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BRIGHTMAN, HANS, WOLF e BERNARD (1999) procuraram estabelecer o resultado da educação ortodôntica na Escola Americana de Odontologia. Foi utilizado um teste para medir a habilidade clínica dos estudantes de Odontologia em diagnosticar a maloclusão em crianças, assim como suas habilidades didáticas em responder questões selecionadas do recente board ortodôntico nacional. Os registros de sete crianças com diferentes tipos de maloclusão foram selecionados e apresentados a estudantes de Odontologia da Universidade de Case Western Reserve (CWRU), em Cleveland, Ohio, que foram orientados a fazer o diagnóstico e recomendações para tratamento. Os conhecimentos didáticos foram aumentando ao longo dos quatro anos da Faculdade de Odontologia. Os alunos do primeiro ano responderam corretamente 30% do questionário, enquanto os alunos do quarto ano responderam 59%. A relação entre a habilidade de diagnostico clinico e a educação em Odontologia não foi tão forte. Os estudantes do quarto ano responderam 70% das questões acerca dos sete casos corretamente. Os resultados demonstraram que as habilidades clínicas em diagnóstico ortodôntico e conseqüentemente a habilidade de indicar apropriadamente para tratamento ortodôntico não aumentou significativamente ao longo dos quatro anos, já que os alunos do quarto ano apresentaram somente pequeno aumento comparado com os alunos do primeiro ano, que responderam 65% das questões corretamente.

BENTELE, VIG, SHANKER e BECK (2002) investigaram a eficácia do uso do Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN) como uma ferramenta para melhorar a habilidade dos estudantes de Odontologia em determinar a necessidade de tratamento ortodôntico. Acadêmicos do quarto ano de Odontologia foram randomicamente divididos em grupo controle, sham control e experimental. Em duas ocasiões, os acadêmicos avaliaram 30 modelos de estudo ortodônticos com uma estandardização ouro previamente estabelecida por 15 ortodontistas experientes quanto à necessidade de tratamento ortodôntico. O grupo experimental reavaliou os modelos após instruções sobre o IOTN. Concluíram que o grupo experimental obteve um significante aumento na concordância com os 15 ortodontistas experientes depois do treinamento com o IOTN comparado com o grupo controle. IOTN é uma ajuda promissora de ensino para melhorar os resultados educacionais de ortodontia.

MIGUEL, BRUNHARO e ESPERÃO (2005) avaliaram o grau de conhecimento dos alunos do último período de graduação sobre o desenvolvimento normal da oclusão durante a fase da dentadura mista. Foram apresentados aos alunos fotografias e modelos de estudo de um paciente Classe I de Angle na fase do ˝patinho feio˝ (oclusão normal). Eles constataram que há certa facilidade por parte dos estudantes em diagnosticar a Classe I de Angle (87,6%), assim como a presença de trespasse horizontal aumentado (79,6%) e a existência de diastemas (81,7%).

da mesma, e apenas um número muito reduzido da amostra considerou estas características compatíveis com a fase da dentadura mista. Apenas 10,1% dos alunos entenderam que não havia necessidade de tratamento ortodôntico, já que a oclusão era totalmente compatível com a fase de desenvolvimento. Os resultados mostraram que uma grande parte dos alunos termina o curso de graduação com dificuldades em identificar as características normais do desenvolvimento, o que pode levar a tratamentos desnecessários ou encaminhamentos tardios.

Analisar a capacidade dos alunos de graduação de Odontologia do último período das Faculdades de Odontologia de Niterói em identificar:

 o paciente portador de maloclusão e a necessidade de indicação para

tratamento ortodôntico.

 o grau de severidade das maloclusões.

 as prioridades para a indicação de tratamento ortodôntico das

O protocolo experimental para este estudo com alunos de graduação de Odontologia, que inclui, a utilização de questionário foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense que, através do documento CEP CMM/HUAP n° 204/07, datado de sete de dezembro de dois mil e sete, deu parecer favorável a todos os procedimentos previstos no presente estudo (anexo 1).

