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PLANOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA DO MPRO E A ATUAÇÃO DO VIGILANTE INSTITUCIONAL

3 A ATUAÇÃO E IMPORTÂNCIA DO VIGILANTE INSTITUCIONAL NA SEGURANÇA DO MPRO

3.4 PLANOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA DO MPRO E A ATUAÇÃO DO VIGILANTE INSTITUCIONAL

O Vigilante Institucional do MPRO, como visto nos subtópicos anteriores, atuam nas medidas de Segurança Orgânica da Instituição. Acrescente-se ainda que, esses profissionais atuam e são figuras principais nos planos de emergência e contingência da Instituição.

No MPRO há planos contendo procedimentos e técnicas a serem adotados em caso de descontinuidades de processos que tenham sido interrompidos e ou recuperar aqueles que perderam sua eficácia. Assim como em outras instituições, o MPRO adota técnicas de prevenção e combate a incêndio e outros sinistros. Na questão da prevenção, o MPRO planeja e treina as medidas de contingência, para em caso de sinistros ou incêndios, a prática das ações treinadas venham a colaborar para a segurança de seus integrantes, usuários ou visitantes.

No edifício do MPRO, há mudança constante de seu layout, o número de membros e servidores sempre tem aumentado, com isso mais máquinas acabam sendo utilizadas, mais fiações elétricas e cabos sendo instalados, logo, o risco de incêndio é sempre iminente. Por isso a administração superior do MPRO resolveu criar uma Brigada de Incêndio, esta foi criada em 13 de outubro de 2003, por meio da Portaria MPRO, nº 1457, publicada no Diário Oficial do Estado de Rondônia, nº 5343 de, 29 de outubro de 2003.

Com a criação da Brigada de Incêndio, ações de prevenção passaram a ser executadas no edifício sede e seus anexos, como vistorias e geração de relatórios, inspeção averiguando condições e validade dos extintores de incêndio, observação da situação do piso (se possui alguma avaria que ofereça risco de tropeço em caso de evacuação do prédio), teste dos equipamentos de alarme sonoro, observação de fiação descascada ou aparente, teste de mangueiras dos hidrantes e etc.

Essas ações preventivas colaboram muito para evitar sinistros, e assim preservam a vida e o patrimônio. Mas se mesmo assim, com todo esse trabalho preventivo, algum princípio de incêndio ocorrer, então há protocolos definidos, e pessoas capacitadas, treinadas, aptas, para além da prevenção, agirem também no combate a incêndio e outros sinistros. Essas pessoas capacitadas para agir,

pertencem a setores diversos, porém dentre essas pessoas, a figura de destaque é o servidor Vigilante Institucional. Este servidor recebe treinamento de combate a incêndio e outros sinistros no seu curso de formação. Além disso, vários Vigilantes Institucionais também fazem parte do corpo da Brigada de Incêndio, recebendo treinamento/reciclagem anual em Curso de Formação e Reciclagem de Brigadista de Incêndio, ministrado por servidor qualificado do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia.

Em caso de princípio de incêndio o Vigilante Institucional deve partir para o combate. Quando o incêndio é de grandes proporções, o objetivo principal dos Vigilantes e brigadistas é fazer a evacuação do edifício, acionar o corpo de bombeiros e aguardá-los para fazer o combate ao incêndio.

