíveis quando constatar alguma irregularidade. Deve também ter total controle da situação local e da área de guarda sob sua responsabilidade.

A segurança de áreas e instalações abrange: definição de perímetros de segurança; controle de acessos; detecção de intrusão e monitoramento de alarmes; implementação de barreiras; estabelecimento de linhas de proteção; vigilância humana e eletrônica; proteção de cabeamentos e quadros de toda espécie; proteção de sistemas de energia, água, gás e ar-condicionado; e outras técnicas e procedimentos de segurança. A Segurança Física das Instalações é definida como sendo as medidas adotadas explorando-se os meios físicos e tecnológicos, utilizando-os como barreiras físicas de proteção a um perímetro de segurança previamente delimitado, a fim de controlar e administrar o acesso, como um obstáculo a progressão física de um indivíduo.

O controle de acesso é um importante recurso para manutenção da Segurança de Áreas e Instalações. No edifício sede do MPRO quando não há recepcionista, o Vigilante é quem faz o controle de entrada e saída de pessoas não pertencentes ao quadro da Instituição, é ele quem controla e registra a entrada e saída de pessoas fora do horário de expediente, também controla e registra a

entrada e a saída de veículos não pertencentes a membros ou à frota do Ministério Público, nas dependências da Instituição. É ele quem executa, na primeira oportunidade após o término do expediente normal da Instituição, ronda nas dependências, verificando se portas, janelas e portões estão devidamente trancados, as luzes apagadas e equipamentos elétricos desligados, e quando está de plantão na recepção, permanece em local onde é facilmente visto e identificado e de onde vê toda a movimentação de entrada e saída do prédio.

No edifício sede do MPRO há garagem interna, e os Vigilantes das guaritas da garagem, são responsáveis pela segurança do perímetro destas, e devem:

I – não permitir o acesso às dependências de pessoas não pertencentes aos quadros do Ministério Público, a não ser quando devidamente autorizadas por autoridade competente;

II – não permitir o estacionamento de veículos particulares, exceto quando autorizados pela coordenação da vigilância ou autoridade superior;

III – não permitir a retirada de veículos oficiais das dependências por pessoas não autorizadas pela coordenação da vigilância ou autoridade superior;

IV – exigir, de quem estiver autorizado a retirar veículo oficial das dependências, o preenchimento e assinatura do termo de recebimento e vistoria;

V – vistoriar o veículo, quando do seu retorno, preenchendo e assinando o termo de devolução, encaminhando-o à coordenação do Serviço de Vigilância;

VI – controlar e registrar a saída, das dependências do posto, de bens patrimoniais e/ou qualquer outro material móvel. (MPRO, Resolução nº. 06/2007-PGJ, art. 13)

Quanto ao acesso ao edifício sede do MPRO em dias de expediente normal, existe resolução da Procuradoria Geral de Justiça, que regula o acesso e trânsito de pessoas nas dependências do prédio, definindo questões relativas à segurança e vigilância. Trata-se da Resolução nº. 17 de 31 de julho de 2006 – Procuradoria Geral de Justiça. Quanto ao acesso de membros, servidores e estagiários:

“Art. 2º. Para acesso aos prédios do Ministério Público do Estado de Rondônia é obrigatório: aos servidores e estagiários, o uso do crachá, que deverá estar fixado em local visível do vestuário, e aos membros da Instituição, a carteira funcional, quando solicitada.

§1º O crachá e/ou a carteira funcional deverão ser apresentados sempre que solicitados pelo pessoal da Segurança Institucional, visando a identificação do servidor, estagiário ou membro.

§2º O porte da carteira de identidade funcional é obrigatório para todos os integrantes quando em atividade profissional” (MPRO, Resolução nº. 17/2006, alterada pela Resolução 07/2012-PGJ, art. 2º, §1º e §2º).

O MPRO confecciona e entrega aos seus servidores, crachá de identificação e carteira de identidade funcional. Quando um servidor adentra as dependências da Instituição, o Vigilante faz seu reconhecimento visual, olhando para o crachá, que contém nome e foto do servidor, pois cada servidor deve obrigatoriamente usar crachá, porém, quando o servidor está sem o crachá de identificação, o Vigilante faz reconhecimento visual pela sua identidade funcional.

Quanto ao acesso de usuários que não sejam membros, servidores ou estagiários:

O acesso de parceiro, usuário, visitante, fornecedor ou vendedor será, obrigatoriamente, pela entrada principal do prédio, após a devida identificação pelo Serviço de Vigilância, inclusive com o cadastramento de seus dados em livro de visitas ou em Sistema Informatizado de Controle de Identificação (MPRO, Resolução nº. 17/2006-PGJ, art. 3º).