A amostra foi composta por 47 alunos do último período de graduação de Odontologia da cidade de Niterói, que já cursaram a disciplina de ortodontia. A participação destes alunos na pesquisa foi feita de forma voluntária. Fizeram parte da amostra alunos das três Faculdades de Odontologia da cidade de Niterói – RJ: Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense – FOUFF (26 alunos), Faculdade de Odontologia da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO (16 alunos) e Faculdade de Odontologia da Pestalozzi (5 alunos).

Foi utilizada a técnica padronizada de coleta de dados, através de questionário fechado (anexo 2), ao qual estavam anexados cada par de modelos de gesso zocalados de três casos clínicos selecionados, mordida em cera, foto do sorriso dos três pacientes, a figura do componente estético do IONT e uma régua milimetrada flexível própria para obtenção das medidas necessárias para respondê-lo. O questionário foi elaborado baseado nas características das maloclusões presentes no Índice de Necessidades de Tratamento Ortodôntico (IOTN) que estabelece os diferentes graus de

necessidades deste estudo e entendimento dos alunos. Os graus de severidade 1, 2, 3, 4 e 5 do IOTN foram agrupados em 3: grau 3 – grande necessidade de tratamento ortodôntico, grau 2 – necessidade limítrofe de tratamento ortodôntico e grau 1 – pequena necessidade de tratamento ortodôntico de acordo com o proposto por LUNN, RICHMOND e MITROPOULOS (1993) e RICHMOND, SHAW, O'BRIEN, BUCHANAN, STEPHENS, ANDREWS et al (1995).

Fizeram parte do questionário somente as características de maloclusões do IOTN capazes de serem diagnosticadas através de modelos de gesso. Fez-se necessário acrescentar algumas opções como resposta à algumas questões, com o objetivo de facilitar o entendimento do aluno a respeito do que se queria avaliar, de acordo com o estudo piloto realizado com as monitoras da disciplina de odontopediatria da FOUFF.

No estudo piloto foi elaborado um questionário baseado no IOTN que foi apresentado às monitoras juntamente com outros três casos clínicos selecionados (modelos de gesso superior e inferior, mordida em cera e foto do sorriso de cada caso). Após a avaliação dos casos para preenchimento deste questionário, foi relatado pelas participantes as dificuldades observadas quanto aos itens do questionário relativos ao IOTN, já que os alunos de graduação geralmente não tem contato com este tipo de índice na disciplina de ortodontia.

canino, devido ao fato deste tipo de classificação de maloclusão ser mais utilizada na graduação (anexo 2).

Os questionários elaborados para a realização deste estudo, juntamente com os casos clínicos, foram apresentados a todos os alunos do último período de graduação que aceitaram participar voluntariamente da pesquisa, individualmente e sem limitação de tempo para responder as questões.

Os casos clínicos apresentados foram selecionados do acervo da pesquisadora e foi composto de modelos de gesso zoocalados das arcadas dentárias superior e inferior, mordida em cera e fotos do sorriso do paciente. Os casos clínicos foram selecionados obedecendo aos seguintes critérios: arcadas dentárias com dentição permanente completa, com todos os dentes já erupcionados – sem ausências dentárias – com maloclusões de classe I, II e III, de acordo com a classificação de Angle, com o grau de necessidade de tratamento ortodôntico do IOTN variado.

Os alunos foram questionados quanto à presença ou não da maloclusão em cada caso clínico e as características destas maloclusões, a necessidade de indicação ou não para tratamento ortodôntico e qual o grau

de severidade/gravidade do caso clínico, pelas características

morfofuncionais das maloclusões e pela estética do sorriso. As respostas do questionário foram mantidas em sigilo para preservar a identidade dos alunos.

