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4.6.2 Produção e Comercialização 4.6.3 Caderno Técnico

TABELA SÍNTESE CONCEITO

4.7. BALANÇO FINAL DO PROJECTO

Foi possível projectar um equipamento que cumpre todos os requisitos estabelecidos: é estimulante, didáctico, permite a exploração e aprendizagem, é flexível, permite vários usos, e estimula as crianças a criar e inventar, assim como incentiva a interacção social através da cooperação e da partilha de interesses.

O balanço do processo de experimentação foi bastante positivo. Todas as crianças que participaram demonstraram-se interessadas e gostaram da experiência. Todos os pais e educadores que participaram consideraram que o equipamento é pertinente e que proporciona uma actividade enriquecedora às crianças, estando a maior parte dos pais dispostos a adquirir o equipamento para os seus filhos.

Como em todas as investigações existem aspectos que estão fora do controlo do investigador e que podem influenciar e condicionar o decorrer da investigação. Neste caso, o principal factor crítico de sucesso foi a receptividade que as crianças da ANEIS tiveram em relação as actividades propostas durante a Pesquisa de Campo. Talvez o processo não tenha sido exactamente participativo. Em retrospectiva, em algumas situações podia-se ter tentado apresentar algumas das alternativas às crianças para participarem activamente nas decisões. Isto poderia ter acontecido, por exemplo, quando se estava a ponderar se haveria um tabuleiro único e as figuras é que permitiam desbloquear o conteúdo correspondente ou se cada figura/tema teria o seu próprio tabuleiro.

Poder-se-ia por exemplo pedir-lhes para colectivamente escolherem as sete profissões correspondentes às sete áreas de interesse. Perguntando por exemplo que profissão lhes ocorria quando pensavam em história, ou em astronomia, e ir extrapolando com eles em conjunto as características de cada profissão, formulando as personagens com eles. No entanto para isso acontecer era necessário que as crianças conseguissem participar activamente numa actividade que lhes fosse introduzida o tempo necessário para se conseguir obter resultados, o que nem sempre é fácil. Só se conseguiu a atenção geral do grupo em dois breves momentos, no primeiro dia quando a investigadora se apresentou, e na sessão do dia 9 de Novembro, e em ambas as crianças se mostraram extremamente irrequietas e algo impacientes. Com tempo e alguma insistência com certeza que se obteriam resultados, mas o projecto estava delimitado por prazos, por estar sujeito a avaliação na disciplina de Projecto de Design III, e por outro lado a investigadora também não teve mais disponibilidade para participar em mais sessões da ANEIS.

na qual as crianças não quisessem participar, pelo que se foram lançando actividades de forma liberal, também para ver até que ponto as crianças estariam receptíveis e até onde chegariam sozinhas. Até porque é essa a filosofia da ANEIS, é um espaço onde eles têm a liberdade que não tem noutras situações. De forma que o que se fez foi posteriormente pegar em toda a informação gerada individualmente pelas crianças e tentar perceber de que forma se poderia utilizar essa informação, o que acabou por se revelar difícil de gerir. Para o futuro fica a referência para experimentar uma abordagem menos liberal e mais direccionada, para que os resultados gerados possam ter uma aplicação mais directa ao projecto.

Por outro lado, o facto de as crianças não terem participado tão directa e activamente no projecto evitou que ficassem contaminadas, uma vez que também foram o grupo que fez a avaliação do equipamento.

Relativamente ao processo de avaliação da experiência. Dever-se-ia ter realizado uma rectificação às fichas de observação e registo, pois em algumas perguntas aparentemente as pessoas não percebiam muito bem como responder, dando origem a algumas respostas ambíguas, ou a falta de resposta. Mesmo com um teste piloto poder-se-ia não ter dado conta deste pormenor, a menos que a amostra do teste fosse significativa. Nesse caso, ter-se-ia por exemplo de se realizar o teste piloto numa instituição, com uma amostra semelhante à realizada na Quinta da Fidalga, para depois se realizar a avaliação noutra instituição, e depois na ANEIS, o que não foi possível, uma vez que o final do ano lectivo estava muito próximo, e não houve tempo para arranjar outro grupo de amostra.

As rectificações nas fichas seriam: nas perguntas 3. e 3.1. “Em qual dos elementos do produto as crianças demonstraram mais /menos interesse?” dever-se- ia ter acrescentado a hipótese “indiferente/não observado”. E nas perguntas 2 e 2.1 “Quem é que se demonstrou mais/menos interessado?” ; 4, 4.1 e 4.2 “Quem é que demonstrou mais curiosidade/interesse em relação aos bonecos/tabuleiro/jogo?” ; 6 “Quem é que se dispersou mais durante a actividade?”; e 7 “Quem é que perdeu o interesse mais depressa?”,dever-se-ia subdividiras hipóteses de reposta em a) para o sexo e b) para as idades.

Assim como na pergunta 8 “Indique o grau de facilidade com que as crianças perceberam como funciona o equipamento? E se o fizeram de forma intuitiva.”, em a) para a facilidade e b) para a intuitividade. E nas perguntas 10 “Na sua opinião como educador/especialista acha que as crianças estariam predispostas a voltar a brincar com o equipamento? “ e 11 “Na sua opinião como educador/especialista considera que este equipamento proporciona uma actividade enriquecedora às crianças?”, em a) para sim, não e talvez, e) para os elementos do equipamento. Assim ter-se-ia evitado possíveis equívocos.

Não foi possível apurar se o brinquedo é mais apelativo às raparigas ou rapazes porque nas várias experiências não foi possível obter uma amostra variada o suficiente. No entanto o facto de não se ter verificado nenhuma tendência é óptimo, pois o que se pretende é que o brinquedo seja unissexo.

O mesmo aconteceu relativamente às idades, no total participaram crianças entre os 7 e os 13 anos, mas não se verificou preferência demonstrada por alguma faixa etária, em detrimento das outras. O que mais uma vez é óptimo, uma vez que se pretende que o brinquedo agrade de igual forma a este intervalo de idades. Embora para se ter a certeza ter-se-ia de analisar uma amostra muito maior e diversificada.

- CAPÍTULO 5 -