O visitante, para adentrar às dependências da Instituição, primeiramente passa por um cadastramento em sistema informatizado próprio da recepção, após o cadastro ele recebe um crachá que o identifica como visitante, e deve permanecer com esse crachá durante todo o período em que estiver nas dependências da Instituição, devendo o serviço de vigilância observar toda essa movimentação interna. Normalmente este acompanhamento é feito via sistema de monitoramento por Circuito Fechado de Televisão – CFTV, onde há um ou dois Vigilantes exclusivamente para monitoramento e vigilância pelas imagens.

A atuação preventiva do Vigilante e seu controle das áreas e instalações físicas, no limite do imóvel vigiado, colabora para a garantia da ordem interna, à preservação da integridade patrimonial, e à sua própria integridade pessoal.

O MPRO possui, em suas dependências, na área interna, dois postos de representantes bancários, estes postos são como pequenas agências bancárias, devido a isso, o MPRO possui em sua recepção, uma porta giratória detectora de metais, esse equipamento possui efeito técnico e psicológico que inibe e previne ações criminosas contra a área guarnecida e diminui o grau de vulnerabilidade dessa área. Esse tipo de porta permite a entrada de uma pessoa por vez, e detecta metais a partir de um determinado volume, normalmente é constituída de três ou quatro folhas de porta, tipo carrossel, e de dois pórticos detetores de metais ajustados para detectar, inclusive, massa metálica correspondente a arma de tamanho pequeno. Quando uma pessoa passa pela porta detectora de metal, portando consigo este material, em quantia suficiente para a detecção, automaticamente os pinos de proteção se travam, impedindo a entrada da pessoa no recinto.

Quanto ao acesso às áreas e instalações do MPRO para entrega de material, o cadastro do condutor do veículo, em que está o material a ser entregue, é feito na recepção da mesma forma e com a mesma prática destinada a um visitante comum. Feito o cadastro, a recepcionista entra em contato telefônico com o setor ao qual se destina a entrega, e uma vez confirmada e autorizada a entrega, uma pessoa responsável do setor acionado desce para receber o material, com o detalhe que a vigilância é avisada, tomando assim as precauções e cuidados devidos que a situação exige. Assim se preserva a segurança de áreas e instalações, para que pessoas não identificadas ou desautorizadas, não adentrem as dependências da Instituição, mesmo que seja para a entrega de material destinado ao MPRO.

sistema de monitoramento por circuito fechado de televisão - CFTV, onde se recebe também os alarmes da segurança eletrônica, estes são um conjunto de sensores, centrais eletrônicas e softwares, integrados com o objetivo de proteger pessoas e bens patrimoniais contra condições e atos indesejáveis. A principal finalidade dos sistemas de alarme da segurança eletrônica é a de emitir alarmes em caso de eventos indesejáveis, direcionando a atenção do operador da central de monitoramento para um evento que exige avaliação ou ação imediata do operador.

A CCS, internamente conhecida no MPRO, como Central de Monitoramento, é a responsável por receber e dar o tratamento mais indicado aos sinais enviados pelo sistema de alarmes da segurança eletrônica. É o local onde é feita a operação, o monitoramento, e a administração dos sistemas de alarmes e imagens da segurança eletrônica.

Na CCS há software com detecção de movimento por imagens, ou seja, esse software baseia-se na utilização das imagens do sistema de CFTV, para a detecção de invasões, através da alteração ou movimento nessas imagens. Circuitos fechados de TV são cruciais para máxima visibilidade de todo o ambiente, além de enxergar invasões em tempo real, ainda permitem identificar comportamentos suspeitos, antecipar invasões e coletar provas para uso policial e judicial.

Sabe-se que é comum um conjunto de medidas permear o outro, portanto, quando o Vigilante Institucional garante a segurança das áreas e instalações do MPRO, ele também indiretamente está garantindo a segurança do material desta Instituição, pois os materiais desta encontram-se em suas próprias áreas e instalações. A atuação preventiva do vigilante no controle de áreas e instalações acaba contribuindo também, por exemplo, para a segurança das pessoas que estão nas dependências da Instituição, e contribui ainda para a segurança das informações, pois pessoas são suportes de informações. Computadores e outros meios tecnológicos pertencentes à Instituição, também ficam mais protegidos de um acesso proibido, devido a proteção das áreas e instalações da Instituição.

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