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AVALIAÇÃO DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA (DMO) e da COMPOSIÇÃO CORPORAL

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.4. PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

3.4.2. AVALIAÇÃO DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA (DMO) e da COMPOSIÇÃO CORPORAL

Para as medidas de DMO foi utilizado densitômetro com protocolo de avaliação por absortometria radiológica de dupla energia (DXA), marca LUNAR, modelo DPX-IQ, no modo médio (velocidade de amostragem de 5 mm/s e corrente da ampola de RX = 750 mA).

Foram analisadas as vértebras da coluna lombar (L2 – L4) e o colo do fêmur, sendo

estas regiões identificadas e analisadas por um software 4.X, versão da documentação 10/98 B, parte número 6740. O controle de qualidade do sistema de medição foi realizado diariamente, fornecendo um coeficiente de variação (erro de precisão in vitro) sempre < 0,5%.

Neste exame, o raio passa por um filtro, sendo dividido em dois feixes com níveis diferentes de energia, atravessando a área do corpo a ser analisada, e captados por um detector que, ligado a um circuito eletrônico, fornece imagem e medida da massa óssea em g/cm2. As diferenças entre os níveis emitidos e captados pelo detector permitem o cálculo da massa óssea. A interpretação é baseada na comparação do resultado do indivíduo estudado com grupo padrão de adultos jovens normais com idade entre 20-45 anos, e com outro grupo com idade, peso e etnia iguais às do indivíduo estudado. Durante a realização da medida do colo femural, o avaliado estava em decúbito dorsal, com os braços próximos ao peito e as pernas afastadas. Para a medida da coluna vertebral lombar, o avaliado permaneceu em decúbito dorsal, com as pernas apoiadas em um suporte específico, e flexionadas em ângulo de 90°, estando os braços apoiados ao peito. Para a medida da composição corporal no corpo inteiro, o avaliado manteve a posição em decúbito dorsal, com as pernas estendidas e unidas, e os braços estendidos ao longo do corpo. Durante os procedimentos de avaliação, o indivíduo não apresentava em sua vestimenta qualquer tipo de metal que pudesse interferir no resultado do teste.

A previsão de duração dos três testes descritos foi de aproximadamente 5, 10 e 20 minutos, respectivamente.

3.5. PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE ESTATÍSTICA

padrão. As relações entre as variáveis independentes (“massa corporal total, massa magra e massa gorda”) e as variáveis dependentes (“DMO de colo femoral” e “coluna vertebral entre L2-L4”) foram realizadas, separadamente, através da análise de regressão linear simples. A análise de regressão múltipla foi utilizada para determinar a contribuição de cada variável independente, entre si, e sobre a DMO de colo femural e de coluna vertebral lombar, com nível de significância de p ≤ 0,05. Para análise estatística foi utilizado o programa “Statistical Package for the Social Scienses” (SPSS, 10.0).

3.6. COMITÊ DE ETICA

Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Católica de Brasília (UCB).

4. RESULTADOS

Foi realizada inicialmente uma análise exploratória dos dados. Não foram observados casos faltosos (missing cases) na amostra e as variáveis estudadas não apresentavam desvios de normalidade.

A tabela 1 apresenta as características descritivas da amostra das variáveis massa corporal total (MCT), massa gorda (MG) e massa magra (MM) entre a densidade mineral óssea (DMO) de colo femural e a DMO de coluna vertebral lombar:

Tabela 1 - Características descritivas da amostra em 97 idosas.

Variável Média ± DP Amplitude

IDADE (anos) 66,41 ± 4,82 60 – 79 ESTATURA (cm) 151,19 ± 5,27 138 – 162 MCT (Kg) 64,81 ± 11,21 43 – 97 MG (Kg) 25,30 ± 8,19 10,09 – 61,55 MM (Kg) 38,71 ± 4,77 29,22 – 52,96 DMO colo (g/cm²) 0,86 ± 0,13 0,59 – 1,16 DMO lombar (g/cm²) 0,98 ± 0,17 0,64 – 1,69

Onde: DP = desvio padrão; DMO = densidade mineral óssea; MCT = massa corporal total; MG = massa gorda; MM = massa magra.

