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I NELEGIBILIDADE – R EJEIÇÃO DE C ONTAS

No documento Eleições 2006 Ementário (páginas 192-198)

• Recurso ordinário. Eleições 2006. Embargos de declaração. Registro. Candidatura. Deputado federal. Inelegibilidade. Art. 1o, I,

g, da Lei Complementar no 64/90. Ausência. Pronunciamento. Judicial ou administrativo. Suspensão. Efeitos. Decisão de rejeição de contas. Indeferimento. Omissão. Ausência. Violação. Art. 5o, II, XXXV, LVII, da Constituição Federal. Não-caracterização. 1. O fato de o Tribunal ter dado nova interpretação à ressalva da alínea g, do inciso I, do art. 1o, da LC no 64/90, passando a exigir um pronunciamento administrativo ou judicial que suspenda os efeitos da decisão de rejeição de contas, não implica violação ao art. 5o, II, XXXV e LVII, da Constituição Federal.

2. Os embargos não se prestam para a rediscussão da causa. Embargos rejeitados.

Acórdão nos Embargos de Declaração no Agravo Regimental no Recurso Ordinário no 1.132, de 28.11.2006 – Classe 27a/PB (João Pessoa).

Relator: Ministro Caputo Bastos.

Decisão: Unânime em desprover os embargos de declaração.

• Registro de candidato. Indeferimento. Contas rejeitadas. Art. 1o, I,

g, da LC no 64/90. Desnecessidade do inteiro teor da decisão que as rejeitou. Possibilidade de apuração da natureza das irregularidades arroladas na conclusão. Dissídio jurisprudencial. Não-caracterização. Súmula no 291 do STF. Agravo improvido. Precedentes.

1. Ainda na ausência do inteiro teor da decisão que rejeitou contas, é possível a aferição da natureza da irregularidade apontada, quando esta indica ato de improbidade administrativa ou qualquer forma de desvio de valores.

(...)

Acórdão no Agravo Regimental no Recurso Ordinário no 1.010, de 21.11.2006 – Classe 27a/RS (Porto Alegre).

Relator: Ministro Cezar Peluso.

• Agravo regimental. Recurso ordinário. Rejeição de contas. Gestora. Fundação municipal. Tribunal de Contas dos Municípios. Provimento a recursos de revisão durante trâmite do processo de registro de candidatura. Inelegibilidade. Afastamento.

Acórdão no Agravo Regimental no Recurso Ordinário no 1.234, de 7.11.2006 – Classe 27a/GO (Goiânia).

Relator: Ministro Cesar Asfor Rocha.

Decisão: Unânime em desprover o agravo regimental.

• Embargos de declaração. Recurso ordinário. Registro de candidatura. Rejeição da prestação de contas. Recurso de revisão proposto após a impugnação. Inexistência de omissão. Embargos de declaração rejeitados.

1. O candidato, ora embargante, teve suas contas, relativas ao exercício da Presidência da Câmara de Vereadores do Município de Atibaia, rejeitadas, por ter pago a vereadores, sessões extraordinárias realizadas em período de recesso, com base em resolução expedida em afronta ao art. 29, VI, da Constituição Federal.

2. Ao contrário do afirmado, o cerne da controvérsia refere-se à intempestividade do recurso de revisão das contas, proposto após a impugnação ao registro de candidatura do embargante.

3. Mesmo que tempestivo o recurso de revisão do parecer de contas, impunha-se a necessidade de pronunciamento antecipatório ou cautelar para afastar a inelegibilidade prevista no art. 1o, I, g, da Lei Complementar no 64/90.

4. O embargante busca, na verdade, a reapreciação da lide pela via dos aclaratórios. Não há vícios a serem sanados.

5. Embargos de declaração rejeitados.

Acórdão nos Embargos de Declaração no Recurso Ordinário no 1.048, de 29.9.2006 – Classe 27a/SP (São Paulo).

Relator: Ministro José Delgado.

Decisão: Unânime em desprover os embargos de declaração.

• Recurso especial eleitoral. Registro de candidatura. Recebimento como recurso ordinário. Inelegibilidade. Rejeição de contas. Vida

pregressa. Art. 14, § 9o, Constituição Federal de 1988. Afronta aos princípios da moralidade e da probidade administrativa. Ressalva do entendimento pessoal. Não-provimento.

(...)

3. A regra posta no art. 1o, inciso I, g, da LC no 64, de 18.5.90, não merece interpretação literal, de modo a ser aplicada sem vinculação aos propósitos da proteção à probidade administrativa e à moralidade pública.

(...)

7. No entanto, no julgamento do RO no 1.069/RJ, rel. Min. Marcelo Ribeiro, sessão de 20.9.2006, esta Corte assentou entendimento segundo o qual o pretenso candidato que detenha indícios de máculas quanto a sua idoneidade, em virtude da existência de diversos feitos criminais contra si, não deve ter obstaculizado o registro de sua candidatura em razão de tal fato.

8. Desta forma, em homenagem ao princípio da segurança jurídica, alinho-me a novel jurisprudência do TSE, ressalvando o meu entendimento.

