• Nenhum resultado encontrado

4. Realização da Prática Profissional

4.1. Área 1 – Organização e Gestão do Ensino e da Aprendizagem

4.1.3. Realização

4.1.3.3. Gestão da Aula

A gestão da aula envolve a gestão das regras e rotinas, bem como da monitorização e avaliação. Esta gestão envolve, ainda, a gestão do tempo, do material, do espaço e dos alunos. É essencial para que uma aula seja eficaz ao nível do uso do tempo e para que os alunos obtenham o devido sucesso, reduzindo, consequentemente, a indisciplina.

No início do ano letivo, o meu grande problema e preocupação centrava - se na organização da aula em 1/3 de campo tendo, vinte e seis alunos. Este foi um aspeto que me levou a pensar bastante, na tentativa de encontrar estratégias para que este aspeto não me causasse distúrbios no decorrer das aulas. Para o efeito, falei com o PC, que me ajudou muito ao fornecer uma elevada fonte de estratégias e situações para conseguir gerir a aula de forma eficaz. Através das informações que me forneceu passei a gerir as aulas para que os alunos não tivessem filas de espera nos exercícios, estivessem pouco tempo parados, serem rápidos nas transições dos exercícios e, principalmente, se mantivessem em constante movimentação a fim de exercitarem repetidamente os conteúdos.

alunos foram na maioria das vezes rápidos a iniciarem as tarefas. Isto, também deveu-se ao facto de ter estabelecido uma regra com eles no início do ano letivo. Sempre que começava a efetuar uma contagem decrescente significava que queria dar uma explicação e teriam de se juntar a mim, ou que, após a explicação, tinham esse tempo para estarem todos em exercitação. O não cumprimento das regras impostas por mim implicava realizar 20 flexões de braços, ou outro trabalho de CF.

Centrando-me agora nos fatores condicionantes na gestão da turma, o facto de ter começado com um número de alunos diferente dos disponíveis posteriormente devido a lesões ou faltas, foi um fator que me despoletou uma preocupação e atenção pois, muitas das vezes, era difícil arranjar exercícios com uma aplicabilidade eficaz para todos os alunos. Muitas vezes, devido à falta dos alunos, tinha de saber gerir na mesma a aula, o que implicava saber gerir imprevistos que poderiam surgir, assim como alterar a gestão da aula naquele momento para que esta cumprisse, mesmo assim, o objetivo dos aluno obterem sucesso. Durante o ano letivo, planeava sempre a aula para vinte cinco alunos e, por vezes, tinha apenas metade dos alunos na sessão. No entanto, considero estas condicionantes que iam surgindo como positivas para o desenvolvimento da minha reflexão e tomada de decisões na própria ação. Não existem aulas perfeitas, nós é que temos de fazer o melhor possível para que estas se tornem aulas eficazes e produtivas.

Quanto ao espaço, nunca tive grandes problemas a não ser quando as situações climatéricas não eram favoráveis à aula planeada para o exterior. Com isto, percebe-se a importância de um plano b, o qual possuía sempre de lado para possíveis imprevistos.

As minhas aulas foram sempre organizadas consoante os espaço que tinha naquela semana e no respetivo dia, de acordo com o que estava definido no roulement da escola. Sempre que lecionava Futebol ou Andebol, tentava que as aulas fossem no exterior, pois são modalidades que o exterior proporciona uma melhor qualidade de aula. Por vezes, e quando tinha oportunidade, lecionava também no exterior Basquetebol e Atletismo. Nos espaços interiores, uma vez que não existia tanto espaço, lecionava as modalidades de Basquetebol, Voleibol, Ginástica e Badmínton.

Relativamente ao material da escola, este foi um aspeto que me surpreendeu bastante, pois existia na instituição uma grande variedade de material e em boa qualidade. Ter uma turma grande não me impôs qualquer transtorno na lecionação das aulas a nível do material. O facto de possuirmos o material suficiente fazia com que tivéssemos de render o material, um aspeto muitas vezes evidenciado pelo nosso PC que nos dizia: “se temos vinte e cinco bolas de Basquetebol porque não criar exercícios onde cada aluno tivesse uma bola?”. Este foi um aspeto que refleti e, a partir desse momento, tentei sempre rentabilizar e fazer render o material disponível.

A única modalidade que, a meu ver, não tinha o material necessário para lecionar as aulas adequadamente foi o Badmínton, devido ao facto de existirem poucos volantes e, nesta modalidade, é importante existirem volantes para todos os alunos. O motivo desta falha deve-se a muitos dos volantes existentes ficarem presos nas redes e nas janelas do pavilhão, sítios de difícil acesso que impossibilitam os docentes, alunos, funcionários ou qualquer outra pessoa de os ir buscar. Outro ponto a referir ao qual tive sempre atenção pois poderia levar - me a ter algumas dificuldades a nível do material foi, relativamente ao pavilhão de baixo, onde existiam três espaços para lecionação, os professores não poderem lecionar a mesma modalidade. Por esta razão, muitas vezes mandava

e-mail aos professores que iam lecionar ao meu lado para saber o que iriam

ensinar.

Relativamente ao controlo do tempo da aula, numa fase inicial, sentia algumas dificuldades. Na verdade, tinha grandes dificuldades em cumprir com os tempos planeados para cada exercício, pois dava mais atenção a outros elementos da aula. As falhas que cometia eram, por exemplo: dar uma explicação quando já deveria ter efetuado a transição para outro exercício; estar com atenção nos alunos que estão a realizar CF quando estes já deveriam ter feito a troca com os restantes. De forma a melhorar este aspeto, comecei a trabalhar na forma como dava as minhas explicações, diminuindo o tempo destas pois, inicialmente, eram muito demoradas. Quando os alunos iam realizar CF, enquanto os restantes estavam a exercitar uma situação de aprendizagem, passei a dar a explicação dos exercícios todos antes de começarem a exercitar,

consegui dar mais atenção aos alunos que estavam em situação de aprendizagem, controlando melhor o tempo, de forma a serem feitas as trocas dos alunos nos tempos corretos.

Documentos relacionados