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C AMPANHA E LEITORAL – D IREITO DE R ESPOSTA

No documento Eleições 2006 Ementário (páginas 22-38)

• Pedido de direito de resposta. Crítica política que, embora contundente, não dá ensejo à concessão de direito de resposta. Representação que se julga improcedente.

Acórdão na Representação no 1.309, de 26.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido formulado.

• Direito de resposta. Menção a fatos amplamente noticiados na mídia. Ausência de imputação da prática de atos ilícitos pelo candidato à reeleição. Crítica política que, embora dura, não autoriza a concessão do direito de resposta. Representação julgada improcedente.

Acórdão na Representação no 1.305, de 26.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido formulado.

• Referência a candidato, no sentido de “barrar 69 CPIs”, configura crítica política, não ensejando a concessão de direito de resposta. Representação que se julga improcedente.

Acórdão na Representação no 1.304, de 26.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido formulado.

• Representação. Eleições 2006. Direito de resposta. Candidatos ao cargo de presidente da República. Propaganda eleitoral gratuita. Inserção. Televisão. Plano de governo. Distribuição gratuita de remédios à população. Afirmação sabidamente inverídica não configurada.

Acórdão na Representação no 1.302, de 26.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido formulado.

• Imprensa livre. Estado democrático de direito.

Sem uma imprensa livre, não é dado falar da existência de um Estado democrático de direito.

Direito de resposta. Veículo de comunicação. Art. 58 da Lei no 9.504/97. Estampando a matéria informação, ao público, de fatos relativos a certo acontecimento, não se tem espaço para a observação do disposto no art. 58 da Lei no 9.504/97.

*Acórdão na Representação no 1.291, de 26.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Ari Pargendler.

Redator designado: Ministro Marco Aurélio.

Decisão: Por maioria em concluir pela inadequação da representação.

*No mesmo sentido os acórdãos nos 1.276 e 1.292, de 24.10.2006.

• Representação. Direito de resposta. Propaganda eleitoral gratuita. Rádio. Imputação de crime. Calúnia e difamação.

Representação julgada procedente.

Acórdão na Representação no 1.300, de 24.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em deferir o direito de resposta.

• Representação. Direito de resposta. A resposta supõe imputações precisas (Lei no 9.504/97, art. 58). Representação improcedente.

Acórdão na Representação no 1.284, de 24.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Ari Pargendler.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido.

• Representação. Direito de resposta.

O comentário de notícias publicadas na imprensa não está proibido no espaço reservado à propaganda eleitoral gratuita. Representação improcedente.

Acórdão na Representação no 1.269, de 24.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Ari Pargendler.

Decisão: Por maioria em julgar improcedente o pedido formulado.

• Direito de resposta. Ausência dos pressupostos do art. 58 da Lei no 9.504/97.

1. Se a propaganda está com o foco em matéria jornalística, pousada em episódio conhecido, fica fora do contexto do art. 58 da Lei no 9.504/97, não estando presente, no caso, qualquer ingrediente que justifique o deferimento do direito de resposta.

2. Representação julgada improcedente.

Acórdão na Representação no 1.303, de 23.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido formulado.

• Direito de resposta. Configuração da ofensa. Princípio da propor-cionalidade. Precedentes da Corte.

1. Na esteira de precedente da Corte é pertinente “o deferimento do direito de resposta diante de clara mensagem com afirmação sabidamente inverídica e insinuação maliciosa que alcança a imagem do candidato da coligação representante” (Representação no 1.279/DF, Representação no 1.280/DF).

2. Deve ser aplicado o princípio da proporcionalidade na esteira de precedente da Corte em caso em tudo semelhante, considerando que o trecho impugnado está distribuído em diversas inserções, agrupada a impugnação na mesma representação, ficando a escolha do período por cota da coligação representante.

3. Direito de resposta deferido.

Acórdão na Representação no 1.298, de 23.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Unânime em deferir o direito de resposta.

• Direito de resposta. Veículo de comunicação. Art. 58 da Lei no 9.504/97. Estampando a matéria informação ao público de fatos relativos a

certo acontecimento, não se tem espaço para a observação do disposto no art. 58 da Lei no 9.504/97.

Acórdão na Representação no 1.293, de 23.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Redator designado: Ministro Marco Aurélio.

Decisão: Por maioria em entender inadequada a representação.

• Degradar e ridicularizar. Direito de resposta. Arts. 53, § 1o, e 58 da Lei no 9.504/97.