De forma geral há ações protocolares para suspeita de incêndio, há ações protocolares para princípio de incêndio, e há ações protocolares para grandes incêndios. Qualquer servidor da Instituição, ao constatar cheiro de fumaça ou queimado no edifício (suspeita de incêndio), deve ligar para a Central de Controle e Segurança - CCS, o Vigilante plantonista desta central tomará as medidas pertinentes, como acionar o brigadista do andar para que o mesmo atenda a ocorrência e verifique do que se trata, se for um princípio de incêndio ele deve começar o combate ao fogo. Quando for constatado por qualquer servidor, chamas, ou sala em chamas (incêndio de grandes proporções), o mesmo deve acionar qualquer uma das botoeiras do alarme sonoro contra incêndios, que há nos corredores, isso imediatamente provocará o início da evacuação do prédio, a Brigada de Incêndio e a CCS tomará conhecimento da situação e deverão tomar todas as medidas pertinentes, como acionar os bombeiros, acionar o setor de saúde institucional, posicionar os brigadistas dos respectivos andares para controlar a evacuação do prédio, abrir todas as portas que forem rotas de fuga, tanto as usuais como as de emergência, travar os elevadores, solicitar à empresa competente o desligamento da rede elétrica, acionar à ASSMIL para fazerem o bloqueio do trânsito das ruas adjacentes e impedir que pessoas retornem ao edifício, encaminhar as pessoas para o ponto de encontro, e isolar o local até a liberação do Corpo de Bombeiros. Após a liberação do edifício, é registrada a ocorrência em relatório de serviço da vigilância, e o corpo de vigilância fica no aguardo de instruções da chefia para outras providências.

Anualmente é feita simulação de evacuação do prédio, portanto, nesse quesito, os servidores estão bem aculturados, é de conhecimento comum o local das botoeiras de alarme nos corredores, também é de conhecimento comum o som das sirenes do alarme sonoro. Sendo que nas simulações todos se dirigem para o ponto de encontro já determinado, sendo sempre o mesmo.

O MPRO também possui um plano ostensivo de segurança física. Neste plano, qualquer fato anormal que represente risco ou ameaça e que requeira providência imediata, deve ser comunicado à CCS, sendo que esta, tomará todas as medidas pertinentes, tão logo se tome conhecimento.

O MPRO tem também um plano de contingência em interrupção do fornecimento de eletricidade no prédio da Procuradoria Geral de Justiça. Esse plano é muito importante, pois é comum a falta de energia elétrica em Porto Velho-RO, local onde encontra-se o edifício sede do MPRO, com seus equipamentos servidores de rede, estes fundamentais para armazenamento de informações imprescindíveis para o funcionamento do sistema e bom atendimento ao público. Nos equipamentos servidores há dados processuais, e a parada do funcionamento destes equipamentos, pode ocasionar a perda desses dados, e também pode acarretar em parada dos serviços institucionais, com consequências inclusive para a imagem e boa reputação da Instituição.

Além disso, com a falta de energia elétrica, os elevadores param, prejudicando os trabalhos dos integrantes que executam suas atividades nos andares mais altos, além de haver a possibilidade de pessoas presas. O sistema de refrigeração para, e sua parada torna as dependências do prédio impróprias para permanência das pessoas, impossibilitando a continuidade dos serviços institucionais. Os equipamentos de informática param, caso o no-break desarme, a parada dos equipamentos servidores pode ocasionar perda de arquivos e informações críticas imprescindíveis à continuidade dos serviços institucionais.

Esse plano de contingência procura padronizar as ações a serem adotadas em caso de interrupção do fornecimento de eletricidade no prédio da Procuradoria- Geral de Justiça, visando proteger o patrimônio, as informações, bem como reduzir as consequências do evento. Nesse plano de contingência, há uma lista contendo números de telefones diversos e sequenciais, números esses para os quais o Vigilante Institucional deve telefonar, quais sejam: das Centrais Elétricas de Rondônia - Ceron; também dos responsáveis pelos serviços de refrigeração; dos responsáveis pelos serviços do grupo gerador; dos responsáveis pelos serviços do no-break; dos responsáveis da Seção de Infraestrutura - SEINF; dos responsáveis da Diretoria de Tecnologia e Informação - DTI; e do responsável pela Seção de Segurança Institucional - SEDESG, e etc.

A Seção de Segurança lnstitucional - SEDESG, está diretamente envolvida com este plano de contingência. O Vigilante Institucional do MPRO, quando atua no plano de contingência de interrupção de eletricidade no prédio da Procuradoria Geral de Justiça do MPRO, também atua indiretamente para a segurança do patrimônio e para a segurança das informações da Instituição.