A tabela 2 apresenta os resultados da regressão linear simples das variáveis massa corporal total (MCT), massa gorda (MG) e massa magra (MM) entre a densidade mineral óssea (DMO) de colo femural e a DMO de coluna vertebral lombar:

Tabela 2 – Regressão linear simples dos dados relativos a MCT, MG e MM em relação a

DMO (colo) e DMO (lombar) em 97 idosas.

Variável MCT (kg) MG (kg) MM (kg)

DMO colo (g/cm²) 0,536* 0,305* 0,437*

DMO lombar (g/cm²) 0,370* 0,193 0,255**

Onde: * p ≤ 0,01; ** p ≤ 0,05; DMO = densidade mineral óssea; MCT = massa corporal total; MG = massa gorda; MM = massa magra.

Os dados obtidos na análise de regressão linear simples seguem descritos abaixo:

a)

Massa Corporal Total:

A análise da massa corporal total com a variável dependente (DMO do colo femoral) apresentou uma correlação positiva (Figura 1) e estatisticamente significativa (r = 0,536; p = 0,01), porém fraca, explicando apenas 29% da DMO deste sítio. A relação entre a massa corporal total e a DMO da coluna vertebral lombar apresentou uma correlação positiva (Figura 2) e estatisticamente significativa ( r = 0,370; p = 0,01). Entretanto esta correlação foi fraca, com 14% de variação na DMO da coluna vertebral lombar.

² r² = 0,1371 r² = ,1371 r 0 MCT 100 90 80 70 60 50 40 DMO do COLO 1,2 1,1 1,0 ,9 ,8 ,7 ,6 ,5 r² = 0,29 p = 0,01

Figura 1 - Relação entre a massa corporal total (kg) e a densidade mineral óssea do colo femoral (g/cm²). MCT 100 90 80 70 60 50 40 DMO da COLUNA 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 ,8 ,6 r² = 0,1371 p = 0,01

Figura 2 - Relação entre a massa corporal total (kg) e a densidade mineral óssea da coluna vertebral lombar (g/cm²).

b)

Massa Gorda:

A relação da variável independente massa gorda com a variável dependente DMO do colo femoral apresentou uma correlação positiva (Figura 3) e estatisticamente significativa (r = 0,305; p = 0,01), com 9% de variação na DMO deste sítio. Em relação à DMO da coluna vertebral lombar a correlação foi positiva, como mostra a figura 4. Mas nenhuma correlação estatisticamente significativa foi constatada (r = 0,193; p = 0,058), sendo que, a correlação apresentou-se bastante fraca, explicando apenas 4% de variação neste sítio.

R²r² = 0,0928 MG 70 60 50 40 30 20 10 0 DMO do COLO 1,2 1,1 1,0 ,9 ,8 ,7 ,6 ,5 r² = 0,092 p = 0,01

MG 70 60 50 40 30 20 10 0 DMO da COLUNA 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 ,8 ,6 r² = 0,037 p = 0,058

Figura 4 - Relação entre a massa gorda (kg) e a densidade mineral óssea da coluna vertebral lombar (g/cm²).

c)

Massa Magra:

Foi constatada uma correlação positiva (figura 5) e estatisticamente significativa na análise da massa magra com a DMO do colo femoral (r = 0,437; p = 0,01), explicando uma variação sobre este sítio de 19%. A massa magra relacionada com a DMO da coluna vertebral lombar apresentou uma correlação positiva (figura 6) e estatisticamente significativa (r = 0,255; p = 0,05). Porém sua variação sobre este sítio foi fraca, de 6%.

MM 60 50 40 30 20 DMO do COLO 1,2 1,1 1,0 ,9 ,8 ,7 ,6 ,5 r² = 0,191 p = 0,01

Figura 5 - Relação entre a massa magra (kg) e a densidade mineral óssea de colo femoral (g/cm²).

