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Segurança de áreas e instalações no Ministério Público de Rondônia: a relevância do serviço de vigilância institucional

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Academic year: 2021

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SIMONE DA CONCEIÇÃO COSTA SIMÕES

SEGURANÇA DE ÁREAS E INSTALAÇÕES NO MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA: A RELEVÂNCIA DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA INSTITUCIONAL

Porto Velho - RO 2018

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SEGURANÇA DE ÁREAS E INSTALAÇÕES NO MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA: A RELEVÂNCIA DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA INSTITUCIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Inteligência de Segurança, da UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Inteligência de Segurança.

Porto Velho - RO 2018

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SEGURANÇA DE ÁREAS E INSTALAÇÕES NO MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA: A RELEVÂNCIA DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA INSTITUCIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Inteligência de Segurança, da UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, como requisito parcial para a obtenção do grau de Especialista em Inteligência de Segurança.

Porto Velho - RO, 16 de abril de 2018.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Camel André de Godoy Farah

Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL

Prof. Dr. Giovani de Paula

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a Deus, pela saúde, força e sabedoria a mim concedidas.

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Agradeço aos meus pais, esposo, e filhos, tanto pelo incentivo, quanto pela compreensão relacionada à minha ausência, devido aos meus estudos. Agradeço aos meus amigos de longa data, que são verdadeiros irmãos, e também aos meus amigos do Ministério Público de Rondônia, pois são minha segunda família. Agradeço ainda ao meu professor orientador, Dr. Camel André de Godoy Farah, sempre presente e disposto a ajudar.

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verdade vos libertará." (Evangelho de João, 8:32)

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O presente trabalho visa apresentar as atividades inerentes aos Vigilantes Institucionais, lotados na Seção de Segurança Institucional - SEDESG, do Ministério Público do Estado de Rondônia – MPRO, e a sua relevância para as atividades de Segurança Institucional nesta organização. O conteúdo apresenta a história, organização, a descrição das atividades regulamentadas da Vigilância Institucional do MPRO, o conceito básico de Segurança Institucional, as atividades dos Vigilantes e a importância de sua aplicação para a segurança das áreas e instalações, com os reflexos para a segurança do material, da informação e das pessoas.

Palavras-chave: Segurança Institucional. Segurança de áreas e instalações. Vigilância Institucional do Ministério Público. Vigilância patrimonial.

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ASSMIL Assessoria Militar

CAEX Centro de Atividades Extrajudiciais CCS Central de Controle e Segurança

CF Constituição da República Federativa do Brasil CFTV Circuito Fechado de Televisão

CNMP Conselho Nacional do Ministério Público CPJ Colégio de Procuradores de Justiça DAA Departamento de Apoio Administrativo DTI Diretoria de Tecnologia da Informação

LC Lei Complementar

MP Ministério Público

MPRO Ministério Público do Estado de Rondônia

PG Procuradoria Geral

PGJ Procurador Geral de Justiça SEDESG Seção de Segurança

SEINF Seção de Infraestrutura SEVIG Seção de Vigilância

SG Secretaria Geral

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1 . . . 2 . . . 2.1 . . . 2.2 . . . 2.3 . . . 2.4 . . . 2.4.1 . . . 2.4.2 . . . 2.5 . . . 2.5.1 . . . 2.6 . . . 2.7 . . . 2.8 . . . 2.8.1 . . . 2.8.2 . . . 2.8.3 . . . 2.8.4 . . . 3 . . . 3.1 . . . 3.2 . . . 3.3 . . . 3.3.1 . . . 3.3.2 . . . 3.3.3 . . . 3.3.4 . . . 3.4 . . . 4 . . . . . . INTRODUÇÃO 9

A SEGURANÇA INSTITUCIONAL NO MINISTÉRIO PÚBLICO DE

RONDÔNIA 13

O MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA E SEUS MEMBROS 13

SEGURANÇA INSTITUCIONAL 14

O SURGIMENTO DA SEGURANÇA INSTITUCIONAL NO MPRO 16

SEGURANÇA INSTITUCIONAL NO MPRO 17

NORMAS DE SEGURANÇA PARA INTEGRANTES DO MPRO QUE

ESTÃO SOB RISCO OU AMEAÇA 18

Situações de Risco 21

O VIGILANTE DO MPRO 22

Critérios para ser um Vigilante Institucional do MPRO 23

SEGURANÇA ORGÂNICA NO MPRO 24

SEGURANÇA ATIVA NO MPRO 27

CONJUNTO DE MEDIDAS DE SEGURANÇA ORGÂNICA E A

VIGILÂNCIA INSTITUCIONAL NO MPRO 29

Segurança das Pessoas 30

Segurança do Material 31

Segurança de Áreas e Instalações 32

Segurança da informação 33

A ATUAÇÃO E IMPORTÂNCIA DO VIGILANTE INSTITUCIONAL NA

SEGURANÇA DO MPRO 35

ATRIBUIÇÕES GERAIS DO VIGILANTE 35

ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DO VIGILANTE 37

A ATUAÇÃO DO VIGILANTE E O CONJUNTO DE MEDIDAS DA

SEGURANÇA ORGÂNICA 38

Atuação do Vigilante na Segurança de Pessoas 38 Atuação do Vigilante na Segurança de Material 38 Atuação do Vigilante na Segurança de Áreas e Instalações 39 A Atuação do Vigilante na Segurança de Informação 42 PLANOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA DO MPRO E A

ATUAÇÃO DO VIGILANTE INSTITUCIONAL 44

CONCLUSÃO 48

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1 INTRODUÇÃO

A justificativa, o motivo pelo qual essa pesquisa foi feita é para que se compreenda a segurança de áreas e instalações do Ministério Público de Rondônia -MPRO, e a relevância do seu serviço de vigilância institucional para a segurança desta organização.

O tema dessa pesquisa é: segurança de áreas e instalações do Ministério Público de Rondônia - a relevância do serviço de vigilância institucional.

O problema dessa pesquisa é: "A ação dos Vigilantes é fundamental para a realização das atividades de segurança de áreas e instalações do Ministério Público de Rondônia?"

Para responder ao problema da pesquisa, foi definido um objetivo geral, com o propósito de demonstrar a relevância da Vigilância Institucional no exercício das atividades de segurança de áreas e instalações do Ministério Público de Rondônia. Para alcançar o objetivo geral, foram definidos objetivos menores e específicos que são: apresentar a instituição Ministério Público de Rondônia, apresentar os fundamentos da Segurança Institucional, apresentar aspectos gerais das normas de Segurança Institucional, apresentar aspectos fundamentais da Vigilância Institucional, e apresentar as atividades desenvolvidas pelos Vigilantes.

Essa pesquisa foi dividida em três capítulos. O primeiro capítulo é a Introdução. Entre outros assuntos, nesse capítulo é descrita a metodologia utilizada na pesquisa.

Essa pesquisa quanto à finalidade, é aplicada, voltada a mostrar como na prática, as atividades dos Vigilantes são imprescindíveis à Segurança Institucional.

Essa pesquisa é bibliográfica, pois as informações analisadas, majoritariamente foram obtidas a partir da literatura produzida pelo próprio Ministério Público do Estado de Rondônia, assim também como pelo Conselho Nacional do Ministério Público, ou seja, incide sobre um determinado compêndio teórico-conceitual vigente pelo conhecimento sistematizado e organizado pelo próprio órgão Ministério Público de Rondônia e pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

A pesquisa é de abordagem qualitativa devido ao fato que por mais que se padronizem as ações dos Vigilantes, cada ação é única, não podendo ser totalmente uniforme. Portanto, as regras e protocolos aqui descritos funcionam como orientação, pois grande parte das ações dos Vigilantes são combinações em que se prevalecem o bom senso e atitudes combinadas, com eficácia no agir e proceder.

A pesquisa, quanto aos objetivos, é descritiva, pois inclui trechos e transcrições de vários documentos, descrição de procedimentos protocolares, com o objetivo de verificar as atividades, interações cotidianas e procedimentos praticados

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pelos Vigilantes do MPRO. Foram utilizadas nessa pesquisa, fontes primárias.

