• Nenhum resultado encontrado

TrAJETóriA TECNolóGiCA E APrENdiZAdo No SETor AGroPECuário

4.2 Capacidade de absorção

O quadro institucional brasileiro, como mostrado na seção anterior, é capaz de gerar conhecimento público suficiente para promover o crescimento agropecu- ário. Para se compreender a capacidade de absorção dos produtores agrícolas, é preciso verificar de que forma se dá a incorporação tecnológica ao longo do tem- po dentro das unidades produtivas.

Numa análise comparativa entre os dados dos censos agropecuários (1970, 1975, 1980, 1985, 1995-1996 e 2006) e da pesquisa agrícola municipal (1990 a 2008), calculou-se a taxa geométrica de crescimento da produtividade (produção por área colhida) dos principais produtos em termos de geração de valor. Na tabela 1, nota-se que a taxa de crescimento anual é positiva para a maioria dos produtos. No período de 1970 a 2006, apenas a mandioca apresentou taxa de crescimento negativa. Quando se analisam as duas últimas décadas, o quadro é também bastan- te favorável, apresentando queda da produtividade apenas para o café e a laranja.

TABELA 1

Participação no valor da produção de produtos selecionados e suas respectivas taxas geométricas de crescimento (1970-2008)

Produtos Ranking (2006)

Participação do valor na produ- ção total dos principais cultivos

temporários e permanentes

Taxa geométrica de crescimento de 1970 a 2006 (censos

agropecuários)

Taxa geométrica de crescimento de 1990 a 2008 (Pesquisa Agrícola Municipal) Soja 1 18,2% 2,7 2,2 Cana-de- açúcar 2 15,2% 1,5 1,2 Milho 3 11,9% 3,1 3,8 Café 4 8,1% 2,9 -0,3 Arroz 5 6,1% 3,5 3,9 Mandioca 6 5,7% -1,1 0,8 Laranja 7 5,2% 0,4 -11,2 Feijão 8 4,3% 1,7 3,2 Algodão 9 2,6% 3,2 7,8 Banana 10 2,6% - 21,4 Participação total e média 80% (total acumulado) 2,1 (média ponderada) 2,0 (média ponderada) Fonte: Produção Agrícola Municipal e Censo Agropecuário – IBGE (2010a e 2010b).

Ao se fazer uma análise do uso de terras e do efetivo de animais, numa com- paração dos censos agropecuários de 1970 a 2006 (tabela 2), nota-se uma redução na área total dos estabelecimentos nos últimos dois censos, com decrescimento de 1,3% ao ano (a.a.). Porém, ao se desagregar a área total em lavouras, pastagens e matas, têm-se dois efeitos, ainda que o tamanho das matas se mantenha estável. O primeiro é relativo ao aumento das áreas destinadas às lavouras, com taxas anuais de crescimento positivas (3,2% e 2,9%, para cultivos permanentes e temporários, respectivamente). O segundo se deve à redução das áreas de pastagens, a qual está diretamente associada ao maior confinamento do gado por conta da exaustão de terras voltadas para o plantio. A utilização de terra nas pastagens naturais e plantadas caiu, respectivamente, 3,7% e 0,4% a.a. no período entre 1996 e 2006.

Esses dois efeitos se relacionam muito mais com o desenvolvimento tecno- lógico que com um processo de desconcentração do campo, conforme aparen- temente identificado pelos valores da área total e pelo aumento do número de estabelecimentos ocorrido de 1996 a 2006.22 Num processo simultâneo, verifica- se um crescimento do efetivo de animais por estabelecimento agropecuário, bem como o aumento da produtividade dos animais.

22. O índice de Gini calculado pelo IBGE se manteve estável no mesmo período, ficando em torno de 0,86 para o con- junto do sistema. Entretanto, é bem provável que as desigualdades tenham aumentado entre os estratos de utilização de terras, o que requereria um estudo mais aprofundado sobre o tema.