1. Degradar ou ridicularizar não estão vinculados à ofensa por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica. Estas excluem aquelas no sistema da Lei no 9.504/97. 2. Deferido o direito de resposta nos termos do art. 58, não cabe deferir a penalidade prevista no § 1o do art. 53 da Lei das Eleições. 3. Representação julgada improcedente.

*Acórdão na Representação no 1.286, de 23.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido formulado.

*No mesmo sentido o Acórdão no 1.288, de 23.10.2006.

• Direito de resposta. Afirmação sabidamente inverídica.

1. A controvérsia relativa a dados da política habitacional não confere certeza suficiente para amparar direito de resposta com base em afirmação sabidamente inverídica.

2. A utilização do advérbio praticamente escoima a propaganda da irregularidade apontada, diante dos elementos que estão contidos nos autos.

3. Representação julgada improcedente.

Acórdão na Representação no 1.281, de 23.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Por maioria em julgar improcedente o pedido formulado na representação.

• Embargos de declaração. Direito de resposta. Propaganda eleitoral. Princípio da proporcionalidade.

1. Não se aplica o princípio da proporcionalidade quando se trata de representações diferentes e o deferimento acarreta redução do tempo inferior ao expresso em lei em uma delas.

2. Embargos de declaração rejeitados.

*Acórdão nos Embargos de Declaração na Representação no 1.279, de 23.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Unânime em desprover os embargos de declaração.

*No mesmo sentido o Acórdão no 1.280, de 23.10.2006.

• Recurso especial. Direito de resposta. Propaganda eleitoral. Primeiro turno. Prejuízo.

1. Não ocorre a perda superveniente do interesse processual no recurso, quando eventual concessão de direito de resposta ou de devolução de tempo na propaganda eleitoral gratuita puder ser veiculada no horário eleitoral reservado ao segundo turno das eleições.

2. Convicção pessoal que discrepa do entendimento da maioria, segundo a qual ocorre o prejuízo de recurso em tema de direito de resposta na propaganda eleitoral gratuita quando já realizado o primeiro turno das eleições.

3. Prejuízo do recurso que se reconhece, ante a atuação em órgão colegiado.

*Acórdão no Recurso Especial Eleitoral no 27.202, de 19.10.2006 – Classe 22a/PB (João Pessoa).

Relator: Ministro Carlos Ayres Britto.

Decisão: Unânime em declarar o prejuízo do recurso.

*No mesmo sentido os acórdãos nos 27.357 e 27.397, ambos de 19.10.2006.

• Recurso especial. Direito de resposta. Fim do horário de propaganda eleitoral gratuita. Prejudicialidade.

Encerrado em 28.9.2006 o prazo para divulgação da propaganda eleitoral extemporânea gratuita no rádio e na televisão, nos termos da Res.-TSE no 22.249/2006, resta prejudicada a análise do recurso especial eleitoral.

Acórdão no Recurso Especial Eleitoral no 27.082, de 19.10.2006 – Classe 22a/RN (Natal).

Relator: Ministro Carlos Ayres Britto. Redator designado: Ministro José Delgado.

Decisão: Por maioria em declarar o prejuízo do recurso.

• Direito de resposta. Propaganda eleitoral.

1. Pertinente é o deferimento do direito de resposta diante de clara mensagem com afirmação sabidamente inverídica e insinuação maliciosa que alcança a imagem do candidato da coligação representante. 2. Direito de resposta deferido.

*Acórdão na Representação no 1.279, de 19.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Unânime em julgar procedente o pedido de resposta formulado.

*No mesmo sentido o Acórdão no 1.280, de 19.10.2006.

• Representação. Pedido. Direito de resposta. Afirmação sabidamente inverídica. Gastos sociais. Governo anterior. Não-comprovação. 1. Hipótese em que a representante não se desincumbiu do ônus de provar que a afirmação, relativa a gastos sociais, seja sabidamente inverídica.

Representação julgada improcedente.

Acórdão na Representação no 1.267, de 17.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido formulado.

• Representação. Pedido. Direito de resposta. Afirmação sabidamente inverídica. Salário mínimo. Aumento real. Governo anterior. Não-comprovação.

1. Hipótese em que a representante não se desincumbiu do ônus de provar que a afirmação, relativa ao aumento real do salário mínimo em governo anterior, seja sabidamente inverídica.

Representação julgada improcedente.

Acórdão na Representação no 1.266, de 17.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em julgar improcedente o pedido formulado.

• Representação. Pedido. Direito de resposta. Afirmação. Caráter ofensivo.

1. A afirmação de que um homem público acoberta escândalo constitui, em tese, ofensa apta a ensejar a concessão de direito de resposta.

