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A partir do trabalho em economia solidária várias mudanças têm se apresentado para elas, tanto no pessoal quanto no grupal, como empreendedoras, como artesãs, como mães, como militantes e em geral nos diversos espaços de interação nos quais estão imersas. O processo para ter outras condições e para se pensar de uma forma diferente não só tem influído nelas, também nos seus círculos mais imediatos.

Filhos (as), netos (as), irmãs, sobrinhas e várias pessoas das famílias destas mulheres veem-se influenciadas pelo trabalho que elas fazem, na maioria dos casos têm aprendido o ofício e ajudam na fabricação e venda dos produtos. Para Sandra, sua experiência mostra para suas filhas que existem outros caminhos possíveis,

[...] Para minhas filhas com certeza meu trabalho influiu. Principalmente a maior abandonou um trabalho onde ela era gerente de um departamento e que não ganhava mal, mas infelizmente ela era pisoteada, era humilhada diante do patrão e isso que eu faço hoje me deu essa autonomia dela olhar e ver. Ela pode pensar: “olha eu posso sobreviver junto com minha mãe desse trabalho” [...] hoje eu tenho

certeza que se eu amanhã não estiver mais por aqui, ela tem essa autonomia para conseguir levar o negócio para frente. Eu sei que ela não vai sentar em uma máquina como eu sento, mas ela sabe onde tem uma costureira, sabe o modelo que ela quer fazer, sabe onde tem alguém para cortar e ela sabe onde vai vender, ela sabe os meios, ela gosta. E a outra também está pensando, ela quer sair do serviço porque ela quer se dedicar a pintura ela quer fazer sapatos artesanais, quer fazer curso, quer dizer para alguma coisa isto está servindo.

Porém, não só o legado destas mulheres com seu oficio fica na memória de suas famílias e daqueles que conhecem seu trabalho, também as reflexões construídas e as mudanças de vida tornam-se um modelo que apresenta que outro mundo pode ser possível. Para Daniele, é grato observar as transformações da sua filha, saber que ela aprendeu a se valorizar, a se defender do racismo e dos preconceitos,

Minha filha teve o cabelo Black, de trança, corto careca, teve que pintar o cabelo de branco para a Vela Internacional, então eu fico feliz de ver isso nela, porque ela aprendeu que ela é bonita e negra com cabelo ou sim cabelo, hoje ela usa o cabelo crespo, mas é uma opção dela, assim como eu falo para ela, o cabelo cai e cresce na hora que você quiser. Então não se prenda a isso, se você quiser alisar, então alisa, eu faço isso comigo, se quiser deixar duro deixo, se quiser trançar tranço, se quiser ele amarelo, azul, rosa [...] as jovens negras são perfeitas, elas estão magníficas, elas usam o que sabem, se fazer racismo contra elas, elas dão um show, elas falam comigo: não, de jeito nenhum.

Para Esther, o fato de desenvolver um trabalho que, além de ganhos econômicos, gera frutos para elas e para as demais pessoas é o que revela a importância do mesmo. Para ela, utilizar as prendas que desenha e costura é uma forma de divulgação do seu trabalho, ao mesmo tempo em que rompe com padrões de beleza estabelecidos e apresenta outras possibilidades em todos os espaços que ocupa,

[...] Nosso trabalho é importante porque ensina. Eu cresci dizendo que eu era feia na escola, tinha tias que falavam isso, elas me falavam que eu era feia, eu cresci ouvindo isso e hoje não é que eu não seja uma mulher linda, é que eu não sigo os padrões preestabelecidos. Então eu chego nos lugares e eu estou vestida diferente, eu estou com penteado diferente, estou com turbante, então as pessoas falam olha que linda, mais eu sei que não é linda de ser esse fisicamente linda, eu sei que eu tenho um padrão diferente.

Contudo, durante as entrevistas, quando foi feita a pergunta sobre o projeto de vida a cada uma delas, encontrou-se nas respostas da maioria das mulheres que existe uma ideia de projeto de vida restringida. Por sua experiência de vida, não idealizam projetos a longo prazo, mas fazem planos para um espaço de tempo curto. Como afirma Daniele, “não acostumo fazer muitos planos ao longo prazo, porque a gente

não sabe que de a vida [...] eu vou de pouquinho em pouquinho”. Do mesmo modo acontece com Sandra:

[...] Não imagino muitas coisas para meu futuro não, primeiro lugar, eu sou muito assim pé no chão [...] eu venho ao longo da minha vida fazendo alguns contratos, são alguns contratos de convivência que eu vou fazendo e que não me permitem muito ficar pensando no que me espera, no que eu vou fazer, quais são as minhas perspectivas os meus sonhos para daqui a alguns anos. Vou aos poucos porque aprendi que quanto mais você planeja menos você consegui fazer, e que o destino muitas vezes é muito cruel.

Para elas, seus projetos de futuro estão mais vinculados com suas famílias, em construir um caminho para eles, em oferecer melhores condições que as que elas tiveram. A experiência de vida tem lhes ensinado a se proteger, cuidar seus desejos. O temor a ser machucadas em suas esperanças faz com que, como elas mesmas dizem, “a gente vai aos poucos”. Concretamente, para Elena, a ideia de futuro se centra na família e nas possibilidades de ter um lar melhor:

[...] Uno espera que esto (el trabajo) le ayude a estudiar a sus hijos y a tener una casita digna […] por ejemplo que tuviera su acueducto, su alcantarillado, tuviera una tacita higiénica, tuviera su bañito bien adecuado.