O segundo capítulo trata sobre a Segurança Institucional no MPRO, e apresenta a Instituição e seus membros, Procuradores e Promotores de Justiça. É demonstrado o perfil de atuação da Instituição, e devido este perfil, sua necessidade em ter Segurança Institucional.

A Segurança Institucional é apresentada conforme a Resolução nº 156 de, 13 de dezembro de 2016, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP, que define Segurança Institucional como um conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda da Instituição e de seus integrantes, inclusive à imagem e reputação. Além disso, compreende a Segurança Institucional, a Segurança Orgânica e seu grupo de medidas, a Segurança Ativa e suas medidas; e nas medidas de segurança de áreas e instalações, os Sistemas de Segurança.

O terceiro e último capítulo trata sobre a atuação e importância do Vigilante Institucional, sobre sua atuação em todas as medidas de Segurança Orgânica, quais sejam, segurança de pessoas, segurança de material, segurança de áreas e instalações, e segurança da informação. Além do Vigilante Institucional atuar nas medidas de segurança, também atua nos planos de emergência e contingência da Instituição. Após o terceiro capítulo, há a análise dos resultados e conclusão.

Após breve descrição do conteúdo de cada capítulo dessa pesquisa, inicia-se então, a demonstração do conhecimento construído na pesquisa.

De forma geral e introdutória, pode-se dizer que o Ministério Público não faz parte de nenhum dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Ele possui autonomia na estrutura do Estado, não pode ser extinto ou ter as atribuições repassadas a outra instituição. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF de 1988, Art.127), ou seja, é um órgão público, do povo.

O Ministério Público possui um órgão que se chama Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP, que atua em prol do cidadão, executando a fiscalização administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público brasileiro e de seus membros, mas respeitando a autonomia de cada uma das instituições. Esse órgão orienta e fiscaliza todos os ramos do Ministério Público brasileiro. O CNMP decidiu uniformizar a Segurança Institucional no Ministério Público, e editou, em 13 de dezembro de 2016, a Resolução nº. 156. Consta nesta Resolução que, Segurança Institucional compreende um conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda da Instituição e de seus integrantes, inclusive à imagem e reputação.

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A Segurança Institucional compreende: a Segurança Orgânica e a Segurança Ativa. A Segurança Orgânica compreende um conjunto de medidas relacionadas à: segurança de pessoas, segurança do material, segurança de áreas e instalações, e segurança da informação. Já a Segurança Ativa compreende ações de caráter proativo e medidas de contrassabotagem, contraespionagem, contra crime organizado e contrapropaganda.

O Ministério Público de Rondônia, em sua Segurança Institucional, possui tanto Segurança Orgânica quanto Segurança Ativa. A Segurança Orgânica é praticada pelos servidores nos cargos de Assessor e Assistentes Militares, Oficiais em Segurança Institucional e, Vigilantes Institucionais. A Segurança Ativa é praticada pelos servidores lotados no Centro de Atividades Extrajudiciais – CAEX.

Essa monografia está focada na figura do Vigilante Institucional. Este atua no perímetro do seu posto de trabalho ou da edificação intramuros, e faz a vigilância armada, ou não, das instalações do MPRO, além disso, protege os membros, servidores e usuários, e preserva os bens e patrimônios da Instituição.

Percebe-se então que além dos Vigilantes do MPRO exercerem atividade armada, ou não, das áreas e instalações, são ainda, responsáveis pela segurança dos membros, servidores e usuários, e preservam os bens e patrimônios da Instituição. Atuam em caso de incêndio, seguindo um plano de emergência padrão contra incêndios, editado pela própria Instituição. Fazem, se necessário, os primeiros socorros a quem em suas dependências prediais, tiver mal súbito ou sofrer algum acidente. Prestam os primeiros-socorros, que é o atendimento imediato e provisório dado a alguém que sofre mal súbito, acidente ou enfermidade imprevista. Os Vigilantes também atuam, prestando atendimento no local do acidente, até encaminhar o paciente aos cuidados de um médico para tratamento definitivo (MPRO, Resolução nº 06/2007-PGJ, art. 10º, alínea f).

O Ministério Público de Rondônia - MPRO, é visto como um órgão que possui atribuições de fiscal da lei e de proteção aos princípios e interesses da sociedade e do Estado, e por seu perfil de atuação, nesse jogo de interesses diversos das pessoas que compõem a sociedade, o órgão está sujeito a sofrer ações hostis, que podem se caracterizar em crime ou não, contra suas instalações. Diante desse contexto de atuação do MPRO, o tema da presente monografia é o serviço de Vigilância Institucional no Ministério Público de Rondônia, em que se procurou verificar a relevância do serviço de Vigilância Institucional para a segurança de áreas e instalações da Instituição, com o consequente desdobramento para a segurança de membros, servidores e público externo, em face da integração das medidas de segurança orgânica.

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de Rondônia, pois é importante no âmbito do Ministério Público, desenvolver uma cultura de segurança que englobe a proteção das pessoas, do material, das áreas e instalações, e também da informação.

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2 A SEGURANÇA INSTITUCIONAL NO MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA É importante no âmbito do Ministério Público, desenvolver-se uma cultura de segurança que englobe a proteção das pessoas, do material, das áreas e instalações, e também da informação. O MPRO é um órgão que defende a ordem jurídica, o regime democrático, os interesses sociais e individuais indisponíveis, em nível estadual. O seu perfil de atuação, faz com que a Instituição se envolva em situações e jogos de interesses de pessoas diversas, e o interesse destas nem sempre estão dentro da legalidade, sendo assim, para segurança de seus servidores, membros e usuários, é fundamental que o MPRO tenha Segurança Institucional.

2.1 O MINISTÉRIO PÚBLICO DE RONDÔNIA E SEUS MEMBROS

O MPRO defende a ordem jurídica, o regime democrático, os interesses sociais e individuais indisponíveis, em nível estadual. Sua atuação se dá em áreas diversas, como as de: cidadania, criminal, educação, infância e juventude, meio ambiente, patrimônio público e probidade, política penitenciária e execução penal, saúde e etc.

Os membros do MPRO são os Promotores de Justiça e Procuradores de Justiça. O membro, Promotor de Justiça, tem maior contato com a população, pois recebe o cidadão e identifica qual direito está sendo violado. Ele também fiscaliza se as leis estão sendo cumpridas. O membro, Procurador de Justiça, atua quando por exemplo, há pessoa que discorda da decisão proferida pelo juiz, então esta recorre ao Tribunal de Justiça, e em grau de recurso, o Procurador de Justiça deve se manifestar no processo com um parecer. .

O MPRO possui um líder, trata-se do Procurador-Geral de Justiça - PGJ, que não é superior aos demais membros da Instituição, pois não há hierarquia entre eles, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.

Quando o Procurador-Geral precisa se ausentar, quem o representa é o Subprocurador-Geral, a quem ficam delegadas atividades administrativas e funcionais. O Subprocurador é um Procurador de Justiça nomeado pelo Procurador-Geral. Na ausência tanto do Procurador-Geral, quanto do Subprocurador-Geral, quem assume é o Procurador de Justiça mais antigo. Lembrando que o chefe da Instituição, o Procurador-Geral de Justiça, ou quem o substitua, não interfere na atuação dos demais membros, Promotores e Procuradores, pois estes gozam de total independência funcional.

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Procuradores de Justiça da Instituição. Cabe a este órgão eleger o Corregedor-Geral do Ministério Público e, ainda, tomar as decisões máximas da Instituição, incluindo proposição à Assembléia Legislativa de destituição do Procurador-Geral de Justiça.

O Corregedor-Geral do MPRO tem a responsabilidade de orientar e inspecionar os Promotores e Procuradores de Justiça. Cabe a ele instaurar processo disciplinar contra os membros da Instituição em caso de falta funcional, e organizar e manter o prontuário dos seus membros, através do qual se avalia o merecimento para fins de promoção ou remoção voluntária de membros.

