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3. REPRODUZINDO O SER AWÁ NA ALDEIA JURITI

3.3 O cotidiano Awá

3.3.1 Caça

A maioria dos Awá acorda cedo, ao nascer do sol. Caso tenha sido deixada alguma comida no moquém (geralmente carne de caça como macaco e porção) durante a noite, esta é distribuída logo no início da manhã, entre todos. Este costuma ser um momento privilegiado para as conversas, quando planejam suas atividades, principalmente decidem sobre as rotas de caça, e trocam, entre si, informações de possíveis locais onde encontrar boas caças. O trabalho na roça também é discutido nesse momento.

Há certa forma de controle recíproco de todos os membros da aldeia. Quando procuro alguém, todos sabem informar onde se encontra e o que está fazendo. Esta característica demonstra que entre os Awá as informações circulam com maior facilidade e as crianças, que circulam por todos os lugares da aldeia, são uns dos principais meios para esta circulação.

Antes da saída dos Awá para caçada, ocorre a preparação das armas que serão utilizadas para capturar os animais, sejam os arcos, as flechas, ou as espingardas e sua respectiva munição.

No arco é verificada sua flexibilidade e do fio que é amarrado nas suas extremidades, de modo que alcance um bom lançamento da flecha. Puxam o fio do

arco em direção ao seu rosto e dirigem a mira para algo, como se estivessem caçando, sendo assim possível verificar se existe algum problema neste instrumento.

As flechas que serão utilizadas na caçada passam, também, por um último exame para atestar se está pronta para ser utilizada. Este exame consta de aproximar um dos olhos da extremidade contrária da seta e verificar se está tudo certo. A flexibilidade é analisada pelo dono, com as mãos e alguns chegam a mordê- las para ajustar sua forma. A seta também merece uma atenção especial, pois caso não esteja com uma ponta bem feita, o fabricante talha-a mais um pouco para chegar à forma ideal.

É interessante destacar que cada seta tem uma forma própria, dada pelo seu fabricante, que é facilmente identificada pelos demais. Quando auxiliava o arqueólogo Gustavo Politis, recolhendo flechas descartadas ao redor das casas dos

Awá, indagava quem havia feito a flecha encontrada e a identificação era feita após

exame minucioso da seta.

Quanto às armas de fogo, como essas foram introduzidas pela FUNAI, existem alguns percalços que caracterizam a utilização desse instrumento. Um dos mais preocupantes é o fato da munição não estarem disponíveis a todo momento, e dependerem da FUNAI para obtê-la. Essa situação gera uma tensão entre os Awá e os funcionários do P.I., quando não há disponibilidade desse material. Nesses casos, os Awá voltam a caçar com seu arco e flecha, até que a situação se “normalize”.

A preparação para caçada com espingarda começa com a limpeza dessa arma, tanto superficialmente quanto em seu interior, no cano por onde sai a munição, sendo os reservatórios carregados antes do início da caçada.

O trabalho mais complexo se dá na preparação da munição a ser utilizada, isso porque há inúmeras fases para que esta esteja nas condições ideais para ser utilizada. Esta operação envolve chumbo, pólvora e fulminantes para carregar cerca de cinco cartuchos.

Os cartuchos são raspados por dentro e por fora, para depois serem preenchidos com pólvora, fibras naturais, chumbo e selados com cera de abelha, resultando em uma pressão grande sobre o cartucho, que geralmente racha quando é disparado. Mesmo assim, estes cartuchos são utilizados várias vezes antes de serem descartados, devido ao fato dos Awá não terem um fornecimento contínuo desse material. São utilizados pelos Awá dois tipos de cartucho: de plástico (caros e com mais facilidade para rachar e portanto descartados com mais frequencia) e de bronze (mais baratos e com vida útil maior).

Apesar de ser recente o uso das armas de fogo pelos Awá, possuem uma ótima destreza para manuseá-las, expressa na pontaria certeira que possuem, sendo capazes de acertar um macaco que se encontra a muitos metros de altura, no topo de uma árvore.

