• Nenhum resultado encontrado

A ausência de fiscalização das operações das associações é outro agravante para os consumidores dos programas de proteção veicular. Vimos na subseção 4.4 a legitimidade e os fundamentos para o controle da atividade seguradora exercido pelo Estado. Dentre eles estão a higidez econômico-financeira do mercado segurador e a proteção aos consumidores.

A falta de fiscalização pode acarretar a estipulação de prêmios abaixo do valor que garante efetivamente o interesse segurado, com o fim de angariar um número maior de consumidores, atraídos pelos preços baixos. Pode-se, outrossim, comprometer as reservas técnicas, realizando-se o depósito compulsório em valores menores do que estipulado pela SUSEP.

O art. 113 do Decreto-lei nº 73/66 permite que a SUSEP aplique multas do mesmo valor da importância segurada ou ressegurada, às pessoas físicas ou jurídicas que realizarem operações de seguro, cosseguro ou resseguro sem a devida autorização.38

Além das medidas administrativas, a SUSEP, por meio da sua Procuradoria, bem como em parceria com o Ministério Público, busca provimentos jurisdicionais com o fim de paralisação das atividades das associações e a responsabilização dos administradores, inclusive penalmente, nos termos do art. 121 do Decreto-lei nº 73/66.

A SUSEP conseguiu, mediante decisão interlocutória no Agravo de Instrumento nº 0011385-64.2011.4.02.000039, o qual tramita na 5ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª região, o efeito suspensivo reformando decisão anterior do juízo da 32ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que havia indeferido o pedido liminar, com o fim de suspender a

38 O CQCS – Centro de Qualificação do Corretor de Seguros noticia multa de R$ 10 bilhões aplicada à empresa norte-americana que comercializava seguros piratas no território brasileiro, sendo a multa de maior valor já aplicada no mercado financeiro brasileiro. Disponível em: <http://www.cqcs.com.br/resultadoDetalhe.asp?iidNoticia=67268&txtPalavraChave=seguro%20pirata&filtro=0 &pag=0,68103,68043,67740,67268,67250,67227,67214,67102,67092,67082,66874,66623,66610,66592,66578& lk=0>. Acesso em: 09 nov. 2011.

39 Conforme o andamento processual disponibilizado no site do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, a decisão foi proferida no dia 13 de setembro de 2011, mas, até a data da conclusão do presente trabalho, ainda não tinha sido publicada, motivo pelo qual não transcrevemos o inteiro teor da decisão, tendo apenas notícia dela por meio do site da Advocacia Geral da União. Notícia disponível em: <www.agu.gov.br>. Acesso em 11 nov. 2011.

comercialização de proteção veicular pela APPAUTO – Associação de Proteção aos Proprietários de Automóveis.

Por força dessa decisão, a APPAUTO está proibida de comercializar, ofertar, veicular ou anunciar qualquer modalidade de contrato de seguro, sendo expressamente vedada a procura de novos consumidores por parte da entidade. O Desembargador relator determinou, ainda, a multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para cada evento que descumprir a decisão.

Ademais, a APPAUTO está proibida de continuar cobrando mensalidades de seus associados, vencidas ou vincendas, e deverá, outrossim, enviar, no prazo máximo de 10 dias, correspondência a todos os seus clientes comunicando o teor da referida decisão.

Os procuradores federais demonstraram o grave risco corrido pelos consumidores, os quais contribuem para a associação sem as mesmas garantias conferidas pelas sociedades seguradoras que atuam legalmente no país. Destacaram, ainda, que este mercado paralelo desrespeita o Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como caracteriza o exercício de concorrência desleal contra as seguradoras regulamentadas.

Estes argumentos convenceram o douto Desembargador do grave risco de dano de difícil reparação não só aos consumidores efetivos, mas também aos potencias, o que fundamentou o deferimento da liminar.

Esta decisão demonstra importante conquista da sociedade contra a comercialização de seguros por sociedades seguradoras não autorizadas, prevenindo futuros prejuízos para a coletividade.

6 CONCLUSÕES

À luz do exposto, as conclusões desse trabalho são as seguintes:

(1) A atividade seguradora cumpre uma importante função social, na medida em que, ao socializar os riscos através da transferência destes para a sociedade seguradora, permite a proteção do patrimônio do segurado, bem como possibilita a expansão de sua capacidade econômico-financeira e realiza uma redistribuição dos prejuízos entre a massa de segurados.

(1.1) Para que cumpra sua função social, é necessário que o seguro cuide da sua técnica, realizando o estudo atuarial do risco envolvido, para o escorreito cálculo do prêmio, suficiente para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da seguradora.