Os três casos clínicos selecionados foram submetidos a duas avaliações pela autora, em um intervalo de tempo, para determinação de suas características, configurando assim o padrão ouro da amostra. Os resultados destas avaliações foram submetidos ao teste Kappa, obtendo o valor de 0,96.

O padrão ouro dos casos clínicos selecionados foi:

Caso clínico 1

Paciente P. D. C., 15 anos, portadora de maloclusão com grande necessidade de tratamento ortodôntico. Possui mordida cruzada posterior bilateral e mordida cruzada anterior. A sua sobressaliência é negativa, com valores variando entre -1 e -3,5mm de transpasse horizontal (2mm). Não possui mordida aberta e sua sobremordida é de 2mm. Deslocamento de pontos de contato maior do que 1mm e menor ou igual a 2mm.

Com relação à classificação de Angle, possui relação molar do lado direito e esquerdo de Classe III. A relação de canino do lado direito é de Classe I e do lado esquerdo de Classe III.

Figura 3 – Vista frontal do caso clínico 1.

Figura 4 – Vista lateral direita do caso clínico 1. Figura 5 – Vista lateral esquerda do caso clínico 1.

Caso clínico 2

Paciente M. S. S., 12 anos, portadora de maloclusão com pequena necessidade de tratamento ortodôntico. A sua sobressaliência e sobremordida é considerada normal (2 a 3mm) e não possui mordida aberta. Não possui mordida cruzada posterior e mordida cruzada anterior. Possui deslocamentos de pontos de contato maior do que 1mm e menor ou igual a 2mm.

Com relação à classificação de Angle, possui relação de molar do lado direito e esquerdo de Classe I. A relação de canino do lado direito e do lado esquerdo de Classe I.

Fotos do Caso Clínico 2:

Figura 8 – Vista frontal do caso clínico 2.

Figura 9 – Vista lateral direita do caso clínico 2. Figura 10 – Vista lateral esquerda do caso clínico 2.

Caso clínico 3

Paciente S. L. C., 12 anos, portadora de maloclusão com grande necessidade de tratamento ortodôntico. A sua sobremordida (overbite) é considerada total ou aumentada com trauma gengival ou profunda completa sobre tecidos gengivais ou palatais, mas sem trauma. A sobressaliência (overjet) é superior a 6mm (7mm). Não possui mordida aberta. Possui mordida cruzada posterior unilateral direita lingual do primeiro pré-molar e não possui mordida cruzada anterior. Possui deslocamentos de pontos de contato maior do que 2mm e menor ou igual a 4mm.

Com relação à classificação de Angle, possui relação de molar do lado direito e esquerdo de Classe II. A relação de canino do lado direito e esquerdo é de Classe II.

Fotos do Caso Clínico 3:

Figura 14 – Vista lateral direita do caso clínico 3. Figura 15 – Vista lateral esquerda do caso clínico 3.

Com todos os questionários recolhidos, os dados foram transferidos para uma planilha (Microsoft Office Excel 2003). Cada caso clínico avaliado constituiu um grupo (caso clínico 1, grupo 1; caso clínico 2, grupo 2 e caso clínico 3, grupo 3) com dois subgrupos sendo um formado pela avaliação dos alunos e outro pelo padrão ouro. Cada questão foi considerada como uma variável categórica para possibilitar análise dos dados. A estatística descritiva dos grupos foi executada pelo software estatístico SPSS (SPSS 13.0, Chicago, IL).

Como o objetivo deste trabalho foi analisar o grau de conhecimento dos profissionais que estão se formando na cidade de Niterói e entrando no mercado de trabalho quanto ao diagnostico ortodôntico, a análise foi descritiva e comparativa, não especificando, no entanto, os resultados finais por Instituições.

