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4 METODOLOGIA

4.2 CARACTERIZANDO OS SUJEITOS DA PESQUISA

Para apresentar os dados sociodemográficos de ambos representantes da Reitoria, foi elaborado o Quadro 2 com os aspectos: a) sexo, b) idade, c) tempo de serviço no magistério e d) escolaridade. Importante também apresentar a caracterização dos gestores quanto atuação profissional no IFSP.

Quadro 2: Caracterização dos gestores participantes da pesquisa

Gestor Sexo Faixa etária

Tempo de Serviço no Magistério

Formação

Acadêmica Atuação Profissional

RR01 Masc. Entre 46 e 55 anos Entre 07 e 25 anos Doutorado

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (1995), mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (1997) e doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo (2003). Também possui graduação em Pedagogia (2011) pela Universidade Federal de São Carlos. Foi Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional (2013-2018) e atualmente é professor de ensino técnico e tecnológico no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).

RR02 Masc. Entre 36 e 45 anos Entre 07 e 25 anos Mestrado

Mestre em Ciências Humanas pela Universidade Santo Amaro, Especialista em Educação Empreendedora pela Universidade Federal de São João Del-Rei-UFSJ e formado em Psicologia pela Universidade Paulista - UNIP. Atuação profissional no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP, exercendo as seguintes funções: Coordenador de Extensão do Campus Salto, Gerente de Ensino do Campus Boituva, Gerente de Apoio Acadêmico da Reitoria, Diretor Geral do Campus Jundiaí, e desde 2015, Pró-Reitor de Ensino.

Fonte: A autora (2019).

Na análise dos dados sociodemográficos em relação aos docentes integrantes das comissões locais do PDI 2014-2018 de cada Campus do IFSP, foi possível observar os seguintes

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aspectos como: a) sexo, b) idade, c) tempo de serviço no magistério e d) escolaridade. Tais dados, expostos na Tabela 6, permitem o reconhecimento do perfil desse grupo de docentes.

Tabela 6 – Distribuição do número professores participantes do estudo e percentuais, variáveis sociodemográficas e perfil. Variável Nº de sujeitos % Sexo Masculino 10 76,9 Feminino 03 23,1 Faixa etária Entre 18 e 25 anos 0 0 Entre 26 e 35 anos 2 15,4 Entre 36 e 45 anos 9 69,2 Entre 46 e 55 anos 2 15,4 Acima de 56 anos 0 0

Tempo de Serviço no Magistério

Entre 01 e 03 anos 0 0 Entre 04 e 06 anos 0 0 Entre 07 e 25 anos 12 92,3 Entre 25 e 35 anos 1 7,7 Acima de 35 anos 0 0 Formação Acadêmica Ensino Médio 0 0 Graduação – Licenciatura 0 0 Graduação – Bacharelado 0 0 Pós-graduação (Especialização) 0 0 Pós-graduação (Mestrado) 4 30,8 Pós-graduação (Doutorado) 9 69,2 Fonte: A autora (2019).

Em relação ao sexo dos participantes caracterizados como docentes representantes dos Campus constata-se que, dos treze respondentes, 76,9% são homens. Esses dados, apesar de representarem os docentes que formaram a referida comissão no ano de 2013, indicam a realidade atual do Ensino Tecnológico no Brasil, onde, segundo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que se baseia na Sinopse Estatística da Educação Superior, verifica-se que, 61,8% dos docentes atuantes nos IFs e CEFETs do Brasil são do sexo masculino (BRASIL, 2017).

Também foram indicadas a faixa etária dos docentes e seu tempo de carreira. Importante ressaltar que para delimitar as opções de tempo de docência dos sujeitos da pesquisa utilizou- se a categorização proposta por Huberman (2000), que delimita as fases do desenvolvimento da carreira docente. Os ciclos ou fases de vida profissional são essenciais para o conhecimento da prática profissional docente e, segundo Folle et al. (2009) descrevem a carreira docente sendo repleta de dilemas, desafios e conquistas que refletem no modo de se perceber e sentir

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do professor em seu ambiente de trabalho, também na busca de sua realização pessoal e profissional.

Huberman (2000), apresenta em seus estudos, o Ciclo de Vida dos Professores, características do desenvolvimento profissional docente em cada fase da profissão, possibilitando a compreensão de que a carreira docente é distinta por características próprias, que são distintas em cada uma de suas etapas. Desta maneira, o autor define que a carreira não é uma série consecutiva de acontecimentos, e sim um processo contínuo caracterizado pela vivência do docente de sentimentos não uniformes em cada uma das etapas vividas. Enquanto, para alguns professores, esse processo pode acontecer de maneira pacífica, para outros pode ser extremamente angustiante e confuso, assim, o desenvolvimento da carreira torna-se “um processo e não em uma série de acontecimentos. Para alguns, este processo pode parecer linear, mas para outros, há patamares, regressões, becos sem saída, momentos de arranque, descontinuidades” (HUBERMAN, 2000, p.38).

Desta maneira, Huberman (2000) estabeleceu as fases do ciclo de vida dos professores analisando os anos de carreira e as características observadas em cada uma delas, classificando- as de acordo com a Tabela 7.

Tabela 7: Ciclo de vida profissional de professores

Tempo de docência Fases

1 a 3 anos Fase de entrada na carreira 4 a 6 anos Fase de estabilização 7 a 25 anos Fase de diversificação

25 a 35 anos Fase de serenidade

mais de 35 anos Fase de desinvestimento Fonte: Huberman (2000).

Costa (2012), discuta as fases de desenvolvimento da carreira docente a partir da perspectiva proposta por Huberman (2000) destacando que a primeira, “fase de entrada na carreira”, é o momento da sobrevivência e da descoberta, onde o entusiasmo inicial da carreira dá suporte para gerir o confronto inicial com a complexidade da situação profissional. A “fase de estabilização” é caracterizada pela estabilização e consolidação profissional, desde o repertório pedagógico, passando pela construção de uma identidade profissional, afirmando-se como professor e comprometendo-se de suas responsabilidades. A “fase de diversificação”, está

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marcada pela experimentação, diversificação e ativismo, uma fase de revisão e inovação do repertório pedagógico acumulado no ciclo anterior. Já a “fase de serenidade” é quando se chega a um patamar do desenvolvimento da carreira, está marcada pela diminuição da vulnerabilidade perante a avaliação dos seus pares, aceitando a si mesmo e se sentindo confiante a ponto de não se preocupar tanto com ativismo e grandes investimentos. Por fim, a “fase do desinvestimento” está marcada pelos preparativos para a aposentadoria e pela progressiva renúncia das responsabilidades profissionais.

A partir destes estudos e visualizando as respostas dos participantes, nota-se que 92,3% dos docentes estão na fase de diversificação, um ponto positivo para a pesquisa, pois, como foi referenciado anteriormente, nesta fase os docentes estão muito mais motivados, dinâmicos e empenhados nas equipes pedagógicas ou de comissões, assim é possível deduzir que os representantes docentes destas comissões estavam realmente comprometidos com o processo de construção do PDI.

Outro dado relevante é que 100% dos professores participantes da pesquisa possuem pós-graduação Stricto-sensu, sendo 30,8% mestres e 69,2% doutores, partindo do pressuposto que a qualificação docente alarga o conhecimento e práticas educativas entende-se que essa propriedade qualifica ainda mais o processo de elaboração do PDI.