(2) A empresarialidade da sociedade seguradora é um dos elementos do contrato de seguro, ao lado da garantia, do interesse segurável, do risco e do prêmio, uma vez que determina o parágrafo único do art. 757 do Código Civil que somente pode figurar no contrato de seguro como seguradora entidade para tanto autorizada. Por sua vez, impõe o art. 24 do Decreto-lei nº 73/66 que somente podem operar seguros privados sociedades anônimas ou cooperativas, devidamente autorizadas. Estas operarão apenas seguros agrícolas.

(2.1) A necessidade de autorização para funcionamento de sociedade seguradora não fere o princípio da livre iniciativa, porquanto a Constituição Federal permite que seja o referido princípio mitigado por lei, desde que tenha fundamento suficiente para tanto. É a aplicação direta do princípio da proporcionalidade, para se averiguar a possibilidade de relativização do princípio da livre iniciativa por uma norma de ordem pública. O fundamento para a limitação ao funcionamento como sociedade seguradora reside na função social do seguro, permitindo um controle estatal, o qual pode ser técnico, jurídico ou econômico.

(2.2) A proteção ao consumidor também fundamenta o controle estatal da sociedade seguradora sobre duas vertentes: a um, resguardando-se a solvabilidade da seguradora, garante-se o adimplemento da indenização; a dois, cuidando das cláusulas gerais dos contratos de adesão, previne o consumidor da submissão a cláusulas abusivas.

(3) O objeto dos contratos de proteção automotiva é o mesmo objeto do contrato de seguro automotivo, qual seja, garantia do automóvel contra riscos predeterminados.

(3.1) O funcionamento das associações de proteção automotiva é semelhante as sociedades de seguros mútuos.

(3.2) O Decreto-lei nº 73/66 revogou disposições do Decreto-lei nº 2.043/40 e do Decreto-lei nº 3.908/41, as quais permitiam a comercialização de seguros privados por sociedades mútuas, não sendo mais possível hodiernamente a formação de novas sociedades mútuas.

(3.3) A proibição da comercialização de contratos de seguros mútuos não fere o princípio da autonomia da vontade, na proporção que esta autonomia é sempre limitada por normas de ordem pública.

(3.4) A existência de associações de proteção é irregular, porque estas não possuem autorização para funcionamento, bem como não são fiscalizadas pelos órgãos estatais, contrariando normas de ordem públicas.

(3.5) A comercialização de contratos de programas de proteção automotiva constitui um grave risco para a coletividade, na medida em que as associações ou cooperativas não realizam estudos técnicos do risco garantindo, o que pode ocasionar a onerosidade excessiva da associação, com o consequente inadimplemento das suas obrigações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVIM, Pedro. O Contrato de Seguro. 3ª ed. 2ª tiragem. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1999. ASCARBE BRASIL. Regulamento do Programa de Proteção Automotiva – Automóveis e Motocicletas.[Contagem]: [200-?]. Disponível em: <www.ascarbe.com.br>. Acesso em: 20 out. 2011.

BRAGA, Rafael. Advocacia-Geral impede na Justiça que Associação de Proprietários de Automóveis continue atuando no mercado de seguros sem autorização da Susep. Advocacia Geral da União – AGU. Disponível em:

<http://www.agu.gov.br/sistemas/site/TemplateImagemTexto.aspx?idConteudo=167415&id_s ite=3>. Acesso em: 11 nov. 2011.

BRASIL. Constituição (1998). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 01 nov. 2011.

________. Lei n° 3.071, de 01 de janeiro de 1916. Código Civil. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2011.

________. Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 15 out. 2011.

________. Lei n° 556, de 25 de junho de 1850. Código Comercial. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 24 out. 2011.

________. Decreto-lei n° 2.063, de 07 de março de 1940. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 28 out. 2011.

________. Decreto-lei n° 3.908, de 08 de dezembro de 1941. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 28 out. 2011.

________. Lei n° 4.594, de 29 de dezembro de 1964. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 31 out. 2011.

________. Decreto-lei n° 73, de 21 de novembro de 1966. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 01 ago. 2011.

________. Lei nº 5.316, de 14 de setembro de 1967. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 03 nov. 2011.

________. Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 03 nov. 2011.

________. Lei nº 10.185, de 12 de fevereiro 2001. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 03 nov. 2011.

________. Lei Complementar n° 126, de 15 de janeiro de 2007. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 31 out. 2011.

