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δm2

Onde:

Rn = Retorno esperado para o ativo

Rm = Retorno do mercado

δm2 = variância do portfólio de mercado

1.6.1.6 Taxa de juros

A escolha da taxa de juros que deve ser aplicada sobre o capital próprio pode constituir-se numa tarefa complexa.

As principais indicações seriam: a taxa de juros dos investimentos livres de risco, custo do capital próprio da empresa, custo do capital de terceiros da empresa e taxa média do mercado de capitais.

1.6.1.7 Custo de oportunidade

Os agentes econômicos que possuem recursos disponíveis deparam com várias alternativas de investimento. Essas alternativas geralmente apresentam diferentes características, sendo as principais a remuneração, o prazo e o risco.

À medida que se seleciona uma das alternativas deve-se considerar a possibilidade de se perder os benefícios das demais. Então, a melhor escolha resume-se àquela que maximiza os interesses do agente econômico.

Nascimento (1998, p. 28) afirma que:

Na empresa, toda vez que existirem problemas de escolha entre várias alternativas de ação, estará presente o conceito de custo de oportunidade. Quando analisa várias alternativas de decisão, o decisor, intuitiva ou propositadamente, sempre se perguntará se o benefício a ser obtido, em relação ao sacrifício de recursos correspondentes, será o melhor possível nas circunstâncias em que a decisão está sendo tomada. Essa é a exata essência do conceito de custo de oportunidade. (grifo nosso).

Duas abordagens podem ser consideradas como as mais usuais quando da apresentação do conceito de custo de oportunidade: a abordagem econômica e a abordagem contábil.

Usualmente as empresas trabalham em um ambiente onde os recursos são escassos. A necessidade desses recursos, por sua vez, é grande.

Assim sendo, as empresas quando da busca dos recursos necessários ao atendimento do seu processo produtivo se deparam com sua inserção no ambiente econômico e social.

As suas atividades geram uma sinergia com o meio ambiente e, como agente gerador de emprego e distribuição de rendas através da remuneração de serviços prestados por seus empregados e colaboradores indiretos, a empresa passa a gerenciar não somente o processo produtivo, mas também sua relação com os fatores econômicos correlatos.

Martins (1996, p. 433) diz que:

O Custo de Oportunidade significa o quanto alguém deixou de ganhar por ter adotado uma alternativa em vez de outra, ou seja, se alguém escolheu investir em uma fábrica de giz, deixando de, com isso, investir na construção de um supermercado, que era a segunda melhor alternativa existente na época, diz-se que o Custo de Oportunidade da decisão de investir na fábrica de giz é o quanto se deixou

de ganhar por não se construir o supermercado. Assim, o lucro “econômico” da

decisão pelo investimento na fábrica é o quanto ela produzir de resultado depois de se deduzir dele o lucro que teria sido obtido pelo investimento no supermercado [...]. Esse conceito é válido não só para decisões econômicas mas para as decisões de qualquer natureza de toda pessoa. O Custo de Oportunidade do leitor ao decidir ler essa matéria é o que ele deixou de fazer durante esse mesmo tempo. O Custo de

Oportunidade de se ir a um jogo de futebol é o churrasco perdido que ocorreu ao mesmo tempo. E assim por diante.

Segundo Nascimento (1998, p. 84), a expressão custo de oportunidade foi cunhada por David Green, em 1894.

O conceito de custo de oportunidade pressupõe a existência de duas ou mais alternativas viáveis e mutuamente exclusivas. O custo de oportunidade refere-se a algum atributo específico do objeto avaliado e o custo de oportunidade está associado ao valor de mercado dos bens e serviços utilizados. Pode-se afirmar, então, que o custo de oportunidade é quanto se deixou de ganhar ao optar por uma alternativa de aplicação de recursos em detrimento de outra.

A abordagem do custo de oportunidade é algo que pode ser mais facilmente associada à contabilidade gerencial do que a contabilidade tradicional. Encontra-se com mais frequência referências sobre custo de oportunidade em trabalhos e literatura relacionados à contabilidade gerencial e administração financeira, nos quais a abordagem contábil do custo de oportunidade está relacionada com a aplicação do conceito de juros sobre o capital próprio.

