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Devido à inexistência do projeto curricular de turma, a caraterização da mesma encontra- se baseada nas semanas de observação e em informações cedidas pela professora cooperante. A turma do 3º ano do Ensino Básico é uma turma com crianças acolhedoras, entusiasmadas, motivadas e sempre com vontade de aprender cada vez mais. É uma turma participativa, empenhada, curiosa, pontual (com exceção de um caso ou outro), colaboradora (sempre que pedimos ajuda são todas bastante disponíveis).

É composta por vinte e seis crianças, querendo isto dizer que a turma tem o número de crianças que a lei permite nas salas de aula.

“Face: à: procura: excecional: de: matrículas: em: escolas: do: 1: ciclo: do: ensino: básico: e: às: dificuldades sentidas pelas famílias, escolas e agrupamentos de escolas na colocação dos alunos, torna -se imperativo redefinir o limite máximo do número de alunos por turma. Assim, sem prejuízo dos critérios de natureza pedagógica definidos no projeto educativo da escola e tendo presente os princípios consignados no regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos da educação pré -escolar e dos ensinos básico e secundário, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, determina -se:

— É alterado o n.º 5.2 do despacho n.º 14026/2007, de 11 de Junho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 126, de 3 de Julho de 2007, alterado pelo despachos nºs 13170/2009, de 28 de Maio, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 108, de 4 de Junho de 2009, e 6258/2011, de 4 de Abril, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 71, de 11 de Abril de 2011, que passa a ter a seguinte redação: «5.2 — As turmas do 1.º ciclo do ensino básico são constituídas por 26 alunos, não devendo ultrapassar esse limite.»

— O presente despacho produz efeitos a partir do no ano letivo 2011 -2012. 11 de Agosto de 2011. — A Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Isabel Maria Cabrita de Araújo Leite:dos:Santos:Silva:205028248”:

Assim sendo, e de acordo com a lei em vigor, a turma é formada por nove rapazes e dezassete raparigas. Todas as crianças da turma iniciaram o presente ano letivo com oito anos de idade, com exceção de cinco crianças que ainda tinham 7 anos.

Segundo Piaget (citado por Papalia, Olds e Feldman, 2001) as crianças da presente turma encontram-se: no: estádio: das: “operações: concretas: terceiro: estádio: da: teoria: do: desenvolvimento de Piaget, que decorre aproximadamente entre os 7 e os 12 anos, durante a qual: as: crianças: desenvolvem: o: pensamento: lógico: mas: não: o: abstrato: (): as: crianças: realizam muitas tarefas a nível mais elevado do que poderiam fazer no estádio pré- operatório. Têm uma compreensão maior das diferenças entre a fantasia e a realidade, classificação, relações lógicas, causa e efeito, conceitos espaciais e conservação e, são mais competentes: com: os: números”: (p420): Seguidamente: à: análise: da: abordagem: piagetiana: podemos concluir que, na sua generalidade, as crianças da turma têm o raciocínio desenvolvido no que respeita à matemática, dado ao facto que pudemos observar na apresentação dos resultados de determinados exercícios. Algumas crianças resolviam, sempre, através de duas ou mais formas, dependendo do exercício e de quantas maneiras era possível resolvê-lo. Salientamos também que, relativamente à matemática, as crianças que por vezes não conseguiam dar resposta ou chegar à solução de determinado exercício, aprendiam de uma forma mais simples e descomplicada se fossem os seus colegas a apresentar a resposta e a explicar como tinham chegado a ela. Este facto leva-nos a concluir que, durante as nossas semanas de intervenção, será mais simples para as crianças compreenderem as soluções se forem os colegas a apresentá-las, mas sempre com a atenção do professor para que não sejam induzidas em erro.

No que respeita à língua portuguesa, mais concretamente nos domínios da linguagem oral e linguagem escrita, as crianças, no geral, apresentam bons resultados. Segundo alguns autores Chafe, 1982; Galda, Cullinan & Strickland, 1993; Gumperz, Kaltman & Connor, 1984; Kato, 1986; Kress, 1994; Stewrad, 1995, citados por Martins e Niza, 1998)

“A linguagem oral pressupõe, geralmente, uma relaão direta entre os interlocutores, enquanto a linguagem escrita não pressupõe esta relação direta. Na linguagem oral, o contexto da comunicação é conhecido e partilhado pelos interlocutores e estes podem socorrer-se de elementos não linguísticos ou paralinguísticos, como gestos, a entoação, ou as pausas. (…) A linguagem oral  regulada pelo desenrolar da dinâmica entre os interlocutores. As trocas entre estes criam, a cada momento, motivos para novas falas, as perguntas trazem respostas, determinadas afirmações podem provocar objeções,

eventuais incompreensões podem dar origem a explicitaões. (…) A linguagem escrita não é regulada pelo desenrolar da dinâmica entre quem escreve e quem lê. Ela implica uma situaão de controlo por parte daquele que escreve sobre a sua própria atividade” (pp. 24-25)

As caraterísticas referidas anteriormente retratam a realidade existente na turma. As crianças gostam de conversar, de partilhar vivências, determinadas questões conduzem a respostas que levam a outras questões. São crianças seguras de si, e muitas vezes daquilo que dizem, ainda que às vezes não seja tão correto. No que diz respeito à escrita, cada criança apresenta textos e respostas criativas, embora existam crianças com mais imaginação e criatividade que outras, pelo simples facto de lerem mais do que as outras. Este aspeto notou- se pois quando terminaram um trabalho, pois vão logo buscar um livro para ler ou então já o trazem de casa. Na turma existem ainda duas crianças que não são portuguesas e, por tal facto, por vezes não compreendem bem o exercício, pois não entendem o sentido da pergunta. Contudo, são crianças sem qualquer tipo de dificuldade na aprendizagem.