TABELA 2

Análise comparativa dos censos agropecuários (1970-2006)

Variáveis estudadas

Censos agropecuários Taxa de crescimento (1996-2006) 1970 1975 1980 1985 1995-1996 2006 Utilização das terras em hectares por número de estabele- cimentos Lavouras perma- nentes1 1,6 1,7 2,0 1,7 1,6 2,2 3,2 Lavouras tempo- rárias2 5,3 6,3 7,5 7,3 7,0 9,3 2,9 Pastagens naturais 25,3 25,2 22,1 18,1 16,1 11,1 -3,7 Pastagens plan- tadas3 6,0 8,0 11,7 12,8 20,5 19,6 -0,4 Matas naturais4 11,4 13,6 16,1 14,3 18,3 18,2 -0,1 Matas plantadas 0,3 0,6 1,0 1,0 1,1 0,9 -2,0

Área total (ha) 59,7 64,9 70,7 64,6 72,8 63,8 -1,3

Efetivo de animais por número de estabeleci- mentos Bovinos 16,0 20,4 22,9 22,1 31,5 33,2 0,5 Aves 43,4 57,4 80,1 75,3 147,9 270,8 6,2 Produção por efetivo de

animais Leite de vaca (litros) 80,2 83,7 98,2 100,3 117,2 117,5 0,0 Número total de estabelecimentos 4.924.019 4.993.252 5.159.851 5.801.809 4.859.865 5.175.489 0,6

Fonte: Censo Agropecuário – IBGE (2009b).

Notas: 1 Nas lavouras permanentes, somente foi pesquisada a área colhida dos produtos com mais de 50 pés em 31/12/2006. 2 Lavouras temporárias e cultivo de flores, inclusive hidroponia e plasticultura, viveiros de mudas, estufas de plantas e

casas de vegetação, e forrageiras para corte.

3 Pastagens plantadas, degradadas por manejo inadequado ou por falta de conservação, e em boas condições, incluindo

aquelas em processo de recuperação.

4 Matas e/ou florestas naturais destinadas à preservação permanente ou reserva legal; matas e/ou florestas naturais e

áreas florestais também usadas para lavouras e pastoreio de animais.

No que tange à mecanização do campo, nota-se um aumento crescente do uso de tratores (gráfico 5). O número de pessoal ocupado por hectare de terra foi ultrapassado pelo número de tratores entre 1996 e 2006. Além do aumento no uso de tratores, há uma elevação da potência média dos veículos. A mecanização é um indicativo da modernização agrícola que não necessariamente se relaciona à expulsão direta dos trabalhadores do campo. Se as políticas públicas devem fomentar o aumento do emprego na agricultura, mudanças institucionais devem ser criadas a ponto de se reduzirem os custos relativos do trabalho e se induzirem inovações no campo gerencial, o que, por sua vez, melhoraria a renda dos trabalhadores e desestimularia o êxodo rural.

GRÁFICO 5

mecanização do campo (1970-2006)

Fonte: Censo Agropecuário – IBGE (2009b).

Não obstante, cabe ao governo prover políticas de educação no campo, no intuito de sinalizar ao mercado o planejamento da melhoria nas condições de trabalho. De acordo com os dados do Censo Agropecuário de 2006, que utili- zou um universo de 3,9 milhões de proprietários, o grau de instrução dos produ- tores é um fator que limita a capacidade de absorção de conhecimento externo. Isto desestimula o crescimento da produtividade, bem como deprime o aumento do emprego no meio rural. Conforme o gráfico 6, cerca de 90% dos proprietá- rios possuem qualificação inferior ao ensino fundamental, para não mencionar os 27% que são analfabetos.

GRÁFICO 6

Grau de instrução dos proprietários rurais (2006)

A baixa qualificação dos proprietários e das pessoas que dirigem os estabe- lecimentos agropecuários faz com que boa parte dos estabelecimentos não tenha orientação técnica no decorrer do processo produtivo. No gráfico 7, observa-se que apenas 9% dos dirigentes receberam regularmente algum tipo de assistência técnica em 2006. Entretanto, cerca de 78% das pessoas que dirigem os estabe- lecimentos agropecuários não receberam orientação técnica, o que mostra uma vulnerabilidade na capacidade de absorção dos agentes produtivos.

GRÁFICO 7

Percentual dos dirigentes de estabelecimentos agropecuários em relação ao recebimento de orientação técnica (2006)

Fonte: Censo Agropecuário 2006 (IBGE, 2009b).

