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3. REPRODUZINDO O SER AWÁ NA ALDEIA JURITI

3.3 O cotidiano Awá

3.3.4 Pesca

A atividade de pesca vem ganhando mais destaque na vida dos Awá após sua fixação em aldeias. Forline (1997, p. 38) aponta que:

Before the Guajá were contacted they were located away from major river courses, near small streams and in headwater locations. This permitted them limited access to riverine resources and they reported to me that most of their fishing was done with bow and arrow39.

No período de sua pesquisa, Forline identificou, nos outros P.I., tipos de pesca que não são praticados no P.I. Juriti, como a pesca que utiliza um veneno para atordoá-los, facilitando a sua captura ou a pesca com tarrafa. Apesar de existir esta última prática no P I Juriti, é realizada, na maioria das vezes, pelos funcionários do local.

Observei no P.I. Juriti que a pesca é uma atividade que envolve, em sua maioria, mulheres, o que não significa que os homens não a pratiquem, mas dão

39 Antes dos Guajá serem contatados estavam localizados longe dos cursos dos rios principais, perto

de pequenos córregos e em locais de cabeceira. Isto permitiu-lhes o acesso limitado a recursos ribeirinhos e informaram-me que a maioria de sua pesca era feita com arco e flecha.(tradução minha)

prioridade as atividades de caça. A agricultura também tem uma recorrência maior em relação a pesca.

A pesca é um recurso utilizado pelos homens, principalmente quando não conseguem obter alguma caça. As crianças, além de acompanhar seus pais nas pescarias, por vezes também realizam autonomamente esta atividade.

Quando acompanham os adultos, as crianças atuam como uma espécie de auxiliar, realizando tarefas que otimizam a pescaria dos adultos, seja ocupando-se das crianças mais novas, seja no armazenando os peixes capturados. Estes são armazenados em cestos ou presos, um por um, a um cipó recolhido da mata, o que é mais recorrente. Essa prática é realizada por todos que pescam.

A pesca pode ocorrer por duas vias: a terrestre, quando ficam parados (em pé ou sentados) nas margens dos rios, ou a aquática, com a utilização da canoa para se deslocar a partes do rio de difícil acesso. O material utilizado nessa atividade envolve instrumentos, tanto tradicionais, como arco e flecha, quanto material advindo de doações da FUNAI, como chumbo, linha e anzol.

A linha fornecida para pesca é feita de nylon, sendo distribuída com mais facilidade para os Awá do que as munições para suas armas. Isso porque a manutenção desses bens é mais barata, além de durarem mais tempo, já que eles não vão utilizá-las com a mesma freqüência que as munições.

Tanto a linha de pesca como os anzóis podem se perder ou ficar danificados quando eventualmente se enroscam em galhos de árvores caídas. Podem, ainda, ser cortadas pelas mordidas de piranhas grandes. Quando se enroscam nos galhos,

ainda há a possibilidade de recuperação da linha com o auxilio de pedaços de madeira como alavanca ou com a entrada no rio para desenrroscá-la.

A quantidade de chumbo fornecida aos Awá é sempre considerada insuficiente e estão com frequência requisitando mais. São pequenos blocos que são amassados com uma pedra ou algum instumento que tenham à mão, como o lado contrário de um facão, até ficarem achatados. Em seguida, são dobrados em torno da linha de pesca, poucos centímetros acima do gancho. Esse chumbo serve somente para fazer com que o anzol permaneça embaixo d’água e não flutue.

Quando a canoa é utilizada para pesca, dificilmente trata-se de uma pesca individual, já que é necessário que uma pessoa reme para movimentar a embarcação até o local escolhido para a pescaria, enquanto outra ou outras observam as movimentações no rio. O remador geralmente fica na parte de trás da canoa enquanto que os demais distribuem-se entre o meio e a ponta da embarcação.

O Awá que se localiza na ponta geralmente está munido de arco e flecha (figura 24) preparado para acertar os peixes que passam por perto. Esse tipo de pesca ocorre com menor incidência do que a que utiliza linhas, anzóis e pedaços de chumbo. Este último método foi introduzido pela FUNAI e foi prontamente aprovadao pelos Awá, pois ser mais fácil de ser praticado e levar pouco tempo para produzir bons resultados.

Figura 24: Awá pescando com Arco e flecha. Fonte: Acervo Projeto Awá 2005.

Quem se localiza no meio da embarcação geralmente está munido da linha com o chumbo e anzol. A isca mais utilizada é a massa da mandioca após triturada para fazer a farinha. Dela fazem pequenas bolinhas que são encaixadas no anzol.

Outro tipo de pesca que observei, que também implica a utilização da canoa, envolve o mesmo instrumental utilizado nas demais, só que não requer a presença permanente do pescador. Este apenas amarra, na vegetação que avança o rio, em suas margens, uma linha com chumbo, anzol e isca, que fica imersa na água. No dia seguinte é verificado se houve algum peixe capturado e caso haja, são recolhidos.

