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Capítulo Treze

No documento Por um momento apenas- 2 (páginas 168-176)

— Coloque os braços acima da cabeça, minha gatinha. Ela engoliu em seco diante daquele comando em voz baixa. Depois de um suspiro rápido, insuficiente para lhe encher os pulmões, ela encostou-se no travesseiro atrás das costas e, lentamente, fez o que ele pediu.

Com as mãos e os braços fora do caminho, ele alcançou o zíper da larga blusa que Lori emprestara a Nicole, no final daquele longo dia.

— Lembra-se do nosso acordo de hoje de manhã? — ele perguntou enquanto descia o zíper, sem pressa.

— Sim — ela respondeu, o som era mais um suspiro que uma palavra. — Lembro.

— Que bom — ele falou e então prosseguiu: — Me diga. Ah, Deus, a respiração ficava mais ofegante a cada segundo, especialmente com as mãos dele passando pelos seios dela enquanto ele abria a blusa. Os mamilos dela eram pontos duros contra o fino tecido da camiseta.

— Enquanto estivermos juntos... — Ela não era capaz de repetir o que ele dissera.

169 — Continue, estou ouvindo.

Ela deu um suspiro entrecortado; sabia que não precisava dizer aquilo, mas algo dentro dela queria dizer, queria agradá-lo.

— Meu corpo é tão seu quanto meu.

Os olhos dele brilharam com tanta aprovação... e tanto desejo, que tirou o último suspiro que ainda restava a Nicole.

— Tire sua blusa e seu top e deite-se com as mãos atrás da cabeça de novo.

Com exceção da massagem, ele ainda não a tocara, e ela já estava ensopada entre as coxas, só de ouvir aqueles comandos sensuais.

Talvez não devesse mais se surpreender com sua reação àquela gentil dominação, ao fato de seu corpo claramente adorar aquilo; no entanto, ainda se surpreendia.

— Alguma vez já levou uma surra, Nicole?

Os olhos dela voaram até os dele, a pergunta chocante tirando a de suas fantasias.

— Uma surra?

A pulsação de Nicole se acelerava com a ideia de ser colocada no colo dele, nua da cintura para baixo, a mão dele batendo sobre a pele dela.

— Não. — Ela balançou a cabeça. — Claro que não.

Os lábios dele esboçaram um sorriso diante da reação dela.

Entretanto, em vez de dizer mais alguma coisa sobre a surra, ele disse:

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De repente ela se deu conta de que ainda não tinha tirado nem a blusa nem o top. Por um minuto um turbilhão de desejo lhe invadiu o corpo diante daquela ideia chocante e ficou indecisa entre continuar vestida e arriscar levar uma surra ou obedecer à ordem dele.

O medo do desconhecido, e o medo de seus próprios desejos surpreendentes, levaram Nicole a fazer rapidamente o que ele pedira.

Quando estava nua da cintura para cima, ela deitou-se no travesseiro e começou a erguer os braços. A esta altura, mesmo sabendo que Marcus já estava acostumado com os seios dela, ainda tinha vergonha de ficar nua para um homem como ele.

— Está se saindo muito bem.

As doces palavras combinadas à quentura do olhar dele fizeram-na, finalmente, erguer os braços até em cima.

Nicole esperava que ele a tocasse, acariciasse, degustasse. Em vez disso, ele simplesmente olhou para ela, sem pressa. A demora foi tanta que seus mamilos já doíam aguardando para serem tocados, o V entre as pernas latejando e molhado. E, então, ele a surpreendeu pegando a blusa para amarrar-lhe os pulsos.

— Tente mexer as mãos para que eu possa ver se está muito apertado.

A voz dele estava rouca, cheia de volúpia. Ela mexeu os braços e sentiu o nó macio contra a pele; mesmo assim, daria muito trabalho para se soltar.

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Dois dias antes, ela poderia ter jurado que nunca se permitiria ser colocada em uma posição como esta. Ela deveria se soltar, mas não queria, não é verdade?

Como se quisesse compartilhar os mistérios das perguntas que Nicole fazia a si mesma, Marcus disse:

— Me diga o que você precisa, Nicole; me diga o que você quer.

Ele colocou as mãos na cintura dela, a pele bronzeada contra a barriga pálida dela. Ela sentiu arrepios ao ver o quanto era pequena perto dele, por saber que ele poderia fazer o que quisesse com ela neste momento, que estava completamente à mercê da força dele. Esses pensamentos não deveriam deixá-la excitada, mas, surpreendentemente, foi o que aconteceu.

— Se não me disser, vou ter que adivinhar — ele disse antes de se inclinar sobre o torso nu dela. Quando Marcus pressionou a boca sobre o ombro dela, o cabelo dele lhe fez cócegas embaixo do queixo, o suficiente para fazê-la ferver com o calor de seu corpo, antes de ele se sentar.

Nicole não estava acostumada a verbalizar seus desejos sexuais, no entanto, eram tão fortes que acabou se esquecendo de colocar as mãos sobre a cabeça. Tentou alcançá-lo antes de lembrar-se de que suas mãos tinham sido amarradas.

Por Marcus.

Vendo o desejo óbvio nos olhos dela, ele disse:

— Isso mesmo, minha gatinha. Você é toda minha agora, minha para brincar, não é?

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Na verdade, por mais que se mostrasse ao mundo como uma bomba sexual, Nicole era uma feminista. A força feminina era o negócio dela. Deveria estar enlouquecendo neste momento.

