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Antes da constituição da Telebrás em 1972 existiam mais de 900 empresas de telecomunicação operando no Brasil. Entre 1972 e 1975, a Telebrás e suas subsidiárias operadoras (coletivamente, o "Sistema Telebrás") adquiriram a grande maioria das outras empresas de telefonia existentes no Brasil, passando, desta forma, a ter praticamente o monopóli o sobre o fornecimento de serviços públicos de telecomunicações em quase todo território nacional.

Em 1995, o Governo Federal iniciou uma reforma no sistema dos serviços de telefonia do Brasil, editando a Lei nº 9295, em julho de 1996. Em julho de 1997 o Congresso Nacional aprovou a Lei n.º 9.472 (a "Lei Geral de Telecomunicações"), e o Poder Executivo, por meio de diversos atos normativos relativos ao setor de telecomunicações (em conjunto com a Lei Geral de Telecomunicações, a "Regulamentação das Telecomunicações"), dispôs sobre novas diretrizes para o setor, introduzindo a competição e prevendo a privatização da Telebrás. A Lei Geral de Telecomunicações também criou a Anatel, uma agência independente de regulamentação do setor de telecomunicações.

Em janeiro de 1998, durante os preparativos para a pré-estruturação e privatização do Sistema Telebrás, as operações de serviço móvel celular das subsidiárias operadoras da Telebrás foram desmembradas em empresas distintas, ainda sob o controle da Telebrás, conforme autorizava a citada Lei nº 9295/96. Em maio de 1998, a Telebrás foi reestruturada para formar, além da Telebrás, 12 novas empresas controladoras ("Novas Empresas Controladoras") por meio de um procedimento previsto na Lei n.º 6.404/76, denominado cisão. A quase totalidade dos ativos e passivos da Telebrás, inclusive as ações das subsidiárias operadoras do Sistema Telebrás, foi vertida para as Novas Empresas Controladoras.

As Novas Empresas Controladoras, juntamente com suas respectivas subsidiárias, incluem (a) oito fornecedoras de serviços de telefonia móvel celular, cada uma operando em uma das oito regiões pré- determinadas , (b) três fornecedoras de serviços de telefonia fixa, cada uma delas fornecendo serviços de telefonia local e intra-regional de longa distância em uma das três regiões pré-determinadas (cada uma delas doravante denominada uma "Região de Telefonia Fixa"), e (c) a Embratel , que presta serviços de telefonia fixa de longa distância domésticos e internacionais, em todo o território brasileiro.

A Tele Norte Leste Participações S.A. tornou-se uma das quatro fornecedoras de serviços de telefonia fixa no Brasil. A Companhia passou a controlar as 16 ( dezesseis ) subsidiárias (vide quadro abaixo), autorizadas a prover os serviços de telefonia fixa em seus respectivos Estados, além de outros serviços de telecomunicações como dados, por exemplo. Em assembléias realizadas nas 16 empresas em 02 de agosto de 2001, a Telecomunicações do Rio de Janeiro S/A incorporou as demais 15 empresas. Em 21 de setembro de 2001 passou a adotar a denominação Telemar Norte Leste S/A. 1) Telecomunicações do Rio de Janeiro S/A;

2) Telecomunicações de Minas Gerais S/A; 3) Telecomunicações do Espírito Santo S/A; 4) Telecomunicações da Bahia S/A;

5) Telecomunicações de Sergipe S/A; 6) Telecomunicações de Alagoas S/A; 7) Telecomunicações de Pernambuco S/A;

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8) Telecomunicações da Paraíba S/A;

9) Telecomunicações do Rio Grande do Norte S/A; 10) Telecomunicações do Ceará S/A;

11) Telecomunicações do Piauí S/A; 12) Telecomunicações do Maranhão S/A; 13) Telecomunicações do Pará S/A; 14) Telecomunicações do Amapá S/A; 15) Telecomunicações do Amazonas S/A; 16) Telecomunicações de Roraima S/A.

Em 29 de julho de 1998, efetivou-se a privatização das novas holdings, tendo as seguintes empresas adquirido 51,76% do capital votante da Tele Norte Leste Participações S.A., observadas suas respectivas participações no Consórcio montado para este fim: Construtora Andrade Gutierrez S.A. (21,20%), Inepar S.A. Indústrias e Construções (20,00%), Macal Investimentos e Participações Ltda. (20,00%), Fiago Participações S.A. (18,70%), Brasil Veículos Companhia de Seguros (10,05%) e Companhia de Seguros Aliança do Brasil (10,05%).

Em 08 de abril de 1999, simultaneamente com todas as suas operadoras controladas, foi adotada a marca TELEMAR com objetivo de promover uma única identidade corporativa entre as empresas do grupo.

