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balancete enviado à empresa investidora – para fins de atualização do valor do investimento pelo método da equivalência patrimonial):

– (1) o patrimônio líquido da empresa investida fica reduzido (por conta do

prejuízo);

– (2) o investimento, no ativo da empresa investidora, será ajustado e

deverá ser reduzido, proporcionalmente, pela aplicação do método;

– (3) o patrimônio da empresa investidora reduz-se – por conta desse ajuste

– o que caracteriza uma despesa (denominada “resultados negativos em

participações societárias – método da equivalência patrimonial – RPPS-

EP”).

• Exemplo – situação inicial: uma empresa investidora Dora S/A, que é

titular de participação societária correspondente a 50% do capital da

empresa investida Tida S/A, avaliada pelo método da equivalência

patrimonial, conforme figura a seguir

Caixa - ---PL Inv - Tida 500.000,00 50% 50% Obrigações Bens (+) Direitos ---PL Total do PL 1.000.000,00 Despesas Receitas Dora ativo Passivo Tida ativo Passivo Outros sócios

Considere que a empresa Tida S/A, ao final do exercício, tenha apurado um prejuízo de R$ 300.000,00, conforme balancete enviado à investidora Dora S/A a seguir:

Obrigações Bens (+) Direitos ---PL Prejuízo novo PL Total do PL 1.000.000,00 (-) (300.000,00)(=) 700.000,00 conforme lançamentos de apuração do resultado do exercício prejuízo => (300.000,00) ativo Passivo Tida S/A Despesas Receitas

Nesse caso, a empresa investidora Dora S/A deverá atualizar o valor de seu investimento , conforme memória de cálculo a seguir:

Novo PL 700.000,00 (*) % de participação 50,00% (=) valor atualizado do investimento 350.000,00

(- ) valor inicial do investimento (500.000,00) (=) resultado em participações societárias - método da equivalência patrimonial (150.000,00)

O fato contábil referente ao ajuste acima apurado encontra-se apresentado na figura abaixo: Caixa - Inv - Tida 500.000,00 ---PL (150.000,00) 350.000,00 RNPS-EP 150.000,00 Dora ativo Passivo Despesas Receitas

Lançamento na empresa investidora – Dora S/A D = RNPS-EP

C = a Investimentos - Tida S/A 150.000,00

A configuração patrimonial após o ajuste encontra-se a seguir apresentada

Caixa - ---PL Inv - Tida 350.000,00 50% 50% RNPS-EP 15.000,00 Obrigações Bens (+) Direitos ---PL Total do PL 700.000,00 Tida ativo Passivo Despesas Receitas Dora

MEP – Balanço Patrimonial – prejuízos na investida – considerações finais

Repare que o valor do investimento – no ativo de Dora S/A – manteve-se na proporção de 50% do patrimônio líquido de Tida S/A.

Como houve redução do valor de um ativo (participações societárias – inv. Tida) sem o aparecimento de outro ativo ou o desaparecimento de uma obrigação, o patrimônio foi reduzido.

Portanto, teve que ser registrada uma despesa (resultados negativos em participações societárias – método da equivalência patrimonial).

Seguindo a metáfora da “sanfona”, nesse caso:

- o acordeão fechou o fole (o PL da de Tida S/A foi reduzido em R$ 300.000,00 – de R$ 1.000.000,00 para R$ 700.000,00), então

- o bandoneon também teve que fechar o fole – proporcionalmente (o investimento, do ativo de Dora S/A foi reduzido em 50% (*) R$ 300.000,00 (=) R$ 150.000,00 – de R$ 500.000,00 para R$ 350.000,00).

MEP–Balanço Patrimonial–investida com PL negativo

• Prejuízos continuados:

– PL da investida pode se tornar negativo.

– O ajuste a ser registrado pela investidora estará limitado ao valor contábil do investimento (investimento nunca fica negativo).

• Aplicação do princípio da entidade – que determina que o patrimônio da empresa (investida) não se confunde com o patrimônio do sócio (empresa investidora). • A empresa investidora não responde pelas dívidas da empresa investida. • O máximo que a empresa investidora tem a perder é o valor do seu investimento • Quando o investimento chega ao valor zero, ele não pode diminuir mais.

– Metáfora da sanfona

• O acordeão fechou tanto seu fole que quebrou (o PL da empresa investida foi tão reduzido, por prejuízos, que ficou negativo)

• O bandoneon não precisa quebrar também, ficando com o fole fechado até que o acordeão seja consertado

– O investimento na precisa ficar negativo, permanecendo com o valor zero até que o PL da empresa investida volte a ser positivo), para que ambos possam continuar seu dueto.