Estava praticamente gozando só de pensar em ser toda

dele para brincar.

— Isso não... — Ela não sabia como dizer a ele o que estava sentindo, mas, de alguma forma, sabia que era importante dizer. — Eu não deveria estar me sentindo assim.

— Diga para mim o que está sentindo.

Aquela voz baixa que retumbava e ecoava por todo seu corpo, fazendo-a querer entregar todos seus segredos, todos os desejos que nem mesmo sabia existir, esperando para serem descobertos durante todo este tempo.

— Esta não sou eu. Não gosto que me deem ordens.

Ela podia jurar que ele quase sorriu e, estranhamente, em vez de ficar brava, em vez de sentir que ele ria dela, isso a fez sentir que talvez não fosse tão esquisito gostar das coisas que ele dizia — e fazia — com ela.

— Estou dando ordens a você?

Nicole estava quase dizendo que sim, quando percebeu que isso não era necessariamente verdade.

— Você me diz para fazer coisas — ela murmurou incapaz de olhar para ele agora, sentindo-se mais tímida que nunca. — Eu não deveria fazer essas coisas. — Ela podia sentir o quanto seu rosto estava vermelho. — Não deveria gostar de estar fazendo essas coisas.

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Os dedos dele escorregaram até o queixo dela e levantaram-lhe suavemente o rosto.

— Adoro ver você reagindo a mim. Adoro ver a mulher mais linda que conheci tremer de desejo na minha frente. Adoro ouvi-la implorando para que eu toque, beije e possua você.

Tudo o que ele dissera, a rouquidão da voz, fez Nicole arrepiar-se de desejo. Mesmo assim, sentiu que deveria protestar uma última vez, uma última aposta a favor da sanidade.

— Mas sou eu quem geralmente diz às pessoas o que fazer.

— Já pensou que essa pode ser a oportunidade que você estava esperando? — ele perguntou suavemente. — De que essa é sua chance de deixar que alguém tome conta de você durante algumas horas, em vez de ter que tomar conta de tudo sozinha?

O cérebro dela estava inebriado de desejo, mas, mesmo assim, o que ele disse fazia sentido.

— Me toque, Marcus. Me beije. — Ela fez uma pausa, juntando toda sua coragem. — Me coma.

Quando se deu conta, estava deitada com Marcus por cima dela, o corpo grande dele pressionando o dela nas almofadas. Com uma das mãos, ele verificou se as mãos dela continuam atadas sobre a cabeça, enquanto a outra mão tocava entre as pernas dela, ao mesmo tempo em que lhe abocanhava os seios.

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Ela arqueou ao toque dele, a conversa sobre o quanto ele gostava de mandar e o quanto ela gostava de obedecer — sem falar na massagem antes disso — preliminares mais que suficientes para excitá-la ao menor toque.

— Dê mais para mim, Nicole — ele implorou a ela, as palavras quentes enquanto lhe beijava todo o peito até tomar o outro mamilo em sua boca. — Dê tudo para mim.

Em resposta, os músculos internos do sexo dela apertaram tanto os dedos dele a ponto de ela mesma gritar diante da sensação de prazer e dor ao gozar embaixo dele. O dedão de Marcus fazia deliciosos círculos de prazer no clitóris dela e Nicole pressionou o quadril sobre a mão dele vez após outra, enquanto o orgasmo continuava a fazer seu corpo tremer.

Confusa pela exaustão, diante da maneira como o orgasmo tinha lhe varrido o organismo, Nicole tinha uma vaga noção de Marcus desamarrando a blusa de suas mãos e tirando as roupas. Pelas pálpebras semiabertas ela observou- o ir ao banheiro e voltar com uma camisinha no membro absurdamente ereto. Os braços dela não estavam mais amarrados, no entanto, não tinha forças para movê-los.

E, então, ele se ajoelhou em frente ao sofá, posicionando-a de modo que as costas e os ombros dela ficassem nas almofadas, mas seu quadril ficasse penso na beirada. Antes que pudesse respirar de novo, as mãos dele agarraram-lhe a bunda e ele arremessou-se dentro dela.

Ela enrolou os dedos no sofá, precisando segurar-se em alguma coisa enquanto ele tomava seu corpo, tornava-a

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indubitavelmente dele, lhe possuía como nada jamais fizera, exceto a música. E, mesmo estando exausta pelo dia cansativo, pela massagem, pelo orgasmo alucinante que acabara de ter, a sensação daquele pau grosso dentro dela tirou-lhe as últimas forças de seu profundo poço de energia.

Querendo sentir aqueles músculos rígidos na ponta dos dedos, Nicole alcançou-o. Enlaçando os braços ao redor do pescoço dele, ela puxou-se para cima, seus seios esfregando- se contra os pelos escuros no peito de Marcus. Suas bocas se encontraram, sedentas pelos beijos, beijos com os quais ela sonhara o dia todo, mesmo quando tentava se convencer de que estava muito ocupada para pensar nele.

Ele a beijou de volta, faminto, como se nunca fosse se fartar dela, e gemia sobre seus lábios, Nicole sentindo-o crescendo ainda mais, preenchendo-a tão completamente a ponto de quase não conseguir respirar.

E, então, ele afastou-se do beijo, jogou a cabeça para trás, gozando com um rugido estrondoso que a excitava mais ainda, o som do prazer reverberando no quarto, a pélvis dele esfregando o clitóris dela. Mais uma vez, Nicole mergulhou no abismo.

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