O valor do teste Kappa intra-examinador foi de 0,96, configurando assim o padrão ouro da amostra. Os valores das variáveis, ou seja, as respostas dos questionários obtidas dos casos clínicos avaliados pelos alunos de graduação apresentaram grande variação (tabela 1). As respostas dadas pelos alunos em concordância com o padrão ouro da amostra encontram-se em negrito. Os avaliadores do grupo teste foram constituídos por 47 alunos do último período do curso de graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense (55,32%), da UNIVERSO (34,04%) e Pestalozzi (10,64%).

Tabela 1 – Avaliação dos 3 casos clínicos pelos alunos do último período de graduação em Odontologia.

Caso Clínico 1 Caso Clínico 2 Caso Clínico 3

Alunos Alunos Alunos

n % n % n % S o b re mor d ida não informou 1 2,13 0,00 0,00

total ou aumentada com trauma gengival ou palatal ou profunda completa sobre tecidos gengivais ou palatais, mas

sem trauma 1 2,13 1 2,13 37 78,72

aumento da sobremordida maior ou igual a 3,5mm sem

contato gengival 4 8,51 7 14,89 10 21,28 sobremordida normal (2 a 3mm) 7 14,89 23 48,94 0,00 sobremordida de 0 a 1mm 2 4,26 8 17,02 0,00 ausência de sobremordida 32 68,09 8 17,02 0,00 Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 d ida a b e rt a não informou 1 2,13 0,00 0,00 0,00

lateral ou anterior maior que 4mm 2 4,26 7 14,89

anterior ou posterior maior que 2mm, porém menor ou igual

S o b re s s a liê sobressaliência normal (2 a 3mm) 2 4,26 40 85,11 0,00 sobressaliência negativa 43 91,49 2 4,26 0 0,00 Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 S o b re s s a leê n c ia N e g a tiv a não informou 0,00 0,00 0 0 não há 5 10,64 43 91,49 42 89,36

valores < -3,5mm de transpasse horizontal 6 12,77 1 2,13 2 4,26 valores < -1mm > -3,5mm de transpasse horizontal 30 63,83 1 2,13 2 4,26

valores < 0mm e > -1mm 6 12,77 2 4,26 1 2,13 Total 47 100,00 47 100,00 47 10,64 Mor d ida C ru z a d a P o s te

rior não informou 1 2,13 1 2,13 0,00

unilateral direita 2 4,26 11 23,40

unilateral esquerda 1 2,13 1 2,13

bilateral 42 89,36 2 4,26 6 12,77

não há mordida cruzada posterior 4 8,51 41 87,23 29 61,70

Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 Mor d ida C ru z a d a A n te rior Sim 38 80,85 3 6,38 7 14,89 Não 9 19,15 44 93,62 40 85,11 Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 D e s loc a men to d e p o n to s d e c o n ta to int e rp ro x imal não informou 5 10,64 2 4,26 2 4,26 maior do que 4mm 5 10,64 1 2,13 6 12,77

maior do que 2mm e menor ou igual a 4mm 7 14,89 9 19,15 13 27,66

maior do que 1mm e menor ou igual a 2mm 10 21,28 20 42,55 9 19,15 não há deslocamento de ponto de contato 20 42,55 15 31,91 17 36,17

Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 R e laç ã o d o s molar e s d o lad o d ire it o Classe I 7 14,89 45 95,74 8 17,02 Classe II 3 6,38 2 4,26 35 74,47 Classe III 37 78,72 0,00 4 8,51 Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 o d o s molar e s d o o e s q u e rd o Classe I 3 6,38 43 91,49 8 17,02 Classe II 2 4,26 3 6,38 35 74,47 Classe III 42 89,36 1 2,13 4 8,51