Além da vulnerabilidade estrutural em relação ao grau de qualificação dos produtores, é necessário ressaltar que, embora o setor fornecedor de insumos tec- nológicos tenha uma boa capacidade relativa de inovar, a economia brasileira depende de parte significativa das importações dos insumos. Quando se analisa a balança comercial dos insumos tecnológicos da produção agropecuária, percebe- se claramente, pelo gráfico 8, a dependência brasileira em termos das importações de defensivos, medicamentos veterinários e fertilizantes. Vale ressaltar que, diante de um marco regulatório nacional cada vez mais exigente em relação à entrada de novos competidores e produtos, por questões sanitárias ou ambientais, a produ- ção de insumos se concentra em poucas empresas e alguns produtos. Isto eleva o custo de adoção destas tecnologias, bem como torna dependente o crescimento da produtividade do setor como um todo.

GRÁFICO 8

Saldo comercial dos principais insumos tecnológicos do setor agropecuário (1997-2007)

Fonte: Base de dados do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet Alice da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) – Brasil (2009b).

Elaboração do autor.

Na tentativa de se identificar a interação entre o projeto de pesquisa e a instituição executora numa amostra dos fundos setoriais – tanto no CT-Agrone- gócio quanto no restante dos projetos relacionados ao agronegócio –, procurou- se verificar qual percentual está associado às firmas23 executoras, ou mesmo às universidades e aos institutos de pesquisas24 (gráfico 9). Os dados mostram que, no agregado, a maioria das instituições executoras são universidades e institutos de pesquisas, o que é natural no desenvolvimento de tecnologias para a agricul- tura. Deve-se ressaltar que a tecnologia agrícola é considerada um bem público e, portanto, o desenvolvimento da ciência básica em conhecimento aplicado é majoritariamente fomentado por instituições públicas. Ao se analisar apenas o CT-Agronegócio, tem-se 6% de firmas executoras, enquanto as universidades e institutos de pesquisas representam 36%. Se o foco estiver no grupo de projetos relacionados à agricultura, exclusos os do CT-Agronegócio, as firmas possuem 9%, e as universidades e institutos de pesquisas, 48%.

23. Essa classificação já pertence à base dos fundos setoriais e tem como referência a natureza jurídica e a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) da empresa. Dada sua natureza jurídica, a Embrapa encontra-se nesta categoria. A CNAE da Embrapa é 72, relativa à pesquisa e desenvolvimento científico. Há outros órgãos classificados como firmas com esta mesma CNAE (por exemplo, a Nanocore Biotecnologia Ltda.). Não foi adotado nenhum critério especial para definir as firmas, apenas utilizou-se este critério para separar os institutos de pesquisas deste contexto.

24. São classificadas como fundações as empresas cuja natureza jurídica se define como fundações; as empresas com classe jurídica relacionada à pesquisa e desenvolvimento científico (CNAE 72) que não são firmas; e, por fim, as empresas com classe jurídica definida, que possuem universidade no nome e que não são firmas. Vale lembrar que existem universidades particulares definidas como firmas. Por fim, qualquer empresa que não tenha classe jurídica não foi classificada, seja ela firma, universidade ou instituto de pesquisa.

GRÁFICO 9

Participação dos projetos por instituições executoras do CT-Agronegócio e do conjunto do setor agrícola

Fonte: Amostra dos dados do MCT (BRASIL, 2009a). Elaboração do autor.

Obs.: Os percentuais podem estar sobrepostos, dado que pode existir mais de uma instituição na execução de cada projeto.

Pode-se chegar a conclusão semelhante por meio da matriz de interações de sub- domínio tecnológico versus área de conhecimento científico, como apresentado no gráfico 10. Esta matriz cruza os dados dos projetos em sua aplicação industrial e em sua área científica. De um lado, a matriz direta possibilita o estudo das interações dos projetos e seus vínculos entre os vários setores industriais. Os projetos são associados diretamente a uma empresa interveniente. Do outro, a matriz indireta capta a relação do projeto e o vínculo indireto com as empresas, dado que os institutos de pesquisa e/ou as universidades são os executores diretos dos programas de pesquisas. Todavia, há um vínculo por grupo temático entre as instituições de pesquisa e as empresas. Os picos são mais frequentes nas interações indiretas que nas diretas. Enquanto conclusão geral desta análise matricial, nota-se uma baixa vinculação do CT-Agronegócio com as empresas. Porém, isto não significa que há baixo desenvolvimento tecnológico. Como já explica- do, é o setor público o principal agente no provimento de tecnologias.