É raro presenciar algum tipo de acidente referente ao manuseio da arma de fogo. Na aldeia Juriti, presenciei um Awá que, quando estava limpando sua espingarda, provocou seu disparo, involuntariamente, atingindo-o de raspão no peito. Chegou a sangrar um pouco, mas como não havia sido uma ferida grave, foi

logo feito um curativo no Posto da FUNASA, tendo em seguida retomado o cuidado com sua arma.

Na aldeia Juriti existem seis armas de fogo, todas utilizadas por homens. Durante minhas estadas na aldeia, nunca vi nenhuma mulher manusear essas armas.

Duas armas de fogo distinguem-se das demais na sua forma de uso. Uma delas é uma espingarda partilhada pelos mais jovens da aldeia, meninos com idade em torno dos 13, 14 anos, que não possuem mulheres. A outra arma é um rifle, que fica no Posto Indígena, mas que é emprestada para os Awá quando realizam algum tipo de fiscalização em suas terras.

Os Awá vão caçar munidos de outros objetos além de suas armas (espingarda e arco e flechas). Levam também facões, garrafas PET34 (caso recolham mel), um saco de pano com farinha para se alimentarem e uma bolsa, caso possuam, para transportar lanterna, fósforo ou isqueiro para terem luz, quando retornam para aldeia à noite. É interessante destacar que os objetos levados para expedição são expressões das transformações que ocorreram após o contato com a FUNAI. Antes os objetos utilizados eram retirados da mata (resina que queima facilmente) ou fabricados com o uso de matéria-prima extraída das árvores (cestos feitos com folhas). Atualmente, com o crescimento da variedade de bens que ficam a sua disposição, os Awá sentem a necessidade de uma bolsa só para carregar esses equipamentos.

34 Os funcionários que trabalham no P.I. costumam entregar para os Awá as garrafas PET que não

Quando a expedição ocorre à noite ou tem previsão de durar dias, os Awá levam também cordas para as redes que são armadas entre as árvores. Não tive a oportunidade de acompanhá-los em uma expedição noturna, mas observei-os saindo da aldeia para tal fim. Forline (1997, p. 30) descreve as expedições noturnas da seguinte forma:

Hunters must remain attentive to approaching animals or prowlers, although they occasionally doze off momentarily. It would also be difficult to fall asleep during one of these hunts as there are numbers of pests, such as mosquitoes, which keep the hunter awake and active in warding them off. It is surprising, too, that although the shotgun blasts are loud and can be heard for long distances, presumably scaring other game away, subsequent animals will appear and be slain during the course of the evening. Furthermore, in the deep forest, the dense vegetation has a muffling effect on shotgun blasts, as opposed to shots which are fired near river areas or fields35.

As caçadas em geral podem ser realizadas individualmente, mas em sua grande maioria envolvem duas ou mais pessoas, ou até famílias inteiras. As mulheres e crianças costumam acompanhar os caçadores pela mata, no ritmo forte da caminhada, colhendo frutos, fibras e outros produtos, como o mel.

Ao ser definido o local do

acampamento provisório, lá permanecem

as mulheres e as crianças. Os homens, descansam da caminhada, geralmente fazendo uma última inspeção em suas

armas (Figura18) e prosseguem pela mata à

35 Caçadores devem permanecer atentos para os animais se aproximando ou “gatunos”, embora

ocasionalmente possam cochilar. Também seria difícil adormecer durante uma dessas caçadas pois há um grande número de pragas, como mosquitos, que mantêm o caçador acordado e ativo em defender-se. É surpreendente, também, que embora os tiros de espingarda sejam altos e possam ser ouvidos a grandes distâncias, provavelmente assustando a outra caça, os animais subseqüentes surgem e são mortos durante o curso da noite. Além disso, nas profundezas da floresta, a vegetação densa produz um efeito de abafamento dos tiros de espingarda, ao contrário dos tiros que são disparados perto de zonas fluviais ou campos. (tradução minha)

Figura 18: Awá no acampamento provisório, realizando uma última verificação das armas. Fonte: Acervo próprio

procura de caça, em uma pesquisa minuciosa que requer a menor produção de ruidos possível para não espantar suas presas. Como o acampamento provisório está próximo a uma área considerada como de alta possibilidade de encontrar caça, o grupo de homens divide-se em direções diferentes. Demoram cerca de três ou quatro horas para retornar, geralmente com algum tipo de caça e em tempo hábil para retornar a aldeia antes de escurecer.

