• Nenhum resultado encontrado

4. Realização da Prática Profissional

4.1. Área 1 – Organização e Gestão do Ensino e da Aprendizagem

4.1.4. Avaliação

4.1.4.3. Avaliação Sumativa

A AS era realizada no final de cada UD, sendo caraterizada por apresentar um balanço de resultados no final de uma unidade de ensino, com reflexos no final de cada período e no final de cada ano letivo. Acredito que esta seja a avaliação mais eficaz, uma vez que compara resultados globais, tendo em conta a progressão dos alunos e os objetivos definidos inicialmente pelo professor. Tal como na AD, na AS os alunos são avaliados de acordo com três domínios: motor, sócio-afetivo e cognitivo. O primeiro domínio está associado à aprendizagem das habilidades técnicas e táticas e das capacidades físicas do aluno; o segundo engloba as atitudes, regras e comportamentos sociais; o terceiro diz respeito aos conhecimentos que o aluno possui.

Assim, através desta avaliação tive conhecimento do desenvolvimento e evolução dos meus alunos em cada UD, tendo em conta os 3 domínios. Além disto, a AS possibilitou-me a avaliação dos meus alunos para, no final, conseguir classificá-los. Na avaliação do domínio motor, para cada UD, recorri às grelhas de avaliação criadas pelo meu NE. As grelhas padeciam de uma escala de apreciação, dividida numa escala de 1 a 5, em que 1 correspondia a ‘’não faz’’ e

conteúdo. O nível 2 era atribuído aos alunos que mostravam algumas dificuldades na realização do conteúdo. O nível 3 era aplicado aos alunos que realizavam o conteúdo, mas nem sempre da forma correta. O nível 4 era atribuído aos alunos que realizavam o conteúdo de forma correta com regularidade, mas que por vezes não era a melhor opção. O nível 5 era dado aos alunos que realizavam o conteúdo de forma correta, sempre com as melhores opções. Quanto ao registo, obedeceu à seguinte escala de classificação: 5 = 17,5-20; 4 = 13,5-17,4; 3 = 9,5-13,4; 2 = 4,5-9,4; 1 = 0-4,4. Acumulada a esta avaliação existiam testes teóricos constituídos por questões de resposta aberta, aplicados apenas no primeiro e segundo períodos, que avaliavam o conhecimento dos alunos acerca das modalidades lecionadas (domínio cognitivo). No que diz respeito aos alunos com atestado médico, realizavam o teste escrito nos 3 períodos, sendo este constituído por questões de escolha múltipla e resposta aberta. Estes eram avaliados pelo teste escrito (90%) e pelo ser (10%). O domínio sócio-afetivo era alvo de uma avaliação contínua, não tendo por base apenas os atrasos ou presenças nas aulas, mas também os conceitos psicossociais (empenho, autonomia e cooperação) trabalhados ao longo das aulas.

O meu NE utilizou o modelo de avaliação da escola “90/10”, onde 90% da nota faziam referência ao “Saber/Fazer” (o “Fazer” tinha 80% e o “Saber” 10% do total dos 90%) e 10% ao “Ser”. O teste escrito (“saber”) e o domínio sócio- afetivo (“ser”), tinham um peso de 2 valores da nota final do aluno. As notas finais de cada avaliação foram calculadas com base nestas percentagens e, por fim, somadas, resultando daí a nota final do aluno.

No terceiro período não foi feito o teste escrito porque os alunos tinham acumulado muitos testes e provas intermédias e, por este motivo, o NE tomou a decisão de não realizar o teste teórico. Assim, neste mesmo período, as percentagens atribuídas foram modificadas, sendo 90% atribuído ao domínio psicomotor (dividido em 30% para cada uma das 3 modalidades) e os restantes 10% foram atribuídos ao domínio sócio-afetivo. A classificação anual dos alunos foi dividida em 2 partes: As modalidades do 1º e 2º período tiveram um peso maior (75%) e as modalidades do 3º período tiveram um peso de 25%.

alunos foram avaliados em situação de jogo. Nas modalidades individuais como a Ginástica, o Badmínton e o Atletismo a avaliação era realizada de forma diferente. Na Ginástica, os alunos foram avaliados na realização de todos os elementos de solo exercitados ao longo do ano letivo. No Badmínton, a avaliação centrava-se na realização de uma sequência em que deveriam estar presentes todos os gestos técnicos lecionados. No Atletismo, a avaliação decorria no evento culminante divido em várias estações de exercícios (Corrida de Resistência, Salto em Comprimento, Corrida de Estafetas e Corrida de Velocidade).

Esta avaliação causou-me dificuldades na gestão do tempo de aula (tal como na AD), mas principalmente na conversão das escalas de classificação dos alunos numa classificação final. Ou seja, após efetuar a avaliação não sabia como converter os registos em classificações. O PC foi o principal agente para conseguir ultrapassar esta dificuldade, uma vez que possuía uma enorme experiência. Desta forma, com o auxílio do PC, discutia com os meus colegas de NE as classificações, o que também colaborou para ultrapassar esta dificuldade. Por último, embora tenha optado por uma avaliação criterial, no final do ano letivo existiu uma avaliação com referência à norma. As notas das diferentes turmas do meu NE eram apresentadas ao PC e, em conjunto, fazíamos a comparação das notas das três turmas do NE. Depois de comparadas, as notas podiam sofrer alterações por parte do PC.

Nunca tinha avaliado ninguém deste modo formal e as avaliações efetuadas por mim teriam uma repercussão direta no percurso escolar dos meus alunos, o que me deixou muito ansioso e nervoso nos primeiros momentos de avaliação.

Em suma, apesar de ter sentido algumas dificuldades, considero que os diferentes momentos de avaliação foram uma experiência valiosa no meu percurso académico e profissional. Por meio desta experiência, senti-me cada vez melhor a avaliar os meus alunos de forma justa. Com os instrumentos utilizados por mim, ultrapassei as dificuldades sentidas inicialmente na conotação da classificação aos alunos, pelo facto dos critérios serem explícitos e por ter feito todas as reflexões imprescindíveis à minha crescente evolução.

4.2. Área 2

– Participação na Escola e Relações com a

Documentos relacionados