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EXERCÍCIOS

BRANDURA ETC

Esta expressão relaciona-se com o delito de condescendência criminosa tipificado no CP nos seguintes termos:

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

No caso em questão, Maria não toma nenhuma providência por clemência. Sendo assim, caracteriza o delito de condescendência criminosa.

31. (FCC / Analista Judiciário - TRT / 2004) Aldo é alto funcionário público da Secretaria da Fazenda do Estado e, valendo-se do prestígio de seu cargo, procurou funcionário da Prefeitura Municipal de sua cidade e solicitou que desse andamento rápido ao processo de aprovação da planta de reforma de sua residência. Nessa situação, Aldo

A) cometeu crime de prevaricação, porque praticou ato de ofício irregular para atender a interesse pessoal.

B) cometeu crime de advocacia administrativa, porque patrocinou interesse privado perante a administração pública.

C) praticou crime de concussão, porque, em razão de seu cargo na área estadual, seu pedido implicou verdadeira exigência.

D) não cometeu crime contra a administração pública, porque não patrocinou interesse alheio privado perante a administração pública.

E) praticou delito de excesso de exação, porque se excedeu nos limites das suas funções públicas.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Essa questão normalmente também confunde os candidatos. Perceba o que dispõe o Código Penal sobre o delito de advocacia administrativa:

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário

Observe que o tipo exige o patrocínio de INTERESSE PRIVADO.

Desta forma, se o funcionário usa de seu prestígio para patrocinar interesse próprio, não há que se falar em crime contra a Administração Pública.

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32. (FCC / Analista Judiciário - TRT / 2004) Paulo, funcionário público municipal, é responsável pelo vestiário do Clube Esportivo Municipal e, durante uma partida de futebol, subtraiu R$ 200,00 da carteira de um jogador que havia deixado seus haveres sob sua guarda. Nesse caso,

Paulo

A) praticou delito de corrupção ativa.

B) não praticou crime contra a administração pública. C) cometeu crime de peculato doloso.

D) cometeu crime de excesso de exação. E) praticou delito de prevaricação.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Paulo apropria-se de dinheiro particular de que tem posse em razão do cargo. Sendo assim, comete peculato doloso.

33. (CESPE / DPC-FAEPOL/ 2003) Ao ser preso por portar certa quantidade de substância entorpecente para uso próprio, Lucas oferece a quantia de cinqüenta reais a Flávio, policial militar, que, não concordando com a quantia, pede o dobro para não conduzi-lo à delegacia de polícia. No exato momento em que Lucas está entregando o valor acordado, o oficial de supervisão, Fábio, surpreende os dois e os leva para a delegacia de polícia, onde apresenta o fato à autoridade policial, informando que o valor apreendido foi de cinqüenta reais. Indique o(s) delito(s) perpetrado(s) por Lucas, Flávio e Fábio, respectivamente, desconsiderando a posse da substância entorpecente:

a) corrupção ativa; corrupção passiva; peculato;

b) corrupção passiva; concussão; apropriação indébita; c) corrupção passiva; corrupção ativa; prevaricação; d) corrupção ativa; concussão; peculato;

e) corrupção ativa; corrupção passiva; apropriação indébita.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Vamos analisar o caso.

Lucas oferece determinada quantia ^ Corrupção ativa.

Flávio solicita e recebe vantagem indevida ^ Corrupção Passiva.

Lucas fica com cinquenta reais apropiando-se de dinheiro que passou a ter posse em razão do cargo ^ Peculato.

34. (FCC / Promotor de Justiça - MPE-CE / 2009) NÃO constitui crime contra a administração da justiça:

A) favorecimento real. B) patrocínio infiel. C) denunciação caluniosa. D) exploração de prestígio. E) desobediência. GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Esse tipo de questão, muitas vezes, faz com que o candidato se desconcentre e pense: MAS ISSO NÃO ESTÁ NO EDITAL!

Todavia, perceba que basta o conhecimento de que o crime de desobediência é crime contra a Administração Pública.

Sem dúvida, se essa questão aparece em sua PROVA, muitos entrarão com recurso. Entretanto, é melhor não depender da ESAF e matar logo a questão!

35. (ESAF / AGU / 1998) A, funcionário público, para satisfazer interesse pessoal, deixa de cumprir mandado judicial. A pratica o crime de:

A) Prevaricação

B) Corrupção passiva C) Violência arbitrária D) Concussão

E) Desobediência a decisão judicial

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: A questão exige o conhecimento da tipificação referente ao peculato, definida no artigo 319:

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Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

No caso em tela, o funcionário deixa de praticar indevidamente ato de ofício (mandado judicial) para satisfazer interesse pessoal.