O MPRO é uma Instituição que atende os 52 (cinquenta e dois) municípios do Estado de Rondônia. Os seus membros, a partir de provas, formam convencimento jurídico penal, e podem pedir condenação, absolvição ou arquivamento. Essa mobilização por garantia e limites democráticos, faz com que lidem com interesses diversos das pessoas, e nem sempre os interesses destas estão dentro da legalidade. Pelo próprio perfil do trabalho que os membros do MPRO fazem, alguns sofrem ameaças, estas são mais comuns para os membros responsáveis pelo acompanhamento de processos que tratam de patrimônio público, meio ambiente, tráfico de entorpecentes, grupos de extermínio e controle externo da atividade policial. O Procurador-Geral de Justiça do MPRO lida com questões delicadas de interesses diversos, por exemplo, em caso de necessidade de intervenção do Estado no Município, é ele quem representa (solicita) à Corte do Tribunal de Justiça local. É também o Procurador-Geral de Justiça quem oficia nas ações penais em que o réu tenha direito a foro privilegiado. Quando prefeitos cometem atos de improbidade administrativa, o Procurador-Geral de Justiça deve impetrar uma ação penal perante o Tribunal de Justiça. Portanto, no contexto de atuação do MPRO e seus membros, é de fundamental importância a Instituição ter Segurança Institucional.

2.2 SEGURANÇA INSTITUCIONAL

No subtópico anterior demonstrou-se a atuação do MPRO e seus membros; devido ao seu próprio perfil de atuação, é muito importante que esse órgão possua Segurança Institucional.

Segurança Institucional é um conjunto de ações que visa proteger e salvaguardar a instituição e seus integrantes, de ameaças hostis vindas por parte do homem ou da natureza (FARAH, 2013, p. 7). Segundo a norma ABNT NBR ISO 27.002, ativo é “qualquer coisa que tenha valor para a organização”. Considera-se um ativo todo elemento que possa ser associado ao conceito de valor, sejam bens tangíveis ou bens intangíveis. Constituem-se em ativos as pessoas, instalações,

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informação, conhecimento, material, imagem, credibilidade, sistemas, planejamentos, marcas, entre outros itens. Dessarte, para proteger os ativos de uma organização desenvolvem-se ações especializadas, focando também na prevenção de ocorrência de crises, organizando o seu gerenciamento em caso de um incidente de segurança. Deve-se ainda tomar o cuidado de preservar a imagem e reputação da Instituição, articulando-se com a área de Comunicação Social desta. A Segurança Institucional é percebida também como um conjunto sistêmico e interdependente, portanto, todas as pessoas da Instituição devem estar envolvidas, através desse envolvimento se constrói uma cultura de segurança, e consequentemente são aumentadas as chances de sucesso no que diz respeito a manutenção da segurança. Ao aumentar a segurança, haverá mais liberdade para uma boa execução das atividades institucionais, isso sem esquecer os valores fundamentais e basilares da organização.

Como já visto, a Segurança Institucional é um conjunto sistêmico e interdependente, logo, é comum uma norma de segurança permear mais de um conjunto de medidas de segurança. Algumas normas de segurança de áreas e instalações contribuem para a segurança da informação, pois se as áreas e instalações estiverem protegidas, acessos proibidos serão evitados e consequentemente as informações da Instituição ficarão protegidas. Estas informações encontram-se em suportes diversos, tanto em materiais quanto em pessoas, e estes suportes normalmente encontram-se majoritariamente nas áreas e instalações da Instituição, por isso a importância da proteção destas áreas.

Atualmente a Segurança Institucional é mais integrada e diversificada, e de forma geral, não tem mais enfoque apenas na proteção dos indivíduos e seus patrimônios; o enfoque mudou e os ativos se diversificaram, com isso criaram-se novos parâmetros para a Segurança. Essa diversificação fez com que a Segurança Institucional se tornasse um sistema todo integrado e interdependente, que envolve todos os setores da organização, direta ou indiretamente. Dessa forma, o antigo modelo de segurança, voltado para proteção dos recursos humanos e do material, direcionado para vigilância patrimonial, evoluiu para uma visão global da organização, surgindo o conceito de Segurança Institucional (FARAH, 2013, p. 7).

O CNMP, conhecedor dessa visão global que a organização deve ter a respeito da Segurança, editou a Resolução nº 156 de, 13 de dezembro de 2016, que definiu Segurança Institucional como:

Art. 3º A segurança institucional compreende o conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda da Instituição e de seus integrantes, inclusive à imagem e reputação.

Esta mesma resolução estabelece dois segmentos para a Segurança Institucional: a Segurança Orgânica e a Segurança Ativa.

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A Segurança Orgânica é:

Art. 3º, § 2º A segurança orgânica é composta pelos seguintes grupos de medidas:

I – segurança de pessoas; II – segurança do material;

III – segurança das áreas e instalações; IV – segurança da informação

A Segurança Ativa compreende ações de caráter proativo e medidas de contrassabotagem, contraespionagem, contra crime organizado, e contrapropaganda.

O MPRO possui Segurança Institucional, e seus dois segmentos, Segurança Orgânica e Segurança Ativa.

2.3 O SURGIMENTO DA SEGURANÇA INSTITUCIONAL NO MPRO

Descreveu-se no subtópico anterior, o conceito de Segurança Institucional e seu conjunto de medidas. Neste presente subtópico, conhecer-se-á o surgimento da Segurança Institucional no MPRO.

O Estado de Rondônia foi criado em 22 de dezembro de 1981 através da Lei Complementar nº. 41. Pouco tempo depois o Ministério Público do Estado de Rondônia - MPRO, foi oficialmente criado. Isso ocorreu no Governo Jorge Teixeira, por meio do Decreto-Lei nº 09, no dia 25 de janeiro de 1982.

Inicialmente o MPRO contava com três membros, todos eles oriundos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os quais já atuavam em Rondônia. No dia 23 de março de 1982, o Governador Jorge Teixeira aprovou a estrutura administrativa do MPRO e organizou seus órgãos, através do Decreto n° 79. Foi então realizado o primeiro concurso para ingresso no cargo de Promotor de Justiça.

Atualmente o MPRO possui um total de 132 (cento e trinta e dois) membros ativos (Promotores e Procuradores de Justiça), sendo 74 (setenta e quatro) ativos em Porto Velho, no edifício sede, cumprindo suas determinações constitucionais de defesa dos interesses indisponíveis da sociedade, seja na área do meio ambiente, infância, consumidor, saúde, entre outras.

Em 1985 houve a criação e organização do Quadro Administrativo do MPRO, pela Lei nº. 76 de 03 de dezembro de 1985. Nesta lei constava a organização da Divisão de Serviços Externos - Divex, tendo em sua composição:

- Seção de Atendimentos – SEATE; - Seção de Transportes – SETRA; - Seção de Vigilância – SEVIG.

Em 1987 foi realizado o primeiro concurso para servidores, quando surgiu então na prática a Seção de Vigilância- SEVIG, mas que nos dias atuais é chamada

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de Seção de Segurança Institucional - SEDESG. Naquele ano houve a posse dos primeiros Vigilantes aprovados em concurso público. Iniciara então a Segurança Institucional do MPRO. Atualmente os Vigilantes do MPRO são lotados na SEDESG.

Em 03 de novembro de 1993 foi aprovada a Lei Complementar Estadual nº 93/93, a Lei Orgânica do MPRO, que dispõe sobre a organização e funcionamento da Instituição.

Em 14 de dezembro de 2000, foi inaugurada a atual sede do MPRO. Neste edifício sede trabalham aproximadamente vinte e sete vigilantes cumprindo a escala de serviço 12x24 – 12x48 (doze horas de trabalho seguidas por vinte e quatro horas de folga, e consecutivamente, de doze horas de trabalho por quarenta e oito horas de folga). Esse número de vigilantes muda um pouco para mais ou para menos dependendo das férias, licenças ou remanejamentos para outros postos conforme interesse da administração.

