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6.1.2 – BPR-5 RA – Raciocínio Abstrato

No documento Teste Psicotécnico (páginas 52-81)

Este teste mede a capacidade do candidato de estabelecer relações abstratas em situações novas para as quais se possui pouco conhecimento previamente aprendido. Trata-se de entender qual a transformação efetuada em uma figura e a usar em outra figura apresentada. Assim como era necessário no teste de raciocínio verbal entender qual a relação entre as palavras, aqui é necessário entender a relação entre as figuras. Ficará mais claro quando explicarmos todos os testes a seguir. O tempo de execução é de 12 minutos.

Comecemos pelos exemplos dados na capa do teste (que são feitos pelo psicólogo que aplica a prova antes de os candidatos passarem de fato a prova). Colocaremos os desenhos e explicaremos a resposta.

Esta era bem fácil (me lembra os testes que a esfinge do antigo Rá Tim Bum fazia... hahaha). A figura (1) foi apenas diminuída – figura (2). Portanto, a figura (3) tem que passar pelo mesmo processo – logo a resposta certa é um quadrado menor. O quadrado menor é a letra C – que é a resposta correta.

Um pouco mais difícil que o anterior, mas ainda fácil. A figura 1 apenas foi envolta por um círculo. Assim, a resposta correta será a figura 3 envolta por um círculo, ou seja, a figura A.

Assim como quadrado completa-se após a transformação, assim deve fazer o círculo. Portanto, a figura correta é um círculo completo.

Terminamos com os exemplos. Vamos agora aos testes verdadeiros. Vocês verão que nem todos são tão fáceis quanto esses exemplos...

O círculo cortado ao meio na horizontal é recortado mais 4 vezes neste sentido na figura exemplo. Assim, o círculo cortado na vertical deve ser cortado mais quatro vezes. Para não ficar apenas nas palavras, a partir desse demonstrarei com desenhos a resolução. Nesta fica claro que a resposta correta é a letra B.

A única diferença entre a primeira figura e a segunda é o deslocamento da figura do centro para baixo. Portanto, a mesma transformação deve ser esperada para o losango. Esta é a figura mostrada em C. Veja:

Sem complicar, a operação realizada foi substituir o triângulo por uma linha horizontal oposta ao lado onde ele se encontrava. Fazendo a mesma operação, chegamos a E.

O círculo é picotado em quatro partes e duas opostas pelo vértice são retiradas. Além disso, acrescenta-se um ponto preto. Fazendo o mesmo com o retângulo, obtemos a figura D.

A transformação agora é a retirada da linha diagonal e do círculo central e a substituição deles por dois círculos. Fazendo o mesmo, chegamos a A.

Observe que nessa figura é necessário observar as opções dadas. Poder-se-ia ter sido trocado a linha vertical e se chegar a uma transformação possível. Porém, esta opção não é uma das alternativas dadas. Veja:

A transformação agora proposta é a eliminação das linhas diagonais e a inversão dos pontos pretos da linha vertical para a linha horizontal. Fazendo isso, chegamos a D.

A transformação consiste em girar a figura, preenchê-la e fazer a linha girar 45º. Fazendo isso com a outra figura, chegamos a B. Outra forma de chegar na resposta é perceber que a figura que será transformada embaixo é a mesma que a de cima, apenas girada 90 graus. Portanto, a solução será a figura transformada girada de 90 graus. Essa forma é mais fácil e será a que representarei abaixo.

A transformação aqui é cortar duas faixas laterais do desenho, ficando com a parte central. Fazendo isso a outra figura, ficamos com a figura representada na letra C.

A transformação pode ser vista de mais de uma maneira. Uma delas é vendo como uma transformação da linha + círculo, que diminui e fica com o círculo mais escuro. Aplicando uma transformação do mesmo tipo na segunda figura, chegamos a figura A.

Essa é relativamente fácil. As linhas diagonais foram alongadas no quadrado. Fazendo o mesmo no círculo, chegamos a C.

A transformação é simplesmente a retirada da parte que não é cinza na figura. Fazendo isso na figura de baixo, chegamos a resposta correta – letra E.

A transformação realizada envolveu inverter a figura verticalmente, manter a linha diagonal e retirar a linha central. Fazendo isso com a outra figura chegamos à figura D.

Aqui várias operações foram realizadas. Porém, neste caso o mais fácil é fazer a equivalência das quatro figuras. Na primeira figura o que era canto pontiagudo virou canto arredondado, o que era cinza claro ficou escuro e vice-versa e houve um giro de 180 graus na horizontal seguido de outro na vertical. Fazendo a mesma coisa com a outra figura, chegamos a figura A. Com um pouco de atenção seria possível excluir todas figuras, com exceção de A e E. Aí seria suficiente comparar a direção da figura central nas duas figuras que serviram de base para a transformação.

