• Nenhum resultado encontrado

O período noturno propicia um ambiente favorável à ocorrência de crimes, visto que a noite oferece uma sensação de camuflagem para os infratores, os quais acreditam que a escuridão amplia a possibilidade de êxito de uma fuga diante da ação policial.

Por isso, a Blitz, neste período deve ser planejada e executada com adoção de procedimentos já descritos para a Blitz diurna, porém com alguns cuidados especiais, apresentados a seguir de modo a atender às peculiaridades inerentes à uma operação noturna:

a) deve ser montada preferencialmente em local com boa iluminação artificial

e que proporcione segurança tanto no aspecto de visualização do dispositivo montado, quanto nas condições de controle de perímetro. Os locais que, diante uma situação adversa, poderão ser fatores complicadores à atuação policial, devem ser evitados como aqueles próximos a desfiladeiros, pontes, aglomerados urbanos, rios, locais de grande concentração de pessoas, dentre outros;

b) a sinalização da via poderá sofrer algumas alterações para aumentar a

segurança dos envolvidos, pois desta forma é possível dar maior visibilidade à Blitz e evitar acidentes que envolvam a equipe policial e os pedestres. Cones

com dispositivo luminoso e balizadores manuais luminosos poderão ser utilizados como meios de sinalização. Em casos emergenciais, excepcionalmente, poderão ser utilizadas tochas ou latas com material combustível para queima, dentre outros;

c) os sistemas luminosos tipo giroflex garantem maior efetividade visual, à

distância, se as viaturas estiverem posicionadas longitudinalmente em relação à mão de direção e de passagem dos veículos; logo, poderá haver adaptação do posicionamento transversal descrito nos croquis e a adoção de posição paralela ao meio-fio da rua, o que propiciará maior visibilidade ao dispositivo da operação;

d) durante a abordagem noturna, tenha atenção redobrada, pois a baixa

luminosidade interfere diretamente na segurança do trânsito e na identificação de possíveis ameaças; o policial deverá manter-se no estado de prontidão adequado (ver Caderno Doutrinário nº. 1) para esta situação, o que é uma medida de prevenção decisiva para a segurança da equipe;

e) a utilização de lanternas e dispositivos de iluminação manuais para esta

operação é imprescindível, seja para a correta iluminação dos abordados e monitoramento dos pontos de foco e pontos quentes (ver Caderno Doutrinário nº. 1) durante a abordagem, seja para efetuar a busca no interior dos compartimentos do veículo e,

f) ao proceder à abordagem no período noturno, o policial deve agir de

maneira análoga às situações apresentadas para as abordagens citadas anteriormente, sempre atento às seguintes orientações particulares:

 quando não houver indício de suspeição, dialogue e tranquilize o abordado de forma a evitar uma expectativa negativa em relação à atuação policial;

 ao proceder à parada do veículo, solicite ao condutor que acenda a luz interna do veículo e mantenha as mãos em local visível, preferencialmente sobre o volante;

se o veículo possuir película de proteção (Insul-film), afaste-se e, sem bater no vidro, solicite que o condutor abra a janela lentamente. Informe ao condutor que este procedimento será necessário para segurança dos ocupantes e do próprio policial;

 utilize uma lanterna para melhor visualizar o interior do veículo, evitando apontar o foco da luz diretamente para os olhos do condutor ou dos passageiros;

 evite expor sua visão aos locais de forte iluminação (faróis), isto poderá interferir fisiologicamente na sua percepção visual e identificação rápida de um provável perigo.

Anexo “A” – Modelo de Relatório do Comandante da Operação

POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS XXX BPM

RELATÓRIO DE OPERAÇÃO - BLITZ POLICIAL 1 Local

(Rua/Av.):___________________________________________Número:______________________ Bairro: __________________________ Referência: ______________________________________ 2 Ordem de Serviço: __________________________ Número BO / BOS: ____________________ 3 Data/hora início: _________________________ Data/hora término: _______________________ 4 Efetivo:

Número PM Nome – Posto/Graduação Função

5 Viaturas

Prefixo Modelo Motorista

6 RECURSOS LOGÍSTICOS (Viaturas, armamento, rádios portáteis, coletes balísticos, coletes refletivos, cavaletes, cones, apitos, pranchetas, planilhas para registro, Lanternas, Bloco de AIT). _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ 7 MONTAGEM DO DISPOSITIVO (Escolha do local, Condições de visibilidade, posicionamento das viaturas, cavaletes e cones no dispositivo, segurança dos policiais com relação ao trânsito, previsão de abrigos para policiais nos casos de eventual emergência).

_______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________

8 ABORDAGEM POLICIAL (Posicionamento, verbalização, Integração comunitária, Postura e compostura dos policiais; preenchimento dos formulários específicos da Operação).