No subtópico seguinte, a Segurança Institucional do MPRO, na qual a Segurança Orgânica está inserida, e nesta a vigilância institucional, que será apresentada com sua estrutura e dinâmica atual na Instituição.

2.4 SEGURANÇA INSTITUCIONAL NO MPRO

No subtópico anterior, viu-se o surgimento da Segurança Institucional no MPRO, neste presente subtópico consta a estrutura e dinâmica atual da Segurança Institucional adotada pelo Ministério Público de Rondônia.

O Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP, preocupou-se em instituir um sistema nacional e uma política uniforme de Segurança Institucional. Em 2016 editou a Resolução nº 156, que instituiu a Política de Segurança Institucional e o Sistema Nacional de Segurança Institucional do Ministério Público.

Segurança Institucional é o conjunto de medidas voltadas para prevenir, detectar, obstruir e neutralizar ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda da Instituição e de seus integrantes, inclusive à imagem e reputação (CNMP, Resolução nº 156 de, 13 de dezembro de 2016, Art. 3º).

Esta mesma resolução estabelece dois segmentos para a Segurança Institucional: a Segurança Orgânica e a Segurança Ativa.

O MPRO adotou a estrutura da Segurança Institucional de acordo com o CNMP. A Segurança Orgânica é composta pelos seguintes grupos de medidas interligados entre si:

I – segurança de pessoas; II – segurança de material;

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IV – segurança da informação.

A Segurança Ativa compreende ações de caráter proativo e medidas de contrassabotagem, contraespionagem, contra crime organizado e contrapropaganda.

Sabe-se que o membro, Promotor de Justiça do MPRO, é responsável pela fiscalização de condutas potencialmente inadequadas e perniciosas à sociedade, o que gera muitas insatisfações e até mesmo perigo pessoal ao profissional. Quando o MPRO atua, por exemplo, contra a corrupção, mexe com interesses antagônicos diversos. Portanto alguns membros da Instituição sofrem ameaças, sendo mais comum ameaças à promotores que atuam em áreas ou setores mais propensos como, os responsáveis pelo acompanhamento de processos que tratam: de patrimônio público, meio ambiente, tráfico de entorpecentes, grupos de extermínio e controle externo da atividade policial. Por isso o Ministério Público tem sua própria dinâmica de Segurança Institucional.

2.4.1 NORMAS DE SEGURANÇA PARA INTEGRANTES DO MPRO QUE ESTÃO SOB RISCO OU AMEAÇA

No subtópico anterior, foi visto que: Segurança Institucional é o conjunto de medidas voltadas para prevenir, detectar, obstruir e neutralizar ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda da Instituição e de seus integrantes, inclusive à imagem e reputação (CNMP, Resolução nº 156 de, 13 de dezembro de 2016, Art. 3º). Os membros do Ministério Público são beneficiados com essas medidas de segurança, pois podem estar sob risco ou ameaça de violência em razão do desempenho das funções de seu cargo.

A Resolução nº 01/2010 - do Colégio de Procuradores de Justiça - CPJ, estabelece e regula condições, responsabilidades e procedimentos referentes à proteção dos integrantes do Ministério Público, sob risco ou ameaça de violência em razão do desempenho das funções de seu cargo. Nesta resolução, entende-se por Segurança Institucional Aproximada, as medidas protetivas e ações de segurança executadas por efetivo policial à disposição ou requisitado pelo Ministério Público, junto a integrantes da Instituição sob risco ou ameaça de violência em razão do cargo público que ocupam, podendo estender-se a seus familiares.

De acordo com a Resolução 01/2010 - CPJ, cabe ao Procurador-Geral de Justiça:

Art. 3º Cabe ao Procurador-Geral de Justiça, com base em avaliação técnica apresentada pelo CAEX, decidir sobre:

I - a concessão de segurança institucional aproximada a integrante da Instituição e/ou familiares;

II - o tempo de concessão inicial e prorrogação do prazo da segurança institucional aproximada;

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III - o nível da segurança institucional aproximada oferecida, podendo ser: a) nível 01 - a Equipe de Segurança acompanha o segurado somente nos deslocamentos relacionados diretamente ao exercício de suas funções; b) nível 02 - a Equipe de Segurança acompanha o segurado no período de atividade funcional;

c) nível 03 - a Equipe de Segurança acompanha o segurado em todas as atividades até o retorno a sua residência;

d) nível 04 - a Equipe de Segurança acompanha o segurado em período integral.

Parágrafo único. No caso de proteção a familiares poderão ser empregadas medidas protetivas diferenciadas.

O Procurador-Geral de Justiça como líder do MPRO lida com questões delicadas de interesses diversos, por exemplo, em caso de necessidade de intervenção do Estado no Município, o Procurador-Geral de Justiça é quem representa (solicita) à Corte do Tribunal de Justiça local. É também o Procurador-Geral de Justiça quem oficia nas ações penais em que o réu tenha direito a foro privilegiado. Quando prefeitos cometem atos de improbidade administrativa, o Procurador-Geral de Justiça deve impetrar uma ação penal perante o Tribunal de Justiça. São questões delicadas de se tratar e que pode gerar descontentamento para alguma parte, e em tese, esse descontentamento pode servir como motivação para que alguma parte descontente gere ameaças ao Procurador-Geral de Justiça.

De acordo com a Resolução 01/2010 - CPJ, cabe ao Centro de Atividades Extrajudiciais - CAEX

Art. 4º Cabe ao Centro de Atividades Extrajudiciais - CAEX, Órgão Central responsável pela Segurança Institucional:

I - o planejamento, a coordenação e a supervisão das medidas protetivas executadas por seu pessoal;

II - a coordenação e a supervisão das medidas protetivas executadas por órgãos de segurança pública;

III - a avaliação técnica do risco ou ameaça informada, posicionando-se sobre a necessidade de segurança institucional aproximada, as pessoas a serem protegidas, as medidas cabíveis, os métodos a serem empregados, o prazo de execução e o nível de segurança adequado;

IV - orientar o integrante segurado e/ou seus familiares acerca dos procedimentos, comportamentos e condutas relativos ao protocolo de segurança;

V - elaborar e encaminhar ao Procurador-Geral de Justiça relatório mensal de caráter sigiloso sobre as atividades desenvolvidas e a adequação do segurado ao Protocolo de Segurança estabelecido;

VI - decidir sobre a execução de medidas protetivas urgentes, pelo prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis improrrogáveis;

VII - alterar emergencialmente o nível de segurança institucional oferecida, comunicando ao Procurador-Geral de Justiça os motivos de sua decisão para que seja formalmente referendada;

VIII - adotar providências visando a extinção do risco ou ameaça;

IX - manter base de arquivos dos incidentes contra integrantes, das avaliações realizadas, das providências adotadas e dos resultados alcançados, com o objetivo de subsidiar ações futuras.

Parágrafo único. No caso de não possuir efetivo suficiente para a execução das medidas protetivas necessárias, o CAEX proporá ao Procurador-Geral de Justiça sua requisição ao órgão de segurança pública adequado.

Ao CAEX cabe uma grande responsabilidade, que é planejar, coordenar e supervisionar as medidas protetivas executadas por seu pessoal. Quando um

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membro recebe uma ameaça, o CAEX avalia tecnicamente se há risco real e, feito isso, se posiciona se será ou não necessário a execução das medidas protetivas. Em caso positivo, fará o planejamento, execução e supervisão destas.

De acordo com a Resolução 01/2010 - CPJ, cabe ao integrante da Instituição:

Art. 5º Cabe ao integrante da Instituição:

I - protocolar no CAEX a solicitação formal de segurança institucional aproximada para si e/ou integrantes de sua família, dirigida ao Procurador-Geral de Justiça, descrevendo detalhadamente a ameaça ou risco a que está submetido;

II - solicitar ao CAEX a execução de medidas protetivas urgentes no caso de risco iminente a sua pessoa e/ou a familiares;

III - Cumprir e exigir por parte de seus familiares protegidos o fiel cumprimento do Protocolo de Segurança firmado com a Instituição.