GRÁFICO 10

matrizes de interações de subdomínio tecnológico e área de conhecimento científico para o CT-Agronegócio (2002-2008)

Fonte: Amostra dos dados do MCT (BRASIL, 2009a). Elaboração do autor.

Diante do exposto, constata-se que o SNPA tem um papel central na condu- ção do desenvolvimento agropecuário brasileiro. Por um lado, é nítido o sucesso na construção de um ambiente institucional que facilita a adoção e a difusão das melhores tecnologias e práticas entre os agentes produtivos. Por outro, no tocante à capacidade de absorção dos agentes produtivos, muito ainda está por fazer. Isto requer mais investimentos em educação de base e em qualificação técnica – sem falar da vulnerabilidade externa do setor fornecedor de insumos tecnológicos. Cabe ao SNPA pensar estratégias de desenvolvimento tecnológico no âmbito do- méstico, numa tentativa explícita de reduzir o grau de dependência da economia externa, bem como estimular o desenvolvimento da ciência em tecnologia.

5 CoNSidErAÇÕES FiNAiS

Este capítulo procurou descrever o enfoque teórico relacionado ao sistema na- cional de inovação e à capacidade de absorção de conhecimento externo. De um lado, apresentou-se o quadro institucional que coordena todo o planejamento estratégico da pesquisa agrícola. De outro, verificou-se a intensidade do uso tec- nológico pelos agricultores.

A dinâmica da inovação no setor agropecuário compreende a geração de conhecimento público pelo governo e a capacidade de aprendizado dos agentes no uso tecnológico. A organização do sistema no provimento de conhecimento público promove os ganhos de produtividade gerais. O aprendizado dos produ- tores – via aumento da capacidade de absorção – auxilia na gestão do novo co- nhecimento. Neste sentido, o ambiente institucional deve prover conhecimento adequado ao ganho produtivo do setor; porém, cabe ao produtor agropecuário realizar investimentos em sua capacitação, no intuito de decodificar e explorar melhor o conhecimento público.

Ao longo dos últimos 40 anos, observaram-se avanços institucionais, a sa- ber: i) o planejamento nacional da pesquisa agropecuária, com a transformação de ciência em tecnologia; e ii) a habilidade de inovar acima da média da cadeia produtiva regional (tanto no setor fornecedor de insumos tecnológicos quanto na indústria de transformação). Entretanto, alguns gargalos foram identificados: i) o baixo grau de instrução técnica dos produtores rurais, com a consequente redução da capacidade de absorção; e ii) a dependência externa de importação de insumos estratégicos. A redução destes gargalos será o grande desafio para o desenvolvi- mento do setor agropecuário.

Em relação aos avanços institucionais, a criação da Embrapa, na década de 1970, definiu o planejamento da pesquisa agropecuária no Brasil, com a inclusão de pesquisas no âmbito regional. Com a constituição do SNPA no início dos anos 1990, a Embrapa promoveu a organização das várias instituições regionais

em uma ampla rede de pesquisa nacional, com a finalidade de integrar o sistema de inovação, evitando a sobreposição dos investimentos. Neste contexto, nos úl- timos dez anos, os fundos setoriais complementaram os esforços realizados pelo governo no fortalecimento do setor. Quanto à capacidade de inovar, os resultados do quociente setorial mostraram que o agronegócio é relativamente mais inova- dor que o resto da economia, o que identifica sua importância relativa na geração de inovações tecnológicas da cadeia produtiva regional.

Apesar do avanço significativo do aparato institucional promotor de conhe- cimento aplicado ao setor agropecuário, é preciso definir políticas de aumento da capacidade de absorção dos produtores, por uma melhoria da qualidade edu- cacional ou mesmo por uma redução da dependência de insumos tecnológicos importados. A dependência nacional da importação de insumos tecnológicos se dá nos defensivos, medicamentos veterinários e fertilizantes. Por conta da incapa- cidade de haver uma produção doméstica mais consolidada, espera-se que as polí- ticas de ciência e tecnologia aumentem o conhecimento codificado (ampliando as oportunidades tecnológicas em diferentes domínios da pesquisa científica), como também estimulem as aplicações industriais do novo conhecimento.

