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No basquetebol a organização foi realizada primeiramente por pôr dois grupos de alunos a jogar sem nenhum feedback por parte do professor estagiário, com o objetivo de os professores observarem que era realmente aquilo que acontecia nas suas aulas, um jogo em que os alunos se posicionavam todos ao pé da bola criando o efeito nuvem e não havendo qualquer organização tanto defensiva como ofensiva. De seguida o professor estagiário ia introduzindo restrições aos alunos em termos de espaço e de movimentação de modo a que o jogo ficasse menos anárquico e mais organizado. Essas restrições passaram por criar corredores no campo de modo a cada aluno ocupar apenas um corredor o que reduziria a concentração em torno da bola e transformasse o jogo menos confuso e mais organizado. Outra restrição foi que a defesa não podia roubar a bola nem estar a menos de um braço de distância, para facilitar o ataque, visto que são alunos com pouca capacidade atual no basquetebol e para terem sucesso é

106 necessário estarem preocupados coma movimentação e o espaço em vez de estarem preocupados com a defesa. Outra regra imposta foi o passe, corta e compensa, este conjunto de ações consiste que cada um jogador passa a bola tem de cortar em direção ao cesto de forma a abrir uma linha de passe e ser ofensivo, por outro lado o aluno do lado contrário da bola tem de compensar, ou seja, ocupar o corredor mais próximo da bola deixado vazio pelo colega que cortou.

Depois de introduzir todas estas restrições/regras ao jogo, este pareceu muito mais organizado e “limpo”, conseguindo até alguns alunos terem sucesso no jogo.

No final ainda foi apresentado um exercício capaz de ser realizado em aula e que contribui para os alunos compreenderam o que foi acima explicado.

Analisando agora esta parte da ação de formação, embora o basquetebol seja um jogo bastante complexo, penso que foi muito conseguido a forma como esta foi organizada e penso que deu plena informação aos professores do grupo de como trabalhar esta matéria nas aulas de modo a terem sucesso na matéria de Basquetebol.

Andebol

Á semelhança do que aconteceu com o basquetebol, no andebol a primeira fase também foi dividir os alunos participantes em duas equipas e realizar jogo reduzido 6*6 em campo inteiro para se observar o comportamento dos alunos em jogo, como esperado o jogo era totalmente desorganizado, vivia apenas de contra-ataque e de jogadas 1 contra 6 jogadores. Visto isto o professor estagiário adotou a estratégia inicial e em vez de começar com aspetos ofensivos, as primeiras correções foram na defesa explicando que a defesa no andebol, maioritariamente é feita a zona, e introduziu a defesa 5*0, que consiste em ter todos os defensores na zona dos 6 metros tentando impossibilitar remates próximos da baliza. Com esta introdução logo diminuíram drasticamente o número de contra-ataques, pois o ataque quando perdia a bola, a preocupação dos agora defensores era correr para a linha de 6 metros para impossibilitar a equipa adversária de marcar golo.

Resolvido o problema defensivo, era agora a altura de tratar do ataque. Numa primeira fase foi introduzido a questão das posições e respetivos corredores e que com o espaço do campo todo ocupado era mais difícil para a defesa do que se o ataque se concentrar em 5 metros. O segundo ponto no ataque foi o atacar o espaço e não o defesa, com isto queria-se que os alunos aquando de atacarem a baliza não atacassem o seu defensor direto, mas sim o espaço entre o seu defensor e o defensor ao lado, para que obrigasse os dois a fechar e passar a bola ao colega que ia atacar o espaço deixado vazio pelo seu defesa que foi ajudar a penetração do adversário. Também no ataque por fim foi introduzido o “efeito elevador”, consiste na

107 movimentação com e sem bola por parte dos atacantes, enquanto que o jogador com bola tem de receber a bola a realizar o movimento para a frente (em direção á baliza adversária), o jogador que passou a bola e os restantes devem estar no zona dos 9 metros para aquando de receberem a bola, recebem embalado o que possibilita um ataque mais rápido ao espaço vazio. Na parte final foi ainda demonstrado um exercício que lecionado de forma isolada pode ajudar os alunos aquando da parte do jogo, esse exercício consistia num 3*2, onde o objetivo era que a equipa atacante conseguisse colocar a bola numa linha imaginário entre os pinos, já o papel da defesa era impossibilitar que isso acontece. Este exercício contém todas as noções introduzidos na ação de formação, tanto para o ataque, como para a defesa.

Analisando agora esta parte da ação de formação, penso que foi percetível para todos os professores os pontos críticos que podem tornar a lecionação do andebol muito fácil, tanto para os professores, como muito fácil de aprender para os alunos, para isto também foi dado no início da ação de formação uma folha com os conteúdos que iam ser abordados bem como propostas de solução. Também foi dado um documento com propostas de exercicios para realizar durante a aula de forma isolada para quando chegar a parte do jogo, os alunos já irem com as bases necessárias para este correr de forma positiva e com sucesso por parte dos alunos.

Futebol/Futsal

Esta matéria sendo diferente na forma de jogar, onde no basquetebol e andebol procura- se o espaço vazio, no caso do futebol/futsal o objetivo é conquistar espaço de modo a ter melhores oportunidades de finalização, teve o mesmo funcionamento das duas acima, iniciou- se com os alunos a dividirem-se em dois grupos e a jogarem de forma livre sem nenhuma instrução por parte do professor, onde mais uma vez se notou a má ocupação dos espaços por parte dos alunos estando todos concentrados em torno da bola.

Para contrariar este aspeto o professor estagiário explicou o conceito de “campo grande”, que consiste na divisão do campo em três corredores e cada aluno tem de ocupar um corredor, com o objetivo de haver espaço para quem possui a bola poder conduzi-la em progressão para a baliza e aos restantes desmarcarem-se sem nunca afunilar o jogo.

Outra alteração realizada foi em termos defensivos, onde a defesa não podia roubar a bola, apenas condicionar o espaço, com isto pretendia-se não só consciencializar a defesa da posição a adotar, sempre entre o atacante, a bola e a baliza, mas também de proporcionar sucesso ao ataque que não tendo a preocupação de ficar sem a bola podia pensar melhor no que fazer no ataque e realizar as movimentações pedidas.

Durante esta ação notou-se uma maior dificuldade no alunos, pois sendo um desporto jogado com os pés o controlo da bola é muito mais difícil do que no andebol ou basquetebol

108 que a manipulação da bola e feita com as mãos. No entanto no final da intervenção notou-se uma grande melhoria, sobretudo na ocupação do espaço e nas ações dos alunos, tanto na defesa como no ataque.

No final ainda foi apresentado um exercício capaz de ser realizado em aula e que contribui para os alunos compreenderam o que foi acima explicado.

No final da ação de formação convidamos os professores a realizar os exercicios propostos, não só para estes os experienciarem, mas também para haver um momento mais lúdico durante a ação de formação.

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