Caso o membro da Instituição se sinta ameaçado, cabe ao mesmo dar conhecimento da ameaça ao CAEX, e solicitar formalmente segurança institucional para si e/ou integrantes da sua família. Porém, o membro ameaçado e/ou sua família devem cumprir fielmente o Protocolo de Segurança firmado com a Instituição.

Quanto à concessão, de acordo com a Resolução 01/2010 - CPJ:

Art. 6º O processo de concessão de segurança institucional aproximada será sempre de iniciativa do integrante interessado, tendo início com a solicitação protocolada no CAEX, obedecendo aos seguintes procedimentos:

I - Entrega da solicitação ao CAEX ; II - autuação da solicitação pelo CAEX;

III - decisão do diretor do CAEX quanto à adoção de medidas protetivas urgentes;

IV - elaboração da avaliação técnica e juntada aos autos; V - encaminhamento dos autos ao Procurador-Geral de Justiça;

VI - retorno dos autos ao CAEX para cumprimento da decisão do Procurador-Geral de Justiça;

VII - deferida a solicitação, será assinado pelo solicitante o Protocolo de Segurança Institucional Aproximada (modelo anexo);

VIII - no caso de prorrogação do prazo, o integrante segurado protocolará sua solicitação no CAEX, no mínimo, 3 (três) dias úteis antes do vencimento do período determinado;

IX - o procedimento de prorrogação será o mesmo de concessão inicial e integrará os autos originais.

Parágrafo único. O processo de segurança institucional aproximada será classificado como reservado, devendo ser mantidas as salvaguardas estabelecidas para o grau de sigilo, dele se dando ciência, todavia, ao Corregedor Geral do Ministério Público.

Os membros do MPRO atuam em diversas situações que direta ou indiretamente podem representar riscos para si mesmos, podendo se estender inclusive para suas famílias. Portanto, a implementação e regulação do processo de Segurança Institucional Aproximada, é um passo muito importante no quesito segurança de membros da Instituição. No próximo subtópico serão apresentadas algumas situações de riscos negativos aos membros da Instituição.

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2.4.2 Situações de Risco

Como visto no subtópico anterior, os membros do MPRO atuam em diversas situações que, direta ou indiretamente podem representar riscos para si mesmos, podendo se estender inclusive para suas famílias. Portanto, foi muito importante a edição da Resolução 01/2010 - CPJ, pois esta trata sobre a Segurança Institucional Aproximada, que são medidas protetivas e ações de segurança executadas por efetivo policial à disposição ou requisitado pelo Ministério Público, junto a integrantes da Instituição sob risco ou ameaça de violência em razão do cargo público que ocupam, podendo estender-se a seus familiares.

Como se pode ver, a atuação dos membros da Instituição, pode envolvê-los em situações de risco negativo, como por exemplo sua atuação em Júri envolvendo facções criminosas. Esta atividade, assim como outras semelhantes, geram riscos altos para os membros, em razão do desempenho de suas funções.

A seguir são elencadas atividades que os membros não devem praticar e que podem constituir-se em riscos negativos para si:

I- fazer visita à presídio, onde há facções criminosas, e dar tratamento diferenciado ou privilegiado há algum criminoso em particular;

II- dar atendimento em seu gabinete, sem testemunhas, à familiares de criminosos;

III- fazer uso de sua função para atender a interesses pessoais ou políticos; IV- fazer diligências a locais impróprios, sem arma de uso pessoal e sem segurança;

V- tomar à frente em negociações com presos, nas rebeliões em presídios; VI- manter informantes diretos em alguma facção criminosa;

VII- deixar ser usado em época eleitoral, justamente quando sua função é zelar tanto pela imparcialidade nas eleições, quanto por combater o abuso do poder econômico;

VIII- quando há investigação sobre algum objeto específico, marcar encontros com pessoas relacionadas a essa investigação, fora do MPRO, e sem avisar ninguém da Instituição.

O Promotor de Justiça, é um membro do Ministério Público, responsável por fiscalização de condutas potencialmente inadequadas e perniciosas à sociedade, o que gera muitas insatisfações e até mesmo perigo pessoal ao profissional. Quando o MPRO atua por exemplo, contra a corrupção, mexe com interesses diversos e antagônicos, portanto, ser membro do MPRO, em algumas situações implica sim, em riscos para si e por vezes para sua família.

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2.5 O VIGILANTE DO MPRO

O Promotor de Justiça, é um membro do Ministério Público, responsável por fiscalização de condutas potencialmente inadequadas e perniciosas à sociedade, o que gera muitas insatisfações e até mesmo o perigo pessoal ao profissional. Este profissional quando está laborando nas dependências da Instituição, conta com um personagem muito importante para sua segurança, no perímetro intramuros, trata-se do Vigilante Institucional.

A Segurança Institucional é composta pela Segurança Orgânica e pela Segurança Ativa. O Vigilante Institucional é personagem principal da Segurança Orgânica do MPRO.

O perfil do Vigilante deve ser de uma pessoa de confiança, de conduta reta, alerta a tudo e a todos, tendo total controle da situação local através de inspeção visual de todo perímetro de segurança, pois sua atuação é de caráter preventivo, inibindo, dificultando e impedindo qualquer ação delituosa, sendo uma pessoa dinâmica nas suas atitudes, mas sem deixar de lado a urbanidade, civilidade, cortesia, boas relações públicas, honestidade, coragem e bravura. O limite de atuação do Vigilante Institucional se dá no perímetro do posto de trabalho ou da edificação intramuros.

Quem coordena o Serviço de Vigilância é a Seção de Segurança Institucional – SEDESG. A esta compete planejar, orientar, controlar e fiscalizar as atividades do serviço de segurança e vigilância orgânica do MPRO.

O Vigilante Institucional tem o dever de exercer suas atividades com urbanidade e probidade; utilizar o uniforme apenas em serviço e de forma adequada; portar sua carteira funcional do MPRO; manter-se adstrito ao local de trabalho sob vigilância, e comunicar ao seu superior hierárquico quaisquer irregularidades ou incidentes relativos ao serviço ou aos equipamentos de serviço, não se eximindo o chefe da SEDESG do dever de fiscalização.

Os Vigilantes Institucionais possuem carteira funcional, com descrição de porte de arma exclusivo em serviço, conforme Lei Complementar nº 303 de 26 de junho de 2004, do Governo de Rondônia. Para receberem esse porte de arma exclusivo em serviço, os Vigilantes passaram por treinamento.

O MPRO ofereceu treinamento aos seus Vigilantes Institucionais, que foi ministrado pelo Centro de Instrução Especializado em Segurança - CIESE, em Porto Velho - RO. Neste treinamento os Vigilantes Institucionais foram submetidos a testes de tiro e exames psicológicos, de modo a avaliar se estão aptos a exercer a função. Esse treinamento e exames, se repetem a cada dois anos, trata-se do curso de "reciclagem" e tem como objetivo manter os profissionais habilitados para o trabalho

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armado, e atualizados sobre as normas previstas para o exercício da função em que atuam. Nesse treinamento especializado, os Vigilantes têm aulas de defesa pessoal, armamento e tiro, técnicas operacionais, prevenção e combate à incêndios, primeiros-socorros, e segurança das instalações.

2.5.1 Critérios para ser um Vigilante Institucional do MPRO

No subtópico anterior apresentou-se o servidor Vigilante Institucional. Para ser Vigilante na Instituição MPRO, há alguns critérios, que são apresentados nesse presente subtópico.

Desde a Resolução nº 06/2007- PGJ, o exercício das funções próprias do cargo de provimento efetivo de Vigilante no MP-RO passou a exigir mais requisitos:

Art. 5º. Para o exercício das funções próprias do cargo de provimento efetivo de vigilante, no âmbito do Ministério Público, o cidadão deverá preencher os seguintes requisitos:

I – ser aprovado em concurso público e empossado no cargo de vigilante do Ministério Público;

II – ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;

III – ter instrução correspondente, no mínimo, à oitava série do primeiro grau;

IV – possuir habilitação para conduzir veículos, no mínimo, na categoria “B”;

V – ter sido aprovado em curso de formação de vigilante realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado pelo Departamento de Polícia Federal, nos termos da Lei Federal nº. 7.102, de 20 de junho de 1983 e seu regulamento;

VI – ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicológica; VII – não ter antecedentes criminais registrados;

VIII – estar quite com as obrigações eleitorais e militares.