MM 60 50 40 30 20 DMO da COLUNA 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 ,8 ,6 r² = 0,065 p = 0,05

Figura 6 - Relação entre a massa magra (kg) e a densidade mineral óssea de coluna vertebral lombar (g/cm²).

De acordo com a tabela 3 a combinação dos componentes da composição corporal, massa corporal total, massa gorda e a massa magra, explicaram 33% da variação da DMO no colo femural e 18% da DMO da coluna vertebral lombar.

A massa corporal total foi a variável que mais se manteve constante entre os dois sítios da DMO estudados, com uma correlação estatisticamente significativa (p ≤ 0,01; p ≤ 0,05). Esta variável apresentou uma forte correlação com a massa magra e a massa gorda (r = 0,717; p ≤ 0,01; r = 0,820; p ≤ 0,01; respectivamente) na DMO do colo femural, como também, à DMO da coluna vertebral lombar. A relação entre massa magra e massa gorda foi moderada, com uma correlação estatisticamente significativa (r = 0,470; p ≤ 0,01).

Tabela 3 - Resultados da regressão múltipla entre DMO (colo) e DMO (lombar) em relação

MCT, MG e MM em 97 idosas. Variável Constante MCT (kg) MG (kg) MM (kg) R² DMO colo (g/cm²) 0,864** 0,008* -0,002 -0,001 0,33 DMO lombar (g/cm²) 0,051 0,012** -0,004 -0,011 0,18

Onde: * p ≤ 0,01; ** p ≤ 0,05; MCT = massa corporal total; MG = massa gorada; MM = massa magra; DMO = densidade mineral óssea.

5. DISCUSSÃO

A análise dos dados apresentados na tabela 2 demonstra que quanto maior a massa corporal maior será a DMO nos sítios do colo femoral e coluna vertebral lombar. Entretanto, houve uma correlação positiva e significativa entre os dois sítios da DMO, sendo que a DMO do colo femoral foi maior que a DMO da coluna lombar (L2-L4) em 29%, isto é, uma alta massa corporal é mais benéfica para a DMO do colo femural do que para a DMO da coluna vertebral lombar.

Estes resultados vão ao encontro dos estudos realizados por GILLETTE- GUYONNET et al. (2000) que, ao estudarem a composição corporal de mulheres idosas osteoporóticas, encontraram correlações significativas na relação entre massa corporal total e DMO do colo femoral. COIN et al. (2000) ao estudarem mulheres e homens idosos com baixa massa corporal e indivíduos com massa corporal normal, constataram que as mulheres com baixa massa corporal apresentavam um alto risco para fraturas além de reduções significativas da DMO levando à osteoporose.

Corroborando nossos resultados, LEWIN et al. (1997) observaram em estudo realizado com 724 brasileiras de diversas faixas etárias, que quanto maior a massa corporal total maior os valores da DMO. Na relação entre massa corporal total e DMO de colo femoral, a DMO teve um ganho de aproximadamente 0,72% por cada Kg de peso. Algumas reduções na DMO no colo femoral e não na DMO da coluna vertebral lombar também foram observadas. Estas reduções ocorrem principalmente em região predominantemente de osso cortical. A diminuição do osso cortical é, basicamente, resultado da incapacidade progressiva dos osteoblastos de formar osso, em função do envelhecimento. Para CHISTOPHER, NEED, BRIGDES et al. (1992) a perda de osso cortical está mais associada ao envelhecimento do

que à deficiência estrogênica, enquanto que o osso trabecular é muito mais sensível à falta dos esteróides sexuais. O maior decréscimo da DMO do colo femoral de acordo com NORDIN, NEED, CHATTERTON, HOROWITZ et al. (1990) pode ser explicado pela perda óssea relacionada à menopausa, porém autolimitante, com uma duração aproximada de dez anos.