Representação julgada parcialmente procedente.

Acórdão na Representação no 1.265, de 17.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Por maioria em julgar procedente o pedido formulado.

• Embargos de declaração. Recurso especial. Direito de resposta. Decisão regional. Concessão. Tema. Veiculação. Proibição. Censura prévia. Impossibilidade.

1. Os embargos de declaração opostos no feito que versa sobre direito de resposta não estão prejudicados se, no caso, a eleição somente será definida em segundo turno.

2. Não cabe a este Tribunal analisar a licitude, em tese, do programa, veiculado em face de uma determinada notícia.

3. Caberá ao Tribunal de origem examinar, em face de eventual programa veiculado, levando em conta as peculiaridades e o respectivo contexto, se há conteúdo ofensivo ao candidato a governador.

Embargos de declaração desprovidos.

Acórdão nos Embargos de Declaração no Recurso Especial Eleitoral no 27.014, de 3.10.2006 – Classe 22a/PE (Recife).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em desprover os embargos de declaração.

• Recurso especial. Direito de resposta. Expressão injuriosa. 1. É assente nesta Casa de Justiça que as balizas impostas à propaganda eleitoral objetivam preservar a verdade dos fatos e assegurar a igualdade entre os contendores, sem prejuízo do exercício da liberdade de expressão.

2. As críticas – mesmo que veementes – fazem parte do jogo eleitoral, não ensejando, por si só, o direito de resposta, desde que não ultrapassem os limites do questionamento político e não descambem nem para o insulto pessoal nem para a increpação de conduta penalmente coibida. Além, claro, da proibição de se veicular fatos sabidamente inverídicos.

3. Propaganda eleitoral que transborda os limites do questionamento político ou administrativo e descamba para o insulto pessoal. Recurso a que se nega provimento.

Acórdão no Recurso Especial Eleitoral no 26.777, de 2.10.2006 – Classe 22a/BA (Salvador).

Relator: Ministro Carlos Ayres Britto. Decisão: Unânime em desprover o recurso.

• Direito de resposta. Artigo em jornal. Propaganda eleitoral. 1. A crítica, ainda que severa, contida em artigo de jornal assinado alcançando partido político está fora do contexto da propaganda eleitoral subordinada ao regime da Lei no 9.504/97.

2. Representação não conhecida.

Acórdão na Representação no 1.207, de 2.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Por maioria em não conhecer da representação.

• Direito de resposta. Coligação partidária. Partido político. Imprensa. 1. O direito de resposta é instituto jurídico de plúrima dimensão e faz contraponto à liberdade de pensamento e de informação (incs. IV, V e XIV da Constituição Federal). Não à propaganda eleitoral,

seja ela positiva, seja negativa. Donde encontrar na legislação comum (civil ou penal) a sua apropriada arena de luta. O seu lócus de manifestação. A menos que tal liberdade de expressão ou pensamento se dê por veículo de comunicação social, mormente sob a forma de exercício profissional; porque, aí, tratando-se de veículos de comunicação de massa e de exercício da profissão de jornalista, a legislação que incide sobre a matéria é especial (legislação que arranca ou decola do inciso XIII do art. 5o da Constituição). Em cujo corpo regratório se encontra, atente-se, a figura do direito de resposta (arts. 29-36), com seus peculiares contornos;

(...)

5. A Lei no 9.504 é diploma que “estabelece normas para as eleições”. Nela, o seu mais caracterizado objetivo é assegurar a lisura do processo eleitoral. Lisura que outra coisa não é senão a própria depuração do regime representativo e da moralidade que se põe como inafastável condição de investidura em cargo político-eletivo. Daí que tudo gravite em torno dos protagonistas centrais do certame, que são os candidatos e seus partidos políticos, agindo estes assim de forma isolada como em coligação;

6. Nesse bem fincado palco é que se aclara a compreensão do mencionado art. 58: ele assegura, sim, direito de resposta, porém às

expensas de qualquer um daqueles três centrados atores da cena eleitoral: candidato, partido, coligação partidária. Vale

dizer, tão-somente às custas de um ofensor que seja ao mesmo tempo ator político é que o ofendido vê a sua honra desagravada, ou a verdade dos fatos restabelecida. Passando a ocupar, então, o mesmo espaço em que se movimentou o seu adversário (candidato, partido, ou coligação partidária, repise-se). Terçando as mesmas armas de que se valeu o seu eventual detrator. Pois assim é que se restabelece o equilíbrio de forças entre competidores de uma mesma pugna, sabido que o direito de resposta é mecanismo assecuratório desse mesmo equilíbrio entre partes;