________. Decreto nº 7.482, de 16 de maio de 2011. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 04 nov. 2011.

________. Resolução RDC nº 65, de 16 de abril de 2001. Disponível em:

<www.mp.pe.gov.br/uploads/videos/caopcon/RDC65-2001ANS.doc>. Acesso em: 03 nov. 2011.

________. Resolução CNSP nº 81, de 2002. Disponível em:

<http://www.susep.gov.br/textos/resol081.htm>. Acesso em: 31 out. 2011. ________. III Jornada de direito civil. Disponível em:

<http://daleth.cjf.jus.br/revista/outras_publicacoes/jornada_direito_civil/IIIJornada.pdf>. Acesso em: 25 out. 2011.

CLUBE FENACAM DE BENEFÍCIOS. Termos e Condições do CLUBE FENACAM DE BENEFÍCIOS para proteção patrimonial de veículos. Paraná: 2011. Disponível em: < http://www.clubefenacam.com.br/ >. Acesso em: 07 nov. 2011.

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. 3 ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2009, v.3. DINIZ, Maria Helena. Código Civil Anotado. 12. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006. ________. Curso de direito civil brasileiro, 3º volume: teoria das obrigações contratuais e extracontratuais. 24 ed. rev. e ampl. de acordo com a reforma do CPC e com o Projeto de Lei n. 276/2007. São Paulo, Saraiva, 2008.

DUARTE, P. Susep cai multar empresa norte-americana de seguro pirata em mais de R$ 10 bilhões. CQCS – Centro de Qualificação do Corretor de Seguros. Disponível em:

<http://www.cqcs.com.br/resultadoDetalhe.asp?iidNoticia=67268&txtPalavraChave=seguro% 20pirata&filtro=0&pag=0,68103,68043,67740,67268,67250,67227,67214,67102,67092,6708 2,66874,66623,66610,66592,66578&lk=0>. Acesso em: 09 nov. 2011.

EJZENBERG, Wolf. Fiscalização da Atividade Seguradora – Limites do Controle Estatal. Revista Brasileira de Direito do Seguro e da Responsabilidade Civil, [São Paulo], Ano I – 1. ed., p. 311-343, jan. 2009.

FONTANA, Nelson. Resseguro em 8 Lições Básicas. Rio de Janeiro: Funenseg, 2009. GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 19. ed. rev. atual. e aum., de acordo com o Código Civil de 2002, por Edvaldo Brito e Reginalda Paranhos de Brito. Rio de Janeiro: Forense, 2008.

LAMBERT-FAIVRE, Yvonne. Droit des assurances. 2. ed. Paris: Dalloz, 1977. MAIS PROTEÇÃO – Associação de Proteção Veicular. Regulamento de Proteção a Automóveis, Motocicletas, Diesel leve e Caminhões. [Rio de Janeiro], [200-?]. Disponível em: <http://www.maisprotecao.org/regulamento_dentro.html>. Acesso em: 20 out. 2011

MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito privado: parte especial. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1984, t. 45.

________. Tratado de direito privado: parte especial. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1984, t. 46.

MONTEIRO. Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das obrigações: 2ª parte: dos contratos em geral, das várias espécies de contrato, dos atos unilaterais, da

responsabilidade civil. 35 ed. rev. e atual. por Carlos Alberto Dabus Maluf e Regina Beatriz Tavares da Silva. São Paulo: Saraiva, 2007. v. 5.

NADER, Paulo. Curso de direito civil: contratos. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, v.3. OMENA, Ana Paula. 'Seguro de proteção veicular' faz vítimas em Alagoas. Tribuna Hoje. Disponível em:

<http://www.tribunahoje.com/noticia/4909/cidades/2011/09/06/pdostatement.execute>. Acesso em: 10 nov. 2011.

PEREIRA, Antônio Carlos Alves. Miragens e Aproximação. Revista Brasileira de Direito do Seguro e da Responsabilidade Civil, [São Paulo], Ano I – 1. ed., p. 53-96, jan. 2009. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil: contratos. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004, v.3.

RIBEIRO. Amadeu Carvalhaes. Direito de Seguros: Resseguro, Seguro Direto e Distribuição de Serviços. São Paulo: Atlas, 2006.

RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil, volume 3: dos contratos e das declarações unilaterais da vontade. 30 ed. atual. de acordo com o novo Código Civil. São Paulo: Saraiva, 2004.

ROSA, B. e XAVIER, L. Proteção veicular não garante segurança. O Globo. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/11/08/protecao-veicular-nao-garante-

seguranca-925766550.asp#ixzz1dDURHRVc> Acesso em: 09 nov. 2011.

