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Avaliação das condições de risco de deslizamento/ desmoronamento

AVALIAÇÕES AMBIENTAIS COMPLEXAS

6 ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS

6.1.2 Condições de risco de deslizamento ou desmoronamento

6.1.2.7 Avaliação das condições de risco de deslizamento/ desmoronamento

A avaliação foi realizada a partir de planos de informação selecionados entre os mapas digitais disponíveis na base de dados do presente trabalho, seguindo a estrutura de agregação empregada na geração do mapa de síntese Condições de Risco de Deslizamento e

Desmoronamento mostrada na Figura 11. Os mapas integram o nível um da Árvore de

Decisão (Figura 8, p.89).

O resultado indica a possibilidade de determinadas áreas estarem mais vulneráveis à ocorrência de deslizamentos/ desmoronamentos. Na avaliação ou planejamento de determinados tipos de ocupação, as condições de risco devem ser investigadas mais detalhadamente levando em consideração dados sobre geologia, solo, erosão, etc.

Os mapas, pesos, as classes e as notas aplicadas na avaliação podem ser vistos na Tabela 9. O resultado da assinatura digital do Mapa 16 (Condições de Risco de

Deslizamento/Desmoronamento), realizada no Vista Saga, é apresentado na Tabela 10 onde

são relacionados a extensão territorial de cada classe e o correspondente percentual do território municipal.

Na avaliação das condições de risco de deslizamento/desmoronamento, as notas obtidas apresentaram uma grande amplitude (0 a 100) sendo agregadas para compor a legenda do Mapa 16 e facilitar as análises. O mapa com as notas originais é mantido na base de dados para uso em análises/agregações posteriores. O resultado pode ser verificado pelo Relatório de Avaliação I.3 (Anexo I, CD).

Tabela 9 - Avaliação das Condições de Risco de Deslizamento/ Desmoronamento

Parâmetros Pesos Componentes de legenda (classes) Notas

0 a 2% 0 2 a 5% 10 5 a 10% 30 10 a 25% 75 25 a 50% 95 Declividade (Mapa 5) 40% Acima de 50% 100 0 a 100 m 0 100 a 500 m 55 500 a 1.000 m 75 1.000 a 1.500 m 90 Altitude (Mapa 6) 10% Acima de 1.500 m 100 Afloramento rochoso 100 Alagadiços 0 Aluviões 0

Colinas/ Morrotes – sedimentos terciários 55

Colinas/ Morrotes – substrato cristalino 45

Montanhas e escarpas 100

Morros - Substratos Granítico/ Alcalino 95

Morros - Substratos Migmat. /Gnais. /Xist./ Filit. 90

Restingas 0 Síntese dos Condicionantes Físico-Ambientais (Mapa 7) 15% Drenagem Bloqueado

Vegetação Secundária em Estágio de Sucessão Avançado 50 Vegetação Secundária em Estágio de Sucessão Inicial a Médio 55

Campos/ Pastagem 45

Floresta Aluvial 0

Florestas de Terras baixas, Encostas e Montanhas 35

Cultura 30

Campo Inundável 0

Restinga Arbórea Inundável 0

Restinga Arbustiva 0

Restinga Herbácea 0

Manguezal Arbóreo 0

Manguezal Herbáceo 0

Praia, Duna, Banco de Areia 0

Área Urbana 100 Uso do Solo e Cobertura Vegetal (Mapa 8) 15% Drenagem Bloqueado Nota 0 0 Nota 4 4 .... .... Nota 45 45 Nota 50 50 ... ... Nota 72 72 Nota 78 78 Nota 100 100 Condições de Proximidade à Rodovia (Mapa 15) 20% Rodovia Bloqueado

Tabela 10 – Assinatura do Mapa

Condições de Risco de Deslizamento/Desmoronamento

No. de Ordem

Intervalos de Notas

Área (ha) Área (%)

01 0 265,69 0,22 02 1 a 19 48.833,25 39,94 03 20 a 39 29.671,38 24,27 04 40 a 49 554,94 0,45 05 50 a 59 11.671,44 9,55 06 60 a 69 24.944,00 20,40 07 70 a 79 4.570,81 3,74 08 80 a 87 32,88 0,03 Rodovias 835,94 0,68 Drenagem1 886,13 0,73 Total 122.264,25 100,00