7. É certo, não se nega, que o art. 58 termina sua fala normativa com explícita referência ao agravo que se veicule “por qualquer meio de comunicação social”. Mas não é menos certo que tal referência apenas quer explicitar o seguinte: a longa manus da lisura eleitoral

persegue o ofensor por todos os espaços de sua ilícita movimentação, ainda que perpetrada esta em momento e local não coincidentes com aqueles reservados ao programa eleitoral gratuito. Noutros termos, o que importa é garantir ao ofendido a possibilidade do desagravo, seja qual for o veículo de que se valeu o ofensor para alcançar o chamado grande público (âmbito pessoal de alcance dos meios de comunicação social, não por acaso rotulados de meios de comunicação de massa);

(...)

Acórdão na Representação no 1.201, de 2.10.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Redator designado: Ministro Carlos Ayres Britto. Decisão: Por maioria em não conhecer da representação.

• Representação. Pedido. Direito de resposta. Inserções. Conteúdo ofensivo. Não-caracterização.

1. Hipótese em que não se evidencia da propaganda impugnada conteúdo ofensivo apto a ensejar a concessão de direito de resposta. Representação julgada improcedente.

Acórdão na Representação no 1.189, de 28.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Ari Pargendler.

Redator designado: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Por maioria em julgar improcedente a representação.

• Agravo regimental. Medida cautelar. Liminar concedida. Direito de resposta suspenso. Presentes os pressupostos para a concessão da medida de urgência. Apelo não provido.

(...)

2. Propaganda discutida de modo genérico, sem menção a qualquer candidato definido.

3. Presentes os pressupostos exigidos para a concessão da medida de urgência.

*Acórdão no Agravo Regimental na Medida Cautelar no 2.039, de 27.9.2006 – Classe 15a/AL (Maceió).

Relator: Ministro José Delgado.

Decisão: Unânime em desprover o agravo regimental.

*No mesmo sentido o Acórdão no 2.040, de 27.9.2006.

• Recurso especial. Direito de resposta. Decisão regional. Con-cessão. Tema. Veiculação. Proibição. Censura prévia. Impossi-bilidade.

Recurso especial provido.

Acórdão no Recurso Especial Eleitoral no 27.014, de 27.9.2006 – Classe 22a/PE (Recife).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro. Decisão: Unânime em prover o recurso.

• Agravo regimental. Negativa seguimento. Recurso especial. Direito de resposta. Propaganda eleitoral. Horário gratuito. Alegações. Críticas. Desempenho. Governador. Ausência hipótese art. 58 da Lei no 9.504/97. Não-ocorrência de ofensa. Fundamentos não infirmados.

– As críticas apresentadas em programa eleitoral gratuito, buscando a responsabilização dos governantes pela má condução das atividades de governo, consubstanciam típico discurso de oposição, não se enquadrando nas hipóteses do art. 58 da Lei no 9.504/97.

(...)

Agravo regimental a que se nega provimento.

Acórdão no Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral no 26.780, de 26.9.2006 – Classe 22a/BA (Salvador).

Relator: Ministro Gerardo Grossi.

Decisão: Unânime em desprover o agravo regimental.

• Eleições 2006. Representação. Matéria de jornal. Artigo assinado, diariamente, por colunista do jornal. Possibilidade de direito de resposta.

Defere-se pedido de direito de resposta a artigo publicado por colunista de jornal que, indubitavelmente, injuria partido político.

Acórdão na Representação no 1.207, de 26.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Redator designado: Ministro Gerardo Grossi.

Decisão: Por maioria em julgar procedente a representação.

• Representação. Propaganda eleitoral. Direito de resposta. No âmbito eleitoral, as afirmações caluniosas, difamatórias e injuriosas não são reconhecidas como tais à luz dos conceitos de Direito Penal; aquilo que aparenta ofender já é proibido, porque o respeito entre os candidatos é indispensável ao processo eleitoral.

Acórdão na Representação no 1.194, de 26.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Ari Pargendler.

Decisão: Unânime em rejeitar as preliminares e, no mérito, por maioria, julgar parcialmente procedente a representação.

• Pedido de resposta. Propaganda eleitoral. Ofensa vinculada a escândalo envolvendo assessor especial da Presidência. Apresentação de fotografias de várias pessoas e de planta simulada do Palácio do Planalto. 1. Constando do programa eleitoral fatos noticiados diariamente pela mídia, sem acusação de prática de qualquer ilícito, não há como acolher a alegada ofensa.