SUPERINTÊNDIA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS. Associações e Cooperativas. Isso é Seguro? Disponível em: <www.susep.gov.br>. Acesso em: 31 out. 2011.

TZIRULNIK, Ernesto. Apontamentos sobre a Operação de Seguros. São Paulo, [199-?]. Disponível em: <http://www.ibds.com.br/artigos/ApontamentosSobrea

OperacaodeSeguros.pdf>. Acesso em: 09 ago. 2011.

________.; CAVALCANTI, Flávio de Queiroz B.;PIMENTEL, Ayrton. O Contrato de Seguro de Acordo com o Novo Código Civil Brasileiro. 2. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003. 235 p.

ANEXO A -

Regulamento de Proteção a Automóveis, Motocicletas, Diesel leve e Caminhões da MAIS PROTEÇÃO – Associação de Proteção Veicular

Nos termos do artigo 43 do estatuto social da MAIS PROTEÇÃO Associação de Proteção Veicular, temos o prazer de apresentar o presente regulamento, que estabelecerá normas e regras a serem cumpridas por todos os associados, pessoas físicas e jurídicas, e todos os órgãos da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, buscando sempre alcançar seus fins institucionais, de acordo com os termos abaixo descritos.

1 - DOS OBJETIVOS DA MAIS - Associação de Proteção Veicular

1.1 - A MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular é dotada de personalidade jurídica, constituída na forma de associação, ou seja, em união de pessoas com fins comuns, de acordo com o artigo 1° de seu estatuto, não devendo ser confundida, em nenhuma hipótese, com sociedades empresariais mercantis que exploram o ramo de seguros, já que a MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular oferece amparo ao associado, mas não é uma seguradora.

1.2 - A MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular tem como primordial objetivo conferir proteção e segurança aos veículos de seus associados, através do rateio entre eles de eventuais prejuízos materiais sofridos em função da utilização de referidos bens, que sejam causados por acidentes, furto qualificado, roubo ou incêndio, de acordo com as normas estabelecidas neste regulamento.

2 - DOS ASSOCIADOS

2.1 - Para se tornar associado da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, o pretendente deverá pagar uma taxa de adesão e encaminhar Proposta de Admissão escrita à Diretoria Executiva da associação, acompanhado dos seguintes documentos:

2.1.1- CNH - Carteira Nacional de Habilitação;

2.1.2 - CRLV e CRV dos documentos do veículo a ser cadastrado; 2.1.3 - Nota fiscal do revendedor ou fabricante, caso trate-se de veículo novo;

2.1.4 - Comprovante de residência;

2.1.5- Indicação de 02 (dois) associados efetivos da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, quando necessário;

2.1.7 - Certidão negativa emitida pelo Cartório de Protestos de Títulos e Documentos; 2.1.8 - Contrato social ou estatuto social, caso o veículo esteja em nome de pessoa jurídica; 2.1.9 - Apólice de seguro contra terceiros, se houver.

2.2 - O período mínimo de associação dos membros da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular é de 06 (seis) meses, contados a partir do ingresso no corpo associativo, e sua exclusão ficará condicionada também à quitação de todas as suas obrigações junto à MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, que ocorrerem dentro do período de sua associação até a data de sua dissociação.

2.2.1 - No caso de recebimento de indenização, o período mínimo de permanência se estenderá para 12 (doze) meses, contados a partir do seu recebimento.

2.2.2 - Em nenhuma hipótese, terá o associado qualquer direito ao ressarcimento de valores quando de sua saída.

2.2.3 - Caso o associado deseje se desligar da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, além de estar em dia com suas obrigações, deverá protocolar requerimento escrito na sede da associação.

2.2.4 - O associado que se desligar do corpo associativo por quaisquer motivos, deverá estar em dia com sua mensalidade, sem prejuízo do cumprimento das demais obrigações existentes perante a MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular.

2.3 - Caso o veículo cadastrado envolva-se em mais de 02 (dois) acidentes de trânsito no período de 12 (doze) meses, em que seja comprovada a culpa/dolo do associado, haverá incidência de multa correspondente a duas vezes o valor da participação do associado, conforme o item 5.5 deste regulamento, sob pena de lhe serem retirados os benefícios conferidos pela MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular ou mesmo de exclusão da associação, sem prejuízo do cumprimento de suas obrigações.

2.4 - Serão cobradas de todos os associados, mensalmente, através de boleto bancário ou outra forma que venha a ser estabelecida pela Diretoria Executiva, contribuições por veículo cadastrado junto à MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, a título de manutenção da associação (despesas administrativas e demais custos relativos à subsistência das atividades da associação), bem como referente ao fundo de reserva. Ainda serão devidas contribuições direcionadas ao FEC (fundo especial de contingência), em razão dos serviços que a associação direta/indiretamente prestar.