Os resultados da avaliação, verificados pelo Relatório de Avaliação I.3 (Anexo I), indicam como áreas de risco muito alto (notas 80 a 87), de deslizamento/desmoronamento, as que apresentam declividade acentuada (25-50% ou mais) e cotas de altitude mais elevadas (100 a 1500 m) associadas com: morros (substratos. migmat/gnais/xist/filit ou

granítico/alcalino) ou montanhas e escarpas (Condicionantes) e vegetação secundária ou campos/pastagem (Uso e Cobertura). Essas áreas estão localizadas em faixas críticas de

proximidade à rodovia. As condições foram registradas no distrito de Glicério, em pontos ao longo da rodovia RJ- 162, com início na altura da Vila do Frade até o limite municipal com Trajano de Moraes. A extensão territorial dessa classe é a menor das registradas (ver Tabela 10).

As áreas de risco alto (notas 70 a 79) apresentam características semelhantes às do grupo anterior, acrescidas de ocorrências de afloramento rochoso, declividade 10 a 25% e faixa de altitude 0 a 100m. As notas foram menores pela localização menos crítica de proximidade à rodovia. Algumas, inclusive, estão totalmente fora de faixas de domínio de rodovias. No distrito de Córrego do Ouro o registro de ocorrência do risco alto foi baixíssimo. Nos distritos de Sana, Glicério e Cachoeiros de Macaé as áreas com risco alto de deslizamento/desmoronamento estão distribuídas de forma esparsa e podem ser visualizadas na Vila Bicuda Pequena e junto aos traçados de rodovias secundárias (Mapa 16). Não há

registro de ocorrência de risco alto na zona urbana. A extensão territorial com esse grau de risco não ultrapassa a 4% do município.

As de risco médio-alto (notas 60 a 69) estão mais concentradas nos distritos serranos de Sana, Glicério e Cachoeiros de Macaé e nas vilas Bicuda Pequena e Ciriaca e Óleo. Em relação ao grupo anterior foram registrados, adicionalmente, as feições colinas/morrotes e

alagadiços, maior predominância da declividade 10 a 25% e condições não favoráveis de

proximidade à rodovia. As de risco médio (notas 50 a 59) ocorrem na mesma região, incluídas as vilas Sana e Bicuda Pequena. Nesse grupo foram identificadas, adicionalmente, as declividades mais suaves (0 a 2% e 5 a 10%) e as feições aluviões e florestas de terras

baixas, encostas e montanhas. As declividades registradas são bastante variadas. As

condições de proximidade à rodovia variam de críticas a favoráveis. Declividades suaves combinadas com condições de proximidade críticas à rodovia, obtiveram classificação de risco médio para deslizamento/desmoronamento. A assinatura das classes indica que as áreas de risco médio-alto correspondem a 20.40% do município enquanto as de risco médio equivalem a apenas 9,55% (Tabela 10).

As áreas de risco médio-baixo (notas 40 a 49), bastante esparsas, estão localizadas na região serrana e apresentam características semelhantes às de risco alto e médio-alto, com variações atenuantes do risco, na proximidade à rodovia e/ou por integrarem elementos menos suscetíveis ao processo de deslizamento/ desmoronamento (Cultura, Aluviões, etc.).

Em áreas onde predominam a declividade suave (0-2%) e a cota de altitude 0 a 100 m, surgem pequenas elevações isoladas (altitude 100 a 500 m) com declividades mais acentuadas (acima de 10%) associadas às condições do solo (Síntese e Uso e Cobertura) suscetíveis ao processo de deslizamento/desmoronamento. O mapa corretamente as identifica e classifica como de risco médio a médio-alto. São locais dos distritos de Macaé (zona rural), Córrego do Ouro e Cachoeiros de Macaé, próximos às divisas com Casemiro de Abreu e Rio das Ostras.

Os riscos baixo (notas 20 a 39) e baixíssimo (notas 1 a 19) estão corretamente assinalados nas áreas planas (altitude 0 a 100 m e declividade 0 a 2%), sendo a maior parte localizada nos distritos de Macaé e Córrego do Ouro e uma pequena ocorrência em Cachoeiros de Macaé.

O risco nulo foi registrado nos subdistritos de Aeroporto e Cabiúnas onde predominam a declividade 0-2% e feições do tipo restinga, campo inundável e alagadiços, localizadas fora de faixa de domínio de rodovia.