§ 1º. Os exames de sanidade física, mental e psicológica serão realizados de acordo com o disposto em norma regulamentadora do Ministério do Trabalho.

§ 2º. Os requisitos previstos neste artigo não se aplicam aos vigilantes concursados até a publicação da presente Resolução. (MPRO, Resolução nº 06/2007 - PGJ, art. 5º)

O Vigilante é submetido a cada biênio a exames de saúde física e mental, para averiguar se continua capacitado para exercer suas funções inerentes ao cargo que ocupa. Para que o Vigilante exerça atividades de supervisão, segurança pessoal, e escolta, é exigido o curso de extensão ou aperfeiçoamento nestas respectivas áreas, devendo ter frequência e aproveitamento nestes respectivos cursos de extensão. Além do curso de formação de Vigilantes e dos cursos de extensão, que devem ser concluídos com frequência e aproveitamento, o Vigilante deve se submeter posteriormente à reciclagem a cada período de dois anos, em instituição devidamente credenciada junto ao Departamento de Polícia Federal, a contar do curso de extensão ou aperfeiçoamento. Além disso, deverá ter experiência mínima, comprovada, de um ano na atividade de vigilância ostensiva e, ter comportamento social e funcional irrepreensível. Deve também ter sido aprovado

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em processo de seleção voltado para as peculiaridades do curso, observando-se a natureza especial do serviço.

O Vigilante Institucional não é o único profissional da Segurança Orgânica do MPRO, há outros, e serão apresentados no próximo subtópico.

2.6 SEGURANÇA ORGÂNICA NO MPRO

O servidor Vigilante Institucional é figura principal da Segurança Orgânica do MPRO, porém, não são os únicos profissionais da Segurança Orgânica da Instituição, há outros profissionais dessa área no MPRO e serão apresentados no presente subtópico.

O artigo 3º da Resolução nº 156 do CNMP, parágrafo 2º, diz que a Segurança Orgânica compreende um grupo de medidas que são interligadas entre si, composto de: segurança de pessoas, segurança de material, segurança das áreas e instalações e, segurança da informação.

Quanto à segurança de pessoas nas dependências do MPRO, à segurança de material e das áreas e instalações, o Vigilante Institucional pode ser considerado a figura principal e imprescindível para realização dessas medidas. Quanto à segurança de informação, indiretamente o Vigilante Institucional colabora para a segurança destas também, pois as informações estão em diversos suportes, inclusive em pessoas e em materiais, e ambos majoritariamente ficam nas áreas e instalações da Instituição, áreas essas protegidas pelos Vigilantes Institucionais.

Vigilante, é conhecido, como o “profissional capacitado em curso de formação, empregado de empresa especializada ou empresa possuidora de serviço orgânico de segurança, registrado no Departamento de Polícia Federal, e responsável pela execução de atividades de segurança privada”, conforme definição da Portaria 3.233/2012 - Delegacia do Departamento da Polícia Federal. A atuação da Segurança Patrimonial é principalmente preventiva, é de suma importância manter toda atenção nas tarefas a serem executadas, e em tudo que acontece ao seu redor para que se tenha o total controle do ambiente, dificultando e impedindo a ação de atos criminosos ou ilícitos às pessoas ou a organização.

Contudo, o corpo de Vigilantes Institucionais do Ministério Público de Rondônia – MPRO, é um caso atípico, pois não se trata de Vigilância Privada, conforme definição feita no parágrafo anterior, mas sim, de Vigilantes aprovados em concurso público do MPRO, sendo servidores efetivos no cargo de Vigilante. A Vigilância Orgânica do MPRO possui legislação específica própria.

Há semelhanças nos requisitos de execução das atividades dos Vigilantes, tanto da iniciativa privada, quanto do MPRO, sendo algumas:

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- proteger a incolumidade física das pessoas, e a integridade do patrimônio; - fazer o controle de acesso de pessoas e veículos nos postos de serviço; - realizar rondas ostensivas no perímetro dos postos;

- identificar e relatar possíveis vulnerabilidades, riscos, ocorrências, anormalidades em geral;

- quando necessário, combater princípios de incêndio;

- socorrer pessoas que sofrerem mal súbito, e em conjunto, acionar ajuda profissional competente;

- conhecer bem o local de trabalho, estar adstrito ao local de trabalho, sob vigilância, sempre alerta e com boa postura.

No MPRO a maior parte das atividades referentes à Segurança Orgânica são executadas pela Vigilância Institucional, que está vinculada a Assessoria Militar do Ministério Público do Estado de Rondônia - ASSMIL, esta exerce a fiscalização e a orientação técnica do Serviço de Segurança Orgânica do MPRO (Portaria nº 776 de, 16/07/2012). A ASSMIL tem encargos de Segurança Orgânica e de proteção de autoridades, como acompanhar os membros em viagens de visitas às comarcas das cidades do interior do Estado, acompanhar os membros em grandes eventos, acompanhar os membros em visitas externas em locais não seguros e etc. Há ainda na Segurança Orgânica da Instituição, os Oficiais em Segurança Institucional, que trabalham de forma dinâmica, harmônica e paralela com a Vigilância Institucional e a ASSMIL.

A ASSMIL, os cargos de Assessor Militar, Assistente Militar, e o cargo de Oficial de Segurança Institucional foram criados pela Lei Complementar nº 638, de 7 de novembro de 2011, do Governo de Rondônia. O conjunto de atribuições desses cargos impõe que seus ocupantes atuem sob a coordenação e supervisão da Assessoria Militar.

A ASSMIL faz parte do Quadro Administrativo do MPRO, nessa Assessoria Militar há os cargos de Assessor Militar e Assistente Militar:

Art. 2. Ficam criados e incorporados ao Quadro Administrativo do Ministério Público, passando a integrar o constante do Anexo II, Parte I, da Lei Complementar nº 303, de 2004, os cargos de: Assessor Militar, símbolo MP-DAS-8, a ser exercido por um (a) Oficial; e 8 (oito) cargos de Assistente Militar, Símbolo MP-DAS-3, a ser exercido por oficiais ou praças; todos de provimento em comissão e privativos de servidores militares da Polícia Militar do Estado de Rondônia (Governo de Rondônia, Lei Complementar nº 638, de 7 de novembro de 2011).

O Assessor Militar da ASSMIL, atualmente é um Coronel da Polícia Militar de Rondônia, o ocupante desse cargo possui como atribuições:

§ 1º. São atribuições do Assessor Militar:

I - exercer a representação militar da Procuradoria-Geral de Justiça;

II - acompanhar atos e visitas do Procurador-Geral de Justiça ou de outras autoridades da Administração Superior do Ministério Público, bem como do Colégio de Procuradores de Justiça, em situações especiais que requeiram maior segurança ou outros cuidados;

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III - transmitir ordens e instruções do Procurador-Geral de Justiça, bem como controlar sua execução no âmbito das respectivas esferas de atribuições da Assessoria de Segurança Institucional;

IV - zelar pela segurança dos membros do Ministério Público, podendo contar com os servidores do quadro efetivo ocupantes do cargo de Vigilante e de Oficial de Segurança Institucional, bem como com o apoio institucional dos órgãos da Segurança Pública; e

V - realizar outras atividades ou tarefas de sua atribuição legal, a serem definidas por ato do Procurador-Geral de Justiça (Governo de Rondônia, Lei Complementar nº 638, de 7 de novembro de 2011).

