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Autores e Obras

No documento Guia Prático da Língua Portuguesa (páginas 48-51)

Padre Antônio Vieira: maior ora-

dor sacro da língua, escreveu Ser-

mões (15 volumes, entre 1679-1718), História do Futuro (1718) e outras.

Francisco Manuel de Melo: estu-

dou com os jesuítas e seguiu a car- reira militar. Escreveu Carta de Guia

de Casados (1651), Cartas Famili- ares (1664), Obras Métricas (1665).

Padre Manuel Bernardes: escre-

veu Nova Floresta (5 volumes, 1706- 1728), Luz e Calor (1696).

Arcadismo

ras obras seu estilo satírico e anticle- rical, criticando ferozmente a Igreja de sua época. Proclamou ódio pelas mo- narquias absolutas e sua admiração pela monarquia liberal inglesa. Suas principais obras foram: Édipo, A Hen-

ríada, Cartas Filosóficas, Cândido ou o Otimismo e o Dicionário Filosófico.

Montesquieu – preocupado com a

renovação, contribuiu com a idéia da divisão de poderes como recurso para se evitar o autoritarismo. Em sua obra Do Espírito das Leis, Montes- quieu defendeu a idéia de que cada um dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), deve estar em mãos distintas. Em Cartas Persas critica os costumes da sociedade.

Rousseau – com sua teoria do bom

selvagem, defendeu a natureza vir- gem e foi admirador do homem sel- vagem. Desprezou o otimismo um tan- to ingênuo dos enciclopedistas. Afir- mou que as artes e as ciências ti- nham contribuído para o progresso da humanidade, mas também a cor- romperam. Escreveu Discurso sobre

as Ciências e as Artes e Do Contra- to Social. Posteriormente, deu ênfa-

se à importância da Educação, com sua obra Emílio.

Inspirados nestes pensadores e suas teorias, os árcades voltam-se para a natureza em busca de uma vida sim- ples, bucólica e pastoril, fugindo, assim, O inicio do século XVIII é marcado

pela decadência do pensamento barro- co, cujos fatores básicos são: o exage- ro da expressão barroca, que havia cansado o público; a ascensão da bur- guesia supera o domínio religioso; o sur- gimento das primeiras arcádias, enfati- zando a pureza e a simplicidade.

A palavra Arcadismo tem sua origem em Arcádia, uma antiga região da Grécia, de relevo montanhoso, habitada por pas- tores que conciliavam os seus trabalhos com a poesia, cantando o paraíso rústico em que viviam e simbolizando-o como uma terra de inocência e felicidade.

O Arcadismo desenvolveu-se ao lon- go do século XVIII, influenciado pela Revo- lução Francesa, movimento revolucionário de ideologia liberal burguesa, responsável pela queda do absolutismo e da economia mercantilista e pela extinção do antigo sis- tema feudal. O Arcadismo ficou também co- nhecido por setecentismo (os anos 1700) e neoclassicismo e refletiu uma época que ficou conhecida como o Século das Luzes ou Iluminismo, movimento filosófico cujo objetivo era o de defender a liberdade de pensamento e usar a razão como instru- mento de análise e domínio da realidade. Lutaram contra os excessos do Barroco e defenderam uma arte racional e didática.

Dentre os diversos pensadores ilu- ministas, destacam-se:

Voltaire – possuidor de idéias filosófi-

dos centros urbanos. A natureza pas- sa a ser, então, um refúgio ao homem civilizado.

Sua preocupação prioritária era a de formular uma sociedade mais iguali- tária. Teve sua fundação no culto das ciências, da razão e do progresso.

De espírito reformista, o Arcadismo pretende, reformular o ensino, os hábi- tos e as atitudes sociais. Propunha a restauração da simplicidade na lingua- gem, abandonando as figuras de lingua- gem – antíteses, metáforas, paradoxos – dando mais ênfase a uma linguagem direta.

Em oposição aos artistas barrocos, que preferiam a fuga da realidade, o Ar- cadismo valoriza o tempo presente.

O artista árcade, além de tomar a vida campestre e suas paisagens como modelos, incorpora, em suas obras, a mitologia, usando-se de deuses e he- róis da história grega.

Resumidamente falando, podemos citar diversas características da arte li- terária arcadista:

1. volta aos modelos greco-romanos;

2. predominam a razão e a ciência, em oposição à fé e a religião;

3. há o retorno ao equilíbrio, reagindo contra os preceitos barrocos quan- to ao desequilíbrio;

4. buscam a perfeição da forma;

5. procuram um estilo simples de lin- guagem, despojando-o das metáfo-

ras e hipérboles deixadas pela es- tética anterior;

6. utilizam-se da natureza em suas poe- sias, tornando-as de aspecto bucó- lico e ingênuo;

7. dão ênfase à linguagem simples, po- rém, sem perder a sua nobreza; 8. possuem uma tendência introspectiva;

9. há o culto excessivo à natureza;

10. a linguagem torna-se melodiosa;

11. usam pseudônimos pastoris. Ex: El- mano Sadino (Bocage).

Este movimento chega a Portugal em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitana e teve seu término em 1825, com a publicação do poema Camões, de Almeida Garret.

Com o lema da Arcádia Lusitana de cortar as coisas inúteis, os árcades passam a buscar, então, a simplicidade, a linguagem mais clara, a metrificação simples e o uso de versos brancos (sem rima).

Permanece a presença da mitolo- gia greco-romana e há uma restaura- ção de alguns escritores como Virgílio, Horácio, Teócrito, Camões e Sá de Mi- randa.

Com o governo de Marquês de Pom- bal, há em Portugal uma preocupação em modernizar a sociedade portuguesa e ex- pulsar os jesuítas do sistema educacional português. Daí o Marquês de Pombal ser conhecido como déspota esclarecido.

Resumidamente falando, podemos citar diversas características da arte li- terária arcaica:

1. Volta aos modelos greco-romanos e à arte camoniana.

2. Predominam a razão e a ciência, em oposição à fé e a religião.

3. Há o retorno ao equilíbrio, reagindo contra os preceitos barrocos quan- to ao desequilíbrio.

4. Buscam a perfeição da forma. 5. Procuram um estilo simples de lin-

guagem, despojando-se das metá- foras e hipérboles deixadas pela es- tética anterior.

6. Utilizam-se da natureza em suas po- esias, tornando-as de aspecto bucó- lico e ingênuo.

7. Dão ênfase à linguagem simples, po- rém, sem perder a sua nobreza. 8. Possuem uma tendência introspec-

tiva.

9. Há o culto excessivo à natureza (ro- cocó).

10. A linguagem torna-se melodiosa. 11. Usam pseudônimos pastoris. Ex: Bo-

cage (Elmano Sadino).

Podemos destacar, como principais autores:

Correia Garção

No documento Guia Prático da Língua Portuguesa (páginas 48-51)