2. Representação improcedente.

Acórdão na Representação no 1.191, de 26.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Por maioria em julgar improcedente o pedido na representação.

• Representação. Pedido de resposta. Horário eleitoral gratuito. Ofensa a candidato à Presidência da República. Liminar.

1. Havendo crítica genérica, sem menção a qualquer nome, não há falar em ofensa ao candidato à Presidência da República.

Acórdão na Representação no 1.203, de 25.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito.

Decisão: Unânime em indeferir a liminar.

• Representação. Pedido. Direito de resposta. Infração. Art. 58 da Lei no 9.504/97. Caracterização. Afirmações difamatórias e injuriosas. 1. Hipótese em que se verifica a veiculação de afirmações ofensivas ao candidato a presidente da coligação representante, a ensejar a concessão de direito de resposta.

Representação julgada procedente.

Acórdão na Representação no 1.070, de 25.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em julgar procedente o pedido na representação.

• Propaganda eleitoral. Truísmos (“o governo precisa dar o exemplo”; “a corrupção é a pior das violências”) ou comentários inqualificáveis como sabidamente inverídicos (“pelas nossas fronteiras abertas entra o contrabando, as armas que estão nas mãos dos bandidos e as drogas que destroem os nossos jovens”) não autorizam o direito de resposta.

Acórdão na Representação no 1.162, de 21.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Ari Pargendler.

Decisão: Por maioria em julgar improcedente o pedido na representação.

• Recurso especial. Eleição 2006. Direito de resposta. Afronta ao art. 58 da Lei no 9.504/97. Inexistência. Provimento.

Para a concessão de direito de resposta é necessário que se tenha presente a calúnia, a difamação ou a injúria, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação.

Recurso especial provido. Medida cautelar prejudicada.

Acórdão no Recurso Especial Eleitoral no 26.730, de 20.9.2006 – Classe 22a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Cesar Asfor Rocha. Decisão: Unânime em prover o recurso.

• Representação. Horário eleitoral gratuito. Programa em bloco. Pedido. Direito de resposta. Veiculação. Conteúdo ofensivo. Confi-guração.

1. Hipótese em que o programa impugnado veiculou mensagem de caráter ofensivo, apta a ensejar a concessão de direito de resposta. Representação julgada procedente.

*Acórdão na Representação no 1.138, de 19.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília). Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em julgar procedente a representação.

*No mesmo sentido o Acórdão no 1.140, de 19.9.2006.

• Representação. Pedido. Direito de resposta. Acórdão. Tribunal. Improcedência. Embargos de declaração.

1. Os requisitos ensejadores da concessão de direito de resposta são diversos daqueles referentes à infração prevista no art. 53, § 1o, da Lei no 9.504/97, relativo à degradação ou ridicularização de candidato.

(...)

Rejeitam-se embargos de declaração que não apontam omissão, contradição ou obscuridade.

*Acórdão nos Embargos de Declaração na Representação no 1.103, de 19.9.2006 – Classe 30a/DF (Brasília).

Relator: Ministro Marcelo Ribeiro.

Decisão: Unânime em desprover os embargos de declaração.

*No mesmo sentido os acórdãos nos 1.106 e 1.113, de 19.9.2006.

• Direito de resposta. Fatos verdadeiros.

1. Não há direito de resposta se o fato é público, ou seja, se a denúncia mencionada existe, e não houve contestação sobre o objeto. Verdadeiro, portanto, o fato mencionado, embora prevaleça a presunção de inocência, não se pode dizer que tenha aplicação o art. 58 da Lei no 9.504/97.

Acórdão no Agravo Regimental na Representação no 1.080, de 19.9.2006 – Classe 30a/SP (São Paulo).

Relator: Ministro Carlos Alberto Menezes Direito. Decisão: Unânime em desprover o agravo regimental.

• Representação. Direito e resposta. Discussão. Meios utilizados. Impossibilidade. Incompatibilidade. Procedimentos. Propaganda impugnada. Referência. Fatos públicos e notórios. Divulgação. Imprensa. Caráter ofensivo. Não-configuração. Decisão. Improcedência. Agravo regimental.

1. A utilização de cenas externas, trucagem e montagem, bem como violação ao direito de autor constituem matérias não relacionadas ao pedido de direito de resposta e devem ser apuradas por meio do rito do art. 96 da Lei no 9.504/97, não podendo ser objeto do procedimento estabelecido para o direito de resposta,

No documento Eleições 2006 Ementário (páginas 22-38)