De acordo com as aplicações dos fundos setoriais, a execução dos projetos é em grande parte realizada por universidades e instituições de pesquisa, um indi- cativo da importância do ambiente institucional no provimento de novas tecno- logias aplicadas ao segmento produtivo. Espera-se, portanto – embora reconhe- cendo-se os fundos setoriais como mecanismo complementar de apoio à ciência e tecnologia –, que haja um melhor planejamento por parte do governo para o desenvolvimento científico e tecnológico. Como a criação destes fundos ainda é muito recente, há espaço para se pensar e melhor alocar os recursos, buscando-se sempre o crescimento produtivo do setor agropecuário.

rEFErÊNCiAS

ALLEN, D. W.; LUECK, D. The nature of the farm. Journal of Law and Eco-

nomics. v. 41, p. 343-386, October, 1998.

______. The nature of the farm: contracts, risk and organization in agriculture. Cambridge: MIT Press, 2003. 258 p.

BAPTISTA, M. A. C. Política industrial: uma interpretação heterodoxa. Campi- nas: UNICAMP, 2000. 212 p.

BARDHAN, P.; UDRY, C. Technological progress and learning. In: ______. Develop-

ment microeconomics. New York: Oxford University Press, cap. 12, p. 152-167, 1999.

BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT. Fundos setoriais. (tabula- ções especiais). Brasília, 2009a.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC. Sistema ALICE/SECEX. (tabulações especiais). Brasília, 2009b.

BRESCHI, S.; MALERBA, F.; ORSENIGO, L. Technological regimes and schumpeterian patterns of innovation. The Economic Journal, v. 110, p. 388- 410, abril, 2000.

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. O foco em arranjos produtivos e inovativos locais de micro e pequenas empresas. In: LASTRES, H. M. M.; CAS- SIOLATO, J. E.; MACIEL, M. L. (Orgs.). Pequena empresa, cooperação e

desenvolvimento local. Rio de Janeiro: Relume Dumará, cap. 1, p. 21-34, 2003.

CHIAROMONTE, F.; DOSI, G.; ORSENIGO, L. Innovative learning and institutions in the process of development: on the microfoundation of growth regimes. In: THOMSON, R. (Org.). Learning and technological change. UK: Macmillan Press, p. 117-149, 1993.

COHEN, W. M.; LEVINTHAL, D. A. Absorptive capacity: a new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, v. 35, p. 128- 152, March, 1990.

______. Innovation and learning: the two faces of R&D. The Economic Jour-

nal, v. 99, p. 569-596, September, 1989.

COXHEAD, I. A. Environment-specific rates and biases of technical change in agriculture. American Journal Agricultural Economics, v. 74, p. 592-604, Au- gust, 1992.

DIEDEREN, P.; MEIJL, H. V.; WOLTERS, A. Modernization in agriculture: what makes a farmer adopt an innovation? In: X EAAE Congress on “Explor-

ing. Diversity in the European Agri-Food System”. Zaragoza, Spain: August

28th to 31st, 2002.

DOSI, G. Sources, procedures, and microeconomic effects of innovation. Jour-

nal of Economic Literature, v. 26, p. 1120-1171, September, 1988.

______. Technical change and industrial transformation. New York: St. Mar- tin’s Press, 1984. 338 p.

______. Technological paradigms and technological trajectories: a suggested in- terpretation of the determinants and directions of technical change. Research

Policy, v. 11, p. 147-162, 1982.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Balanço social. (vários anos). Brasília, 2009.

ESPOSTI, R. Public agricultural R&D design and technological spill-ins: a dy- namic model. Research Policy, v. 31, p. 693-717, 2002.

EVENSON, R. E.; KISLEV, Y. Research and productivity in wheat and maize. The Journal of Political Economy, v. 81, n. 6, p.1309-1329, November, 1973. Food and Agriculture Organization (FAO). La situation mondiale de l’alimentation et de l’agriculture. The State of Food and Agriculture –SOFA, 2000.

FOSTER, A. D.; ROSENZWEIG. M. R. Learning by doing and learning from others: human capital and technical change in agriculture. The Journal of Politi-

cal Economy, v. 103, n. 6, p. 1176-1209, December, 1995.

GASQUES, J. G. et al. Desempenho e crescimento do agronegócio no Brasil. Brasília: Ipea, 2004. 39 p. (Texto para Discussão, n. 1009).