O Vigilante Institucional deve registrar em relatório de plantão, as medidas tomadas na sequência estabelecida no plano de contingência, e informar a hora da interrupção do fornecimento de eletricidade, a entrada ou não entrada automática do gerador e o horário final do evento; deve registrar o evento com todos os seus detalhes em registro próprio da seção, ou seja, o tempo de interrupção do fornecimento externo, horário de acionamento de cada servidor e horário de chegada dos mesmos no prédio, horário do retorno de fornecimento de eletricidade, e encaminhar o relatório posteriormente à Diretoria Administrativa.

4 CONCLUSÃO

Essa monografia demonstra a relevância da Vigilância Institucional no exercício das atividades de segurança de áreas e instalações do MPRO. Percebe-se nesse trabalho que a Instituição Ministério Público de Rondônia é importante, com suas atribuições de fiscal da lei e de proteção aos princípios e interesses da sociedade e do Estado, porém no contexto em que os membros do Ministério Público de Rondônia atuam no desempenho de suas funções institucionais, as situações de risco negativo caracterizam ameaças a pessoa do membro e, em alguns casos, à sua família. Por isso é importante que uma Instituição como o MPRO possua Segurança Orgânica.

A Segurança Orgânica é um todo interligado e interdependente, onde as personagens no MPRO são os: Assistentes e Assessor Militar, Oficiais em Segurança Institucional e Vigilantes Institucionais. O profissional Vigilante Institucional possui a atuação mais ampla na Segurança Institucional do MPRO.

Os ocupantes dos cargos de Assessor e Assistente Militar têm atribuições mais voltadas para a proteção dos membros do MPRO e da administração superior, atuam tanto no perímetro da Instituição, quanto fora dele, acompanhando atos e visitas do PGJ ou outra autoridade da administração superior do MP, ou ainda em situações que requeiram atenção especial e maior segurança, e também dão apoio nas missões envolvendo o PGJ.

O Oficial de Segurança Institucional têm funções muito semelhantes às do Assessor e Assistente Militar, porém, àqueles são servidores efetivos do quadro do MPRO, aprovados em concurso público desta Instituição. Esses servidores trabalham em conjunto com os servidores da ASSMIL, e ainda auxiliam esta tanto no planejamento e implementação da logística de segurança em eventos de importância expressiva realizados pela Instituição, quanto nas atividades de segurança e apoio estratégico às altas autoridades da Instituição, quando requisitados. O Oficial em Segurança Institucional, sob a supervisão da ASSMIL, realiza a segurança pessoal dos membros e servidores em solenidades internas e externas, nas viagens, deslocamentos à aeroportos e residências, inclusive dirigindo veículos automotores institucionais.

As atividades dos Vigilantes Institucionais são importantes, e sua aplicação para a segurança das áreas e instalações tem reflexos para a segurança de material, segurança de informação e segurança das pessoas. Seu papel é imprescindível e fundamental na estruturação dos processos de segurança, na execução dos protocolos e na operação dos sistemas de segurança, que constituem a segurança de áreas e instalações. No MPRO há integração do sistema físico,

caracterizado pelo serviço de vigilância, com os demais sistemas de segurança de áreas e instalações, quais sejam, sistema eletrônico e de barreiras.

O servidor ocupante do cargo de Vigilante Institucional possui a atuação mais ampla das medidas relacionadas à Segurança Institucional do MPRO. As atribuições do Vigilante Institucional inclui a proteção de membros e altas autoridades da administração, e a segurança também dos servidores e usuários, porém, nas dependências e perímetro da Instituição. Os Vigilantes Institucionais são ainda responsáveis pelas medidas de segurança de áreas e instalações, segurança de pessoas, segurança de material, e indiretamente contribuem também para a segurança de informação. A figura do Vigilante é imprescindível! Ele preserva os bens e patrimônios da Instituição, cumpre medidas de prevenção e combate a incêndio, presta socorro à pessoas com mau súbito, faz evacuação de edificações e bens, e age em situações de falta de energia elétrica, de acordo com o plano de emergência e contingência.