A Região Abrangida pelas Concessões Detidas pela Telemar Norte Leste

As Concessões compreendem uma área de aproximadamente 5,4 milhões de quilômetros quadrados, representando

Durante o ano de 2001, a história da Companhia foi marcada por dois extraordinários eventos: 1. A execução de um plano de investimentos, que totalizou cerca de R$ 7,7 bilhões, com o

objetivo principal da antecipação das metas de universalização estabelecidas no contrato de concessão para o ano de 2003. O Plano de Antecipação de Metas (PAM) da TELEMAR elevou a Companhia à condição de maior operadora de telefonia fixa da América Latina, com mais de 18 milhões de linhas instaladas e 14,8 milhões de linhas em serviço. Para alcançar essas metas, a TELEMAR realizou obras em mais de 12 mil localidades, tendo instalado cerca de 5,3 milhões de novas linhas apenas em 2001. Só na Região I, área que reúne 16 Estados das Regiões Norte, Nordeste e Sudeste, já contamos com mais de 724 mil telefones públicos, praticamente o mesmo número existente em todo o país apenas três anos atrás.

2. A consolidação das 16 empresas operadoras do STFC, controladas pela Tele Norte Leste Participações S.A., em apenas uma companhia. Essa reorganização societária, esperada desde a privatização, em julho de 1998, foi realizada com a incorporação de 15 operadoras estaduais de telefonia fixa pela antiga Telerj, que alterou sua denominação social para TELEMAR NORTE LESTE S.A. A operação representa um importante marco na história da TELEMAR em função da economia de custos e despesas decorrente do aumento de eficiência operacional, administrativa, financeira e fiscal, que resulta em significativos benefícios para a própria empresa e, conseqüentemente, para os seus acionistas.

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A Assembléia Geral de Acionistas de 2 de agosto de 2001, que autorizou a reorganização societária, aprovou a criação de uma nova classe de ações, preferenciais classe “A”, que foram entregues aos detentores de ações preferenciais (de qualquer classe) das empresas incorporadas. A Assembléia aprovou ainda a transformação das antigas ações preferenciais da Telerj em preferenciais classe “B”. Foi estabelecida, também na Assembléia, a possibilidade de os detentores de ações ordinárias de todas as empresas, bem como os detentores de ações preferenciais classe “B” da Telerj, converterem suas ações em preferenciais classe “A” da nova empresa.

Em conseqüência da incorporação realizada e das conversões efetuadas pelos acionistas, o capital social da TELEMAR NORTE LESTE ficou constituído conforme a seguir:

Classe de Ações Quantidade (em milhões) Ações Ordinárias 107.187,0 Ações Preferenciais “A” 136.088,4 Ações Preferenciais “B” 2.071,6

TOTAL 245.347,0

O capital social da Companhia foi aumentado, pelas incorporações realizadas, de R$ 3.271.987 mil para R$ 7.088.099 mil.

Desempenho Operacional

A planta instalada da TELEMAR, em dezembro de 2001, atingiu 18,059 milhões de terminais instalados, refletindo uma expansão de 41,2% em relação ao total registrado no final de 2000. Foram instalados 5,265 milhões de novas linhas somente em 2001.

A planta em serviço, no mesmo período, atingiu 14,816 milhões de linhas, indicando aumento de 25,4% em relação ao ano anterior. O crescimento da planta em serviço foi inferior ao da planta instalada em decorrência do desligamento de linhas por inadimplência. Durante o exercício de 2001 foram desligados 2,289 milhões de linhas por falta de pagamento após 90 dias de atraso

.

Durante o ano de 2001, a TELEMAR passou a adotar uma política de bloqueio e desligamento de linhas muito mais restritiva, resultando num total de cerca de 945 mil linhas bloqueadas por atraso no pagamento ao final do ano. Desse total, cerca de 60% apresentavam bloqueio parcial – linhas inabilitadas para realização de chamadas por atraso de 30 dias – e os outros 40% estavam com bloqueio total – terminais inabilitados para realizar e receber chamadas por atraso superior a 60 dias.

A taxa de utilização da planta instalada, que nos três anos anteriores se situou na faixa de 89% a 92% da capacidade, diminuiu para 82% no final de 2001.

Ressalte-se que em apenas três anos a planta instalada mais do que dobrou (+ 106%) e a planta em serviço expandiu-se em 90%, no mesmo período, atendendo plenamente à demanda reprimida existente na Região I.

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O esforço despendido pela TMAR para antecipar as metas de 2003 resultou em investimentos significativos também na planta de telefones públicos. Desde a privatização, em julho de 1998, a planta de telefones públicos expandiu -se em 194%, passando de 246 mil para os atuais 724 mil “orelhões”.

O grau de digitalização da planta instalada, um dos indicadores estabelecidos pela Anatel para aferir a qualidade da rede, passou de 89,6% em dezembro de 2000 para 97,1% em dezembro de 2001. Cerca de 17,6 milhões de linhas instaladas encontram-se conectadas a centrais digitais, total três vezes superior ao existente na data da privatização do sistema Telebrás. Esse indicador supera amplamente a meta de 85% estabelecida pela Anatel para dezembro de 2001, assim como o indicador de 95% estabelecido para dezembro de 2003.

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