Os dados apresentados na correlação entre massa gorda e DMO de colo femural demonstram que houve uma correlação significativa somente na DMO de colo femoral, com 9% de variação neste sítio. A correlação com a DMO de coluna vertebral lombar e massa gorda explicou apenas 4%, demonstrando que a massa gorda é melhor para a DMO do colo femural do que para a DMO da coluna vertebral lombar.

Os resultados do presente estudo também foram similares aos resultados dos estudos de REID, AMES, EVANS et al. (1994) e GILLETTE-GUYONNET et al. (2000) que, ao estudarem mulheres idosas osteoporóticas, observaram uma correlação significativa entre massa gorda e DMO. A massa gorda explicou mais a variação da composição corporal e da DMO do colo femoral do que a massa magra, evidenciando que a massa gorda exerce efeito protetor na DMO do colo femoral. Os estudos realizados por REID, AMES, EVANS et al. (1992) e GOULDING & TAYLOR (1998) indicam que a massa gorda é a mais importante indicadora da DMO do colo femoral em mulheres pós-menopáusicas.

Corroborando nossos resultados, SALAMONE, GLYNN, BLACK, EPSTEIN et al. (1995). ao analisarem a composição corporal e a DMO de 334 mulheres, americanas, pré e pós-manopausadas, com idade entre 44 e 50 anos, observaram que a massa gorda não foi correlacionada significativamente com a DMO da coluna vertebral lombar e com as análises de corpo total. Resultados semelhantes também foram obtidos por FLICKER, HOPPER, RODGERS, KAYMAKCI et al. (1995) quando estudou as determinantes da DMO em mulheres idosas, encontrando uma associação negativa da massa gorda em todos os sítios da DMO estudados.

Estes resultados indicam que em mulheres idosas a massa gorda está associada ao decréscimo da massa óssea, principalmente na região da coluna vertebral lombar, podendo levar ao desenvolvimento da osteoporose. Esta associação negativa entre massa gorda e DMO da coluna lombar pode ser atribuída a diferentes fatores como: estilo de vida, sedentarismo, hábitos alimentares e ainda a combinação destes fatores.

De acordo com as figuras 5 e 6, quanto maior a massa magra maior será a DMO nos sítios de colo femoral e coluna vertebral L2-L4. Entretanto, houve uma correlação estatisticamente significativa na DMO dos dois sítios estudados, sendo que na DMO de colo femoral apresentou uma variação melhor, de 19%, evidenciando uma diferença superior de 10% em relação à massa gorda.

No estudo de BINDER, KOHRT (2000) com 402 mulheres pós-menopáusicas e 160 homens, com idade entre 55 e 95 anos, a massa magra foi fortemente correlata com a DMO do colo femoral, sugerindo que a correlação forte entre massa magra e a massa óssea reflete não somente os efeitos do volume corporal, mas também a relação funcional entre músculo e osso. Estes autores acrescentam ainda que, com o aumento da massa magra há uma diminuição da massa gorda, o que contribui para altos níveis de DMO.

Em oposição a estes resultados, DOUCHI, KUWAHATA, MATSUO et al. (2003) ao estudarem a adiposidade total de um grupo de 93 indivíduos de diversas faixas etárias, encontraram uma correlação positiva entre massa magra e DMO de coluna vertebral (L2-L4), sugerindo que a massa magra é determinante da DMO principalmente em homens por vários fatores, entre eles: inter-relação biológica entre músculo e osso, incremento das forças biomecânicas e níveis de atividade física que são maiores em homens do que em mulheres e, principalmente, nas mulheres pré-menopáusicas do que nas pós-menopáusicas. Entretanto, estes autores constataram que a massa magra é a principal determinante da DMO em mulheres pré-menopáusicas.

VISSER, PAHOR, TYLAVSKY et al. (2003) e REID, AMES, EVANS et al. (1994) ao estudarem homens e mulheres idosas, observaram que após dois anos houve um declínio na massa magra em mulheres de 0,6%, e as mudanças na massa magra foram positivamente relacionadas a DMO de colo femoral.

