Caracterização das três Tunas da Universidade de Trás-os-Montes e

Ao longo deste subcapítulo será exposta a caracterização de três Tunas, que nós entendemos como suficientemente representaticas do contexto tunante da UTAD, nomeadamente, e por ordem ascendente de fundação, a Imperilais Serenatum Tunix, a Tuna Universitária de Chaves e a Vibratuna- Tuna Feminina da Universidade de Trás- os-Montes e Alto Douro.

5.7.1. Imperialis Serenatum Tunix

A Imperalis Serenatum Tunix, fundada em 1995, é uma Tuna da UTAD, exclusivamente masculina. Tem os seus próprios temas e em palco só tocam originais, sendo a diferença e originalidade um fator de primazia.

Os Tunos da Imperialis assumiram uma postura onde as prioridades nunca foram dar muito valor às competições, admitindo que não vivem em prol e função destas, ainda assim, é com orgulho que têm exposta a sua montra de prémios na Cervejaria em que nasceram.

Segundo Rui Rodrigues,Tuno da Imperialis, nos referiu,

(...) há muitas tunas em que há muito boa musica mas na realidade mal se conhecem, nós sempre fomos um grupo muito coeso e tivemos de optar, ou éramos uma grande orquestra em que o fundamento é brilhar em palco, ou mantínhamos o nosso grupo de amigos e brilhamos dentro e fora de palco.

No sítio da Imperialis podemos ainda ler, a forma como esta união se faz não apenas entre os elementos, mas também as raízes da Cidade de Vila Real:

(...) Orgulhamo-nos de ser uma presença constante tanto na vida académica como na vida social de Vila Real, essa belíssima cidade que aprendemos a amar como a nossa casa, e à qual aqueles de nós que já lá não vivem voltam sempre com um sentimento de grande alegria.

5.7.2. Tuna Universitária de Chaves (TUCHA)

A Tuna Universitária de Chaves, vulgarmente conhecida como TUCHA, representa o Muy nobre pólo de Chaves, da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, nasceu oficialmente à 13 anos, uma vez que foi quando esta conseguiu adquirir estatuto de tuna.

37 Foi um sonho comum partilhado por vários alunos que despertou o desejo de formar um grupo onde estes pudessem cantar e tocar, livremente, embalando suavemente todos aqueles que ouvissem.

Na sua estrutura, e desde o início da sua constituição, a TUCHA subdivide hierarquicamente os seus elementos, nomeadamente, os pré-caloiros, caloiros e tunos. Sendo que o fator de distinção é a antiguidade na Tuna, isto é, um elemento ao longo da sua caminhada tem de passar por cada um dos estatutos, sendo que quando alcança o estatuto de Tuno será, pelas normas definidas e tradições, “Tuno para Sempre”.

A TUCHA é uma Tuna mista composta não só pelos alunos que estudam ainda no Pólo, mas também, com a sempre importante e indispensável colaboração dos alunos já licenciados.

Referem que a vontade de todos aqueles que já passaram pela TUCHA continua presente, prevalecendo a determinação em crescer cada vez mais, afirmando-se assim no Mundo Tunante, a cada dia que passa, sem nunca esquecer as suas origens e a importância de todos os Tunos, que fizeram na Tuna parte do seu percurso académico. As cores que envergam nos seus emblemas e estandarte são o azul e branco. Em plena homenagem a Cidade de Chaves, que ostenta as mesmas cores. Nas suas deslocações e arruadas fazem-se acompanhar da Bandeira da Cidade de Chaves levando-a ao reconhecimento alheio falando das suas tradições.

5.7.3. Vibratuna – Tuna Feminina da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Corria o ano de 2006, quando três estudantes da licenciatura de Gestão da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro se juntaram munidas de um cavaquinho, uma viola e um acordeão, uniram-se, cheias de garra e alegria, para enfrentar o desdiz de que “as tunas femininas da Bila morrem à nascença”. Com o tempo mais elementos surgiam, mais actuações e mais familiaridade, com um denominador comum - a música.

Hoje a Vibratuna, cujo nome surgiu um pouco por brincadeira, tem já o seu sonho firme. Envolta em simbolismo, a Vibratuna tem como mascote uma “rata”, símbolo de fecundidade e dinamismo e, representa-se pelas cores laranja e azul. A cor de laranja por ser uma cor quente, voltada para a harmonia, força, solidez e maturidade, e o azul

38 por sua vez, a cor fria associada à sabedoria, tranquilidade e segurança. Na sua estrutura, a Vibratuna possui uma hierarquia, regida de forma crescente em Dentuças, Roedoras, Ratunas e Velhotas.

Estas vozes femininas, acompanhadas pelo vibrar de instrumentos musicais, a entoar melodias numa cidade, até então dominada por tunas masculinas, foi-se estabelecendo ao longo do tempo, espalhando o gosto pela música e rendendo quem as ouvia, às tradições académicas.

A cada ano que passa, a Vibratuna procura manter o seu espírito divertido e trovadoresco. Inovando e divulgando as suas melodias, tanto em Vila Real, como por tantos outros locais por onde vai passando, sempre renovando em cada lugar as velhas memórias das antigas tradições académicas e transmontanas.

Finalizamos esta caracterização com o lema da Vibratuna que espelha em si a filosofia inerente a esta Tuna, “Hei-de ser velha velhinha e relembrar com saudade os momentos que vivi nesta Universidade”.

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VI - Análise e interpretação dos resultados da investigação

6.1. Nota introdutória

Neste ponto fazemos a análise de dados e apresentamos os resultados dos questionários, reforçando por mais um ou outro registo pertinente, para a explicação/compreensão desses mesmos resultados.

Percebemos que a melhor forma de estabelecer contacto com as Tunas, sem interferir nas suas rotinas e para minimizar os custos desta investigação, era fazê-lo através dum questionário digital, ou seja, contactámos as Tunas através das suas páginas de facebook e sítios oficiais, onde deixámos o link para que pudessem responder ao questionário. A condição de elemento da Tuna Universitária de Chaves contribuiu de forma positiva para a fundamentação, o estudo de caso e a observação participante. De igual modo, ser Tuna permitiu-nos uma maior proximidade da realidade do mundo Tunante e um contacto facilitado com as Tunas que colocamos em evidência ao longo desta investigação.