A transformação aqui envolve adicionar uma linha horizontal e trocar as duas bolas no sentido horário. Fazendo isso, chegamos na parte de baixo a figura B.

Aqui a figura foi girada 45 graus e teve o centro pintado de preto. Fazendo o mesmo com a figura de baixo, chegamos à figura A.

Aqui a transformação consiste simplesmente em uma inversão horizontal seguida de uma inversão vertical. Fazendo essas etapas na figura de baixo chegamos a figura D.

Aqui há uma troca entre os símbolos na ponta das linhas. Observando a transformação, vemos que o X se movimenta uma casa no sentido horário e o símbolo que estava no outro lado em relação ao x também se desloca e muda de cor. Já os símbolos da outra flecha desaparecem. Fazendo isso com a outra figura, chegamos à resposta correta - letra C.

Porém, em minha opinião esse item tem duas respostas corretas. Vejamos na figura abaixo. Esta transformação é até mais simples do que a considerada correta. De qualquer forma, o que vale é a resposta anterior (que é a do gabarito).

Esta era bem fácil também. A transformação era simplesmente o preenchimento da figura mais interna com a cor preta (além disso, a figura central diminui após a transformação). Portanto, letra B. Poderia surgir dúvida quanto a A ser a resposta correta. Porém, atentos a figura veríamos que em A há um quadrado e não um retângulo no interior da figura, como esperado.

Aqui os lados que estão lateralmente ao lado preto ficam pretos e os demais desaparecem. Fazendo isso, chegamos a resposta – letra E.

Aqui a transformação envolve acrescentar um lado a figura geométrica e uma linha ao centro da figura. Fazendo isso, chegamos na segunda figura transformada como sendo a figura C.

Muitas transformações envolvidas: a figura maior fica menor e passa para a parte superior esquerda, a figura em forma de linha é invertida horizontalmente, a segunda maior figura fica menor e vai para a direita e para baixo, as outras figuras se movem e mudam de cor. Fazendo essas sequências de operações com a segunda figura, chegamos à figura B. O mais fácil é ir observando cada mudança da primeira figura e observar se ela é realizada na segunda figura que está sendo dada como resposta. Em caso negativo, exclui-se esta resposta. Fazendo isso, chega-se a resposta correta.

Na transformação, a figura geométrica central desaparece e as outras rodam no sentido anti-horário. Fazendo isso com a outra figura, chegamos à letra A.

Este teste é bem parecido com o 21. Precisamos observar qual operação é realizada com qual figura e aplicar esta mesma transformação à figura equivalente na figura de baixo, vendo se a resposta concorda com esta transformação. Vale ir testando as transformações e excluindo respostas. A resposta correta é a letra E. Reparar que a inversão entre linha vertical e duas linhas horizontais é realizada de maneira inversa entre as duas figuras.

Aqui a transformação envolve girar o triângulo 120 graus no sentido horário e o círculo 90 graus no sentido horário também. Fazendo isso com a segunda figura, chegamos a resposta certa – letra D.

Uma forma de entender essa transformação é pensar que as duas figuras entrelaçadas têm um lado preto e outro branco e que a transformação é observar o lado inverso ao que foi mostrado inicialmente (as costas da figura). Fazendo isso, chegamos a letra E.

Terminamos aqui os exercícios de raciocínio abstrato da bateria BPR-5. Duas observações importantíssimas: 1 – não é possível riscar nenhum caderno durante o exercício, logo os exercícios devem ser feitos mentalmente (isso dificulta bastante a resolução, por isso entenda bem as resoluções), 2 – é difícil terminar todos os testes (por isso não perca tempo – pule ou chute se necessário).

Agora vamos aos intervalos percentílicos. A tabela está abaixo. Na Polícia Federal era necessário atingir um percentil maior ou igual a 45%. Isso, se a tabela usada era a mesma, algo de que não tenho certeza – tenho a impressão pela minha nota e pelo tanto que lembro de ter respondido que era mais fácil atingir altos percentis. Acredito que em torno de 17 acertos seria suficiente para a aprovação.

Acertos Percentil 15 5 16 10 17 20 18 30 20 50 21 70 22 80 23 90 24 95

Passemos agora a outro dos testes da bateria BPR -5: o de Raciocínio Espacial. Este foi o último dos três que foram aplicados desta bateria no último concurso da Polícia Federal.

No documento Teste Psicotécnico (páginas 52-81)