O Assistente Militar, é um servidor da Polícia Militar de Rondônia, esse cargo pode ser exercido por oficiais ou praças, e suas atribuições são:

§ 2º. São atribuições do Assistente Militar:

I - auxiliar, sob orientação da Assessoria Militar, a representação militar da Procuradoria-Geral de Justiça;

II - acompanhar, quando requisitado, a Assessoria Militar nas missões de apoio ao Procurador-Geral de Justiça ou de outras autoridades da Administração Superior do Ministério Público, bem como o Colégio de Procuradores de Justiça, em situações especiais que requeiram maior segurança ou outros cuidados;

III - executar as ordens emanadas da Assessoria Militar na esfera de atribuições da Assessoria de Segurança Institucional;

IV - atuar, sob a coordenação da Assessoria Militar, na segurança dos membros do Ministério Público, quando requisitado; e

V - realizar outras atividades ou tarefas de sua atribuição legal, a serem definidas por ato do Procurador-Geral de Justiça.

(Governo de Rondônia. Lei Complementar nº 638, de 7 de novembro de 2011).

Na composição da ASSMIL há um Assessor Militar, atualmente um Coronel da Polícia Militar de Rondônia, que exerce representação militar na Procuradoria-Geral de Justiça, acompanha os membros em atos e visitas que requeiram maiores cuidados, transmite ordens e instruções do PGJ. De forma geral, o Assessor Militar zela pela segurança dos membros, podendo contar com o apoio dos Vigilantes e Oficiais em Segurança Institucional. No demais, a ASSMIL é composta por Assistentes Militares, que quando são requisitados, acompanham o Procurador-Geral de Justiça em missões, executam ordens vindas da Assessoria Militar, e realizam atividades diversas relacionadas à segurança dos membros. Atualmente alguns Assistentes Militares, em horário de pico, como horário de entrada e saída do expediente, ficam em uma viatura fazendo rondas ao derredor do prédio sede do MPRO.

O Oficial de Segurança Institucional:

§ 1º São atribuições do Oficial de Segurança Institucional:

I - atuar, sob a coordenação da Assessoria Militar, nas atividades de segurança e de apoio estratégico às altas autoridades da Instituição, colaboradores, usuários e visitantes, zelando por sua integridade física;

II - realizar, quando requisitado e sob a supervisão da Assessoria Militar, a segurança pessoal dos membros e servidores em solenidades internas e externas, nas viagens, deslocamentos, aeroportos e residências, inclusive dirigindo veículos automotores institucionais;

III - auxiliar a Assessoria Militar no processo de interação com outros órgãos de segurança e inteligência, para execução de atividades que envolvam a segurança institucional e dos membros e servidores do Ministério Público;

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IV - auxiliar a Assessoria Militar no planejamento e implementação da logística de segurança em eventos de importância expressiva realizados pela Instituição, colaborando, para tanto, com os órgão de Segurança Pública; e

V - realizar outras atividades ou tarefas de sua atribuição legal, a serem definidas por ato do Procurador-Geral de Justiça (Governo de Rondônia. Lei Complementar nº 638, de 7 de novembro de 2011).

O cargo de Oficial em Segurança Institucional no MPRO, é novo. Na Capital há apenas 5 (cinco) servidores neste cargo, eles ficam mais vinculados à ASSMIL, pois suas funções são mais voltadas à proteção de membros, eles também auxiliam os membros em instruções de tiro, acompanham os membros em viagens, ao aeroporto e, suas funções são semelhantes aos de Assistente Militar.

O Vigilante Institucional:

Art. 3º. Vigilante, para os efeitos desta resolução, é o servidor concursado, nomeado e empossado para a execução das atribuições definidas no anexo VI, parte III, da Lei Complementar nº. 303, de 26 de julho de 2004 Art. 10. O Vigilante de plantão possui como atribuição principal executar a segurança, armada ou não, nas dependências das instalações do Ministério Público com o objetivo de:

a) garantir a incolumidade física das pessoas;

b) prevenir e reprimir o cometimento de crimes e contravenções; c) prevenir e combater incêndios;

d) prevenir acidentes em geral;

e) evacuar pessoas e bens das instalações sob sua responsabilidade em situação de emergência;

f) prestar socorro a pessoa ferida ou acometida de mal súbito;

g) dar informações de caráter geral (MPRO. Resolução nº 07/2007 - PGJ).

A Segurança Orgânica é um todo interligado e interdependente, onde seus personagens no MPRO são esses acima, ou seja: Vigilantes Institucionais, Oficiais em Segurança Institucional, Assistentes e Assessor Militar. Porém, como se pode perceber o Vigilante Institucional, além de garantir a incolumidade, não apenas de membros, mas além destes, também dos servidores e usuários, intramuros, no prédio da Instituição, o Vigilante deve ainda reprimir o cometimento de crimes e contravenções, prevenir acidentes em geral, prevenir e combater incêndios, prestar socorro à pessoa ferida ou acometida de mal súbito. Portanto, na área de segurança a diversidade de responsabilidades da Vigilância Institucional é bem ampla.

A Segurança Institucional é composta pela Segurança Orgânica e Segurança Ativa. A Segurança Orgânica da Instituição já foi apresentada, no próximo subtópico será apresentada a Segurança Ativa do MPRO.

2.7 SEGURANÇA ATIVA NO MPRO

A Segurança Ativa constitui a Segurança Institucional, conforme conceito anteriormente apresentado. A Segurança Ativa engloba ações de caráter proativo, implementadas com a finalidade de detectar, identificar, avaliar e neutralizar ameaças ou desencadear ações para mitigar os seus efeitos; e compreende as

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medidas de contrassabotagem, contraespionagem, contra crime organizado e contrapropaganda.

A contrassabotagem, contraespionagem, contra crime organizado e contrapropaganda, de acordo com a Resolução nº 156/2016 do CNMP:

Art. 12. A contrassabotagem compreende o conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar ações intencionais contra material, áreas ou instalações da Instituição que possam causar interrupção de suas atividades e/ou impacto físico direto e psicológico indireto sobre seus integrantes.

Art. 13. A contraespionagem compreende o conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar o risco de ações adversas e dissimuladas de busca de informações sensíveis ou sigilosas.

Art. 14. O contra crime organizado compreende o conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar o risco de ações adversas de qualquer natureza contra a Instituição e seus integrantes, oriundas de organizações criminosas.

Art. 15. A contrapropaganda compreende o conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar o risco de abusos, desinformações e publicidade enganosa de qualquer natureza contra a Instituição (CNMP, Resolução nº 156 de, 13 dezembro de 2016).

Farah (2013, p. 84) mostra o efeito da sabotagem em relação aos ativos da instituição e relaciona as medidas de segurança para proteção contra sabotagem:

A sabotagem é toda atividade intencional que decorra em dano, de qualquer natureza, para a instituição. Normalmente ela é realizada por meio de atos hostis relacionados ao pessoal, ao material e as instalações. As medidas de segurança de contrassabotagem são voltadas para neutralizar os atos de sabotagem realizados por atores hostis e mitigar os seu efeitos. Elas são desenvolvidas para proteger equipamentos, instalações, pessoas, documentos, informações e sistemas da organização.

Continuando, Farah (2013, p. 86) refere-se a espionagem e as medidas de contra espionagem, assim como especifica a contrapropaganda:

A espionagem consiste em um ato deliberado para obtenção de informações, sigilosas ou não, que se encontram protegidas, com a finalidade de proporcionar vantagem de qualquer natureza. A contraespionagem são as medidas de segurança voltadas para evitar a espionagem. São ações pautadas em medidas de segurança orgânicas para proteção dos sistemas e dos ativos da organização, incluídos os recursos humanos.

A propaganda é uma atividade sistemática que envolve técnicas e métodos para persuadir grande número de pessoas utilizando-se de meios de comunicação na disseminação de mensagens. Já a contrapropaganda é uma propaganda que tem como objetivo neutralizar e ou anular os efeitos de outra propaganda. Ambas são ferramentas altamente potentes e muito utilizadas por operadores de informações. A propaganda e a contrapropaganda são técnicas de difusão da informação e desinformação com o objetivo de influenciar decisões.