Com o deslocamento, as perdas foram tantas e de tantos tipos, que o mais profundo desejo delas é ter uma vida tranquila. Abigail acredita que está construindo um caminho para melhorar cada vez mais suas condições e as de seus filhos. Ela pensa principalmente nas oportunidades que podem surgir para garantir o bem-estar deles, para que, como ela diz, “no sufran lo que yo he sufrido”. Mas também expande seus propósitos e deseja ensinar a outras mulheres aquilo que tem aprendido:

[...] Todo está bien ahora, porque le doy gracias a dios todo lo que yo he aprendido aquí y espero aprender más porque tampoco me quiero quedar así, quiero estar mejor y darle cosas a mis hijos. Quisiera enseñarle a otros lo que uno hace acá, por ejemplo lo de las muñecas para que tengan trabajo.

Seja pela pressão das necessidades que não permitem esperar, ou pela iniciativa de criar alternativas diferentes e com impacto, o trabalho desenvolvido por estes grupos revela que é possível passar das propostas às ações para ter autonomia, independência, liberdade e para iniciar um caminho que permita a transformação e superação das desigualdades sociais.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Criar para resistir e transformar

O objetivo principal desta pesquisa foi fazer um estudo comparativo de dois casos, identificando transformações na vida de mulheres negras a partir da sua participação em práticas da economia solidária. Soube-se nas primeiras linhas que comparar duas realidades que por momentos tornaram-se tão distantes iria constituir um desafio ainda maior ao que implicava a indagação em cada grupo. Porém, foram as falas das mulheres as que permitiram traçar um caminho que foi paulatinamente desvendando encontros e desencontros.

A seguir são apresentados alguns pontos a modo de considerações finais que, mais que esgotar o tema, são um convite para continuar e ampliar as discussões apresentadas neste texto, propor novas perguntas e revisitar as perguntas feitas.

Uma das maiores dificuldades da economia solidária é o risco que corre de ser absorvida pelo sistema capitalista para ser usada como meio de evasão das responsabilidades dos Estados na garantia dos direitos da sua população. Daí que aparente ser uma estratégia fraca. Porém, estes grupos de mulheres demonstram que suas demandas para com o Estado ao contrário de desaparecer se fortalecem através dos aprendizados e discursos construídos, e se concretizam em exigências pontuais no que se refere a seu trabalho. Assim, criticam a ausência e insuficiência do Estado para apoiar estas formas alternativas de trabalho, para desenhar e executar políticas de maior impacto em termos de alcances e quantidade de pessoas beneficiárias.

Nesse sentido, os avanços que possam surgir a partir da economia solidária dependem, por uma parte, da vontade política para apoiar estas iniciativas. E por outra, de mudanças em termos sociais para superar as situações de machismo e racismo, que, embora, no caso das integrantes dos grupos focos desta pesquisa, tenham diminuído, ainda permanecem afetando o avanço dos seus projetos.

Contudo considera-se que dado o contexto de capitalismo exacerbado em que aparecem os projetos dos grupos foco desta pesquisa, em nosso entender estes constituem por si mesmos propostas decoloniais de resistência e transformação. Embora localizadas, e em pequena escala, são propostas que demonstram ser

transgressoras de uma ordem que tenta restringir o campo de possibilidades de uns grupos, em nosso caso mulheres negras, para encaixá-los entre explorados e excluídos. Nesse sentido, ambos os grupos optam pela economia solidária como estratégia econômica, mas não simplesmente focada na geração de renda. Trata-se de uma forma diferente de produção, que se centra na qualidade de vida das pessoas e no trabalho coletivo.

Transgressora, já que são elas as que criam as regras da sua organização, dos horários e das formas de trabalho, e porque têm encontrado uma forma de trabalho que nasce da sua vontade e da satisfação sobre o que fazem. Não é um trabalho imposto ao naturalmente designado. Mas também transgressora porque aquilo que produzem não se guia pelos padrões de beleza impostos, do aceitável, do estético. Transgressora porque produzem para aqueles que o sistema se esforça por excluir da maioria de espaços da vida social ou que pretende relegar a aqueles menos valorizados. E também porque seus produtos não são meros objetos, porque eles estão carregados de significantes, de história, de memória, de resistência, porque valorizam a identidade negra, embora se tenha tentado apagá-la.

Os projetos dos grupos são transgressores porque mesmo que tenham estado sempre permeados por instabilidades, por deficiências geradas pelos contextos nos quais se desenvolvem e pelas dificuldades que atravessam a vida das integrantes, estes têm conseguido se manter ao longo do tempo, sendo replicados em seus valores a outros espaços da vida das mulheres, dando-lhes reconhecimento e status nos grupos imediatos que atingem.

E, finalmente, transgressores porque a partir deles amplia-se o campo de atuação destas mulheres, permitindo-lhes estar em espaços que antes eram limitados ou simplesmente negados. O projeto destes grupos de mulheres constitui um modelo para a participação, o trabalho e a integração de outras mulheres.Desta temática ficam ainda muitas perguntas por responder, principalmente levando em conta que tratou- se de estudos de casos. Nesse sentido, valeria a pena indagar se estas transformações surgem em outros grupos e em outros países. Se a influência de políticas públicas para apoiar este tipo de empreendimento afetaria positiva ou negativamente suas potencialidades. Ou verificar também se estes projetos se sustentam ao longo do tempo, se têm mudado, desaparecido ou evoluído. Ao final as possibilidades de pesquisa são infinitas.

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