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No decorrer desta última semana de estágio individual, fomos refletindo sobre cada um dos dias de prática e sobre cada uma das atividades propostas. Para começar, salientamos que no que se refere ao cumprimento dos planos, no geral foi cumprido à exceção de uma atividade que era de registo no caderno. Não foi realizada, pois sentimos necessidade de adaptar o plano, de alguma maneira, para conseguir cumprir o essencial.

Mais uma vez, quando elaborámos o plano, tivemos em consideração a estrutura previamente estabelecida, bem como os aspetos necessários para que fosse possível haver uma integração didática com a implementação do elemento integrador que, durante esta semana, foi um coração. Foi entusiasmante, principalmente para as meninas, contudo, os meninos também se mostraram muito entusiasmados.

Segundo Pais (2010):

“do: ponto: de: vista: técnicodidático: a: seleção: e: definição: de: elementos integradores que assegurem uma base motivacional significativa, garantam o rigor científico na abordagem dos conteúdos programáticos e potenciem a coerência metodológica interna da unidade didática: devem: fundamentarse: nos: princípios: da: adequação: didática: e: nos: critérios: e: funções de relação entre o material literário e não literário e os elementos paratextuais”3

Ainda relativamente ao elemento integrador, este pode ter diferentes aspetos e em prova disso, Pais refere:

“Enquanto:elemento:físico:o:elemento:integrador:pode:assumir:uma:infinidade:de:formas: dependendo da criatividade e das caraterísticas de individualidade do professor, das caraterísticas do ambiente de ensino e aprendizagem a criar, dos objetivos definidos para o processo de ensino e aprendizagem, das caraterísticas do grupo de alunos e da relação que, obrigatoriamente, tem de se estabelecer com um contínuo de tarefas de ensino e

aprendizagem que se pretende desenvolver. O recurso à imagética, à tecnologia informática e de comunicação, aos suportes digitais de leitura e de ensino do vocabulário, entre outros representa na atualidade a fonte de excelência para a definição e criação de elementos integradores”:4

Relativamente à seleção dos objetivos/competências/avaliação salientamos que sofreu uma melhoria, pois conseguimos interligar o que pretendíamos avaliar com as atividades que propusemos.

Ao realizar a planificação tivemos, mais uma vez, em consideração o tempo disponível para trabalhar os conteúdos estipulados e, devemos referir que os alunos revelaram uma atitude diferente, mais calmos, mais concentrados e interessados, o que simplificou a tarefa de cumprir com o planeado.

Especificando um pouco mais, e referindo-nos mais em pormenor ao primeiro dia de prática, devemos dizer que correu melhor do que esperávamos.

Introduzimos a manhã de estágio com uma ficha de avaliação de conhecimentos sobre as frações, onde alguns alunos, escolhidos aleatoriamente e consoante os resultados obtidos anteriormente, realizaram os exercícios podendo utilizar materiais manipuláveis como os blocos padrão. Alguns dos alunos tinham à sua disposição os blocos padrão e utilizaram-nos apenas quando referíamos que seria mais simples resolver o exercício com a utilização do material ao seu dispor. Podemos concluir que os mesmos estão muito habituados a resolver os exercícios no abstrato, imaginando apenas como seria com os blocos sem sequer os manipularem.

Terminada a ficha de avaliação, foi entregue aos alunos o guião. Quando o entregámos mostraram-se entusiasmados tentando adivinhar através da imagem do guião o que iam trabalhar. Mais uma vez referimos que algumas passagens do guião ficaram esquecidas.

Começámos por lhes perguntar o que conheciam sobre o sistema reprodutor e, depois de um diálogo, passámos para a legendagem de imagens representativas dos aparelhos reprodutores masculino e feminino. Notámos que ainda não conseguiam localizar os órgãos nas imagens.

Mostrámos-lhes:em:seguida:a:história:“Para:onde:foi:o: ézinho?”:que:todos:adoraram: Posteriormente distribuímos a cada aluna uma representação de um óvulo com uma pergunta sobre o sistema reprodutor e uma representação de um espermatozoide aos meninos com a resposta à questão presente no ovulo. Quase todos os alunos gostaram da atividade e, os que menos gostaram, foi por constrangimento em falar sobre esta temática.

Durante a tarde, fizemos um jogo do bingo utilizando como peças os blocos padrão. A finalidade do jogo era os alunos conseguirem classificar os nomes do cartão bingo quanto à sua subclasse. Foi um jogo muito produtivo e divertido como a maioria dos alunos referiu na sua avaliação.

No final do dia considerámos que o mesmo foi bastante enriquicedor e atrativo para os alunos, com aprendizagens bastante concretizadas e conteúdos consolidados. Sentimo-nos bastante felizes por termos conseguido fazer um dia lúdico e capaz de produzir aprendizagens positivas nos alunos.

Na quarta-feira, o segundo dia de prática, foi iniciado com uma apresentação, sob forma de: fantoches: da: história: “O: Espantalho: Enamorado”: Quando: entraram na sala os alunos viram o fantocheiro e mostraram desde logo um grande entusiasmo. Apesar de a história ser longa, mas comtemplada pelo plano nacional de leitura para o 3º ano de escolaridade, os alunos ficaram concentrados.