A volta ao acampamento provisório é marcada por um diálogo intenso entre eles, que geralmente relatam como foi a caçada em seus mínimos detalhes, marcados pela reprodução dos sons emitidos durante a ação. Esses são momentos privilegiados por serem marcados por intensos diálogos e tarefas que são fundamentais para a vida Awá em sociedade. Neles podemos observar práticas de caça, fabricação de bens como cestos, modos de comunicação entres eles, dentre outras atividades que ocorrem nestes locais.

As mulheres, enquando aguardam o retorno dos caçadores, tecem cestos para carregar a caça ou processam as fribras que colheram na mata. As crianças mais crescidas também sabem fabricar cestos. As demais brincam muito entre si e cuidam dos bebes caso a mãe esteja ocupada. As mulheres também podem ajudar na caça ao emitir sons para atrair os macacos para mais próximo do acampamento provisório, com o objetivo de facilitar a captura deles pelos homens.

Dependendo da caça trazida ao acampamento, uma das crianças maiores fica responsável por tratar o animal abatido, limpando-o e embalando-o para trasportar-lo para a aldeia.

Nessas ocasiões, o grupo costuma utilizar a água dos rios e corregos mais próximos para se limpar, caso tenham se sujado com o sangue da caça, ou simplesmente se refrescar, bebendo água ou banhando-se.

O retorno para aldeia se dá geralmente antes do anoitecer e o caminho percorrido, na maioria da vezes, não é o mesmo da ida. Por esse motivo, permanecem atentos para recolher algum alimento ou material importante na floresta. Em algumas situações, a atividade de coleta retarda um pouco o retorno e o grupo é apanhado na mata pelo anoitecer. Acompanhei uma expedição em que isso ocorreu e quando nosso campo de visão estava começando a ficar mais limitado, utilizaram a estratégia de por fogo numa resina (mixirahuniká) retirada das árvores, o que iluminou nosso caminho.

Uma forma de comunicação importante que observei, foi aquela que utilizam quando estão na mata. Emitem gritos para se localizar, que podem expressar o nome de alguem ou simplesmente um som codificado para indicar a localização. Atraves desses sons podem situar-se uns em relação aos outros e aos locais do acampamento privisório e da aldeia.

Da aldeia é possível ouvir esses gritos. Observei um, bêbê, que ainda estava começando a andar, mas já estava devidamente condicionado a esse tipo de som e, mesmo sem saber falar, respondeu imitando o grito. Todos começaram a rir e depois gritaram mais forte o nome da pessoa que havia gritado na mata, que minutos depois chegou a aldeia.

Os Awá custumam tomar banho no rio próximo à aldeia Juriti, assim que voltam de suas expedições. Ao chegar na aldeia, quando a caça apreendida é de grande porte, como porção, veado ou um bando de macacos, o caçador vira o

centro das atenções ao contar para os demais como foi a sua conquista. Descreve os detalhes, desde quando avistou o animal até como fez para abate-lo. Essa “palestra” provoca perguntas e risos entre os expectadores, que se empolgam bastante durante a conversa.

Durante minha primeira permanência em campo, presenciei uma situação bem interessante, quando um único Awá havia caçado sete porcões na mata. Ele estava na companhia do professor Gustavo Politis, que me relatou ser uma vara de porcos que havia sido caçada com espingarda, durante a parte da tarde. Eles haviam levado para aldeia apenas um porco, amarrando as patas direitas e depois as esquerdas, formando uma espécie de mochila onde enfiavam os braços, revesando o carregamento do porco nas costas até a aldeia. Os outros seis porcões foram mergulhados no rio e cobertos por folhas para despistar animais, como onças, que possivelmente comeriam a carne. O Awá que realizou essa caçada passou um período longo da noite relatando a sua jornada.