A pesca nas margens dos rios (figura 25), geralmente é empreendida nos arredores da aldeia, como também em locais mais afastados. Neste caso, o deslocamento se dá através de canoa ou em expedições pela mata até o local escolhido para realização dessa prática.

O material utilizado é o mesmo das demais pescarias só que acrescentam uma vara à linha chumbada com anzol e isca. Esta vara é feita de pedaço de madeira recolhido na mata. Em alguns casos, a superfície da madeira é raspada com uma faca. Apesar dessa pesca nas margens dos rios requerer que fiquem parados esperando que o peixe seja fisgado, ficam no local apenas se a pesca der resultados em curto prazo, caso contrário, se deslocam para outro local para dar continuidade a pescaria.

Figura 25: Awá pescando na margem do rio. Fonte: Acervo projeto Awá 2005.

Outra técnica utilizada pelos Awá é a pesca com arco e flecha, sendo essa a mais tradicional. Este tipo de pesca é realizada a partir das margens dos rios, ou, nos dias atuais como já citei, em canoas.

O tipo mais comum dos peixes capturados dessa maneira (nas margens), são as enguias elétricas (merakê). Esta atividade é realizada na parte da manhã ou no fim da tarde, quando os peixes vêm à superfície para se alimentar. Ao ser capturado, este peixe difícilmente consegue fugir e é facilmente localizado pelos Awá devido ao seu comprimento longo.

Interessante também é o fato dos Awá terem um cuidado muito grande ao flechar uma enguia elétrica e puxá-la para cima das margens do rio sem tocá-la, pois caso tenham algum contato com esse peixe, podem levar um choque. Seguram a flecha que contem a enguia capturada e com uma madeira batem na enguia até à morte, para depois lidar com ela.

O ritmo da vida Awá, no Juriti, tem agora nova cadência, marcada pelo tempo da caça, que ocorre na forma de expedição diária, ou de vários dias na mata, pelo tempo da agricultura ou de qualquer outra atividade, sempre retornando ao mesmo ponto fixo, a aldeia. A socialização Awá vai se dando nessa nova dinâmica que vai moldando seus corpos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após quase quarenta anos de contato, os Awá já demonstram uma razoável adaptação ao novo modo de vida. Diante das condições que lhes são impostas, em decorrência da falta de resguardo de seu território por parte do Estado brasileiro, buscam construir estratégias que permitam sua reprodução como povo, abrindo mão de muitas esferas de autonomia.

O processo de territorialização em curso, que implica na sedentarização, os tem forçado a alterar significativamente seu cotidiano, reduzindo, principalmente, seu tempo de vivência na mata. A mata passou a ser um local visitado nas expedições de caça e coleta, já que precisam de tempo para investir nas atividades de agricultura e em outras atividades cotidianas como cuidar do local da aldeia, do processamento dos alimentos e dos instrumentos de trabalho.

O novo processo de territorialização implicou, também, em novo arranjo social decorrente do processo de aldeamento que reuniu diferentes grupos em um mesmo local. Essa prática da FUNAI não só impôs um modo de vida mais sedentário, mas obrigou-os a estabelecer um tipo de convívio intergrupos, ainda em construção. De certa forma, temos ai uma retomada do modelo colonial de aldeamento, que tem a particularidade de não misturar diferentes povos, mas grupos de um mesmo povo. De toda forma, a relação entre os diferentes grupos era esporádica o que implicava na construção de hábitos diferenciados e identidades específicas. A dificuldade de entrosamento, na aldeia Juriti, expressa-se, principalmente no caso da família de

Takwarentxiá.

A estratégia de aldeamento, não só reuniu grupos distintos, como separou pessoas de um mesmo grupo. No caso do Juriti isso pode ser observado no caso de

Takwarentxiá, cujo grupo de origem foi dispersado. Da mesma forma, Wirahó, cuja

irmã foi por ele localizada em outro aldeamento.

Aldear diferentes grupos Awá em um só lugar pode ser lido como uma estratégia de colonialidade do poder, uma forma de conduzi-los à sedentarização, à revelia de seu nomadismo secular.

Os Awá, em certo sentido, não tiveram escolha, acossados que se encontravam pelas invasões em seu território, que os expunha ao risco de morte. Mesmo assim, alguns resisitiram e ainda perambulam pelas matas, a despeito das ameaças que os cercam.

Os aldeados procuram domesticar as novidades que se colocaram em suas vidas. A prática da agricultura tem implicado em novo condicionamento corporal e uma adaptação ao trabalho sob o sol. Muitos ainda resistem a essa prática, outros, especialmente os mais jovens, conseguiram adaptar-se mais rapidamente às novas práticas corporais, justamente por seus corpos não terem sido moldados exclusivamente pelo habitus caçador.

São muitas as novidades e os Awá vão buscando domesticá-las. São novas formas de casa, roupas industrializadas e outros bens como sabão, pilhas, fósforos, sal, laterna, etc. que significam, também, novas formas de dependência em relação a sociedade brasileira.

A cosmologia Awá vai procurando dar conta dessa nova conjuntura, como expressam as narrativas do karawárə. (Re) produz-se um novo modo de ser Awá,

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