– Exemplo - situação inicial: empresa Dora S/A, titular de 50% do capital de Tida S/A, conforme figura a seguir

Caixa - ---PL Inv - Tida 500.000,00 50% 50% Obrigações Bens (+) Direitos ---PL Total do PL 1.000.000,00 Despesas Receitas Dora ativo Passivo Tida ativo Passivo Outros sócios

Considere que a empresa Tida S/A, ao final do exercício, tenha apurado um prejuízo de R$ 1.300.000,00, conforme balancete enviado à investidora Dora S/A a seguir:

Obrigações Bens (+) Direitos ---PL Prejuízo novo PL Total do PL 1.000.000,00 (-) (1.300.000,00)(=) (300.000,00) conforme lançamentos de apuração do resultado do exercício prejuízo => (1.300.000,00) ativo Passivo Tida S/A Despesas Receitas

Nesse caso, a empresa investidora Dora S/A deverá atualizar o valor de seu investimento conforme memória de cálculo a seguir:

Novo PL (300.000,00)

(*) % de participação 50,00%

(=) valor atualizado do investimento (150.000,00)

Obs.: limite mínimo de valor atualizado para o investimento - zero -

(=) valor atualizado do investimento, observado o limite mínimo -

(- ) valor inicial do investimento (500.000,00) (=) resultadoem participações societárias - método da equivalência patrimonial (500.000,00)

O fato contábil referente ao ajuste acima apurado encontra-se apresentado na figura a seguir: Caixa - Inv - Tida 500.000,00 ---PL (500.000,00) - RNPS-EP 500.000,00 Dora ativo Passivo Despesas Receitas

Lançamento contábil na empresa investidora – Dora S/A: D = RNPS-EP

C = a Investimentos - Tida S/A 500.000,00

Configuração patrimonial após o ajuste

Caixa - ---PL Inv - Tida - 50% 50% RNPS-EP 500.000,00 Obrigações Bens (+) Direitos ---PL Total do PL (300.000,00) Despesas Receitas Dora ativo Passivo Tida ativo Passivo Outros sócios

MEP – Balanço Patrimonial – PL negativo na investida – considerações finais

O investimento – no ativo de Dora S/A – não se manteve na proporção de 50% do patrimônio líquido de Tida S/A - quebra da equivalência patrimonial.

Sendo o PL de Tida S/A negativo, existem mais dívidas do que bens e direitos.

Caso fosse mantida a proporção, o investimento ficaria negativo e corresponderia à obrigação de pagar parte das dívidas da empresa investida – o que não ocorre pelo princípio da entidade (e a limitação da responsabilidade típica dos investimentos em sociedades anônimas ou em sociedades limitadas).

Como houve redução do valor de um ativo (participações societárias – inv. Tida – de R$ 500.000,00 para R$ 0,00) sem o aparecimento de outro ativo ou o desaparecimento de uma obrigação, o patrimônio foi reduzido e, portanto, teve que ser registrada uma despesa (resultados negativos em participações societárias – método da equivalência patrimonial).

Obs. 1: novas avaliações desse investimento só serão feitas a partir do exercício em que seu patrimônio Líquido volte a ser positivo.

Obs. 2: em que pese não existir a possibilidade de registro de um investimento negativo, por ser incoerente imputar à empresa investidora parte das dívidas da empresa investida que tenha passivo a descoberto (patrimônio líquido negativo), há situações em que a empresa investidora tem interesse (ou obrigação contratual / legal) de pagar por essas dívidas.

MEP – Balanço Patrimonial – PL negativo na investida – considerações finais

Nesse caso, cabe o registro de uma provisão para perdas efetivas no investimento (item a ser tratado com profundidade adiante nesse capítulo), conforme explicitamente colocado no art. 12 da IN CVM 247, de 1996:

Art. 12 - A investidora deverá constituir provisão para cobertura de: I - Perdas efetivas, em virtude de:

a) - eventos que resultarem em perdas não provisionadas pelas coligadas e controladas em suas demonstrações contábeis; ou

b) - responsabilidade formal ou operacional para cobertura de passivo a descoberto. II - Perdas potenciais, estimadas em virtude de:

a) - tendência de perecimento do investimento;

b) - elevado risco de paralisação de operações de coligadas e controladas;

c) - eventos que possam prever perda parcial ou total do valor contábil do investimento ou do montante de créditos contra as coligadas e controladas; ou

d) - cobertura de garantias, avais, fianças, hipotecas ou penhor concedidos, em favor de coligadas e controladas, referentes a obrigações vencidas ou vincendas quando caracterizada a incapacidade de pagamentos pela controlada ou coligada.

MEP – Balanço Patrimonial – PL negativo na investida – considerações finais

Art. 12 - A investidora deverá constituir provisão para cobertura de: ...

§ 1º - Independentemente do disposto na letra " b" do inciso I, deve ser constituída ainda provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto e houver intenção manifesta da investidora em manter o seu apoio financeiro à investida.

§ 2º - A provisão para perdas deverá ser apresentada no ativo permanente por dedução e até o limite do valor contábil do investimento a que se referir, sendo o excedente apresentado em conta específica no passivo.

Se a empresa investidora Dora S/A tivesse a intenção de honrar as dívidas de Tida S/A (todas), poderia realizar uma provisão para pagamento do passivo a descoberto – a ser registrada no passivo, conforme lançamento a seguir:

D = despesa com provisões

C = a Provisão para perda em Investimentos - Tida S/A 300.000,00

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