R e laç ã o d R e laç ã o C lad o d Classe II 7 14,89 9 19,15 32 68,09 Classe III 29 61,70 3 6,38 6 12,77 Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 R e laç ã o d o s c a n ino s d o lad o e s q u e rd o não informou 1 2,13 1 2,13 2 4,26 Classe I 2 4,26 35 74,47 5 10,64 Classe II 5 10,64 8 17,02 31 65,96 Classe III 39 82,98 3 6,38 9 19,15 Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 P o rt a d o r d e maloc lu s ã o Sim 47 100,00 22 46,81 46 97,87 Não 0 0,00 25 53,19 1 2,13 Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 Gr a u d e s e v e rida d e não informou 0,00 12 25,53 0,00

grande necessidade de tratamento ortodôntico 45 95,74 3 6,38 45 95,74

necessidade limítrofe de tratamento ortodôntico 1 2,13 8 17,02 2 4,26

pequena necessidade de tratamento ortodôntico 1 2,13 24 51,06 0,00

Total 47 100,00 47 74,47 47 100,00 In d ic a ç ã o d e t ra ta men to o rt o d ô n tic o Sim 47 100,00 39 82,98 47 100,00 Não 0 0,00 8 17,02 0,00 Total 47 100,00 47 100,00 47 100,00 S o rr is o d o p a c ien te Não informou 2 4,26 0,00 0,00 1 1 2,13 4 8,51 0,00 2 1 2,13 13 27,66 0,00 3 7 14,89 8 17,02 1 2,13 4 6 12,77 15 31,91 2 4,26 5 9 19,15 2 4,26 7 14,89 6 8 17,02 3 6,38 1 2,13 7 4 8,51 0,00 15 31,91 8 1 2,13 2 4,26 15 31,91 9 7 14,89 0,00 3 6,38 10 1 2,13 0,00 3 6,38 Total 47 100,00 47,00 100,00 47 100,00

Houve grande divergência em relação à sobremordida do caso clínico 1 onde o padrão ouro verificou sobremordida normal (entre 2 e 3 mm) e a maioria dos alunos (68,09%) marcou ausência de sobremordida. Além da diferença observada neste caso clínico, no caso clínico 2 e 3, 51,06% e 21,28% dos alunos, respectivamente, marcaram valores diferentes dos observados pelo padrão ouro.

Na avaliação de mordida aberta, os índices de concordância foram de 78,72% (caso clínico 1), 87,23% (caso clínico 2) e 80,85% (caso clínico 3). A sobressaliência observada pelos alunos coincidiu com a observada pelo padrão ouro em 91,49% (caso clínico 1), 85,11% (caso clínico 2), 42,55% (caso clínico 3).

O índice de concordância dos alunos foi baixo quando se avaliou o deslocamento dos pontos de contato, sendo observado 21,28% para o caso clínico 1, 42,55% para o caso clínico 2 e 27,66% para o caso clínico 3.

Os alunos apresentaram baixo índice de divergência na identificação da relação de molar com o menor valor sendo encontrado tanto no lado esquerdo como no direito do caso clínico 3 (74,47%), e de canino, com exceção do caso clínico 1 onde somente 21,28% dos alunos indicaram corretamente a relação de classe I do canino do lado direito.

No caso clínico 1, 100% dos alunos concordaram quanto a presença de maloclusão e 97,87% para o caso clínico 3, entretanto, no caso clínico 2, 53,19% discordaram do padrão ouro. Houve grande variação também na

pessoal e subjetivo, não constitui em falha na capacidade de avaliação do aluno. Não houve a formulação de padrão ouro para este item devido ser a impressão pessoal de cada avaliador.

Os alunos responderam a 71,30% das questões acerca dos três casos clínicos em concordância com o padrão ouro.

Os resultados obtidos serão explicitados para cada caso clínico avaliado.

Caso clínico 1

Todos os alunos questionados (100%) afirmaram que o caso clínico em questão é portador de maloclusão e indicariam este paciente para tratamento ortodôntico. Destes, 45 alunos (95,74%) concluíram ter o caso clínico grande necessidade de tratamento ortodôntico (grau 3), 1 aluno (2,13%) considerou o caso com necessidade limítrofe de tratamento ortodôntico (grau 2) e 1 aluno (2,13%) considerou com pequena necessidade de tratamento ortodôntico (grau 1).