A figura do Vigilante Institucional, se destaca. Seu papel é fundamental para a realização de quase todas as atividades de segurança. É o Vigilante que faz o controle de acesso às dependências do prédio; que vigia o prédio através de sistema de Circuito Fechado de Televisão – CFTV; que faz a segurança do perímetro dos seus postos de trabalho; que participa do plano de emergência, do combate a incêndio; que faz o primeiro socorro à quem tem mal súbito, e aciona o atendimento competente; é quem faz a segurança das áreas e instalações; é quem cuida da segurança dos estacionamentos e veículos oficiais. Portanto sem essa figura, toda a segurança da Instituição fica comprometida e prejudicada.

Devido toda essa dinâmica de Segurança Institucional já descritas anteriormente, nas dependências do edifício sede do MPRO vem se mantendo a incolumidade das pessoas e a segurança das instalações prediais. As vidas dos membros têm sido guardadas e não há ocorrências envolvendo agressão a membro dentro do edifício sede do MPRO, servidores e usuários também estão salvaguardados por todo esse sistema harmônico e complexo que envolve toda a Segurança Institucional, e seus profissionais de segurança qualificados, treinados, e atualizados para esse serviço. Portanto, nas atividades de Segurança Orgânica do MPRO, de forma majoritária está a ação do Vigilante Institucional, este é fundamental para a preservação da vida e do patrimônio nas dependências do MPRO, é figura singular para a segurança das áreas e instalações da Instituição, sendo sua ação fundamental nas medidas de segurança.

Os Vigilantes do MPRO são fundamentais à segurança da Instituição, pois estão no contato inicial com o público e na linha de frente nas atividades de Segurança Institucional, além de estarem em perfeita harmonia com a política

nacional instituída pelo CNMP, sendo seu trabalho fundamental e imprescindível para a salvaguarda da Instituição e de seus integrantes, além da preservação do patrimônio e das instalações da Instituição.

Os Vigilantes Institucionais contribuem em todas as medidas de segurança. Atuam na segurança de pessoas, na segurança do material, na segurança das áreas e instalações, e indiretamente para a segurança de informação, pois as informações estão em diversos suportes, inclusive em pessoas e em materiais, e ambos ficam nas áreas e instalações da Instituição, áreas estas protegidas pelos Vigilantes Institucionais.

Há algo que ainda é escasso na área de Segurança Institucional, e que precisa continuamente ser trabalhado, e que já consta na Resolução nº 156/2016 do CNMP, que é desenvolver e difundir uma cultura de segurança institucional, fazendo com que todos os integrantes da Instituição se aculturem, compreendendo as necessidades das medidas adotadas e assim incorporem o conceito de que todos são responsáveis pela manutenção do nível adequado de segurança.

É possível perceber que os servidores ainda não estão aculturados com uma mentalidade de Segurança Institucional, observa-se isso em pequenas atitudes como: quando se recusam a usar o crachá de identificação, quando desobedecem as normas de acesso, quando deixam o carro destrancado no estacionamento, quando verbalizam que a segurança é responsabilidade exclusiva dos Vigilantes e Policiais que laboram no prédio, sendo que a segurança é responsabilidade de todos. Diversas e pequenas atitudes que demonstram que a cultura e mentalidade de Segurança Institucional ainda não estão enraizadas. A segurança deve ser compreendida e aceita como responsabilidade de todos. Os setores responsáveis diretamente pela segurança, devem promover campanhas internas, de forma a conscientizar os colaboradores sobre a importância de cada um fazer a sua parte para que todos possam usufruir de ambiente de trabalho seguro. A Instituição deve sempre considerar a liberdade e dignidade da pessoa humana, a ética, o cumprimento dos princípios morais e legais existentes e relacionados, ao estabelecer suas normas de Segurança Institucional. E deve tomar cuidados com ações ilegais e ou amorais praticadas em nome da segurança, pois podem causar prejuízos à médio e longo prazo, muito maiores que a perca do bem/ativo que se pretendia proteger.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Héverton Alves de. Revista Informativa do Ministério Público de Rondônia. Porto Velho, RO, n. 34, jan/mar 2012.

ALBUQUERQUE, Lúcio. História do Ministério Público do Estado de Rondônia. EDUFRO, 2005. 259 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. ABNT NBR ISO/IEC

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