No dia seguinte foi montada uma expedição, da qual praticamente todos os moradores da aldeia participaram, inclusive as crianças, com o objetivo de resgatar os porcos que haviam ficado armazenados no rio. Ao localizarmos este local, os porcos começaram a ser retirados do rio e carregados individualmente pelos homens até o acampamento provisório, escolhido por eles, onde montaram uma espécie de fogão onde assaram dois dos porcões. Estes foram tratados na mata mesmo, em cima de folhas bem largas para que sua carne não tocasse o chão e logo após foram assados.

As crianças acompanharam toda a movimentação, inclusive ajudando no destrinchamento do porcão, segurando partes que seriam cortadas ou levando as

tripas para serem despejadas no rio.No proprio local houve uma divisão dos porcos que seriam levados para aldeia, para lá serem tratados e assados e dos que seriam comidos imediatamente. A carne do porco permanece no moquem por vários dias, sendo ingeridas porções sempre que alguém sente vontade.

Quando o homem sai para caçar e volta para aldeia sem nada, permanece calado e raramente entabula alguma conversa logo que volta de sua expedição frustrada. Certa vez, observei um Awá calado na aldeia, aparentando tristeza e me dirigi a ele perguntando o motivo de seu silêncio. Respondeu que estava assim porque não caçava há algum tempo e achava que tava com panema (má sorte). No dia seguinte foi realizado o ritual do karawárə, responsável entre outras coisas, por

tratar da panema.

O clima na região possui duas estações, uma chuvosa (janeiro a julho) e outra seca (agosto a dezembro), que influenciam as atividades de caça.

A caça do macaco, que é a principal fonte de alimentação dos Awá e também a de sua preferência, ocorre com maior intensidade na estação chuvosa e os animais terrestres como pacas, cotias, antas, tamanduás, etc. na estação seca. Em conversa com os Awá obtive a informação de que na estação seca os macacos estão “mais magros” e os roedores e ungulados estão “mais gordos” e fáceis de caçar.

Os primatas e os mamíferos possuem uma característica reprodutiva que os torna mais sensíveis às pressões de caça e alterações ambientais. Esses animais geralmente possuem apenas um filhote por gestação, que leva um longo tempo até chegar à fase adulta (reprodutiva). Assim, cada abate de uma fêmea no período de

gestação ou lactente afeta a população que quase não cresce nos anos subseqüentes, mantendo-se abaixo do nível populacional normal.

Segundo Siqueira (2007, p. 09), biólogo que integrou a equipe do Projeto

Awá:

Os animais migram de outras localidades mais distantes para próximo da aldeia, num raio de até 2 km, e então facilitam sua caça. Pode-se concluir que as áreas além de 2 Km da aldeia sejam áreas fontes, e dentro de 2 km são áreas de vazão. Essa característica aponta que os Awá têm essa noção de movimentação dos animais, sendo então, dotados de um conhecimento sobre o uso dos recursos da vasta área que possuem.

Algumas estratégias costumavam ser utilizadas para garantir o uso sustentável dos recursos por parte dos Awá, como a caça sazonal e as migrações para outras localidades dentro da terra, o que permite áreas já caçadas descansem e recuperem suas populações animais. Com a fixação em aldeias os Awá têm permanecido por muito tempo no mesmo lugar, o que tem prejudicado esse descanso.

Os Awá são extremamente dependentes do equilíbrio ecológico da mata. Havendo alguma alteração mais forte na estrutura da floresta, não há duvidas de que haverá um impacto tremendo na condição de vida desse povo fortemente ligados a floresta e seus bens.