36. (ESAF / PROCURADOR - BACEN / 2002) "A", funcionário público, que é o responsável por estabelecimento hospitalar estadual, exige dos segurados pagamento adicional pelos serviços prestados. Nesta hipótese, "A" responderá por:

A) corrupção ativa. B) apropriação indébita. C) corrupção passiva. D) concussão. E) extorsão indireta. GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Perceba que o núcleo do tipo apresentado na questão é o verbo EXIGIR. Sendo assim, temos o delito de concussão, tipificado nos seguintes termos:

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida

37. (Analista Judiciário - TRT / 2004) João é o funcionário público responsável pelo abastecimento de veículos da Prefeitura de uma cidade. O motorista de um veículo oficial solicitou que abastecesse um veículo particular de sua propriedade, dizendo que iria utilizá-lo em serviço. João atendeu e efetuou o abastecimento, negligenciando quanto à verificação da existência de autorização para tanto e quanto à veracidade da afirmação feita pelo motorista, que viajou com a família para o litoral. João, nesse caso,

A) cometeu crime de peculato culposo.

B) não praticou crime contra a administração pública. C) praticou delito de corrupção ativa.

D) cometeu crime de condescendência criminosa. E) praticou delito de prevaricação.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: João comete o peculato culposo, pois foi negligente em sua atuação, concorrendo para o delito do funcionário (motorista).

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.

[...]

§ 2° - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem[... ]

38. (ESAF / CGU / 2006) A (funcionário público federal), nessa qualidade, com intuito de prejudicar B (contribuinte), exige contribuição social que sabia indevida. A comete o crime de:

A) Extensão. B) Estelionato. C) Excesso de exação. D) Violência arbitrária. E) Concussão. GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Falou em exigência de tributo ou contribuição social, automaticamente você deve lembrar do excesso de exação, que se encontra tipificado nos seguintes termos:

Art. 316 [... ]

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§ 1° - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza

39. (ESAF / CGU / 2008) Godofredo (funcionário público federal), procrastina, indevidamente, ato de ofício, previsto em lei, o qual deve ser executado em prazo prescrito para que produza seus efeitos normais, para satisfazer sentimento pessoal. Godofredo comete o crime de:

A) Advocacia administrativa. B) Prevaricação. C) Condescendência criminosa. D) Concussão. E) Excesso de exação. GABARITO: B

COMENTÁRIOS: A ESAF tenta confundir o candidato ao utilizar o termo "procrastinar", que nada mais é do que um sinônimo para "retardar". Ao entendermos esta palavra, e com a informação de que o indivíduo visa satisfazer sentimento pessoal, não resta dúvida de que se trata do crime de prevaricação:

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal

40. (ESAF / Procurador-MF / 1998) "Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório" (Lei n° 8.666/93, art. 94) se consuma quando o agente:

A) abre o documento

B) leva o documento fechado a outrem

C) comunica a terceiro o conteúdo do documento D) recebe o documento fechado

E) toma conhecimento da proposta

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: A questão exige o conhecimento do delito de violação do sigilo de proposta de concorrência, assim disposto no CP:

Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo

Como vimos em nossa aula, a consumação ocorre no momento em que o funcionário ou o terceiro toma conhecimento do conteúdo da proposta.

41. (ESAF / AFT / 2003) Assinale a opção correta. José da Silva, funcionário público municipal, encontrava- se em serviço na caixa de recebimentos de impostos prediais, local próprio para pagamentos de tributos em atraso. No final do dia, ao invés de depositar todos os valores recebidos na conta da Fazenda Pública, desviou dois cheques com a ajuda do bancário João, depositando-os em sua conta particular, pretendendo devolver a importância aos cofres públicos no prazo de 3 dias.

A) se José da Silva restituir a importância devida aos cofres públicos antes da sentença, será extinta a sua punibilidade.

B) João responderá em co-autoria por peculato culposo.

C) José da Silva não faz jus à extinção da punibilidade mesmo que restitua a importância, pois cometeu crime de peculato doloso.

D) João não responderá de modo algum em coautoria com José de Silva.

E) José da Silva não cometerá qualquer crime se devolver a importância aos cofres públicos antes do recebimento da denúncia já ofertada pelo Ministério Público.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: NÃO EXISTE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE NO CASO DO

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