2.4.1 - Toda contribuição terá como referência o valor do veículo cadastrado junto à MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, conforme tabelas descrita no item 2.4.2, 2.4.3, 2.4.4.

2.4.2 - Tabela de mensalidade para automóveis: AUTOMÓVEIS

0 a 20.000,00 R$ 127,00 20.001,00 a 30.000,00 R$ 159,50 30.001,00 a 40.000,00 R$ 192,00 40.001,00 a 50.000,00 R$ 239,00 50.001,00 a 60.000,00 R$ 295,00 60.001,00 a 70.000,00 R$ 330,00 70.001,00 a 80.000,00 R$ 355,00

2.4.3 - Tabela de mensalidade para motocicletas: MOTOS

Cilindradas Valor Médio

0 a 150 R$ 68,00

151 a 250 R$ 78,00

251 a 300 R$ 88,00

301 a 400 R$ 98,00

2.4.4 - Tabela de mensalidade para diesel leve e caminhões: VANS/ PICAPE/ CAMINHÕES

Valor do Veículo Valor Médio

0 a 40.000,00 R$ 265,00

40.001,00 a 60.000,00 R$ 310,00

60.001,00 a 80.000,00 R$ 365,00

80.001,00 a 100.000,00 R$ 410,00

100.001,00 a 120.000,00 R$ 465,00

2.5 - Os valores citados nas tabelas constante dos itens 2.4.2, 2.4.3, 2.4.4. Serão livremente administrados pela Diretoria Executiva da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, aplicando os referidos recursos na manutenção das despesas administrativas da associação, incluídas as verbas a título de remuneração, de acordo com o estatuto social. 2.6 - Em caso de inadimplência, o associado não poderá usufruir os benefícios oferecidos pela MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, inclusive o rateio de seus prejuízos com os demais associados, além de ter seu CPF inscrito no serviço de proteção ao crédito. 2.7 - A exclusão do associado do corpo da associação obedecerá ao disposto no artigo 6º do estatuto da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, cabendo a decisão à Diretoria Executiva, sempre garantindo a ampla defesa ao associado.

2.8 - O associado perderá a proteção do veículo 05 (cinco dias) após o vencimento da cobrança mensal, se esta não estiver sido paga.

2.8.1 - Após o pagamento do boleto em atraso, o veículo terá cobertura somente com 02 (dois) dias úteis após a data do pagamento em atraso.

2.8.2 - O associado que atrasar por mais de 07 (sete) dias, deverá pagar a taxa de vistoria no valor de 20% (vinte por cento) da taxa de adesão e comparecer na sede da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular para realizar uma nova vistoria.

3 - DOS BENEFÍCIOS DA MAIS - Associação de Proteção Veicular.

3.1 - O veículo objeto da proteção referida no item 1.2 deverá ser previamente cadastrado junto à MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, através de vistoria a ser realizada, arquivando-se fotos e todos os documentos pertinentes a este, conforme descrito no item 2.1.

3.1.1 - O veículo cadastrado junto à MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular não poderá ser protegido por seguros particulares (exceto seguro contra terceiros), sob pena de o associado perder seus direitos em relação aos benefícios oferecidos pela associação e ser excluído de seu corpo.

3.2 - A repartição dos prejuízos materiais, objetivo primordial da MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular, será limitada ao valor máximo de cada veículo cadastrado, segundo a tabela Fipe. Este valor será periodicamente revisto pela Diretoria Executiva, observando o valor de mercado dos veículos objetos dos benefícios da associação.

3.2.1 - Os veículos de cor branca, com a numeração do chassi remarcada e/ou que possuam outras características que o depreciem pública e notoriamente em relação aos demais, sofrerão depreciação de 20% (vinte por cento) em relação ao preço geral de mercado.

3.3 - Em caso de roubo ou furto qualificado do veículo objeto dos benefícios, a MAIS PROTEÇÃO - Associação de Proteção Veicular poderá aguardar até 30 (trinta) dias úteis como prazo de procura do veículo, a contar da data de apresentação de todos os documentos requeridos pela associação. Após este período, terá, ainda, até 30 (trinta) dias úteis para ratear entre os associados e ressarcir ao prejudicado o prejuízo correspondente.

3.4 - Em caso de destruição parcial do veículo em razão de acidente, o conserto será realizado

Documentos relacionados