3.3.2 Coleta

A coleta de frutos e materiais da mata era uma das atividades produtivas mais importantes desse povo. Após o contato, sua importância foi reduzida, pois parte do que obtinham nessa atividade tem sido suprido por outras fontes. O babaçu, antes

principal fonte de carboidrato, passou a concorrer com a mandioca. Os frutos silvestres são em parte substituídos pelas frutas do pomar plantado pela FUNAI ou por eles mesmos.

Não há restrições de faixa etária ou sexo para a realização dessas atividades. A coleta pode ocorrer sem a necessidade de programação prévia, e associada a outra atividade, o que ocorre nas expedições de caça, por exemplo, quando os Awá estão sempre atentos a um possível produto que seja do seu interesse.

Existe uma série de produtos comestíveis que são recolhidos na floresta, bem como outros materiais que são utilizados como combustivel e para a construção de casas, tais como folhas de palmeira e lenha. A maioria dos itens que são recolhidos não apresentam grandes obstáculos ou restrições que impeçam sua obtenção, pois não exigem grande esforço para serem recolhidos e levados para a aldeia, ou quando é o caso, costumam consumí-los no próprio local como, por exemplo, os frutos caídos das árvores.

Existem frutas também que são cultivadas por eles nos arredores da aldeia e do Posto Indígena, principalmente banana e mamão. Visitam regularmente os pomares com pés de laranja, goiaba e manga, que existem no entorno do posto indígena. As crianças são as grandes coletoras dessas frutas. É possível localizá-las frequentemente em cima das árvores buscando alguma fruta ou, então, montando pequenas expedições à mata ao redor da aldeia para colher frutos selvagens.

Essas pequenas expedições também podem ter o objetivo de buscar madeira especifica para a fabricação de arcos e flechas ou material que utilizam em suas brincadeiras.

Pude observar o exercício de

ação autônoma quando, por exemplo,

três crianças, sem a presença de adultos, fizeram uma expedição à mata. O objetivo era coletar o fruto, ainda verde (figura 19), do pé de juçara (palmeira alta e fina), que seria utilizado como munição para a baladeira.36

As crianças realizaram a preparação para a expedição, conforme fazem os adultos. Pegaram facões e alimento (mamão) para comer durante a expedição, que por ser de pequena extensão, cerca de 30 minutos mata adentro, talvez dispensasse esse cuidado. No entanto, faziam questão de reproduzir as ações dos mais velhos quando vão à mata caçar ou coletar mel.

Durante todo o percurso, as crianças iam derrubando alguns galhos de árvores e fazendo brinquedos, como por exemplo, uma imitação de espingarda. Demonstravam bom domínio sobre como proceder na mata. A extração do fruto em questão, que se localiza muito alto, na copa das palmeiras, ocorreu após a derrubada da palmeira, com o uso do facão (Figura 20), como fazem na extração do mel.

36Brinquedo das crianças feito com um pedaço de mad

eira no formato d letra “Y”, com uma borracha ligando horizontalmente as duas extremidades superiores da madeira. É muito utilizado para pegar passarinhos e também para acertar, como provocação, os macacos que são criados como animais domésticos.

Figura 19: Criança Awá mostrando os frutos da Juçareira. Fonte: Acervo próprio.

Figura 20: Derrubada da palmeira pelas crianças Awá. Fonte: Acervo próprio.

Pude perceber que as gerações mais novas agem com base na observação intensa das atividades dos mais velhos, que lhes proporcionam um domínio maior do ambiente em que vivem cotidianamente.

Um produto que tem sido o centro das atividades de coleta Awá são os diversos itens oferecidos pela palmeira babaçu. No período em que perambulavam pela mata, era um dos elementros

centrais para a sua alimentação. Desde que o contato foi estabelecido, a lista de produtos que esta palmeira oferece tem desempenhado um papel menor, mas atualmente, ainda oferece materiais significativos para a comunidade nos mais diversos planos (alimentos, fibras, combustível, isca de peixe, construção e rituais).

Atualmente a coleta de mel tem ganhado uma espaço considerado nas

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