De acordo com a análise da regressão múltipla, no presente estudo foi possível observar uma correlação entre as variáveis massa corporal total, massa gorda e massa magra estatisticamente significativa (p ≤ 0,01), principalmente no sítio da DMO do colo femural. O coeficiente de determinação múltiplo indica que os componentes da composição corporal explicam mais a correlação (33%) existente entre a DMO do colo femural do que o coeficiente encontrado na DMO da coluna vertebral lombar (18%), podendo-se dizer que a massa corporal total é a preditora da DMO nos dois sítios estudados, pois a mesma apresentou uma correlação estatisticamente significativa (p ≤ 0,01; p ≤ 0,05) tanto para a DMO do colo femural como para a DMO da coluna vertebral lombar.

Um fato importante a observar neste estudo é que os indivíduos participantes do mesmo apresentaram um massa corporal bem variada (43-97 kg), isto é, haviam indivíduos menos pesados e outros mais pesados. E, à medida que a massa corporal aumentou, também aumentou a DMO em ambos os sítios estudados. Observações semelhantes também foram encontradas no estudo realizado por COIN, SERGI, BENINCÀ et al. (2000) ao estudarem mulheres e homens idosos com baixa massa corporal e indivíduos com massa corporal normal, sendo que os indivíduos obesos apresentaram altos níveis de DMO o que reduziu o risco para fraturas. Entretanto, em indivíduos com baixa massa corporal estas observações apresentam-se contrárias, ou seja, os níveis de DMO baixam e aumenta o risco para fraturas. Neste mesmo estudo, os autores corroboram nossos achados quando apresentam uma correlação significativa entre DMO do colo femural, massa gorda e massa magra.

PLUIJM, VISSER, SMIT et al. (2001) ao estudarem os determinantes da DMO em homens e mulheres através da composição corporal, observaram que em mulheres o incremento da massa corporal está associada positivamente com a DMO do colo femural, porém a perda de massa gorda reduziu substancialmente a associação positiva entre massa corporal e DMO do colo femural.

6. CONCLUSÕES

Correlações significativas foram observadas, principalmente entre a DMO do colo femoral para todas as variáveis independentes, demonstrando que o declínio da DMO está mais associada ao envelhecimento ósseo do que a fatores hormonais, como já sugeriram alguns dos estudos apresentados.

No presente estudo, a massa corporal total foi a variável que melhor relacionou-se com a DMO dos sítios estudados, principalmente com a DMO de colo femoral, mostrando ser mais benéfica à massa óssea deste sítio especificamente, predizendo os níveis da DMO e desempenhando a função de proteção para a DMO do colo femoral . A relação entre DMO do colo femoral, massa corporal total e massa magra, mostrou-se mais significativa. Estas relações significativas com a massa corporal total e a massa magra determinam que, quanto menor forem os valores destes componentes, menos massa óssea será encontrada no colo femoral, aumentando o risco para osteoporose e consequentemente das fraturas.

A DMO da coluna vertebral lombar apresentou correlação estatisticamente significativa, porém fraca, com todos os componentes da composição corporal, de acordo com as hipóteses apresentadas neste estudo. Porém, quando relacionada com a massa corporal total, observamos melhores níveis de DMO na coluna vertebral lombar, sugerindo um efeito protetor da DMO neste sítio especificamente. Principalmente porque nesta região, a massa corporal total reflete o efeito da adiposidade central, encontrada na maioria das mulheres estudadas.

Deste modo, concluímos que a massa corporal total e a massa magra foram os componentes corporais mais significativos na relação com a DMO do colo femoral e da coluna vertebral lombar em mulheres com idade entre 60 e 79 anos. Neste sentido, a massa

corporal e a musculatura são as determinantes mais prováveis para as mudanças na composição corporal e densidade mineral óssea, em mulheres pós-menopáusicas.

Estes achados sugerem que novas estratégias sejam realizadas a fim de proporcionar a manutenção e/ou aumento dos níveis de massa magra com o avanço da idade, e assim, promover melhorias na qualidade de vida para os anos que se sucedem.

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