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A avaliação é um processo complexo que consiste em analisar e classificar, permitindo ao professor regular todo o processo de ensino e aprendizagem.

A avaliação trata-se de um trabalho de discriminar, catalogar informação e de tomar decisões, com base em critérios explícitos e implícitos ( não definidos e muitas vezes não consciencializados), assim nos diz Mesquita (2015) . A mesma autora ainda descreve que avaliação tem: (i) análise cuidada das aprendizagens conseguidas face às planeadas (iii) descrição que informa os professores e alunos sobre objetivos atingidos e não atingidos; (iv) fonte de tomada de decisões; (v) prepara, acompanha e encerra o processo de ensino aprendizagem.

O Grupo de Educação Física (GEF) era quem definia os critérios e os parâmetros de avaliação de cada modalidade, assim como documentos onde estavam descritos os critérios e conteúdos que tinham para avaliação. Contudo, o nosso PC ainda facultou ao NE um documento em formato Excel, já devidamente estruturado e dividido em várias pastas, com as atitudes e valores e as modalidades que lecionamos ao longo do ano. No momento de avaliação conforme ia introduzindo os valores em cada campo, automaticamente dava a classificação final de cada período.

Para ajudar o professor no processo de avaliação existem dois referenciais avaliativos, referência normativa e criterial. A avaliação criterial procura equiparar o desempenho dos alunos de acordo com os critérios pré-estabelecidos integrados pelos objetivos pré-estabelecidos. A avaliação normativa surge quando os desempenhos dos alunos são comparados entre si, ou seja, a avaliação é orientada consoante a prestação do aluno.

Com estes referencias normativos fui capaz de analisar aluno a aluno e perceber quais eram os seus pontos fortes e pontos fracos. Quando senti dúvidas acerca da atribuição do desempenho de algum aluno recorria à avaliação normativa com ajuda do PC.

Na ESV a avaliação expressa-se numa classificação final de cada período, numa classificação final de 0 a 20 valores.

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A avaliação dos alunos foi realizada de acordo com o tipo de atividade que foram desenvolvidas e as suas respetivas atitudes, conhecimentos e capacidades, comuns às áreas e sub-áreas da Educação Física, e as que caraterizam para cada uma delas.

Na ESV o reconhecimento do sucesso era representado pelo domínio/demonstração de um conjunto de competências que estavam de acordo com os objetivos gerais. O grau de sucesso ou desenvolvimento do aluno na disciplina de Educação Física correspondia à qualidade revelada na interpretação prática dessas competências por parte dos alunos.

Os alunos eram avaliados através de quatro grandes áreas: Atividades Físicas, Aptidão Física, Conhecimento, Atitudes e Valores.

As atividades físicas eram as modalidades abordadas nas aulas. Com isto, as classificações finais de cada período, relativamente a cada área, foram a média aritmética dos valores atribuídos, às diferentes modalidades, adequados aos momentos formais de avaliação. As classificações finais de cada período, eram a média ponderada dos níveis atribuídos no final de cada período, de acordo com o seguinte critério:

Tabela 1 - Avaliação das atividades físicas

Classificação 1º Período 1

Classificação 2º Período 1/3 (nível 1º p.) + 2/3 (nível 2º p.) Classificação 3º Período 1/4 (nível 1º p.) + 1/4 (nível 2º p.) +

2/4 (nível 3º p)

A área das Atitudes e Valores, correspondia à eficácia do empenho do aluno, interesse pela atividade física, sua responsabilidade, adequado comportamento, assiduidade e pontualidade. Relativamente a este contexto, as classificações finais de cada período foram a média ponderada dos níveis atribuídos no final de cada período de acordo com o seguinte critério:

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Tabela 2 - Avaliação da área das atitudes e valores

Classificação 1º Período 1

Classificação 2º Período 1/3 (nível 1º p.) + 2/3 (nível 2º p.) Classificação 3º Período 1/4 (nível 1º p.) + 1/4 (nível 2º

p.) + 2/4 (nível 3º p)

“A chega da 1ª avaliação chegou e revelou-se como um ato difícil, pois é algo que tem de ser muito ponderado para não se correr o risco de cometer nenhum tipo de injustiça ou incoerência face aquilo que o aluno demonstra, merece e sobretudo fez por alcançar a sua evolução ao longo do período.”

(Reflexão da Avaliação do 1º Período, pp 1)

O processo de avaliação distribui-se em três momentos em cada UD, avaliação diagnóstica (AD), na fase inicial, avaliação contínua (AC), realizada ao

longo da UD, e por última avaliação sumativa (AS), esta efetuada no final da UD.

Foi com base na AD, que consegui recolher informação de modo a planear e adaptar a minha UD, a nível do conhecimento e aptidões que os alunos demonstraram ter durante AD, em relação ao conteúdo de ensino em questão.

De forma a que AD, corresse da melhor maneira, o NE em conjunto com o PC decidiu realizá-la em conjunto tanto na minha turma residente como na turma da minha colega de estágio. Esta estratégia que utilizamos correu bastante bem e foi um grande desafio em focar a nossa observação para que AD fosse realizada corretamente. Com isto, tivemos a oportunidade de realizar AD nas duas turmas, foi mais uma forma de treinar a nossa observação, os conteúdos em que nos tínhamos de focar eram menos, porque estavam divididos pelos dois professores estagiários, tornando assim o processo bastante mais fácil.

J Rink (1993), defende que a AC é usada de forma ajudar o professor a realizar ajustes no processo de aprendizagem. A AC foi utilizada através de uma forma informal, em que esteve presente em todas as aulas. Teve sempre o intuito de melhorar os objetivos e dar mais importância a determinados conteúdos de acordo com a resposta dos alunos ao longo do ano letivo.

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A última avaliação a ser realizada foi AS é de carácter formal, e tem com objetivo perceber se os alunos evoluíram ao longo da UD. Na AS foi utilizada a mesma ficha da AD, de forma a observar se existiu efetivamente evolução por parte dos alunos, sendo esta formal. Os alunos neste momento sabiam que estavam a ser avaliados e que tinham de colocar em prática todos os seus conhecimentos.

Como referi anteriormente no parágrafo retirado na reflexão sobre avaliação do 1º Período, a avaliação é algo que tem de ser bastante ponderado para que não ocorram erros nem nenhum tipo de injustiças ou incoerência face aquilo que o aluno demostra. Ao longo deste ano letivo apercebi-me que avaliar é muito mais do que atribuir uma classificação a um aluno, mas sim, um processo constante e pessoal de observação, ajuste e controlo e como fui percebendo ao longo desta caminha os alunos são todos diferentes e não os podemos comparar, por isso, avaliação é essencial estar presente ao longo de todo o processo ensino e aprendizagem de forma a conseguirmos recolher resultados positivos por parte de todos os alunos.

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