Paulo Cézar de Oliveira (2005, p. 13, 37), em sua monografia que trata sobre "O Crime Organizado no Brasil" escreveu:

O crime organizado é um fenômeno mundial; deixa sua mácula nas instituições governamentais e privadas, conta com a participação de membros do poder público e tem como finalidade básica o enriquecimento rápido e ilícito. Se caracteriza como um empreendimento sistemático, como uma atividade econômica bem dirigida, ou melhor, de uma justaposição de atividades econômicas distintas, que se concatenam sob direção de um chefe. Há atuação criminosa em vários campos: usura, tráfico de drogas, prostituição, jogo, extorsão; o crime é diversificado, pois especialização em

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uma única atividade criminosa indica atraso estrutural.

No combate ao crime organizado o Ministério Público pode presidir inquérito para a apuração de crimes praticados por organizações criminosas.

A Resolução nº 156/2016 - CNMP definiu o contra crime organizado da seguinte forma:

O contra crime organizado compreende o conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar o risco de ações adversas de qualquer natureza contra a Instituição e seus integrantes, oriundas de organizações criminosas.

No MPRO, há um órgão direcionado à segurança ativa, trata-se do Centro de Atividades Extrajudiciais - CAEX, é um órgão de assessoramento do Procurador-Geral de Justiça, com a finalidade de desenvolver, orientar, acompanhar e avaliar as atividades de inteligência e segurança institucional do MPRO, e ainda, coletar e processar dados e informações necessárias às atividades dos órgãos de execução, fornecendo subsídios para o planejamento e a gestão estratégica do MPRO.

O Centro de Atividades Extrajudiciais tem também como objetivo a qualificação e aperfeiçoamento dos membros e funcionários do MPRO nas áreas de inteligência, razão pela qual organiza periodicamente palestras, cursos e eventos almejando tal fim. Como órgão de inteligência, atua em consonância com o Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado (GNCOC/GSI), o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública (SISP), bem como com os órgãos de Inteligência das Polícias Civil e Militar e das Forças Armadas, e ainda com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

A Segurança Institucional compreende a Segurança Ativa e a Segurança Orgânica, neste subtópico foi apresentada a segurança ativa do MPRO, no próximo subtópico será apresentada a forma de atuação da Vigilância Institucional do MPRO no conjunto de medidas de Segurança Orgânica na Instituição.

2.8 CONJUNTO DE MEDIDAS DE SEGURANÇA ORGÂNICA E A VIGILÂNCIA INSTITUCIONAL NO MPRO

A Segurança Institucional abrange um conjunto de medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar ações de qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda da Instituição e de seus integrantes, inclusive à imagem e reputação. O artigo 3º da Resolução nº 156/2016 do CNMP, parágrafo 2º, diz que a Segurança Orgânica compreende o grupo de medidas de: segurança de pessoas, segurança de material, segurança das áreas e instalações, e segurança da informação.

Quanto à segurança de pessoas nas dependências da Instituição, à segurança de material, e das áreas e instalações do MPRO, o Vigilante Institucional

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pode ser considerado a figura principal e imprescindível nessas medidas de segurança, além disso, de forma indireta, este profissional colabora também para a segurança da informação.

2.8.1 Segurança das Pessoas

Este conjunto de medidas refere-se à segurança das pessoas na Instituição, assegurando a sua integridade física e, em casos especiais, a de seus familiares.

De acordo com a Resolução nº 156/2016 do CNMP:

Art. 4º A segurança de pessoas compreende o conjunto de medidas voltadas a proteger a integridade física e moral de membros, ativos e inativos, de servidores e de seus respectivos familiares em face dos riscos, concretos ou potenciais, decorrentes do desempenho das funções institucionais.

§ 1º A segurança de pessoas, entre outras ações, abrange as operações de segurança, atividades planejadas e coordenadas, com emprego de pessoal, material, armamento e equipamento especializado e subsidiadas por conhecimento de inteligência a respeito da situação.

§ 2º A segurança de pessoas poderá ser realizada por servidores do Ministério Público com atribuições pertinentes e/ou, mediante cooperação ou solicitação aos respectivos órgãos, por outros servidores, policiais, militares e/ou por empresas especializadas.

Normalmente essa proteção visa a garantia do exercício das atividades institucionais. Em alguns casos podem incluir a neutralização de ameaças originadas em circunstâncias extraordinárias.

Embora a Resolução nº 156/2016 - CNMP defina segurança de pessoas como conjunto de medidas de proteção que envolvem somente os membros e servidores, podendo se estender a seus familiares, o MPRO estende proteção aos usuários de suas áreas e instalações (perímetro intramuros), pois a LC nº 303/2004 -Governo de Rondônia, determina que a Vigilância Institucional do MPRO deve fazer a segurança tanto de membros e servidores, quanto de usuários que se encontrem no perímetro intramuros das áreas e instalações da Instituição.

A Lei Complementar nº 303/2004, do Governo do Estado de Rondônia, descreve as atribuições gerais dos Vigilantes do MPRO, que são:

“Exercer a vigilância armada, ou não, das instalações do Ministério Público do Estado de Rondônia, de modo a prover a segurança dos membros, servidores e usuários, assim como preservar os bens e patrimônios da Instituição”.

O Vigilante Institucional em serviço no MPRO, pratica dentre outras medidas, a segurança de pessoas que estão nas dependências do prédio da Instituição, que incluem: membros, servidores, e usuários. Os usuários citados na Lei Complementar, não são os servidores, mas sim pessoas que estão dentro do prédio do MPRO, seja para atendimento, seja visitando o prédio, ou trabalhando como terceirizado (por exemplo os entregadores de garrafões de água mineral, que ficam quase uma hora dentro do prédio descarregando galões de água mineral, ou os

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funcionários terceirizados do setor de refrigeração, zeladoria, protocolo ou da recepção, ou aos reeducandos que, através de convênio, laboram no MPRO), se eles sofrerem alguma ameaça ou violência dentro do perímetro do MPRO, mesmo não sendo servidores públicos concursados ou comissionados, a Vigilância Institucional deve agir.

O Vigilante Institucional também atua de forma preventiva e proativa, de modo a possibilitar antecipação a riscos, ameaças e ações hostis, procurando neutralizá-los.

A segurança de áreas e instalações está interligada à segurança de pessoas, pois quando o Vigilante Institucional atua na segurança de áreas e instalações, atua também na segurança das pessoas que estão nessas áreas e instalações. Por exemplo, quando o Vigilante percebe alguma alteração nas áreas e instalações, que poderia causar um acidente, como um piso avariado, ciente disso, aciona o setor competente para fazer o devido reparo, essa atuação do Vigilante é proativa, e proporciona mais segurança às pessoas. O Vigilante, por exemplo, ao perceber algum fio desencapado nas áreas e instalações, aciona o setor competente para corrigir o problema, e este é corrigido, essa atuação pode evitar um incêndio ocasionado por curto circuito, pode evitar também acidentes como choque elétrico. Dessarte as pessoas ficam mais seguras com essas ações por parte do Vigilante Institucional.

2.8.2 Segurança do Material

Compreende o conjunto de medidas para proteger os materiais permanentes e de consumo da Instituição. De acordo com a Resolução nº 156/2016 do CNMP:

Art. 5º A segurança de material compreende o conjunto de medidas voltadas a proteger o patrimônio físico, bens móveis e imóveis, pertencente ao Ministério Público ou sob o uso da Instituição.

Importante ressaltar que alguns materiais da Instituição, também podem conter dados e informações sensíveis e sigilosas de interesse de atores antagônicos. Portanto como já foi dito anteriormente, um conjunto de medidas pode permear outro, dessarte o Vigilante Institucional fazendo a segurança do material, também pode estar contribuindo para a segurança da informação.

A segurança de áreas e instalações está interligada à segurança de material, pois quando o Vigilante faz a segurança de áreas e instalações, ele evita furtos e roubos de materiais, também evita incêndios que podem causar prejuízo material.

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