0 20 40 60 80 100 CASO CLÍNICO 1 Grau 3 Grau 2 Grau 1

Com relação à mordida cruzada, 42 alunos (89,36%) afirmaram o caso clínico ser portador de mordida cruzada posterior bilateral, 4 (8,51%) afirmaram que não havia mordida cruzada posterior e 1 (2,13%) não respondeu. Trinta e oito alunos (80,85%) reconheceram a mordida cruzada anterior presente no caso e 9 alunos ( 19,15%) não.

0 20 40 60 80 100 MCPB MCA SIM NÃO NÃO RESPONDEU

Gráfico 2 – mordida cruzada posterior e anterior (caso clínico 1).

A sobressaliência avaliada foi considerada superior a 3,5mm, porém menor ou igual a 6mm, por apenas 1 aluno (2,13%), normal (2 a 3mm) por 2 alunos (4,26%) e negativa por 43 alunos (91,49%). Apenas 1 aluno não respondeu. Dos 43 alunos que afirmaram ser a sobressaliência negativa, 6 (13,95%) afirmaram que esta tinha valores menores de -3,5mm de transpasse horizontal, 30 (69,77%) afirmaram que os valores variavam entre -3,5mm e -1mm e 6 (13,95%) consideraram os valores maiores que -1mm e menor que 0mm. Somente 1 aluno (2,33%) dos 43 alunos não responderam esta questão.

palatais, mas sem trauma por apenas 1 aluno (2,13%), com aumento maior ou igual a 3,5mm sem contato gengival por 4 alunos (8,51%), normal (2 a 3mm) por 7 alunos (14,89%), de 0 a 1mm por 2 alunos (4,26%) e ausente por 32 alunos (68,09%).

Trinta e sete alunos (78,72%) afirmaram não haver mordida aberta e 9 consideraram o caso portador de mordida aberta anterior ou posterior sendo que 5 (10,64%) afirmaram ser esta maior do que 2mm, porém menor ou igual a 4mm e 4 (8,51%) que esta era maior do que 1mm, porém menor ou igual a 2mm. Apenas 1 aluno não respondeu.

Os deslocamentos de ponto de contato foram considerados maiores do que 4mm por 5 alunos (10,64%), maiores do que 2mm e menores ou igual a 4mm por 7 alunos (14,89%), maiores do que 1mm e menor ou igual a 2mm por 10 alunos (21,28%) e sem deslocamento de ponto de contato por 20 alunos (42,55%). Cinco alunos não responderam.

A relação de molar de acordo com a classificação de Angle do lado direito foi considerada como de Classe I por 7 alunos (14,89%), de Classe II por 3 alunos (6,38%) e de Classe III por 37 alunos (78,72%). Do lado esquerdo foi considerada de Classe I por 3 alunos (6,38%), de Classe II por 2 alunos (4,26%) e de Classe III por 42 alunos (89,36%).

A relação de canino do lado direito foi considerada como de Classe I por 10 alunos (21,28%), de Classe II por 7 alunos (14,89%) e de Classe III por 29 alunos (61,70%). Somente 1 aluno não respondeu. Do lado esquerdo

Classe III por 39 (82,98%).

Avaliação do componente estético.

Quinze alunos classificaram o caso de acordo com a estética entre 1 e 4. Vinte e um alunos classificaram entre 5 e 7, que representa necessidade limítrofe de tratamento e somente 9 alunos classificaram o caso entre 8 e 10 que representa grande necessidade de tratamento.