9. Recurso ordinário não provido.

Acórdão no Recurso Especial Eleitoral no 26.394, de 20.9.2006 – Classe 22a/RO (Porto Velho).

Relator: Ministro José Delgado.

Decisão: Unânime em desprover o recurso.

• Recurso especial eleitoral. Registro de candidatura. Recebimento como recurso ordinário. Inelegibilidade. Rejeição de contas. Vida pregressa. Art. 14, § 9o, Constituição Federal de 1988. Afronta aos princípios da moralidade e da probidade administrativa. Ressalva do entendimento pessoal.

(...)

2. A regra posta no art. 1o, inciso I, g, da LC no 64, de 18.5.90, não merece interpretação literal, de modo a ser aplicada sem vinculação aos propósitos da proteção à probidade administrativa e à moralidade pública.

(...)

6. No entanto, no julgamento do RO no 1.069/RJ, rel. Min. Marcelo Ribeiro, sessão de 20.9.2006, esta Corte assentou entendimento segundo o qual o pretenso candidato que detenha indícios de máculas quanto a sua idoneidade, não deve ter obstaculizado o registro de sua candidatura em razão de tal fato.

7. Desta forma, em homenagem ao princípio da segurança jurídica, alinho-me a novel jurisprudência do TSE, ressalvando o meu entendimento.

8. Recurso ordinário não conhecido.

Acórdão no Recurso Ordinário no 1.305, de 20.9.2006 – Classe 27a/SP (São Paulo).

Relator: Ministro José Delgado.

Decisão: Unânime em não conhecer do recurso.

• Contas. Prefeito. Rejeição. Decurso de prazo.

Consoante dispõe o art. 31 da Constituição Federal, descabe endossar rejeição de contas considerado o decurso de prazo para a Câmara Municipal exercer crivo tendo em conta parecer, até então simples parecer, do Tribunal de Contas.

Acórdão do Recurso Ordinário no 1.247, de 19.9.2006 – Classe 27a/GO (Goiânia).

Relator: Ministro José Delgado.

Redator designado: Ministro Marco Aurélio. Decisão: Por maioria em prover o recurso.

• Recurso especial eleitoral. Eleições 2006. Registro de candidatura. Recebimento como recurso ordinário. Lei Complementar no 64/90. Contas rejeitadas pela Câmara Municipal.

(...)

2. Cidadão que pretende ver o seu nome registrado para concorrer às eleições ao cargo de deputado estadual, tendo contra si a rejeição de suas contas referentes ao cargo de prefeito, exercícios de 2000 e 2001, por decisão da Câmara Municipal.

3. Aplicação, de modo absoluto, do princípio da moralidade pública. 4. Inteligência do art. 1o, I, g, da LC no 64/90.

5. Recurso especial recebido como ordinário e não provido. Indeferimento do pedido de registro que se mantém.

Acórdão no Recurso Especial Eleitoral no 26.659, de 14.9.2006 – Classe 22a/MG (Belo Horizonte).

Relator: Ministro José Delgado.

Decisão: Unânime em desprover o recurso.

• Recurso ordinário. Eleições 2006. Rejeição de contas pelo Tribunal de Contas Estadual. Indeferimento.

1. O postulado da moralidade pública tem por objetivo proteger o Estado democrático de direito.

2. A interpretação contemporânea da legislação eleitoral deve ser voltada para homenagear a vontade expressa na Constituição de que, no trato das verbas públicas, há de se ter comportamento incensurável.

3. Candidato a cargo eletivo que, ao exercer a Presidência de uma associação de moradores, firmou convênio com o Estado, recebeu dinheiro público e teve sua prestação de contas rejeitada pelo Tribunal de Contas, por ter realizado despesas sem comprovação legal. 4. Decisão da Corte de contas publicada no Diário Oficial em 3.3.2004. Pedido de revisão apresentado em 25.7.2006.

5. Ausência de ação civil questionando a decisão do Tribunal de Contas.

6. Recurso não provido, mantendo-se indeferido o pedido de registro da candidatura do recorrente.

Acórdão no Recurso Ordinário no 1.153, de 14.9.2006 – Classe 27a/AP (Macapá).

Relator: Ministro José Delgado.

Decisão: Unânime em desprover o recurso.

• Recurso ordinário. Registro de candidatura. Eleições 2006. Contas rejeitadas.

1. Candidato que teve contas rejeitadas, quando no exercício da Presidência da Câmara de Vereadores, por ter pago a vereadores sessões extraordinárias realizadas em período de recesso, com base em resolução expedida em afronta ao art. 29, VI, da CF.

2. Reconhecimento pelo Tribunal de Contas de que o referido pagamento foi ilegítimo e antieconômico.

3. Poder-dever do Poder Judiciário de, ao interpretar e aplicar a legislação eleitoral, zelar pelo postulado da moralidade, de significação hierárquica superior à do princípio da legalidade estrita. 4. Recurso provido.

Acórdão no Recurso Ordinário no 1.048, de 14.9.2006 – Classe 27a/SP (São Paulo).

Relator: Ministro José Delgado.

No documento Eleições 2006 Ementário (páginas 192-198)