HADDAD, P. R. Medidas de localização e de especialização. In: HADDAD, P. R. et al. Economia regional: teorias e métodos de análise. Fortaleza: Banco do Nordeste, p. 225-245, 1989.

HAYAMI, Y.; RUTTAN, V. W. Desenvolvimento agrícola: teoria e experiências internacionais. Brasília: Embrapa, 1988. 583 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pes-

quisa Industrial de Inovação Tecnológica. (tabulações especiais – 2000, 2003 e

2005). Rio de Janeiro, 2009a.

______. Censo Agropecuário. (tabulações especiais – vários anos). Rio de Ja- neiro, 2009b.

______. Produção Agrícola Municipal. (vários anos). Rio de Janeiro, 2010a.

______. Censo Agropecuário. (vários anos). Rio de Janeiro, 2010b.

JOHNSON, D. K. N.; EVENSON, R. E. How far away is Africa? Technological spillovers to agriculture and productivity. American Agricultural Economics

Association, v. 82, p. 743-749, 2000.

KLEVORICK, A. K., LEVIN, R. C.; NELSON, R. R.; WINTER, S. G. On the sources and significance of interindustry differences in technological opportuni- ties. Research Policy, v. 24, p. 185-205, 1995.

MALERBA, F.; ORSENIGO, L. Schumpeterian patterns of innovation are tech- nology-specific. Research Policy, v. 25, p. 451-478, 1996.

MOWERY, D. C.; ROSENBERG, N. Trajetórias da inovação: a mudança tecnológi- ca nos Estados Unidos da América no século XX. Campinas: Unicamp, 2005. 230 p.

NELSON, R. R.; WINTER, S. G. In search of useful theory of innovation. Re-

search Policy, v. 6, p. 36-76, 1977.

OLTRA, V. Politiques technologiques et dynamique industrielle. 374 f. Tese (Doctorat ès Sciences Economiques) – Faculte dês Sciences Economiques et de Gestion, Université Louis Pasteur Strasbourg I, Strasbourg, 1997.

PAIVA, R. M. Modernização e dualismo tecnológico na agricultura. Pesquisa e

Planejamento, v. 1, n. 2, p. 171-234, dezembro, 1971.

PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy. v. 13, p. 343-373, janeiro, 1984.

POSSAS, M. L.; SALLES-FILHO, S.; SILVEIRA, J. M. An evolutionary ap- proach to technological innovation in agriculture: some preliminary remarks.

Research Policy, v. 25, p. 933-945, fev., 1996.

SADOULET, E.; DE JANVRY, A. Transactions costs and agrarian institutions. In: ______. Quantitative development policy analysis. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, cap. 9, p. 241-272, 1995.

SILVA, C. R. L. Inovação tecnológica e distribuição de renda: impacto distributivo dos ganhos de produtividade da agricultura brasileira. São Paulo: IEA, 1995. 245 p. SURI, T. Selection and comparative advantage in technology adoption. New Haven: Yale University, 2006. 33 p. (Texto para Discussão, n. 944)

VIEIRA FILHO, J. E. R. et al. Abordagem alternativa do crescimento agrícola: um modelo de dinâmica evolucionária. Revista Brasileira de Inovação. v. 4, n. 2, p. 425-476, jul./dez., 2005.

VIEIRA FILHO, J. E. R. Abordagem evolucionária da dinâmica do setor

agrícola. 96 f. Dissertação (Mestrado em Economia) – UFV, Viçosa, 2004.

______. Inovação tecnológica e aprendizado agrícola: uma abordagem schumpet- eriana. 154 f. Tese (Doutorado em Teoria Econômica) – UNICAMP, Campinas, 2009.

ANEXo

TABELA A.1

Agregação utilizada por meio da CNAE para subdividir os setores relacionados ao agronegócio entre insumos tecnológicos e indústria de transformação

CNAE Nomenclatura Setores agregados Subdivisão

1421-4 Extração de minerais para fabricação de adubos, fertilizantes e produtos químicos Indústria extrativa mineral

Insumos tecnológicos

1556-3 Fabricação de rações balanceadas para animais Rações 2412-0 Fabricação de intermediários para fertilizantes

Fertilizantes 2413-9 Fabricação de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos

2453-8 Fabricação de medicamentos para uso veterinário Medicamentos veterinários