1.6.1.8 Risco

Segundo Pratt (2002, p. 35), risco é o grau de certeza ou incerteza da concretização de retornos esperados, destacando que incerteza se refere à magnitude e momento de realização dos retornos esperados. Ou seja, quanto menos certeza o investidor tem em relação a quando irá receber e qual o valor dos recebimentos, maior é o risco assumido pelo investidor. Já Gitman (2002, p. 184) diz que risco é a possibilidade de perda financeira e que a palavra risco é usada como sinônimo de incerteza e refere-se à variabilidade dos retornos associados a um ativo.

Van Horne (1997, p. 9) define o risco como a possibilidade de que o retorno efetivo desvie daquele que era esperado, relacionando assim a definição do risco com o desvio padrão de um valor esperado.

Já Securato (1996, p. 42) classifica o risco a que um ativo está sujeito em duas categorias. Risco sistemático ou não diversificável que é atribuível a fatores de mercado que afetam todas as empresas e não pode ser eliminado por meio de diversificação, e risco não sistemático ou diversificável, representado pela parte do risco associado a causas aleatórias e que pode ser eliminada com diversificação da carteira.

Gitman (2002, p. 202) diz que “O risco em seu sentido fundamental é definido como a possibilidade de um prejuízo financeiro.”

Assim, como as decisões sobre investimentos são tomadas com base em expectativas futuras, uma empresa estará em situação de risco quando existir a possibilidade de não ocorrer o resultado financeiro considerado em razão de fatos ou circunstâncias futuros inesperados e fora do seu controle.

1.6.1.9 Fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE – Free Cash Flow to Equity)

Esse modelo é gerado pela empresa após a dedução dos impostos, investimentos permanentes e variações esperadas no capital circulante líquido. Em outras palavras, seria o montante disponível para todos os fornecedores de recursos. Por isso, devemos apurá-lo antes do pagamento das dívidas, principal e juros.

Stern (apud MILONE, 2004, p, 17) identifica nesse trabalho seis variáveis fundamentais para o correto entendimento e aplicação do modelo:

a) o lucro operacional após os impostos (NOPAT – Net Operating Profit After Tax); b) a expectativa de novos investimentos de capital;

c) o custo de capital ligado ao risco do negócio (taxa de desconto); d) o ganho de impostos pelas despesas de juros;

f) o tempo que o mercado acredita que a administração pode gerar taxas de retorno maiores do que sua taxa de risco (vida útil do projeto).

Quando o autor elenca essas seis variáveis, ele procura mostrar ao profissional em busca de um modelo de avaliação os elementos que impactam efetivamente o valor de uma empresa.

Não é suficiente identificar apenas um fluxo financeiro determinado. É necessário também considerar os custos inerentes e não transparentes que possam vir a afetar o cálculo se não considerados na análise.

Também devem ser levados em conta, fatores não explícitos, tais como a vida útil do projeto, a taxa de desconto, características operacionais e tendências do segmento econômico no qual a empresa está inserida.

Brown (apud MARTINS, 2006, p. 281) esclarece que o fluxo de caixa livre disponível aos donos do capital não deve ser confundido com fluxo de caixa tradicional. Isso porque o pri- meiro conceito é gerado pelas operações correntes e está disponível para distribuição, sem que ela afete o nível de crescimento do empreendimento. Então o termo livre pode ser associado ao excedente de caixa disponível para a distribuição ou aumento de capital.

Nesse modelo, os acionistas teriam direito a todo fluxo de caixa excedente após cumpridas as obrigações financeiras da empresa e respeitadas as necessidades de novos investimentos. Segundo Damodaran (1997, p. 123), “O fluxo de caixa do acionista é, portanto, o fluxo de caixa existente após o pagamento de despesas operacionais, juros e principal, e de qualquer desembolso de capital necessário à manutenção da taxa de crescimento dos fluxos de caixa projetados.”