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Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos (modificada pela adopção do justo valor na mensuração dos investimentos em terrenos, edifícios e instrumentos financeiros) e na base da continuidade das operações, a partir dos registos contabilísticos reconhecidos em contas extrapatrimoniais da entidade gestora, mantidos de acordo com as normas emanadas pelo Instituto de Seguros de Portugal.

A estrutura conceptual e de relato financeiro definida na Norma regulamentar nº 7/2010 – R, de 4 de Junho estabelece que a entidade gestora deve elaborar demonstrações financeiras anuais do Fundo que reflictam de forma verdadeira e apropriada o activo, as responsabilidades e a situação financeira do Fundo, não contemplando a avaliação actuarial do Fundo nessa data expressa no respectivo Relatório Actuarial.

A norma anteriormente mencionada estabelece que devem ser adoptados os princípios de mensuração aplicáveis aos activos que compõem o património do Fundo estabelecidos na Norma Regulamentar n.º 9/2007-R, de 28 de Junho e que, sempre que não expressamente nela regulados, adoptar-se-á, quando aplicável, os princípios de reconhecimento e de mensuração previstos nas Normas Internacionais de Contabilidade.

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:

(a) Especialização dos exercícios

O Fundo respeita, na preparação das suas contas, o princípio contabilístico da especialização das receitas e das despesas. Assim, as receitas e as despesas são registadas no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento.

(b) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em carteira à data da preparação das demonstrações financeiras encontram-se valorizados ao justo valor, em conformidade com a norma n.º 9/2007, de 28 de Junho, do Instituto de Seguros de Portugal, a qual estipula a adopção de políticas e procedimentos de avaliação adequados e pressupostos de avaliação uniformes, devendo os activos que se encontrem admitidos à negociação em mercados regulamentados ser avaliados tendo por base o respectivo preço de mercado, o qual não deverá ser utilizado para efeito da determinação do seu justo valor sempre que esse preço não tenha sido obtido através de transacções normais de mercado.

Estes activos e aqueles que não se encontrem admitidos à negociação em mercados regulamentados, devem ser avaliados tendo por base o seu presumível valor de realização, devendo-se para este efeito considerar-se toda a informação relevante disponível sobre o emitente, nomeadamente a sua situação patrimonial, bem como as condições de mercado vigentes no momento de referência da avaliação. Os activos que se encontrem admitidos à negociação em mercados regulamentados, cujo valor de cotação raramente se encontre disponível ou cujas quantidades transaccionadas nesses mercados sejam insignificantes face à quantidade de transacções efectuadas em sistemas de negociação especializados e internacionalmente reconhecidos, são avaliados, em alternativa ao preço de mercado, com base nos preços praticados nesses sistemas.

As mais e menos – valias potenciais ou realizadas, reconhecidas na rubrica de Ganhos líquidos dos investimentos no período em que ocorre a avaliação ou a alienação, são determinadas com base na diferença entre o montante da avaliação e da alienação e a quantia escriturada do activo, a qual corresponde ao valor do balanço no início do ano dos investimentos que transitaram de anos anteriores ou custo de aquisição dos investimentos adquiridos durante o exercício.

Os depósitos bancários e outros activos de natureza monetária que compõem o património do fundo são registados ao seu valor nominal, tomando-se em consideração às respectivas características intrínsecas. (c) Unidades de participação

O valor patrimonial líquido do Fundo é dividido em unidades de participação inteiras ou fraccionadas até à quarta casa decimal que conferem aos seus titulares o direito de propriedade.

O valor unitário corresponde ao quociente do valor patrimonial líquido da carteira à data do cálculo pelo número das respectivas Unidades de Participação em circulação., o qual serve de base às subscrições e aos resgates que são reconhecidos nas rubricas de Contribuições e Pensões, capitais e prémios únicos vencidos.

As contribuições e subscrições do associado, participantes e dos beneficiários são registadas quando efectivamente recebidas na rubrica de Contribuições.

(e) Pensões, capitais e prémios únicos vencidos

Os participantes e beneficiários poderão optar por qualquer modalidade de pagamento regulamentar prevista, sendo os respectivos dispêndios reconhecidos no período a que dizem respeito.

(f) Ganhos e rendimentos

Os ganhos e rendimentos líquidos de investimento relacionados com activos financeiros e imobiliários (rendas de imóveis) são registados no período a que respeitam.

(g) Comissões e outros encargos

As comissões registadas na demonstração dos resultados na rubrica de Outras despesas no período a que dizem respeito compreendem (i) uma comissão anual fixa máxima de 1,00%, calculada diariamente, que incide sobre o sobre o valor líquido do fundo, cobrada trimestralmente; acrescida de uma comissão de performance de 10% sobre o excedente da rendibilidade líquida anual do Fundo acima do índice de referência definido, apurada e cobrada no termo do exercício; (ii) uma comissão máxima de 2,00% sobre o valor das pensões processadas aos pensionistas das adesões colectivas com planos de benefício definido; (iii) comissões pelo exercício das funções de instituição depositária, calculada diariamente e cobrada mensalmente, através da aplicação de uma comissão máxima de 0,15% sobre o valor patrimonial médio do Fundo e (iv) comissões de mediação e outros encargos decorrentes da transacção de valores imobiliários, taxas de supervisão e outros realizados no cumprimento das obrigações legais e regulamentares.

(h) Transacções e saldos em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda diferente são convertidos para euros, com base nas taxas de câmbio indicativas publicadas diariamente pelo Banco de Portugal ou das cotações fornecidas pelas agências de informação internacionalmente reconhecidas. As variações positivas e negativas resultantes da actualização cambial são registadas em ganhos e perdas cambiais.

(i) Produtos derivados

São utilizados alguns instrumentos financeiros derivados com objectivo de redução de risco de investimento ou de gestão eficaz da carteira. Os produtos derivados são avaliados ao justo valor ou, sempre que não seja possível determinar, o preço tido como necessário para liquidar esses contratos, tendo em conta quaisquer esquemas de compensação com a contraparte.

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