Existem ainda algumas que revelam uma ligeira falta de atenção/concentração, o que por vezes dificulta as aprendizagens, pois não estão concentradas no que estão a fazer e não percebem. Queremos salientar o caso de duas crianças gémeas. Foram os únicos casos que considerámos ser relevantes particularizar, uma vez que, parecem ser os casos com os quais teremos mais dificuldades ao longo da prática. Referimos dificuldades, pois são duas crianças com dificuldades de aprendizagem; são acompanhadas no apoio, mas em determinadas situações, recusam ajuda. Contudo, tal facto não sucede ao mesmo tempo, ou seja, quando um dos:gémeos:fica:“amuado”:o:outro:está:bem:e:empenhado:a:tentar:resolver:os:exercícios:e: vice-versa. Quando estes acontecimentos não ocorrem, são crianças que por vezes não acarretam as ordens que lhe são dadas, sendo que muitas vezes estão um dia inteiro sem falar com e para os professores, chegando mesmo a recusar as tentativas de ajuda que lhes são dadas.

Por último, mas não menos importante, encontra-se o horário da turma, onde se pode ver na tabela seguinte que as áreas disciplinares curriculares encontram-se bem distribuídas pelos dias da semana, sempre em articulação com as áreas disciplinares não curriculares que são lecionadas depois do horário que se segue em baixo.

Tabela 1 - Horário 2012/2013 da turma do 3º ano da escola do Valongo

Segunda - Feira Terça - Feira Quarta - Feira Quinta – Feira Sexta - Feira 9:00 9:45 Língua Portuguesa Matemática Língua Portuguesa Língua Portuguesa Matemática 9:45 10:30 11:00 11:45

Matemática Matemática Estudo do Meio

11:45

12:30 Língua Portuguesa Matemática

12:30

14:00

14:45 Formação Cívica Língua Portuguesa Estudo do Meio Área de Projeto

Língua Portuguesa

14:45

15:30 Estudo do Meio

Educação Artística e

Físico - Motora Educação Artística e Físico - Motora Apoio ao Estudo

15:50

16:35 Área de Projeto

16:45

17:30 Apoio ao Estudo

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Semanas de Prática Supervisionada no 1º Ciclo

As semanas de prática supervisionada foram planificadas tendo apenas em conta o número de horas diárias para cada disciplina, mas não obedecendo à ordem que estava estipulada no horário da turma. Tivemos também em consideração a organização dos manuais escolares adotados pelo agrupamento para o 3º ano de escolaridade e as indicações da professora cooperante.

Durante a prática supervisionada foram trabalhados a nível do estudo do meio conteúdos como: figuras da história, vestígios, costumes e tradições do passado local, primeiros socorros, meios de comunicação, experiências de mecânica, sensações agradáveis e desagradáveis, sistema digestivo, sistema respiratório, sistema reprodutor e os sentimentos e emoções.

No que se refere à língua portuguesa, trabalhámos conteúdos como: recolha e produção do património literário local, planificação de textos, componentes da narrativa, reconto, seleção e organização de informação, texto expositivo, diálogo, aviso, anuncio, texto poético, palavra simples, palavra complexa e radical, texto dramático, família de palavras e campo lexical, subclasses do nome, valores semânticos da frase e a flexão nominal.

Quanto aos conteúdos matemáticos, foram trabalhados conteúdos como a multiplicação, mais concretamente as tabuadas do 6, 7, 8 e 9, estimativas e arredondamentos, a divisão, números fracionários, números decimais e estratégias de cálculo mental. Os conteúdos utilizados para o desenvolvimento desta investigação foram as frações e os números decimais. Foram trabalhados com o apoio dos blocos padrão, do material cuisinaire e do MAB. Os conteúdos matemáticos foram trabalhados por forma a capacitar os alunos a resolver situações problemáticas e exercícios, com o apoio e sem o apoio, de M.M, primeiramente, foram exploradas as funcionalidades dos materiais e a sua utilidade para resolver questões colocadas.

Ao nível das expressões, em geral, foram trabalhados conteúdos como: construções, colagem, impressão, desenho em superfícies não planas, pintura em superfícies não planas, mímica, dramatização, linguagem verbal e gestual e exploração de instrumentos musicais (pau de chuva).

Todos os conteúdos referidos anteriormente foram devidamente planificados e trabalhados nas semanas de prática, podendo ser consultados a titulo de exemplo no anexo II.

A Observação

4.1 Reflexão das semanas de observação 23 a 31 de outubro de