Para interpretar a história foi feito um cartaz com a imagem dos espantalhos. Metade de corações, com perguntas sobre a história, foram distribuídas aos alunos e, como os alunos não tinham acesso à mesma, foram fornecidas as respostas nas outras metades que se encontravam coladas no cartaz. Foi uma atividade acessível para quase todos, pois já conheciam a história. Como consideramos importantíssima a produção de texto, propus aos alunos que produzissem, individualmente, um outro final para a história. Com o apoio da professora cooperante conseguimos, em tempo útil, que todos ficassem com os seus textos produzidos.

O momento da apresentação dos possíveis finais foi feito com a manipulação dos fantoches. Enquanto a leitura era feita por mim, os alunos manipulavam os fantoches e, foi- nos possível visualizar que estes estão pouco à vontade com este tipo de material.

Quando trabalhámos as sensações agradáveis e desagradáveis apercebemo-nos de que era difícil, aos alunos, expressarem o que sentiam aquando de uma situação desagradável. Apesar de tudo, identificaram as situações agradáveis e desagradáveis e conseguiram distinguir que, o que é para uns agradável, para outros pode ser desagradável.

A introdução da décima foi um pouco complicada. Os alunos revelaram dificuldade em compreender como é que uma fração se transforma num número decimal. Utilizámos o material cuisinaire para explorar todas as formas que existiam de fazer os números decimais. Como introdução do conteúdo, conseguimos apenas que interligassem a fração ao número decimal e à leitura dos números. Esta foi, consoante as grelhas de autoavaliação do guião, a atividade em que ficaram mais dúvidas.

Para concluir o dia, foram produzidos, pelos alunos, paus de chuva. Foi a atividade que mais gostaram, tal como se pode avaliar na grelha de autoavaliação. A produção deste instrumento musical correu melhor do que pensávamos. Os alunos estavam entusiasmados, mas concentrados e acataram as indicações tal como era pretendido, pois tínhamos receio que não houvesse respeito e que a sala ficasse com massas, arroz, grãos de café e milho espalhados pelo chão. A exploração do instrumento não foi efetuada coletivamente, mas sim, individualmente, à medida que iam terminando o instrumento. Identificaram logo que se movimentassem mais rapidamente o pau de chuva o som produzido representaria uma chuva torrencial e que se o movimento fosse mais lento que caracterizaria a chuva mais branda. Depois desta atividade, facilmente, concluímos que gostaram muito de trabalhar as expressões.

Por todas as afirmações anteriormente referidas, podemos dizer que o dia correu bem. No terceiro dia voltei a usar o guião de aula pois muitos alunos referiram que gostavam do guião.

A manhã foi iniciada com o reconto oral da história ouvida no dia anterior. O reconto foi feito em grupo e constatámos que existe grande dificuldade em recontar o que foi ouvido.

Para trabalhar os adjetivos mostrámos um PowerPoint presente na pen-drive de recursos do alfa sobre os adjetivos. Para sistematização não usámos os exercícios do livro, pois as temáticas não eram coincidentes pois no estudo do meio a temática eram as emoções e na língua portuguesa, os adjetivos, estavam programados para serem desenvolvidos com a temática do circo.

O momento alto deste dia foi, o momento em que foram trabalhadas as emoções, pois a exploração da caixa das emoções é bastante lúdica. Com a roleta das emoções todos tiveram a oportunidade de expressar uma emoção. A parte que mais agradou os alunos foi, sem dúvida, a improvisação. A maioria conseguiu improvisar uma situação onde cada um tinha uma máscara. Esta atividade pretendia incentivar os alunos a improvisar situações e em expressar-se, colocando corretamente a voz. Sabemos que o conteúdo não foi bem explorado, mas conseguimos que a sua introdução fosse lúdica e entusiasmante para os alunos.

As tardes de quinta-feira passaram sempre muito depressa, e esta não foi exceção. Tendo apenas 45 minutos disponíveis, devemos dizer que mal conseguimos continuar a explorar a décima parte, apenas tivemos tempo de fazer uma pequena e rápida revisão da décima parte e a resolução de um exercício de leitura de números decimais. Assim, devemos dizer que, na nossa opinião, este conteúdo deve ser muitíssimo trabalhado para que fique bem consolidado.

À semelhança dos outros dois dias, houve o preenchimento da grelha de autoavaliação onde a matemática foi referida como a parte em que têm mais dificuldades. Todos os alunos gostaram muito da atividade de exploração da caixa das emoções.

Tal como o referido na reflexão da semana anterior, esta semana foi muito mais lúdica e mais motivante, quer para nós, quer para os alunos. Pensamos que demos o melhor de nós e que a nossa atitude ficou ainda melhor do que era.

Devemos dizer que foi uma experiência desafiante, uma vez que se tratava de um ano que para nós não era confortável, e acabou por se tornar numa prática muito enriquecedora. Não podemos afirmar que já nos sentimos confortáveis para trabalhar sozinhas, mas com a certeza que, nesta altura, nos sentimos muito mais preparadas para enfrentarmos um desafio semelhante sempre com a premissa de que ainda temos muito para aprender e muito para partilhar com todos os que, de alguma forma, fizeram parte do processo educativo destas crianças.