_________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 9 EXECUÇÃO OPERACIONAL

Quantidade de veículos abordados: __________________________________________________ Quantidade de veículos vistoriados: __________________________________________________ Quantidade de buscas pessoais realizadas: ___________________________________________

10 OCORRÊNCIAS REGISTRADAS (BO e BOS)

Número Natureza Resumo do fato Resistência Prisão

11 OBSERVAÇÕES E SUGESTÕES _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ASSINATURA COMANDANTE DA OPERAÇÃO.

Anexo “B” – Modelo de Relatório da Supervisão da Operação

SUPERVISÃO DE OPERAÇÃO - BLITZ POLICIAL

1. Local: Número: Bairro: Área BPM: 2. Ordem de Serviço: Número (BO ou BOS):

3. Data/hora início: Data/hora término: Efetivo: Viaturas (quantidade): 4. Comandante da Operação: Viatura(s) Prefixo(s):

VISÃO SISTÊMICA DA OPERAÇÃO BLITZ POLICIAL

ASSINALE COM UM “X” SUA OPÇÃO

I Ionsuficiente ( 1) R Regular ( 2) B Bom ( 3) M Muito Bom ( 4) Ó Otimo ( 5) 1. MONTAGEM DO DISPOSITIVO

1.1 Escolha do local de instalação da Blitz na via (curvas, aclives, declives, influência no tráfego). 1.2 Condições de visibilidade e luminosidade do local.

1.3 Correto posicionamento das viaturas, cavaletes e cones no dispositivo.

1.4 Segurança dos policiais no local Operação (previsão de abrigos / atenção à tentativa de atropelamento). 1.5 Materiais e equipamentos disponíveis para a execução da Operação.

2. ABORDAGEM POLICIAL

2.1 Posicionamento correto dos policiais no dispositivo, para proceder a abordagem. 2.2 Observação das normas de segurança pelos policiais no momento da abordagem.

2.3 Verbalização do policial durante toda a abordagem (firme, educado, cortês, conciso e objetivo). 2.4 Verificação dos documentos e realização de busca pessoal e veicular (se for o caso). 2.5 Integração comunitária com a comunidade próxima do local (cordialidade e simpatia do policial) 2.6 Preenchimento dos formulários específicos da Operação.

2.7 Postura e compostura dos policiais (apresentação pessoal, fardamento padrão, higiene).

3. EXECUÇÃO OPERACIONAL

3.1 Atuação específica do Selecionador (sinais de apito, gestos, seleção dos veículos).

3.2 Atuação específica do Balizador (correto posicionamento do veículo nos boxes de abordagem). 3.3 Atuação específica do Vistoriador (Quanto à abordagem, verbalização, busca pessoal e vistoria no veículo)

3.4 Atuação específica do Segurança (Posicionamento, Atenção, Rede-Rádio, Armamento adequado). 3.5 Atuação específica do Comandante (Coordenação e controle de todas as atividades)

3.6 Motivação dos policiais para a operação (Interesse, conhecimento, desenvoltura, disposição) 3.7 EPI previstos aos policiais (coletes balísticos e refletivos, armamento, lanternas, apito, prancheta). 3.8 Quantidade de veículos abordados X Período de Operação.

4. DADOS DO SUPERVISOR

4.1 Nome, Posto/Graduação: Número PM: 4.2 Supervisão (Natureza e Número):

4.3 Viatura (Prefixo): Km inicial: Km final: Km rodados: 4.4 Observações:

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 9.503, 23 set. 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial (da República Federativa do Brasil), Brasília, 1997.

BRASIL. Ministério do Exército. Estado-Maior do Exército. Inspetoria-Geral das polícias militares. Manual Básico de Policiamento ostensivo. Porto Alegre, Brigada Militar, s.d. 114 p.

Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei (CCEAL). Res. 34/169 – ONU, 1979.

FRANÇA, Júnia Lessa. Manual para normalização de publicações técnico- científicas. 8 ed. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2009.

MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando Geral. Diretriz Auxiliar das Operações (DIAO)

_____________. Polícia Militar. Manual de Prática Policial n º. 1: Abordagem, Busca e Identificação. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1984.

_____________. Polícia Militar. Manual de Prática Policial, Volume 1. Belo Horizonte/MG, 2002.

____________ Diretriz para a produção de serviços de segurança pública n. 1 de 27 de março de 2002. Emprego da Polícia Militar de Minas Gerais na Segurança Pública. Belo Horizonte, 2002.

____________ Intervenção Policial, Uso de Força e Verbalizaçao (Prática Policial Básica – Caderno Doutrinário n. 1). Belo Horizonte, 2010.

____________ Tática Policial, Abordagem a Pessoas e Tratamento a Vítimas (Prática Policial Básica – Caderno Doutrinário n. 2). Belo Horizonte, 2010.

____________ Plano Estratégico da PMMG 2009-2011. Belo Horizonte: Comando Geral, Assessoria da Gestão para Resultados, 2009.

Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei (PBUFAF), 8º Congresso das Nações Unidas – Havana, Cuba, 1990.

ROVER, Cees de. Princípios básicos sobre o uso da força e armas de fogo. In: ROVER, Cees de. Para servir e proteger. Direitos Humanos e Direito Internacional Humanitário para Forças Policiais e de Segurança: Manual para Instrutores. 4 ed. Belo Horizonte: Polícia Militar de Minas Gerais, 2009.

Documentos relacionados