Caso clínico 2

O caso clínico 2 foi considerado como portador de maloclusão por 22 alunos (46,81%) e 25 alunos (53,19%) afirmaram que o referido caso clínico não era portador de maloclusão, porém 39 alunos (82,98%) indicariam este paciente para tratamento ortodôntico e somente 8 (17,02%) não indicariam. Com relação ao grau de severidade da maloclusão, 3 alunos (6,38%) afirmaram ser grande a necessidade de tratamento deste paciente, 8 (17,02%) consideram a necessidade de tratamento limítrofe e 24 (51,06%) como pequena necessidade de tratamento ortodôntico. 12 alunos não responderam (25,53%). 0 10 20 30 40 50 60 CASO CLÍNICO 2 Grau 3 Grau 2 Grau 1 NÃO RESPONDEU

Com relação à mordida cruzada, 41 alunos (87,23%) disseram não haver mordida cruzada posterior, 2 (4,26%) afirmaram ter mordida cruzada posterior unilateral direita, 1 (2,13%) unilateral esquerda e 2 (4,26%) bilateral. 1 aluno não respondeu (2,13%). A mordida cruzada anterior foi apontada como presente por 3 alunos (6,38%) e 44 (93,62%) afirmaram que não havia mordida cruzada anterior.

0 20 40 60 80 100 MCP MCA NÃO MCPUD MCPUE MCPB NÃO RESPONDEU SIM

Gráfico 4 - mordida cruzada posterior e anterior (caso clínico 2)

A mordida aberta foi considerada ausente por 41 alunos (87,23%) e cada 2 alunos (4,26%) consideraram a mordida aberta como lateral ou anterior maior do que 4mm, anterior ou posterior maior do que 2mm, porém menor ou igual a 4mm e maior do que 1mm, porém menor ou igual a 2mm.

A sobremordida foi considerada total ou aumentada com trauma gengival ou palatal ou profunda completa sobre tecidos gengivais ou palatais, mas sem trauma por apenas 1 aluno (2,13%), com aumento maior ou igual a 3,5mm sem contato gengival por 7 alunos (14,89%), normal (2 a

A sobressaliência avaliada foi considerada superior a 3,5mm, porém menor ou igual a 6mm, por 3 alunos (6,38%), normal (2 a 3mm) por 40 alunos (85,11%) e negativa por 2 alunos (4,26%). Apenas 2 alunos não responderam. Apesar de só 2 alunos afirmarem ser a sobressaliência negativa, 1 (2,13%) afirmou que esta tinha valor menor de -3,5mm de transpasse horizontal, 1 (2,13%) afirmou que o valor variava entre -3,5mm e -1mm e 2 (4,26%) consideraram os valores maiores que -1mm e menor que 0mm. Quarenta e três alunos (91,49%) não responderam por considerar não haver sobressaliência negativa.

Os deslocamentos de ponto de contato foram considerados maiores do que 4mm por 1 aluno (2,13%), maiores do que 2mm e menores ou igual a 4mm por 9 alunos (19,15%), maiores do que 1mm e menor ou igual a 2mm por 20 alunos (42,55%) e sem deslocamento de ponto de contato por 15 alunos (31,91%). Dois alunos não responderam.

A relação de molar de acordo com a classificação de Angle do lado direito foi considerada como de Classe I por 45 alunos (95,74%) e de Classe II por 2 alunos (4,26%). Do lado esquerdo foi considerada de Classe I por 43 alunos (91,49%), de Classe II por 3 alunos (6.38%) e de Classe III por 1 aluno (2,13%).

A relação de canino do lado direito foi considerada como de Classe I por 34 alunos (72,34%), de Classe II por 9 alunos (19,15%) e de Classe III por 3 alunos (6,38%). Do lado esquerdo como de Classe I por 35 alunos

Somente 1 aluno não respondeu.

Avaliação do componente estético.

Quarenta alunos classificaram o caso de acordo com a estética entre 1 e 4, que representa pequena necessidade de tratamento ortodôntico, cinco alunos classificaram entre 5 e 7, que representa necessidade limítrofe de tratamento e 2 alunos classificaram o caso entre 8 e 10.

Caso clínico 3

O caso clínico 3 foi considerado como portador de maloclusão por 46

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