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4.4 ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE VIA EFICIÊNCIA PRODUTIVA

4.4.2 Criação das Medidas Compostas por meio da Análise Fatorial

4.4.2.4 Avaliação das medidas compostas

companhias (EEC), variável obtida a partir da solução fatorial (Quadro 31).

Variáveis

Iniciais Após a Análise Fatorial

HE Horizonte estratégico HE Horizonte estratégico

ET Estratégia incorpora inovações tecnológicas

EEC Esforço estratégico das companhias EG Estratégia incorpora novo gerenciamento

EP Estratégia considera novos produtos EM Estratégia considera novos mercados ES Estratégia considera novos serviços

QUADRO 31 – RESUMO DOS RESULTADOS DA ANÁLISE FATORIAL PARA A CATEGORIA ESTRATÉGIAS DAS COMPANHIAS

4.4.2.4 Avaliação das medidas compostas

As medidas compostas foram confeccionadas por meio de escalas múltiplas, considerando a mediana dos grupos de variáveis indicados pelas soluções fatoriais. Um resumo de todas as escalas múltiplas e suas respectivas siglas estão no Quadro 32.

A confiabilidade das escalas múltiplas foi analisada pelo alpha de cronbach e avaliada conforme os critérios de PESTANA e CAGEIRO (2005, p. 526). Todos os resultados encontram-se no Quadro 33.

Categoria Sigla Variável Categoria Sigla Variável

FE

DM Disponibilidade de madeira

IRA

EIC Esforço individual das companhias IMO Influência de mão de obra ECC Esforço coletivo das

companhias IEP Infraestrutura pública

PGP

AGC Apoio governamental para as companhias TE

IET Infraestrutura pública para tecnologia ETEC Esforço de tecnologia empregado pelas companhias AL Aspectos legislativos RP Registro de patentes

PCI Política de comércio internacional SG

IEA Infraestrutura para administração EGC Esforço gerencial das

companhias PCIn Política de competição interna ME MMd Maturidade do mercado doméstico

IPr Investimentos privados em florestas CCD Consciência do consumidor doméstico BC Presença de barreiras comerciais PQ Exigência de padrão de qualidade DMF Desenvolvimento do mercado financeiro EC HE Horizonte estratégico MME Mercado de máquinas e

equipamentos

EEC Esforço estratégico das companhias EMC Esforço de mercado pelas

companhias

QUADRO 32 – CATEGORIAS PREDEFINIDAS E RESPECTIVAS SIGLAS E ESCALAS MÚLTIPLAS PROPOSTAS

Nota: FE – fatores estruturais; TE – tecnologia; SG – sistemas de gerenciamento; ME – mercado; IRA – indústrias relacionadas e de apoio; PGP – políticas governamentais e públicas; e EC – estratégia das companhias

As medidas compostas referentes à IMO, EIC e ECC para o Brasil (Quadro 33), apesar de próximas a 0,6, foram enquadradas como inadmissíveis. Porém, conforme HAIR et al. (2005, p. 112), uma questão que deve ser considerada na avaliação do alpha de cronbach é sua relação positiva com o número de itens (variáveis) na escala. As escalas caracterizadas como inadmissíveis foram aquelas com os menores números de itens (apenas dois itens cada), por isto optou-se por assumir a limitação sugeria pelo alpha de cronbach, e não desconsiderar essas escalas.

Sigla Variável Brasil Canadá Alpha Cronbach Avaliação Alpha Cronbach Avaliação IMO Influência de mão de obra 0,5 Inadmissível 0,7 Razoável

IEP Infraestrutura pública 0,6 Fraco 0,6 Fraco

ETEC Esforço de tecnologia empregado

pelas companhias 0,7 Razoável 0,9 Muito Boa

IEA Infraestrutura pública para

tecnologia - - - -

EGC Esforço gerencial das companhias 0,9 Muito Boa 0,9 Muito Boa EMC Esforço de mercado pelas

companhias 0,7 Razoável 0,6 Fraco

EIC Esforço individual das companhias 0,5 Inadmissível 0,7 Razoável ECC Esforço coletivo das companhias 0,5 Inadmissível 0,6 Fraco AGC Apoio governamental para as

companhias 0,7 Razoável 0,8 Boa

AL Aspectos legislativos 0,8 Boa 0,8 Boa

EEC Esforço estratégico das companhias 0,9 Muito Boa 0,9 Muito Boa QUADRO 33 – AVALIAÇÃO DAS ESCALAS MÚLTIPLAS POR MEIO DO ALPHA DE CRONBACH

A avaliação da validade das escalas considerou a forma convergente, mediante o uso do grau de correlação com os escores fatoriais (Quadro 34)

Sigla Variável Grau de Correlação

Brasil Canadá

IMO Influência de mão de obra 0,87 0,82

IEP Infraestrutura pública 0,71 0,59

ETEC Esforço de tecnologia empregado pelas companhias 0,97 0,97

IET Infraestrutura pública para tecnologia - -

EGC Esforço gerencial das companhias 0,92 0,96

EMC Esforço de mercado pelas companhias 0,9 0,9

EIC Esforço individual das companhias 0,95 0,99

ECC Esforço coletivo das companhias 0,98 0,98

AGC Apoio governamental para as companhias -0,05 0,81

AL Aspectos legislativos -0,09 0,89

EEC Esforço estratégico das companhias 0,92 0,9

QUADRO 34 – GRAU DE CORRELAÇÃO ENTRE AS ESCALAS MÚLTIPLAS E ESCORES FATORIAIS

Como pode ser constatado no Quadro 34, exceto para AGC e AL para o Brasil, todas as outras variáveis apresentaram graus de correlação significativos a 1% e com magnitudes altas, demonstrando uma validade convergente com os escores fatoriais.

Os ínfimos graus de correlação para AGC e AL para o Brasil foram desconsiderados. Para essas variáveis, os escores fatoriais apresentaram um

grande porcentual de casos perdidos, o que, provavelmente, tornou a análise de correlação inadequada. Foram 19 casos em branco para AGC e AL (30% dos dados), praticamente o dobro dos casos perdidos registrados para os segundos colocados: EIC, ECC e EGC com dez casos perdidos. Assim, preferiu-se minimizar o problema da validade para AGC e AL e permanecer com todas as escalas determinadas pela análise fatorial.

A análise fatorial cumpriu o seu objetivo e proporcionou a redução de mais da metade do número de variáveis, partindo de 54 para 24 variáveis. O banco de dados utilizado, após a construção das escalas múltiplas, encontra-se no Apêndice 6.

Diminui-se pela metade o número de variáveis para as categorias fatores estruturais (seis para três), tecnologia (seis para três) e indústrias relacionadas e de apoio (quatro para dois); em mais da metade para sistemas de gerenciamento (cinco para dois), política governamental e pública (15 para seis) e estratégias das companhias (nove para dois); e em 33% para a categoria mercado (nove para seis). Além do objetivo de redução dos dados, a análise fatorial também é normalmente utilizada para analisar a estrutura das correlações das variáveis. Apesar de o principal objetivo das análises empregadas não ser a identificação da estrutura das relações encontradas, alguns resultados podem ser destacados a esse respeito.

A estrutura das relações identificou uma clara agregação entre as variáveis inerentes ao esforço das companhias e, por outro lado, uma agregação das variáveis referentes ao âmbito governamental, destacando que, em geral, os entrevistados não diferenciaram questões muito específicas a respeito de ambos os contextos, ou seja, variáveis específicas relativas à esfera das companhias ou dos agentes públicos podem ser condensadas em um conjunto menor de variáveis com baixa perda de informação.