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O EP é uma experiência única que nos ajuda a melhorar as nossas competências profissionais nos vários níveis de ensino. E para cumprir com esta exigência o nosso NE lecionou durante o 2º período uma UD da modalidade de Ginástica a duas turmas do 6º ano na Escola E.B. 2,3 de Sobrado, esta escola faz parte do AEV.

Cada professor estagiário ficou responsável por uma turma. Durante esse período estivemos sempre acompanhados pelo professor residente da turma que nos ajudou em tudo o que foi necessário.

A modalidade que lecionei foi a UD de Ginástica a uma turma do 6º ano, composta por dezasseis alunos, sendo oito do género feminino e oito do género masculino. Esta turma era caracterizada por ser muito heterogénea, muito educados, assíduos e pontuais, eram portadores de uma grande energia pela manhã e de muitas traquinices fruto da idade. O que não estava à espera era da reação deles à modalidade que ia ser lecionada naquele período sendo ela ginástica. Contudo a reação foi muito boa o que me motivou e deu muita força para dar início a este desafio.

A aula da minha turma começava às 08 horas e 20 minutos e a aula da minha colega de estágio era às 10 horas e 10 minutos, o que nos permitiu acompanhar sempre o processo um do outro durante este desafio. A presença de ambos na aula ajudava bastante, porque apesar de ser um a liderar a aula o outro estava sempre na retaguarda para ajudar no que fosse preciso.

Como já tinha mencionado anteriormente esta turma surpreendeu-me muito pela positiva, sendo eles ainda tão novos mostraram ter um grande companheirismo uns com os outros durante todo o período. Antes de cada aula tive sempre a preocupação de estar 10 minutos mais cedo no pavilhão de forma a deixar o treino funcional e as vagas praticamente organizadas com o objetivo de rentabilizar o tempo de aula. A minha colega de estágio estando presente

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também me ajudava nesse processo e até mesmo os alunos que chegavam mais cedo tinham o cuidado de me perguntar se podiam ajudar.

As regras e rotinas impostas foram as mesmas que estava a utilizar na minha turma residente na ESV, no qual não me arrependo, porque tendo estes alunos umas idades bastante inferiores, conseguiram cumprir tão bem ou melhor as regras e rotinas comparativamente aos alunos do 12º ano.

As aulas começavam sempre com um treino funcional de 10 minutos como forma de aquecimento, cada exercício de cada estação tinha transfere para a modalidade de Ginástica. A reação dos alunos a este tipo de aquecimento foi espetacular e com o uso de música eles ficavam logo com uma motivação extra.

O companheirismo que tinha referido anteriormente, começou a ser logo notório no treino funcional. Os alunos motivavam-se uns aos outros de forma a executar o maior número de repetições possíveis no menor tempo possível. Esse companheirismo e vontade de aprender continuou a ser demostrado ao longo do período em todas as tarefas que lhes eram propostas.

No final de cada aula tinham sempre um jogo lúdico de forma a eles gastarem o resto das energias.

Durante a minha experiência na Escola E.B 2.3 de Sobrado, penso que fui evoluindo aula após aula conforme a minha confiança e segurança ia crescendo. Esta experiência ajudou-me a evoluir como pessoa e como professor de EF.

Algo que me deixa um pouco triste foi não ter tido a oportunidade de me despedir destes alunos, devido ao encerramento das escolas no final do 2º Período devido à Pandemia COVID-19. Contudo, penso que tive um grande contributo na formação deles e que os ajudei a evoluir na modalidade de ginástica.

4.1.3.12. Implementação do treino funcional nas aulas de Educação Física O Treino funcional foi aplicado em todas as aulas no espaço interior como forma de aquecimento. Esta sugestão partiu por parte do PC, de forma a

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aproveitarmos ao máximo o material que a escola tinha para o efeito que não estava a ser utilizado.

A minha bagagem em relação ao treino funcional ainda não era muita, então vi esta sugestão por parte do PC como uma forma de enriquecimento pessoal, o que me levou a estudar e a pesquisar bastante de forma a implementar o treino funcional da melhor maneira possível.

“O treino funcional tem como objetivo refinar todas as aptidões do sistema musculosquelético, refletindo nesta forma na melhora das atividades cotidianos

e dos gestos desportivos específico (Novaes, Gil, & Rodrigues, 2014).”

Com base neste parágrafo, comecei a pensar no treino funcional de uma forma a potencializar a aptidão física dos alunos, através de exercícios que tivessem transferência para a modalidade que estava a abordar no momento, nunca descurando que o objetivo do treino funcional tinha a duração de 15 minutos e era visto como forma de aquecimento.

No planeamento do meu Treino Funcional decidi que ia ter um tempo máximo de 15 minutos e iria ser constituído por 14 estações, o tempo de exercitação era de 20 segundos, 10 segundos para descansar e trocar de estação. Desde a primeira à última estação sempre existiu uma alternância das partes do corpo em estações contíguas, assim como nos grupos musculares solicitados, tentei ainda ser criativo e apresentar aos alunos exercícios diferentes. Durante o ano letivo até à suspensão da escola devido ao COVID-19, o Treino Funcional ia sendo alterado gradualmente de acordo com a estação que estava há mais tempo.

De forma a motivar os alunos e a criar uma competição na turma, a mesma foi dividida em duas equipas, essas equipas eram alteradas no início de cada período. Os alunos estavam organizados nas estações em pares por cada estação (um colega de cada equipa), de forma a controlar as repetições do colega da outra equipa que estava a realizar o exercício, no tempo de descanso este era apontado numa folha de registo que estava na respetiva estação.

Durante o Treino Funcional fiz sempre uso de uma música de Tabata, que ajuda os alunos a perceber quando era o tempo de exercitar e de descanso. A

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música de Tabata utilizado era constituída por uma variedade de músicas de motivação, algumas até conhecidas por parte dos alunos, foi uma forma de os manter motivados e concentrados durante todo o Treino Funcional.

Cada estação tinha uma imagem ergonómica com a execução do exercício, assim como, uma folha de registo destinada para a respetiva estação, onde os alunos apontavam o número de repetições do colega da equipa adversária.

No final de cada período apresentava os dados que os alunos foram registando durante o período. Na apresentação continha o rapaz e a rapariga com mais repetições em cada estação, o aluno que fez mais repetições durante o período e a equipa vencedora.

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